LABEL 5 entre as 10 marcas mais vendidas no Mundo
O whisky LABEL 5 está a crescer em Portugal e no Mundo. Em 2010, vendeu 29 milhões de garrafas em 100 países e subiu ao Top 10 das maiores marcas mundiais
Rita Gonçalves
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Salutem lança Mini Tortitas com dois novos sabores
LIGARTE by Casa Ermelinda Freitas chega às prateleiras da Auchan para promover inclusão social
Portugal não tem falta de água, não está é a saber geri-la como deve ser
Zippy convida as famílias a explorarem as suas emoções de forma inclusiva
Entrevista a Hubert Wolff, director comercial da divisão portuguesa da “LA MARTINIQUAISE”
O whisky LABEL 5 está a crescer em Portugal e no Mundo. Em 2010, vendeu 29 milhões de garrafas em 100 países e subiu ao Top 10 das maiores marcas mundiais
Hipersuper: Como evoluiu categoria de bebidas espirituosas até Outubro deste ano face ao período anterior?
Hubert Wolff (H.W.): De acordo com fontes do sector, está claro que a macro categoria de bebidas espirituosas está afectada pela situação económica actual. Certas famílias, como a do whisky, por exemplo, já estavam em retrocesso há alguns anos, e assistimos inexoravelmente a um efeito “dominó” no resto da gama. Os produtos nacionais não são poupados e sofrem também com a conjuntura. Por exemplo, segundo dados do IVDP, as vendas de Vinho do Porto no mercado nacional estavam em baixa de -12,4% no fim de Setembro deste ano.
H.: O aumento do consumo de espirituosas em cocktail, pelo menos até ao ano passado, revelou-se positivo para algumas categorias. Esta tendência continua?
H.W.: As bebidas espirituosas à base de cocktail ou aromatizadas permanecem na moda e parece que a família de vodkas, principalmente o fenómeno da “Black”, vá contra a corrente do mercado. A situação, contudo, mantém-se instável. É difícil dizer se esta tendência será ainda actual amanhã.
H.: O aumento do consumo no lar mudou a oferta de bebidas espirituosas em Portugal?
H.W.: O aumento do consumo no lar tem tendência a aumentar, como acontece em outros países, como França, por exemplo, e, no mercado nacional, está directamente vinculado à perda de poder de compra. O aumento do IVA para 23% na restauração deverá acelerar este processo. Neste quadro, o consumidor passou a estar muito atento ao ambiente comercial e promocional, tornando-se “nómada” nos hábitos de consumo e de compra.
H.: Em que canal de distribuição são mais fortes?
H.W.: A nossa actividade concentra-se principalmente no “off trade” e os esforços promocionais realizados directamente para o consumidor, dão os seus frutos com um crescimento sustentado de 21% para a marca LABEL 5 e de 6% para a Porto CRUZ.
Devemos permanecer confiantes para 2012 e aumentar os esforços para contrariar os efeitos da crise. Devemos igualmente, em conjunto com os parceiros da grande distribuição, procurar e trazer, de maneira equitativa, todas as soluções para satisfazer a procura dos consumidores.
H.: Registaram-se nos últimos dois/três anos mudanças significativas nos hábitos de consumo?
H.W.: Os hábitos de consumo de bebidas espirituosas alteram-se e são certamente influenciados pela perda do poder de compra, por certos lobby’s anti-álcool, mas também por uma sociedade mais sensível ao consumo “moderado”. Por exemplo, nos vinhos de mesa, o consumo do vinho a copo nos restaurantes tende a desenvolver-se, favorecendo assim o interesse atribuído ao produto escolhido e sendo devidamente apreciado.
H.: Qual é o consumo per capita de bebidas espirituosas? Qual é a mais consumida?
H.W.: A família dos whiskies permanece, com a de Vinho do Porto, a categoria das bebidas espirituosas por excelência, com 40% das vendas anuais. Apesar deste estatuto, a imagem nem sempre acompanha as novas tendências de consumo que se concentra, para a jovem geração, em produtos mais versáteis, como as bebidas brancas ou à base de cocktail.
H.: O fenómeno da experimentação de novidades tem influência forte nas vendas?
H.W.: As novidades lançadas no mercado têm certamente certa influência nas vendas do sector. Por um lado, porque recrutam novos consumidores, por outro, porque permitem diversificar os hábitos e momentos de consumo. As mesmas respondem também a efeitos da moda que se fazem sentir mais no “on trade”.
H.: Com o consumidor a perder poder de compra, que acções têm desenvolvido para estimular a venda?
H.W.: A actividade promocional é primordial para o comércio das bebidas espirituosas. Uma parte importante do nosso orçamento é alocada a um plano de acções anual que apoia cada um das marcas.
Não é somente para responder à baixa do poder de compra, mas porque o universo concorrencial é importante porque é necessário por em relevo as marcas ao longo de todo o ano. No que nos diz respeito, passa essencialmente pelas promoções ditas “on-pack”, apresentações especiais, provas nos pontos de venda para o Porto CRUZ, por exemplo, mas também por acções nos cartões fidelidade dos grandes hipermercados. Este último ponto é muito importante para a grande distribuição e constitui uma alavanca de desenvolvimento não negligenciável.
H.: As marcas próprias da distribuição continuam a crescer ? O consumidor de espirituosas é pouco fiel às marcas?
H.W.: Assistimos a um desenvolvimento considerável das marcas próprias. É uma estratégia que responde à tendência do mercado, mas que permite aos grandes hipermercados desenvolver as suas marcas sem constrangimentos. Neste âmbito, é verdade que o consumidor pode encontrar nos lineares todas as soluções alternativas em termos de preços e de qualidade. A fidelidade do consumidor é sempre relativa, se consideramos a evolução do poder de compra e o objectivo final do acto de compra.
H.: Quais as marcas que comercializam?
H.W.: As marcas estratégicas são Porto CRUZ, LABEL 5 e POLIAKOV.
A marca LABEL 5 conheceu o maior crescimento mundial no ano passado, com quase 29 milhões de garrafas vendidas em mais de 100 países, assegurando assim o lugar no top 10 das maiores marcas mundiais.
H.: Qual a facturação do grupo? E a evolução estimada para 2011?
H.W.: A facturação da LA MARTINIQUAISE está em constante progresso (+60% em 5 anos) e foi de 930 milhões de euros em 2010, com 320 milhões de garrafas vendidas no mundo. A actividade no mercado português está também em crescimento, com um aumento actual das vendas das principais marcas de bebidas espirituosas de 7% (+21% para LABEL 5 em fins de Outubro), e uma facturação acumulada próxima dos 4 milhões de euros em 2011.