Fileira hortofrutícola quer exportar mais com ajuda da Distribuição
A fileira nacional hortofrutícola exportou 800 milhões de euros em 2010 e ambiciona atingir mil milhões de euros este ano

Rita Gonçalves
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A fileira nacional hortofrutícola exportou 800 milhões de euros em 2010 e ambiciona atingir mil milhões de euros este ano.
À boleia dos operadores da Moderna Distribuição com cadeias de lojas no estrangeiro, mas também com o apoio dos retalhistas cá dentro, os produtores de frutas e hortícolas ambicionam aumentar as exportações para mil milhões de euros no final de 2012.
O primeiro passo está dado. A Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP) e a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) assinaram recentemente um protocolo de cooperação.
“Apesar das divergências entre produtores e distribuidores, estamos condenados ao entendimento. Não há divórcio possível”, sublinha o Presidente da Direcção da FNOP, Domingos dos Santos.
“O sector hortofrutícola está muito desenvolvido do ponto de vista tecnológico. A prova disso é que, em 2010, exportou 800 milhões de euros para os países europeus, Brasil e Canadá. Queremos chegar aos mil milhões em 2012 com a ajuda da Distribuição. Já há bons exemplos de agricultores nacionais que vendem nas cadeias internacionais dos retalhistas portugueses. Somos excedentários em algumas produções. Na pêra rocha, por exemplo, produzimos 220 mil toneladas e consumimos 80 mil”.
Organização interprofissional
Os distribuidores, pela voz da directora-geral da APED, Ana Trigo Morais, comprometem-se em dar preferência aos produtos nacionais e ajudar a promover o que de melhor se faz cá dentro nos mercados externo e interno.
“Cerca de 80% dos produtos hortofrutícolas oferecidos pela Distribuição Moderna são nacionais e comprados, em grande parte, directamente a produtores ou associações de produtores. Trabalhamos com mais de 8.000 produtores e organizações de produtores”.
A produção em Portugal é, no entanto, insuficiente para as necessidades do País. “Segundo as estatísticas agrícolas de 2010, o grau de aprovisionamento nacional para o sector das frutas é de 71,6%. Há um conjunto de produtos que não são produzidos cá e outros que não são produzidos em quantidade suficiente para o consumo interno. Queremos ter produtos nacionais durante todo o ano”.
O acordo com a APED é muito abrangente e pode gerar riqueza para toda a cadeia de valor, garante Domingos dos Santos. A FNOP promete fazer investimentos para aumentar as exportações, o grau de aprovisionamento de produtos essenciais à alimentação e criar de emprego. “Este é um sector que incorpora muita mão-de-obra. Tem uma grande capacidade de empregabilidade”.
As duas entidades comprometem-se ainda a “desenvolver uma política de aproximação entre as empresas de distribuição e produção, traduzida em encontros técnico-profissionais recíprocos, acções de promoção dos produtos e formação profissional, privilegiando a troca de informação no que respeita à normalização, logística e marketing de produtos”, além da criação de uma “organização interprofissional do sector hortofrutícola”.