CFO’s do Grande Consumo prevêem crescimento em 2011
Se os “colegas” CFO do retalho se mostraram “cautelosamente” optimistas, os seus pares do Grande Consumo estão mais esperançados no que possa ser o ano 2011, prevendo a maioria crescimento dos seus negócios.
Victor Jorge
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Ao contrário dos “colegas” CFO’s do retalho – que se demonstraram cautelosamente optimistas em relação ao actual ao ano de 2011 – os CFO’s das companhias fabricantes, apesar da volatilidade dos mercados e alterações demográficas prevêem um crescimento para este ano, conclui o estudo da KPMG.
“Existe um elemento de cautela, mas estamos numa estado de fluxo”, diz Willy Kruh, Global Chair da KPMG Consumer Markets. O responsável pelo estudo refere, contudo, que “estamos a viver ainda uma erosão dos gastos à medida que os consumidores estão a gastar menos, por isso o foco na gestão de custos continuar a ser critica”.
Três quartos dos executivos das companhias de consumo inquiridos pela KPMG anteciparam um aumento dos gastos por parte dos consumidores nos seus mercados principais no ano de 2011 face ao ano anterior. “A disciplina na gestão que os negócios de consumo adoptaram em toda este crise económica tornou-os mais eficientes e enxutos, criando base mais fortes para a perseguição do sucesso”, admite Kruh.
Inquiridos sobre o impacto que as crise no Japão e no Médio Oriente possam vir a ter nos seus negócios, 64% dos inquiridos acreditam que terão pouco ou mesmo nenhum impactos nos seus negócios a longo-prazo. Já quanto à realidade ou importância da região da Ásia-Pacífico para o negócio, 80% acredita que a região registará um desenvolvimento e crescimento sustentado nos próximos seis a 12 meses. Os inquiridos – cerca de 291 Chief Financial Officer (CFO) – acreditam mais na volatilidade dos preços das energias, como impacto destas crises, com 51% a antecipar esta realidade a curto-prazo, enquanto 40% acredita numa consequência a longo-prazo.
O estudo CFO Insights: A global survey of Consumer Markets executives revela ainda que, embora a recessão económica na maioria dos países onde actuam teve impacto nas operações, perto de 50% dos CFO ouvidos pela consultora salienta que as companhias saíram melhor preparadas desta crise, com reduções nas estruturas de custos e, como tal, melhor perspectivas de crescimento e relacionamento com o fornecedor.
“Estamos a testemunhar o início de uma agenda custo para crescer no sector do consumo”, admite Mark Larson, Global Head of Retail da KPMG. “Estamos a mover-nos para um novo paradigma, caracterizado por um renovado focus no crescimento, enquanto se preserva a margem e se investe em TI. O sector aprendeu da forma mais difícil que não pode tirar os olhos da bola quando se fala de gestão de custos”.
75% dos inquiridos, por sua vez, esperam um crescimento nos gastos por parte dos consumidores em 2011 m comparação com 2010, prevendo que o maior crescimento aconteça em regiões/países como a Ásia, Índia e/ou América Latina. Já nos EUA e Europa, as previsões são mais calculistas. As tendências de consumo nestas duas regiões apontam para um consumidor ainda focado na poupança, com forte interesse na saúde, segurança e sustentabilidade, menor consumo de produtos de luxo, além de se tratar de uma população a envelhecer.
Mais de 40% dos inquiridos revelaram que manter as margens de lucro será o maior desafio devido a um possível aumento dos custos, descontos e variação cambial, acreditando cerca de 60% que terão sérias dificuldades em aumentar preços.
Finalmente, a maioria dos respondentes disse que aumentará, possivelmente, quota de mercado através de crescimento orgânico: 74% prevê entrar em novas geografias, através de aberturas de loja, acrescentando canais de distribuição ou outras manobras.
“O sucesso para as companhias de consumo que ultrapassaram esta recessão irá depender da sua capacidade para manter eficiente os seus custos e cadeia de abastecimento, bem como criar produtos inovadores e modelos de negócios geradores de crescimento”, concluiu Kruh.