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João Machado, Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP): “Há um novo olhar para a agricultura”

Consciente de que a agricultura portuguesa deu passos enormes nos últimos anos, o Presidente da CAP, João Machado denuncia que os problemas, além de estarem no terreno, também estão nos gabinetes.

Victor Jorge
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João Machado, Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP): “Há um novo olhar para a agricultura”

Consciente de que a agricultura portuguesa deu passos enormes nos últimos anos, o Presidente da CAP, João Machado denuncia que os problemas, além de estarem no terreno, também estão nos gabinetes.

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A viver um dos piores momentos de seca das últimas décadas, o presidente da CAP, João Machado, admite que se está a olhar de forma diferente e mais positiva para a agricultura portuguesa. Tudo porque já se percebeu que é fundamental haver um sector primário forte e a produzir.

Hipersuper (H): Em que estado está a agricultura portuguesa?
João Machado (J.M.): É uma pergunta difícil. Se considerarmos de forma conjuntural, está mal, uma vez que a seca não ajuda a agricultura. Nós estamos a viver um momento muito difícil e uma seca muito acentuada e muito prolongada e que prejudica toda a actividade agrícola, com maior relevância nos cereais de Outono/Inverno, animais e citrinos.

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Entendendo a sua pergunta de forma mais ampla, costumo dizer que não temos uma agricultura portuguesa, mas sim muitas agriculturas portuguesa.

No entanto, se olharmos para a agricultura portuguesa estatisticamente, ela tem feito progressos assinaláveis nos últimos anos.

H: Quando fala nos últimos anos, refere-se à pós-adesão CEE?
J.M.: Depende dos sectores. Se falarmos do vinho é um progresso prolongado há duas décadas. Se falar de outros sectores é um progresso muito mais curto. No olival e no azeite é um progresso de menos de uma década.

Mas nos últimos quatro a cinco anos, temos feito um caminho em que o investimento em novos projectos na agricultura tem sido sempre mais de mil milhões de euros por ano.

Temos novamente em carteira, apesar das dificuldades da seca e da crise vivida pelo país, mais de mil milhões de euros para serem investidos no âmbito do PRODER.

O que quer dizer que o sector agrícola tem sempre investido muitíssimo e tem-se vindo a desenvolver. E é bom não esquecer que estes projectos só são financiados a 30%, portanto os restantes 70% são fundos privados.

Além disso, o Produto Agrícola Bruto tem estado a aumentar todos os anos, estamos a produzir mais em valor, em termos globais, estamos a exportar cada vez mais e estamos a criar emprego líquido em Portugal.

Por isso, se olharmos para a agricultura portuguesa estatisticamente, não está mal. Se olharmos ainda para outra área da agricultura portuguesa que é para as pessoas, também está a progredir bem. Basta ver que os investimentos que estão a ser feitos nos últimos anos são, maioritariamente, da responsabilidade de jovens.

Infelizmente, não progredimos tanto quanto devíamos e podíamos, uma vez que iniciamos este processo muito mal e todos se lembram das próprias lutas da CAP contra o Jaime Silva e o Ministério da Agricultura de então. Nós tivemos um interregno muito grande neste quadro comunitário. O PRODER não entrou em vigor nos três primeiros anos, tratando-se de um mau programa, burocrático, dificultoso …

H: Mas este PRODER ou o PRODER de uma forma geral?
J.M.: O PRODER de uma forma geral. O que foi aconteceu foi que depois da saída do Jaime Silva e da anterior directora responsável por esta área, o anterior governo, e o actual seguiu-lhe as pisadas, agilizaram procedimentos, tentando fazer de um mau programa um bom programa, o que é impossível.

Temos estado a trabalhar com o Governo para solucionar todos estes problemas. Os sinais são animadores e percebe-se que é possível. Além disso, nota-se que há, desde 2008 e da crise alimentar, um novo olhar para a agricultura.

H: Olha-se de forma diferente para a agricultura em Portugal?
J.M.: De forma diferente e mais positiva. Não digo só em Portugal, mas em todo o mundo desenvolvido.

Em determinado momento, a Europa achou que poderia dispensar a agricultura e criar uma economia secundária e terciária. Abandonar o sector primário é um disparate e nós dissemo-lo desde a primeira hora e a crise alimentar de 2008 veio prová-lo de forma cabal.

Desde 1992 todas as políticas e reformas na agricultura visaram a diminuição da produção. Só a partir desta reforma que entrará em vigor em 2014 é que se está a dizer aos agricultores para produzirem mais.

E de facto os números da FAO são impressionantes. Se em 2025 já vamos ter problemas, em 2050 será dramático. Devíamos produzir o dobro do que produzimos actualmente.

Além disso, temos tido um problema de raiz e grave: habituamo-nos a ter os bens alimentares a muito baixo preço na Europa. Temos um conjunto de circunstâncias que permanentemente aumentam os custos de produção, sendo que o produto final tem de ter a mesma qualidade e não pode aumentar de preço.

H: Está a dizer que é inevitável um aumento dos preços dos produtos alimentares?
J.M.: É inevitável. A Europa tem esta política muito cínica que é impor muitas regras para os produtores nacionais, mas não coloca as mesmas regras nos produtos que importamos. Portanto, o consumidor acaba por consumir produtos semelhantes em que não lhe é dito como é que é produzido, a origem, que tipo de semente tem por trás ou que protecção social tiveram as pessoas que produziram aquele produto, acabando por consumir mais barato pondo em concorrência os produtos nacionais e comunitários que têm de cumprir estas regras todas.

H: Encara então de forma positiva o anúncio feito por parte do Ministério da Agricultura no que diz respeito à publicação dos preços no elo produção distribuição?
J.M.: É positiva e faz parte de um projecto de trabalho organizado na PARCA e onde a transparência na formação de preço era o primeiro assunto.

De facto, temos de ter elementos da produção, transformação e distribuição para saber como é que o preço final foi formado e em que áreas desse preço é que as pessoas ganharam ou perderam dinheiro.

Quando tivermos essa cadeia de preços transparente e avaliada por um organismo autónomo, poderemos saber onde está o problema e tentar actuar sobre ele. Tem de haver um árbitro independente.

H: Este árbitro independente é o elo para equilibrar a tal relação de poder desequilibrada entre a distribuição e produção destacada pelo relatório da Autoridade da Concorrência em 2010 e recentemente pela Ministra da Agricultura? Ou é um dos elos?
J.M.: É um dos elos. Mas temos de ir mais longe. Estamos a trabalhar no Código de Boas Práticas no âmbito da PARCA onde as partes se obrigam a práticas comerciais adequadas e que tem penalizações para quem não as cumprir.

H: Mas esse é um processo que está perro?
J.M.: É, de facto, um processo que está mais lento do que gostaríamos. É um processo que, embora tenha três meses de trabalho, está a resolver problemas de anos.

Há muitos interesses em jogo. Estamos a falar de um negócio onde todos querem ganhar dinheiro: produção, indústria e distribuição. É um negócio muito grande onde a diferença de dimensão entre os interlocutores também é muito grande. É, de facto, uma pirâmide, com a produção na base, a indústria no meio e a distribuição cada vez mais concentrada no topo. O facto é que o elo mais fraco está na produção.

H: Mas há alguma coisa já em cima da mesa ou ainda se está a negociar a apresentação de uma proposta? Foi feito alguma coisa entre a publicação do relatório da AdC e o relatório intermédio?
J.M.: O relatório diz que era desejável que houvesse um aprofundamento do Código de Boas práticas existente. Já existe uma primeira versão do código e foi apresentada, recentemente, uma segunda versão por um dos parceiros para ser analisada.

H: O Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira, avisou: entendam-se. E se não se entendem a bem, terão de se entender a mal e terá de ser o Governo a redigir tal documento?
J.M.: O que estamos a tentar fazer é entender-nos e isso leva tempo. Já percorremos um longo caminho e penso que estamos já na recta final.

H: Está para breve?
J.M.: Acho que é para o primeiro semestre. Se houver um Código de Boas Práticas, a legislação pode ser supletiva, ou seja, não precisa de ser tão dura nem tão minuciosa.

Se não houver código, o Governo tem de legislar e tem de se ir mais fundo.

Mas a transparência na formação dos preços não basta. Como disse é um dos elos, mas não é o único.

H: Quais são então os outros elos?
J.M.: Legislação, tem de haver legislação. Há legislação muito mais completa nalguns países, onde é referido o tipo de contrato, o tipo de desconto, prazos de pagamento, retroactividades ou não, rapel ou não. Em Portugal, isso é tudo absolutamente arbitrário.

H: Mas todos esses aspectos não deveriam estar no Código de Boas Práticas?
J.M.: Grande parte poderá estar, se houver Código de Boas Práticas. Seria desnecessário o Governo legislar sobre determinado tipo de matérias se existir um código. Se não houver, terá de legislar.

H: A antecipação das ajudas comunitárias aos agricultores portugueses no valor de 300 milhões de euros de Dezembro para Outubro negociada em Bruxelas chega para fazer face aos prejuízos que a seca trouxe ao sector agrícola? E o valor chega?
J.M.: A resposta é não. O Regime de Pagamento Único (RPU) é muito específica. O que nós podemos pedir é o que está previsto. Mas essa antecipação só é possível de Dezembro para Outubro. Não é possível outro prazo.

E essa ajuda de 300 milhões de euros é 75% do valor total que são mais de 400 milhões de euros. Os 600 milhões englobam outros pagamentos.

Essa verba de 300 milhões é um apoio aos agricultores portugueses como é aos agricultores europeus. Portanto, não há aqui nenhum tratamento especial e muitos países o fazem e aqui ao lado, Espanha, também pediu essa ajuda.

Para poder fazer isso, tem é de cumprir todas as regras comunitárias e nós estamos num momento muito difícil em que talvez podemos não conseguir cumpri-las. E isso é que é dramático.

H: E teme que isso possa acontecer?
J.M.: Temo que possa acontecer, porque a campanha está a correr muito mal, está atrasada e começámos muito tarde. Deveríamos ter começado em Fevereiro.

E não se pense que Portugal poderia pedir uma antecipação maior, tipo para Junho ou Julho. Isso está fora de questão. A haver antecipação, esta é para 15 de Outubro, ponto.

O grande ponto de interrogação é se vamos cumprir as regras e os prazos. Se não cumprirmos, os agricultores portugueses são penalizados e isso é muito, muito grave.

A segunda questão que colocou, se este valor chega, claro que não chega. É preciso viver até Outubro. Mesmo que esse adiantamento chegue em Outubro e há aqui um “se”, é tarde. Os agricultores não podem esperar até Outubro e há um conjunto de medidas que têm de ser tomadas até lá. Algumas foram anunciadas em Conselho de Ministro no final de Março.

O que estamos a dizer ao Governo é despachem-se. Porque a seca está cá há quatro ou cinco meses e estas medidas vem tarde. Depois de anunciadas as medidas, não podem estar um mês para regulamentar. As medidas têm de ser postas no terreno já, os agricultores precisavam delas ontem.

H: Isso quer dizer que o problema não está só no terreno, mas também nos gabinetes?
J.M.: O problema está no terreno há muitos meses, todos os dias os agricultores são confrontados com este problema. Mas uma vez negociadas as ajudas e disponibilizados os apoios, o Estado português tem de regulamentar e publicar em Diário da República todas as medidas que anunciou.

H: Mas todo este pacote de ajuda só vem minimizar e não solucionar o problema?
J.M.: Nós temos um problema, é que as secas acontecem de forma cíclica. Sabemos que por cada década, há pelo menos dois anos de seca extrema. O que quer dizer que de cinco em cinco ou de seis em seis anos temos uma seca. E nunca trabalhamos para a próxima seca, trabalhamos sempre para esta seca e o ministro que se livra de uma seca diz, “ui, estou livre, porque daqui a quatro anos não estou cá, por isso quem vier a seguir que trate dela”.

Nós nunca tomamos medidas estruturais para resolver o problema de base e essas medidas são fundamentais. Temos de criar um conjunto de medidas, sabendo que a seca vai acontecer, é inevitável.

H: E há uma maior sensibilização em relação aos produtos portugueses?
J.M.: Em teoria, há. Isto é, quando é perguntado directamente, gosta de consumir produtos portugueses, todos dizem que sim e que querem ajudar a agricultura portuguesa.

Depois há, contudo, o problema da carteira, sobretudo neste contexto económico-financeiro que vivemos actualmente. Quando se vai à prateleira do supermercado procura-se menos o produto e mais o preço e muitas vezes por causa daquele cinismo da política comunitária que permite a importação de produtos que não cumprem as mesmas regras, nós temos produtos mais baratos na prateleira do supermercado que são importados até fora da Europa.

O consumidor é, por isso, levado a consumir mais barato, ainda por cima neste tempos de crise que vivemos.

H: E a ligação entre a agricultura e a indústria transformadora, diz-se que uma não vive sem a outra. Existe uma ideia ou visão de fileira em Portugal capaz de dinamizar a economia nacional?
J.M.: Não tenho uma única resposta, mas todos os casos de sucesso da agricultura portuguesa e a maneira como têm crescido dizem que existe essa visão. Isto é, é inevitável, é para aí que temos de caminhar e trabalhar.

Nós crescemos nos hortícolas nos últimos anos, porque existe uma fileira, existe uma contratualização entre os que produzem, que transformam e os que compram para vender. O mesmo acontece em muitos outros sectores.

Todos os sectores que têm evoluído positivamente nos últimos anos, e foram muitos nos últimos anos, têm essa noção de fileira e de contratualização. Esta contratualização é fundamental e acontece em vários sectores. Mas ainda não é a desejável.

Ainda temos um trabalho muito grande a fazer do lado da produção em juntar as pessoas e pô-las a falar. Nós portugueses, e não são só os agricultores, somos individualistas em tudo, e por vezes até parece que não gostamos de ganhar dinheiro com o nosso negócio.

H: Olhando um pouco mais para o futuro, como é que o presidente da CAP vê este processo de revisão da PAC para o período pós 2013. O que seria desejável para a agricultura portuguesa a partir de 2014?
J.M.: O presidente da CAP olha para esta posição com muito realismo porque entre as promessas dos políticos europeus e a realidade, estamos habituados a que exista um mundo de distância. Esta negociação começou por dizer que vamos reequilibrar os valores dentro da Europa, das ajudas comunitárias para agricultores e entre países, que vamos ter uma política que é verdadeiramente transparente e equilibrada e vamos produzir mais, o que é bom para a Europa.

O facto é que quando chegamos a esta altura em que já existe uma proposta consubstanciada da Comissão, vemos que a aproximação entre agricultores e países é muito diminuta, que o orçamento comunitário que tem mais dois países aderentes e mais 12 países que não estavam totalmente integrados e que passam a estar, é menor.

Este realismo diz-nos o seguinte: apesar de recebermos um pouco mais de dinheiro, não iremos sair da 23.ª posição ao nível do recebimento por agricultor. Por isso, façamos uma política que nos permita continuar a produzir e a produzir aquilo em que somos bons em Portugal.

H: Não podemos produzir tudo?
J.M.: Essa história da auto-suficiência é um disparate total. A auto-suficiência, desejavelmente é na balança, se conseguirmos exportar mais em valor do que importamos, é óptimo. Ainda não estamos equilibrados, estamos mais perto, mas ainda não estamos lá.

Portanto, os franceses, alemães e espanhóis, vão continuar a receber mais e os que recebem menos continuarão a receber menos.

Esta é a realidade da dimensão de Portugal e do peso político que Portugal possui. O que é que nós temos de fazer nessa matéria? A luta está nos pormenores, nas vírgulas e nos pontos, sendo que no quadro geral, sabemos que as coisas vão ficar mais ou menos na mesma.

Ter uma política agrícola que permita que o mundo rural se desenvolva, mantendo as culturas onde Portugal é competitivo, não afastando agricultores e permitindo-nos continuar a investir e a auto-renovar o tecido agrícola, esse é o nosso objectivo.

H: Mas sente-se mais positivo ou optimista em relação à nova PAC?
J.M.: Nós temos dois patamares nesta politica agrícola. Temos a parte comunitária até 2014 e temos a parte nacional. Em relação à parte comunitária, se formos realistas nesta matéria e não pensarmos que a França ou a Alemanha vão abrir mão daquilo que recebem, podemos ganhar um pouco em termos de orçamento e em termos de filosofia da política.

H: Mas essa é a parte comunitária. E a parte nacional?
J.M.: A política agrícola é feita de um primeiro e de um segundo pilar e a União Europeia e a Comissão dizem-nos para criar as medidas. O dinheiro é este, está aqui, mas tem de ser aplicado com estes objectivos e regras, mas as medidas concretas onde o dinheiro é aplicado são feitas em Portugal. Por isso é que o PRODER era tão mau, porque ninguém nos ouviu e estava tudo de costas voltadas para a produção.

Onde nós podemos, de facto, ganhar muito é no programa nacional que tem de ser muito melhor que o PRODER que era péssimo, tendo ficado um pouco melhor com as adaptações.

Resumindo: podemos ganhar pouco na parte comunitária, mas podemos ganhar muito no programa nacional. E aí, acho que existe da parte do Ministério a vontade e a sensibilidade de fazer um programa mais interessante do que foi o anterior.

Sobre o autorVictor Jorge

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Preço do cabaz alimentar desce 3 euros

O preço do cabaz alimentar monitorizado pela DECO PROteste recuou 3,06 euros na última semana de janeiro, para 238,79 euros.

Depois de quatro semanas consecutivas a subir, o preço do cabaz alimentar de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROteste desceu 3,06 euros (menos 1,27%) e custa agora 238,79 euros. São menos 1,90 euros (menos 0,79%) do que há precisamente um ano, mas mais 2,62 euros (mais 1,11%) do que na primeira semana de 2025.

Há três anos, quando a DECO PROteste iniciou esta análise, o cabaz alimentar custava menos 51,09 euros (menos 27,22 por cento).

Entre os dias 22 e 29 de janeiro, os maiores aumentos percentuais de preço registaram-se em produtos como os cereais integrais (mais 17%), o atum posta em azeite (mais 12%) e o arroz carolino (mais 10 por cento).

PRODUTO22 jan29 janDiferença+
Cereais integrais3,46 €4,06 €0,59 €17%
Atum posta em azeite2,09 €2,34 €0,25 €12%
Arroz Carolino1,72 €1,89 €0,17 €10%
Iogurte Líquido2,25 €2,46 €0,21 €9%
Café Torrado moído3,45 €3,72 €0,27 €8%
Couve-Coração1,30 €1,38 €0,08 €6%
Óleo alimentar2,09 €2,17 €0,08 €4%
Porco Costeletas5,20 €5,38 €0,18 €3%
Salmão15,19 €15,68 €0,49 €3%
Peru Perna5,37 €5,53 €0,16 €3%

Os dados são da DECO PROteste que, desde fevereiro de 2022 e com a escalada da inflação, realiza todas as semanas uma análise dos preços de um cabaz constituído por 63 produtos alimentares essenciais que inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe, sendo considerados, entre outros, produtos como perú, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo, manteiga, entre  outros.

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Docapesca cria parceria para promover o pescado português em Espanha

A Docapesca e a AEMPM assinaram um protocolo para o fortalecimento das relações comerciais e a promoção do pescado português em Espanha.

A Docapesca – Portos e Lotas e a Asociación de Empresarios Mayoristas de Pescados de Madrid (AEMPM) assinaram esta semana um protocolo de colaboração para uma parceria estratégica que tem como objetivo promover o pescado português, fortalecer as relações comerciais entre Portugal e Espanha, e fomentar a colaboração institucional no setor do pescado.

A Docapesca é a empresa do setor empresarial do Estado que tem a seu cargo o serviço público da primeira venda de pescado em lota e o apoio ao setor da Pesca em Portugal continental. A AEMPM, que reúne 110 empresas grossistas do setor do pescado, desempenha um papel fundamental no mercado do peixe do MercaMadrid, um dos maiores mercados alimentares da Europa.

O protocolo surge na sequência da visita de uma comitiva espanhola a Portugal durante a Expo Fish Portugal, que ocorreu a 2 e 3 de dezembro passado. Com o lema ‘Do Mar Português para o Mundo’, a 4ª edição da Expo Fish Portugal, organizada pela Docapesca com o apoio do Ministério da Agricultura e Pescas, integrou uma conferência presencial no auditório do IPMA, em Oeiras, que reuniu especialistas e empresas dos mercados prioritários para o setor das pescas e painéis temáticos sobre diversos países importadores, , entre os quais a Espanha, a partir do tema ‘O Desafio do Peixe no Mundo’, apresentado por Manuel Tarré, presidente da ALIF. Em formato digital, o evento reuniu mais de 100 empresas portuguesas e internacionais na sua plataforma online, com um espaço expositivo virtual e uma área dedicada a reuniões B2B.

Promoção, formação e sustentabilidade

O protocolo firmado pela Docapesca e a AEMPM tem validade de três anos, renovável, e “simboliza um marco na cooperação entre Portugal e Espanha, promovendo a qualidade, a sustentabilidade e a inovação no setor do pescado”, destaca a empresa pública nacional, num comunicado.

Entre as áreas de colaboração, o documento destaca a promoção comercial e institucional, através da divulgação do pescado português e da organização de eventos conjuntos; o intercâmbio comercial, com a criação de parcerias empresariais e soluções logísticas entre Portugal e Espanha; a sustentabilidade, através da partilha de boas práticas e promoção de certificações de qualidade; a formação e capacitação, com a realização de workshops e programas de desenvolvimento profissional; iniciativas digitais, dinamizadas a partir do desenvolvimento de uma plataforma conjunta e de campanhas de marketing digital.

Os produtos nacionais da pesca têm vindo a reforçar a presença nos mercados internacionais e ultrapassaram 1.366 milhões de euros em 2023, mais 4,2% face a 2022.

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Marina Calheiros: “A nossa grande preocupação é a qualidade do visitante”

Marina Calheiros, gestora coordenadora da Lisbon Food Affair, antecipa a próxima edição da feira, que vai ter lugar de 10 a 12 de fevereiro na FIL, em Lisboa.

A Lisbon Food Affair está de regresso, de 10 a 12 de fevereiro e esta 3ª edição vai apresentar várias novidades. Na inovação, uma das áreas estratégicas da feira, há um grande empenho na participação de um maior número de startups. No âmbito da internacionalização, o mercado espanhol terá uma presença maior este ano e haverá também um investimento na presença de compradores da diáspora portuguesa. “Mas aquilo que nós queremos destacar mais é a questão da produção nacional, queremos evidenciar muito os produtos endógenos do nosso território”, revela Marina Calheiros, gestora coordenadora da Lisbon Food Affair, nesta entrevista ao Hipersuper.

O que podemos esperar da Lisbon Food Affair 2025? Que áreas vão estar representadas na edição deste ano?
Nós estamos na terceira edição, portanto ainda numa fase de consolidação do evento naquelas áreas que consideramos estratégicas da feira – a inovação, a internacionalização e a sustentabilidade. Procuramos com este evento antecipar necessidades novas do mercado e responder às novas preocupações.
Mas aquilo que nós queremos destacar mais é a questão da produção nacional, queremos evidenciar muito os produtos endógenos do nosso território. Nosso objetivo é mesmo realçar a excelência desses produtos que, não será por acaso, conquistaram o interesse de todos os players nacionais e internacionais que têm estado nas nossas feiras.
Aliás, no ano passado, os compradores internacionais, principalmente os que não conheciam os nossos produtos, diziam, que temos, de facto, produtos de excelência e que só por isso vale a pena vir a Portugal porque os nossos produtos são muito bons. Portanto, o nosso grande enfoque este ano, e queremos que seja, progressivamente, o enfoque da nossa feira, é a produção nacional.
Por outro lado, e apesar de estarmos a promover muito os produtores nacionais, o mercado espanhol tem uma presença maior este ano. Por isso temos, por exemplo, participações agrupadas das regiões, a Galiza, a Extremadura, e vêm com a preocupação de terem visibilidade. Depois temos outros expositores de outros países.
Destacamos também a inovação, e este ano estamos com um empenho maior em trazer startups. Temos uma parceria, quer com o InovCluster, quer com a Startup Lisboa, para que eles tragam startups com as quais estão a trabalhar. O nosso grande empenho é, de facto, apoiar estas empresas que têm a preocupação de concepção, desenvolvimento e introdução de novos produtos no nosso mercado. Produtos muito diversos, desde embalagens sustentáveis, biodegradáveis, alimentos funcionais, alimentos personalizados e enriquecidos, adaptados a novas dietas, etc.
Um dos resultados destacados da edição de 2024 foi o programa de Buyers. O que destaca deste programa na edição de 2025? Há um reforço na vinda de importadores?
Este ano o programa vai crescer. Tem duas modalidades, Hosted Buyers e Buyers, os primeiros são aqueles que são convidados por nós e os segundos vêm por expensas próprias, mas acabam por participar no programa. Depois ainda há muitos importadores que não participam do programa, mas decidem vir à feira.
Mas o programa de Buyers é para nós, de facto, algo muito importante. Temos um budget maior para trazer mais compradores internacionais. Os países de origem não serão muito diferentes, no ano passado tivemos importadores de 35 países, porque acabam por ser aqueles mercados que as empresas consideram estratégicos para os seus segmentos, para os seus setores.
Mas estamos a trabalhar uma área nova: a diáspora (portuguesa), ou seja, este ano queremos dar um enfoque também a compradores da diáspora.
Temos uma empresa que nos ajuda a trabalhar os mercados do ponto de vista dos compradores e há uma ligação muito grande entre os nossos expositores e o feedback que damos à empresa para trazer os compradores. Portanto, à medida que os expositores nos referem alguns mercados que eventualmente não estejam no nosso radar ou que no ano passado não tenham estado, nós efetivamente temos essa preocupação de passar a informação para termos também compradores dos países que os expositores consideram interessantes e estratégicos para o seu negócio.

Pode partilhar insights sobre o perfil dos visitantes da feira e como isso reflete as oportunidades para as marcas participantes?
Considerando que a Lisbon Food Affair tem três áreas distintas – o Food & Beverage, da indústria de alimentação e bebidas; o Horeca, para os setores da hotelaria e restauração onde estão, por exemplo, os equipamentos e as máquinas para este canal; e o Technology – o perfil do visitante é distinto em função destas três áreas.
Na área do Food & Beverage, o perfil de visitante é a distribuição em geral, passando pela grande distribuição, e o ano passado estiveram presentes todas as grandes insígnias. Depois temos também o pequeno retalho, as lojas gourmet.
A área do canal Horeca, os restaurantes e hotéis, é para nós e para os expositores muito importante, principalmente neste ano em que queremos destacar a produção nacional. Porque cada vez mais eles estão preocupados em ter produtos diferentes, produtos, dada a proximidade, mais frescos. E, portanto, os restaurantes e os hotéis são aqui um target muito importante para os nossos expositores e para nós, atrairmos. Na área dos expositores do Food & Beverage, alguns são clientes destes outros do Horeca e por isso é que faz sentido estes dois setores estarem a par, porque uns acabam por ser visitantes dos outros.
Depois, existem algumas empresas que vendem através de distribuidores, há fabricantes que não vendem diretamente aos cafés, restaurantes… Portanto, estamos a fazer o levantamento dos maiores distribuidores para ir ao encontro de um visitante mais adequado. Aliás, a nossa grande preocupação mais do que o número de visitantes, é a qualidade do visitante.

Em relação à presença nacional, qual é a expectativa? Há empresas a participar pela primeira vez e novos produtos a apresentar?
Ainda estamos a receber inscrições, mas neste momento já temos cerca de 500 marcas inscritas. Não quer dizer que tenhamos 500 expositores, porque há expositores que têm mais de uma marca, mas temos cerca de 500 marcas inscritas, temos 50% de expositores novos, o que quer dizer que as empresas estão efetivamente a apostar na Lisbon Food Affair-. Ou seja, o conhecimento da Lisbon Food Affair, o ‘passa palavra’ e o sucesso da edição anterior vieram refletir-se no número de novas empresas.
Eles trazem sempre novos produtos, até porque querem participar no nosso projeto LFA Innovation, mas não informam com muita antecedência. Até porque, tirando os que têm mesmo de o fazer, para se candidatarem ao Espaço Inovação – e mesmo assim nós não os divulgamos, a não ser depois na feira – eles não dizem com muita antecedência os produtos novos que vão trazer. Mas tendo em conta as novas tendências do mercado, tendo em conta que os consumidores hoje procuram coisas diferentes, em todas as edições nós temos produtos diferentes e inovadores.
Claro que um grande objetivo é também antecipar tendências. E é isso que nós tentamos fazer com os nossos expositores. Aliás, nós temos um espaço de food taste, onde é permitido fazer showcooking, e aí os expositores podem fazer demonstrações não só de novos ingredientes, como de novas formas de confeccionar aquilo que já existe.
Pode dizer-se que o espaço LFA Innovation é um dos destaques da Lisbon Food Affair?
Sim. Aliás, e muito também ligado à sustentabilidade. O LFA Innovation vai muitas vezes, ou quase sempre, responder àquilo que nós queremos que seja premiar a sustentabilidade. E cada vez mais isso está a acontecer. Até porque a sustentabilidade é um dos fatores-chave para algumas novas regras que vão aparecer inclusive junto da restauração.

Mas além do espaço de negociação em si e da apresentação de inovação, a feira também tem uma programação complementar. Do que poderia destacar em termos programação complementar?
Para além do Food Taste, temos também apresentações de empresas e workshops de empresas em espaços mais informais. Em termos de discussão, de debate, durante os três dias nós vamos abordar os temas que afetam não só a indústria alimentar, mas também a restauração e a distribuição. Por exemplo, vamos falar sobre a transição digital e a cibersegurança alimentar na cadeia de abastecimento, sobre a problemática do emprego na restauração, e ainda como usar a inteligência artificial para otimizar operações, prever padrões de consumos, personalizar ofertas e desta forma melhorar assim a eficiência e a rentabilidade dos próprios restaurantes.
Porque este ano temos esta grande preocupação para com a área da restauração, com as novas regras ou as novas regulamentações que impactam os restaurantes. E aí estamos a falar de regras que são emanadas pela União Europeia, que a restauração vai ter que cumprir. Mas, simultaneamente, estamos a falar de apoios financeiros e incentivos disponíveis para este setor. E também as regras que podem ser aliadas ao crescimento e à inovação dos restaurantes.

Quais são os setores ou áreas dentro da indústria alimentar que têm registado maior crescimento, segundo o que observam na Lisbon Food Affair?
O crescimento tem sido regular, mas, por exemplo, dentre os setores que são importantes e que os nossos compradores internacionais muito procuram, um deles é o azeite. E vamos ter uma área de azeites interessantes ou marcas interessantes. Mas, globalmente, os setores estão a crescer de forma muito igual.
Este ano vamos ter mais empresas da área do Horeca e do Technology, e no Food & Beverage também temos mais expositores, mas não há nenhum que cresceu muito mais relativamente ao ano passado. Há uma diversidade muito grande de empresas. E percebe-se que mesmo as grandes marcas querem começar a aparecer com novos produtos, às vezes não é com grandes espaços, mas com espaços com novos produtos que querem lançar no mercado
O que é diferente? Eu diria que é não só a produção nacional, mas também produtos diferentes que têm a ver com as necessidades do mercado ou com o antecipar de algumas tendências.
Como eu disse há pouco, quando falei do espaço de inovação, há coisas novas sempre a aparecer na área da alimentação e também na área do Horeca. E é isso a grande preocupação dos nossos expositores, é trazer produtos diferenciadores. Porque, basicamente, quer o que o consumidor, quer o que a restauração procura, são novos produtos que agradem ao consumidor final. Na prática, apesar de nós não termos o consumidor final aqui na feira, porque ela é apenas para profissionais, no final vai impactar o consumidor final, que tem agora novas exigências. E esta feira é o local onde as empresas passam os novos produtos, para aqueles que são a linha de ligação com o consumidor final.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

PR ICONIQ

Bebidas

Nova Delta Q ICONIQ já chegou ao mercado

Desenvolvida pela Diverge, Centro de Inovação do Grupo Nabeiro, a Delta Q ICONIQ acaba de conquistar o German Design Award 2025, na categoria de “Produto de Excelência”, e já está disponível no mercado português.

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A pensar em todos os que apreciam a qualidade de um expresso feito com perfeição e valorizam o design, a Delta Q lança a ICONIQ, disponível nas cores azul, branco e preto.

Segundo a Delta, esta nova máquina combina tecnologia e simplicidade transformando o momento de café numa experiência única e memorável.  Distingue-se pelo design minimalista, ecrã touch e ainda pela sua função de personalização de bebidas, proporcionando três opções de extração de bebidas: expresso, café longo e bebida longa.

Desenvolvida pela Diverge, Centro de Inovação do Grupo Nabeiro, a Delta Q ICONIQ acaba de conquistar o German Design Award 2025, na categoria de “Produto de Excelência”, numa das mais prestigiadas distinções no mundo do design, o que reafirma o compromisso da marca com a inovação, a qualidade e a criação de produtos que aliam a funcionalidade ao design único.

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Bebidas

Costa Boal Family Estates faz aquisição de mais 10 hectares de vinha

Costa Boal Family Estates reforça o posicionamento da marca no território transmontano e alarga produção aos 22 hectares de vinha velha.

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António Boal, CEO da Costa Boal Family Estates, acaba de adquirir 10 hectares, em Mirandela, de uma vinha velha com mais de 65 anos, reforçando o posicionamento da marca no segmento da produção de vinhos de “gamas altas” oriundos de vinhas velhas, a exemplo da referência Palácio dos Távoras.

A vinha, que também inclui 1 hectare de Olival, permite ao produtor totalizar, atualmente, 22 hectares de área de vinha velha, em Trás-os-Montes e entrar no mercado do azeite gourmet. Esta aquisição aumenta a capacidade de produção para cerca de 25 a 30 mil garrafas e integra a estratégia da empresa de acompanhar a tendência do mercado que procura “vinhos premium”, concertando a produção com a comercialização.

“Sempre sublinhei o quanto acredito no potencial das vinhas velhas… aliás, já o referi várias vezes que se fosse hoje teria apostado ainda mais nestas vinhas, pelos vinhos extraordinários que nos permitem criar”, afirma António Boal. “O objetivo desta compra é aumentar a qualidade dos vinhos em portfólio. Os consumidores optam cada vez mais pela qualidade, por gamas altas”, acrescenta o produtor do Douro.

Com raízes no Douro, a 1857, Cabêda, Alijó, a Costa Boal Family Estates alargou, com os anos, o projeto da Região Demarcada, a Trás-os-Montes e Alentejo. Reforçou os laços com o Douro, revitalizando a adega e vinhas de família. Está a investir, recentemente, meio milhão de euros num espaço de armazenamento e engarrafamento de vinhos DOC Douro, na zona industrial de Vila Real, para dar resposta à crescente procura por vinhos premium.  Em breve, arranca a obra do projeto de enoturismo de Favaios, a construção de um hotel 4 estrelas, com adega e restaurante numa quinta com vinha de 5 hectares, num investimento que ultrapassa os 3 milhões de euros.

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I&D

Espaço LFA Innovation reforça compromisso com a inovação no setor alimentar

Com mais de 50 candidaturas submetidas e atualmente em processo de avaliação, esta iniciativa reflete o crescente empenho do setor na aposta em propostas disruptivas.

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A LFA Innovation assume-se como um espaço privilegiado para a apresentação de produtos, serviços, equipamentos e soluções inovadoras lançadas no mercado nacional entre 2024 e 2025. Com mais de 50 candidaturas submetidas e atualmente em processo de avaliação, esta iniciativa reflete o crescente empenho do setor na aposta em propostas disruptivas.

Durante os três dias da Lisbon Food Affair, os profissionais da indústria terão a oportunidade de conhecer, em primeira mão, as mais recentes inovações, analisadas por um júri composto por entidades como a FIPA, APED, AHRESP, Inovcluster, Startup Lisboa, Instituto Superior de Agronomia, Sociedade Ponto Verde e pelas publicações iAlimentar e Grande Consumo.

As candidaturas abrangem uma ampla diversidade de segmentos, com especial destaque para soluções de embalagens sustentáveis, novas categorias alimentares, tecnologias digitais aplicadas à restauração e ferramentas de gestão baseadas em inteligência artificial.

Todos os setores representados na LFA – desde o Food & Beverage ao canal Horeca, passando pelas áreas de Máquinas, Equipamentos e Tecnologias – terão visibilidade na LFA Innovation.

 

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Exportação

Hygienalia 2025 regressa a Madrid de 4 a 6 de novembro

Organização anuncia que tem 75% do espaço já reservado e expectativa de 150 empresas e marcas presentes na feira de higiene e limpeza profissional.

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A próxima edição da Hygienalia, feira do setor da higiene e limpeza profissional  que se realiza em Espanha, organizado pela Feria Valencia, está confirmada para os dias 4 a 6 de novembro de 2025, regressando ao Pavilhão 3 da IFEMA Madrid.

O Comité Organizador reuniu-se a 21 de janeiro, na Feria Valencia, para avaliar as estratégias comerciais da próxima edição, tendo sido revelado que 75% do espaço já está reservado, apesar de faltarem ainda dez meses para a inauguração. A estimativa aponta para cerca de 150 empresas e marcas nacionais e internacionais a marcar presença.

Segundo a organização, a edição de 2023 já tinha demonstrado um crescimento significativo, registando 6.415 visitantes profissionais, um aumento de 6,7% face à edição anterior. O número de expositores cresceu 22%, atingindo um total de 134 empresas.

A Hygienalia  tem o apoio da ASFEL (Associação Espanhola de Fabricantes de Produtos de Limpeza) e da AEFIMIL (Associação Espanhola de Fabricantes e Importadores de Máquinas Industriais de Limpeza), representadas no Comité Organizador por Juan Carlos Cebriá (ASFEL), como presidente, e Antonio Albesa (AEFIMIL), como membro.

A feira conta ainda com o apoio de entidades como a ARVET (Associação Multissetorial de Empresas), bem como das organizações ICEX e IVACE + i Internacional, que promovem a internacionalização das empresas espanholas.

 

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Logística

Grupo STEF com volume de negócios de 4,8 mil milhões de euros em 2024

A contribuição das empresas adquiridas em 2024 impulsionou o forte crescimento das atividades internacionais, anunciou a empresa.

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O volume de negócios acumulado para 2024 ascendeu a 4.800.8 milhões de euros, em comparação com 4.442.1 milhões de euros em 2023. O resultado representou um aumento de 8,1% (+2,8% em termos comparáveis). Segundo a multinacional de origem francesa, a contribuição das empresas adquiridas em 2024 “impulsionou o forte crescimento das atividades internacionais”, enquanto o abrandamento do consumo alimentar na Europa “impactou o volume de negócios no quarto trimestre”.

O Grupo STEF, empresa de serviços de transporte e logística de produtos alimentares sob temperatura controlada, registou ainda um aumento de 8,8% no volume de negócios do quarto trimestre de 2024, com um crescimento de 3,4%, em termos comparáveis, “num contexto económico desafiante”.

Em França, as atividades GMS (Grande Distribuição Moderna), Food Service e Cadeia de Abastecimento de Produtos Frescos continuam a apresentar um bom desempenho, impulsionado pela conquista de novos contratos. “A atividade Food Service pode agora beneficiar da sua densa rede de instalações distribuídas por todo o território francês”, assinala o grupo.

Em Portugal e Espanha, o grupo revela que registou desempenhos sólidos graças a uma evolução positiva do consumo alimentar e a um desenvolvimento comercial sustentado. Já em Itália, a contração do mercado “resultou numa desaceleração significativa das atividades, impactadas por dificuldades operacionais”, enquanto no Reino Unido, e dentro de um contexto de tendência negativa, o volume de negócios foi impulsionado pela integração das atividades da Long Lane Deliveries, uma empresa escocesa adquirida em agosto de 2024.

Na Suíça o Grupo STEF registou “um bom desempenho” graças a um crescimento comercial sustentado e a um efeito cambial positivo, na Bélgica, as atividades crescem, beneficiando dos efeitos de perímetro associados às aquisições das empresas TransWest e TDL Fresh Logistics e nos Países Baixos “prosseguem o seu processo de integração de forma exemplar”, embora o abrandamento dos fluxos internacionais “tenha gerado alguns impactos”.

 

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Alimentar

CONFAGRI e ISA assinam protocolo para formação avançada

“Este é um protocolo que irá disponibilizar uma formação avançada a todos os dirigentes e técnicos do setor cooperativo que sintam a motivação de apreender mais conhecimento nos vários domínios do ramo agroalimentar”, explica Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

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A dimensão social, económica e territorial das cooperativas agrícolas é uma mais-valia para o protocolo que a CONFAGRI e o Instituto Superior de Agronomia (ISA) assinaram e que visa aproximar o conhecimento académico das reais necessidades da agricultura portuguesa, através de projetos de I&D, capacitação técnica, estágios científicos e técnicos, entre outros.

A parceria “surge da extrema necessidade de tornar, no setor agrícola, a tecnologia, a formação e a melhoria de competências em fatores inclusivos, permitindo que estas sejam desenvolvidas a partir do conhecimento empírico dos agricultores portugueses, possibilitando à Academia resolver e antecipar problemas locais que resultem numa visão mais ampla das realidades assimétricas do nosso país”, destaca a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal.

“As cooperativas pela sua capacidade de fixar gente ao território, pela sua produção de alimentos e pela geração de economia que acrescentam, merecem e precisam de aumentar os seus conhecimentos para melhor se prepararem para os desafios futuros. Este é um protocolo que irá disponibilizar uma formação avançada a todos os dirigentes e técnicos do setor cooperativo que sintam a motivação de apreender mais conhecimento nos vários domínios do ramo agroalimentar”, explica Idalino Leão, presidente da Confederação.

Recentemente, a instituição reivindicou ao Governo a urgência de capacitar institucionalmente as cooperativas agrícolas portuguesas. “Apesar de esta iniciativa não substituir esse projeto, é um ponto de partida para o que ambas as entidades consideram ser uma inovadora estratégia de desenvolvimento da economia rural nacional”, conclui a CONFAGRI.

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Retalho

Aldi Portugal reforça presença no Norte do país com novo Centro de Distribuição em Valongo

Localizado no Panattoni Park Porto Valongo, este espaço possibilita uma gestão logística ainda mais eficiente, acompanhando os padrões de sustentabilidade e inovação da marca, sublinha a Aldi Portugal.

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 A Aldi Portugal já deu início às operações do seu novo Centro de Distribuição em Valongo, no âmbito do seu plano de expansão para 2025. Com este investimento, a retalhista pretende reforçar a sua presença no Norte do país, uma região estratégica para o seu crescimento e consolidação da sua posição de discounter de referência.
Dotado de tecnologias avançadas, o novo centro foi projetado para apoiar a expansão da insígnia e tem capacidade para abastecer mais de 70 lojas. Localizado no Panattoni Park Porto Valongo, este espaço possibilita uma gestão logística ainda mais eficiente, acompanhando os padrões de sustentabilidade e inovação da marca.
Esta nova aposta representa uma redução das distâncias percorridas pela frota da Aldi, que se irá traduzir na poupança anual de mais de duas toneladas de CO2 e na otimização de custos operacionais, permitindo ao retalhista discount “oferecer aos seus clientes produtos de elevada qualidade a preços ainda mais baixos, alinhados com o ‘Compromisso ALDI: Preços baixos para sempre'”, anunciado pela marca no início deste ano.
“Dado o aumento do número de lojas ALDI no Norte e Centro de Portugal, esta nova infraestrutura será crucial para acelerar o crescimento da organização, pois permitirá uma resposta logística mais rápida às atuais e futuras lojas, assegurando, consequentemente, a máxima frescura dos produtos”, sublinha André Fradinho, managing director supply chain management da Aldi Portugal. “Este investimento reflete o nosso compromisso em disponibilizar aos nossos clientes uma experiência de compra simples e de elevada qualidade, em todo o território nacional”, acrescenta.
Atualmente, a ALDI conta com 38 lojas na zona Norte, das quais 20 no Grande Porto, sendo que uma das suas grandes metas passa por reforçar a presença nesta zona com a abertura de novos espaços ao longo de 2025.
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