Bruxelas propõe estratégia para uma bioeconomia sustentável
De acordo com a Comissão Europeia, uma maior utilização dos recursos renováveis já não é uma opção, é uma necessidade. certo é que a bioeconomia da UE já representa um volume de negócios de cerca de 2 biliões de euros e emprega mais de 22 milhões de pessoas, ou seja, 9% do emprego total na UE.
Victor Jorge
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A Comissão Europeia adoptou recentemente uma estratégia que visa uma evolução da economia europeia no sentido de uma maior e mais sustentável utilização dos recursos renováveis. Com uma população mundial a aproximar-se dos 9 mil milhões no horizonte de 2050 e com recursos naturais finitos, a Europa precisa de recursos biológicos renováveis que permitam garantir alimentos saudáveis e seguros para consumo humano e animal, bem como materiais, energia e outros produtos.
A Estratégia e o Plano de Acção da Comissão “Inovação para um Crescimento Sustentável: Bioeconomia para a Europa” definem uma abordagem coerente, interdisciplinar e trans-sectorial neste domínio. O objectivo é uma economia mais inovadora e hipocarbónica que concilie as necessidades em termos de agricultura e pescas sustentáveis, segurança alimentar e utilização sustentável dos recursos biológicos renováveis para fins industriais, garantindo simultaneamente a biodiversidade e a protecção do ambiente.
Por conseguinte, o plano incide em três aspectos essenciais: desenvolvimento de novas tecnologias e processos para a bioeconomia; desenvolvimento dos mercados e da competitividade nos sectores bioeconómicos e promoção de uma colaboração mais estreita entre responsáveis políticos e partes interessadas.
“A Europa precisa de fazer a transição para a economia do pós-petróleo. Uma maior utilização dos recursos renováveis já não é uma opção, é uma necessidade. Devemos promover a transição entre uma sociedade baseada em matérias-primas fósseis para uma sociedade de base biológica com a investigação e a inovação como motores da mudança. Esta transição é boa para o nosso ambiente e para a nossa segurança alimentar e energética, bem como para a competitividade da Europa no futuro” afirmou a Comissária responsável pela Investigação, Inovação e Ciência, Máire Geoghegan-Quinn.
Por “bioeconomia” entende-se uma economia que utiliza os recursos biológicos da terra e do mar, bem como os resíduos, como factores de produção de alimentos para consumo humano e animal e de produção industrial e de energia. Abrange também a utilização de processos de base biológica com vista a permitir indústrias sustentáveis. Por exemplo, os biorresíduos têm um considerável potencial como alternativa aos adubos químicos ou para a conversão em bioenergia, podendo permitir a realização de 2% do objectivo da UE no domínio das energias renováveis.
A bioeconomia da UE já representa um volume de negócios de cerca de 2 biliões de euros e emprega mais de 22 milhões de pessoas, ou seja 9% do emprego total na UE. Inclui os sectores da agricultura, silvicultura, pescas, alimentação e produção de pasta de papel e de papel, bem como ramos das indústrias química, biotecnológica e energética. Estima-se que, até 2025, cada euro investido pela UE em investigação e inovação no domínio da bioeconomia induza 10 euros de valor acrescentado em sectores bioeconómicos.