Tempo seco e sem chuva afecta produção
As previsões agrícolas publicadas pelo INE apontam para um novo mínimo histórico nas superfícies semeadas com cereais de Outono/Inverno, na sequência das condições climatéricas desfavoráveis, ao contrário da campanha oleícola que deverá aumentar.
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Victor Jorge
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De acordo com previsões agrícolas, em 31 de Janeiro, do Instituto Nacional de Estatísticas, o mês de Janeiro caracterizou-se pela continuação do tempo seco e frio, com a prolongada ausência de precipitação significativa a agravar a situação de seca meteorológica em todo o território continental.
Estas condições do estado do tempo influenciaram negativamente o desenvolvimento das culturas, comprometendo em particular a produção de matéria verde nos prados, pastagens e culturas forrageiras. “O aspecto vegetativo destas culturas é fraco, não garantindo a satisfação plena das necessidades alimentares dos efectivos”, adianta o INE.
Já os cereais de Outono/Inverno apresentam um aspecto vegetativo regular, principalmente nas searas instaladas mais cedo, que germinaram bem e desenvolveram-se normalmente até ao aparecimento das primeiras geadas. A manterem-se estas condições de tempo seco, o iNE admite que “começam a levantar-se justificadas preocupações junto dos produtores, uma vez que os baixos teores de humidade do solo, para além de contribuírem para o aumento do stress hídrico, impedem que as adubações de cobertura possam ser efectuadas com eficácia”.
Os efeitos prejudiciais da seca meteorológica também se fizeram sentir directamente nas superfícies destinadas às sementeiras dos cereais de Outono/Inverno. O período óptimo, em termos de teores de humidade do solo, para preparar os terrenos e semear estas culturas foi, este ano agrícola, bastante curto.
As sementeiras efectuadas a partir dos finais de Dezembro, já em défice de humidade, germinaram de forma irregular, havendo alguns produtores que optaram mesmo por não semear ou não concluir as sementeiras entretanto iniciadas.
Este factor, aliado à baixa atractividade dos preços que têm sido pagos à produção, contribuiu para a diminuição das áreas cultivadas de cereais praganosos, face a 2011, com reduções de 10% na cevada e de 5% nos trigos e no triticale. No centeio a superfície semeada deverá rondar os 21 mil hectares, valor semelhante ao registado na campanha anterior.
Quanto ao olival, a produtividade de azeitona para azeite na Região do Alentejo foi bastante superior à do ano anterior, tendo compensado, em termos nacionais, as quebras registadas noutras regiões.
No interior Norte e Centro registaram-se quebras de produção de azeitona para azeite, em resultado das condições climatéricas adversas e de problemas fitossanitários (ataques de mosca da fruta).
Globalmente, o saldo foi positivo, prevendo-se, face à campanha anterior, um aumento de 5% na produção de azeitona para azeite, que deverá rondar as 457 mil toneladas.
Em termos qualitativos, o INE admite que o panorama geral é de que nesta campanha oleícola se venham a produzir azeites de “qualidade superior”, apesar do registo de avaliações menos positivas a alguns parâmetros qualitativos dos azeites produzidos nas regiões mais afectadas pelos problemas sanitários.