Fabricantes de latas espanhóis querem vender mais para cervejeiras
Os fabricantes de latas para bebidas espanhóis querem que os cervejeiros portugueses utilizem mais esta embalagem e alegam que os produtores receiam perder mercado se optarem pela lata.
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Os fabricantes de latas para bebidas espanhóis querem que os cervejeiros portugueses utilizem mais esta embalagem e alegam que os produtores receiam perder mercado se optarem pela lata, em detrimento da garrafa de vidro, mas os fabricantes rejeitam esta ideia.
O vice presidente da Associação de Latas de Bebidas (ALB) da Península Ibérica, Marcos Gonzalez Cuevas, afirmou que “os cervejeiros têm medo de perder mercado para as cervejas estrangeiras se optarem pela lata”, embora reconheça que os consumidores portugueses, ao contrário da generalidade dos europeus, parecem preferir as garrafas de vidro.
E é precisamente este o argumento utilizado pelo secretário-geral da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV), Francisco Gírio, para o facto de somente cerca de 7% da cerveja consumida em Portugal estar em lata.
“Não tenho conhecimento de qualquer aversão das cervejeiras portuguesas relativamente à lata, mas os consumidores preferem beber cerveja de garrafa”, referiu Francisco Gírio.
Segundo os dados disponíveis da APCV, 4,8% da cerveja fabricada, em 2010, em Portugal era de lata, contra 3% um ano antes. Em 2008, o valor apresentado era de 5,3%. Esta percentagem aumenta quando se analisa a cerveja que é consumida em Portugal, pois, do total de 8,3 milhões de hectolitros produzidos, 2,5 milhões são exportações. E Portugal não exporta cerveja em lata.
Assim, feitas as contas, do total dos 5,8 milhões de hectolitros de cerveja produzida e consumida, em 2010, em Portugal 6,8% chegou aos consumidores em lata.
No mercado português, cerca de 70% das latas de bebidas são para refrigerantes, ao contrário do que acontece em outros mercados europeus, em que a diferença entre os dois tipos de bebida não é tão acentuada, aponta a ALB.
“Somos levados a crer que esta diferença irá manter-se em Portugal enquanto a oferta de cerveja em lata não crescer. Se o consumidor não pode optar por um formato ou por outro, a sua escolha fica restrita”, salientou Marcos Gonzalez Cuevas.
O responsável referiu ainda que “colocar a lata com um preço mais elevado do que a garrafa é uma forma de proteger” a embalagem de vidro, cujas vantagens estão relacionadas com a “identidade” de cada marca, pois permitem adoptar uma determinada forma, ao contrário da lata.
É que “estudos realizados junto de consumidores portugueses não revelaram qualquer dado que diga que a cerveja em lata não seria um formato bem recebido”, realça a ALB, depois de ter reconhecido que os portugueses parecem preferir a garrafa de vidro.
De referir que a ALB integra fabricantes de latas de bebidas presentes em Espanha e Portugal, fornecedores de matérias-primas e indústrias relacionadas com esta embalagem. Os produtores nacionais de cerveja utilizam as latas produzidas em Espanha, onde existem três fabricantes de latas: a Crown, a Ball e a Rexam.
*Com Lusa