Consumidor no centro das decisões
Desde o nascimento da Hipersuper – a quem aproveito, desde já, para dar os parabéns pelo trabalho e rigor na dedicação ao sector da distribuição – o mercado de retalho […]
Hipersuper
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Desde o nascimento da Hipersuper – a quem aproveito, desde já, para dar os parabéns pelo trabalho e rigor na dedicação ao sector da distribuição – o mercado de retalho alterou-se profundamente. A diversidade de formatos que surgiram, a inovação dos espaços e o desenvolvimento de marcas próprias tiveram um grande beneficiário: o consumidor.
Hoje, o consumidor português tem ao seu dispor o que há de melhor no mundo. Considero difícil, senão mesmo impossível, haver um País europeu onde a distribuição é melhor do que a que existe em Portugal. É um sector focado na satisfação do cliente, na responsabilidade e na sustentabilidade dos seus modelos de negócio.
Vamos pensar mais além… Se o padrão de qualidade da distribuição em Portugal fosse extensível a toda a economia nacional e se todos os sectores conseguissem criar emprego com o mesmo ritmo, teríamos certamente um Portugal bem diferente. Um Portugal rumo à excelência.
Em 2009, quando o País já atravessava dificuldades económicas, os associados da APED criaram 6.606 empregos. Cresceram 4% em volume de negócios e passaram a representar 9% do PIB. O contexto macroeconómico adverso não impediu as empresas de crescerem e de mostrarem grande dinamismo.
Se os últimos 20 anos foram caracterizados por um grande crescimento do parque de lojas, hoje aproximamo-nos de uma fase de maturidade nos centros urbanos (sendo que esta constatação tem leituras diferentes quando se consideram os diferentes segmentos da oferta: pequenos supermercados de conveniência, médios e grandes supermercados, hard e soft discounts, hipermercados, etc.). A nível regional, o cenário é diferente, pois ainda subsistem múltiplas oportunidades que o sector continua a analisar atenta e exaustivamente.
No futuro, continuaremos certamente a assistir à inovação neste mercado. O comércio electrónico será impulsionado. Várias categorias de produtos serão desenvolvidas e surgirão novas. A área de saúde e bem-estar, bem como outras do mercado não alimentar, irão progredir. As cadeias procurarão diferenciar-se da concorrência com estratégias de marketing mais criativas e inovadoras. A tecnologia continuará a influenciar o modo como compramos e vendemos produtos.
A distribuição moderna enfrentará novos desafios, ligados ao ambiente e à sustentabilidade. Já hoje existe uma grande preocupação ambiental. A área ambiental abrange desde os pontos verdes aos selos nas embalagens, passando pela reciclagem e recolha de RSU e lixo orgânico, com regras cada vez mais apertadas. Não esquecendo a reciclagem dos equipamentos eléctricos e electrónicos.
Em termos sociais, a distribuição moderna terá uma voz cada vez mais forte, fruto do reconhecimento do enorme peso que tem na economia e na sociedade.
No futuro, tal como no presente, quem não for ao encontro da vontade do consumidor terá os dias contados. Costumamos dizer que o consumidor escolhe com os pés – se não está satisfeito com a oferta de um retalhista vai comprar a outro. A distribuição moderna já percebeu, há muito tempo que quem decide é o consumidor.
Luís Filipe Reis, Presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED)