Vendas da Jerónimo Martins perto dos 10 mil milhões
O maior retalhista português não pára de crescer e a divulgação das vendas preliminares de 2011 é prova disso: receitas perto dos 10 mil milhões de euros (+13,2%). O motor deste crescimento está a Leste, mais concretamente na polaca Biedronka.
Victor Jorge
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O grupo Jerónimo Martins (JM) alcançou receitas de 9,838 mil milhões de euros no ano de 2011, representando um crescimento de 13,2% face ao exercício de 2010, ou seja, mais 1,1 mil milhões de euros do que no ano anterior.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos admite que “operar em dois países com duas dinâmicas económicas distintas”. Enquanto em Portugal, “num ambiente de cada vez maior degradação do poder de compra dos consumidores, o Pingo Doce e o Recheio registaram crescimentos em termos de like for like (lfl), na Polónia a evolução das vendas da Biedronka, quando considerado o mesmo número de lojas, cifrou-se nos 13,4%, com o volume de negócios naquele país a representar actualmente 59% das vendas consolidadas do grupo”.
Ora, é precisamente no pais de Leste que reside o maior negocio da JM, verificando-se que a Biedronka registou, em 2011, um crescimento total de vendas de 20,4% para os 5,787 mil milhões de euros, tendo contribuído para este desempenho o plano expansão de 239 novas lojas, que elevou o parque total para 1.873 unidades naquele país, sendo que do total das lojas inauguradas, 30% encontram-se situadas nas grandes cidades polacas.
Os dois principais motores deste crescimento foram, segundo afirma a JM, “a evolução das vendas em termos de lfl, para o que contribuíram o aumento de 7,1% de visitas às lojas e o crescimento de 6% cabaz médio, assim como, o elevado ritmo de abertura de lojas”.
Em linha com a estratégia de inovação, no último trimestre do ano, a Biedronka testou um novo layout de loja, com uma maior área dedicada aos produtos frescos, que ocupam agora a entrada da loja, que obteve resultados “muito positivos”, admitindo o grupo que, em 2012, este novo conceito será aplicado a todas as lojas da cadeia.
Já dentro de portas, a JM refere que “tanto o Pingo Doce como o Recheio intensificaram os esforços de diferenciação das suas propostas de valor”, reconhecendo, contudo, que, em 2011, “a oferta comercial manteve-se muito competitiva e comprometida com o objectivo de fortalecer a liderança do mercado, num contexto de contínua mudança de comportamentos de compra por parte dos consumidores”.
Assim, as vendas do Pingo Doce registaram um crescimento de 4,2% para os 2,865 mil milhões de euros, enquanto a operação cahs&carry do Recheio viu as receitas evoluírem 4,9% face a 2010, totalizando 756 milhões de euros, destacando o grupo a contribuição da “abertura de uma nova plataforma de food service e um aumento de 2,4% das vendas lfl” para este resultado.
No caso do Pingo Doce, rescimento lfl de 0,8% reflecte “o efeito do maior número de visitas às lojas, o qual é, em parte, afectado pela redução do ticket médio de compra”, lê-se no comunicado, reforçando a JM que “esta diminuição resulta das mudanças nos hábitos de consumo desencadeadas pelas dificuldades económicas”.
Na Indústria, a JM reconhece que “a maioria das categorias trabalhadas foi alvo de um esforço promocional adicional realizado no último trimestre do ano”, revelando que “o ambiente competitivo e a dureza das condições de mercado conduziram a um decréscimo de 3,2% nas vendas do ano”, fixando o resultado final relativamente ao ano de 2011 nos 228 milhões de euros.
Certo é que, de acordo com as contas da JM, “excluindo o efeito negativo da taxa de câmbio, as vendas consolidadas do grupo teriam atingido os 10 mil milhões de euros”.