Bruxelas retira proposta de regulação da produção de vinho ecológico
A Comissão Europeia retirou as propostas que tinha apresentado para regular a produção de vinho ecológico, face à falta de apoio da maioria dos países.
Victor Jorge
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O comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos, retirou as propostas que tinha apresentado para regular a produção de vinho ecológico, face à falta de apoio da maioria dos países.
A Comissão Europeia (CE) anunciou esta decisão numa reunião de um Comité Permanente sobre Agricultura Ecológica – formado por 27 peritos dos 27 países – com a qual terminam vários meses de discussão, sem que tenha existido um consenso em relação aos reuqisitos que deveriam cumprir os vinhos designados por “ecológicos”.
Bruxelas pretendia impulsionar uma normativa sobre o vinho ecológico, dado esse produto estar excluído das regras relativas à agricultura ecológica).
Actualmente, os produtores que utilizem uvas cultivadas mediante esse tipo de agricultura indicam nas garrafas “Vinho produzido a partir de uvas ecológicas”, sendo que, não existindo acordo em relação à nova norma, continuarão a aplicar essa designação.
Em concreto, Bruxelas propunha para os mostos ecológicos exigir limites de sulfitos inferiores aos dos vinhos convencionais, restringindo ainda os aditivos.
Por outro lado, a proposta não aprovada proibia cinco métodos enológicos e limitava outras três técnicas utilizadas pelos produtores para a produção de vinhos normais.
Um grande número de países – entre eles Alemanha e França – recusaram esta ideia e queriam que Bruxelas alterasse essas limitações, especialmente, no caso dos sulfitos, aos que a CE não cedeu.
“Está claro que as condições para uma nova regulação sobre a produção de vinho ecológico não são aceites pela maioria dos países”, declarou Ciolos. “Não quero forçar um compromisso sobre os requisitos para o vinho ecológico que envie um sinal de dúvida ao consumidor sobre a importância que damos às política de qualidade”, rematou o comissário.