Unilever prepara venda em Itália
A Unilever deverá, durante este mês de Abril, iniciar o processo de venda da sua unidade de alimentos congelados em Itália, existindo já dois grupos de private equity interessa no negócio.
Victor Jorge
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A Unilever deverá, durante este mês de Abril, iniciar o processo de venda da sua unidade de alimentos congelados em Itália, existindo já dois grupos de private equity interessa no negócio.
Permira e Lion Capital, que detêm a Birds Eye Iglo e Findus Group, respectivamente, já concluíram um memorando a enviar à Unilver, avançando os analistas que o negócio deverá ter um valor entre os 500 e 800 milhões de euros.
Fonte próxima do processo disse ao Financial Times (FT) que esperam ainda mais interessados no negócio, dada a obtenção de cash flow estável, avançando ainda que outros compradores estratégicos, como a MacCain Foods, poderão apresentar, também, uma proposta.
A operação italiana da Unilever – Findus Italy – que comercializa refeições prontas, apareceu como negócio alienável em Dezembro do ano passado. Este foi, de resto, o único negócio de alimentos congelados que a Unilever manteve na Europa depois de ter vendido a Iglo e Permira à Birds Eye, um grupo de private equity britânico, por 1,7 mil milhões de euros, em 2006.
A Birds Eye Iglo é, de resto, apontada como a favorita à aquisição da Findus Italy, calculando os analistas que esta operação da Unilever deverá ser vendida entre oito e dez vezes os 65 a 75 milhões de euros em lucros obtidos pela empresa.
A Pinnacle Foods, detida pela Blackstone, grupo de private equity norte-americano, desembolsou recentemente 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 963 milhões de euros), ou seja nove vezes o EBITDA, pela Birds Eye Foods, negócio de congelados nos EUA.
Patrick Cescau, antigo CEO da Unilever, referiu ao FT que decidiu não vender a Findus Italy, em 2006, uma vez “ter sido integrada no negócio de gelados italiano”, que inclui as marcas Viennetta, Solero e Cornetto. Já Paul Polman, que assumiu a responsabilidade máxima da Unilever em 2008, reverteu esta decisão e colocou agora o negócio italiano à venda.
Os analistas consultados pelo FT referem que Polman está mais interessado em “fortalecer o portfólio da Unilever” e “fazer crescer o volume nos mercado, em vez de reduzir custos”.