Securitas aposta no retalho
Em 2006, a Securitas facturou 102 milhões e 10% desse valor correspondeu ao segmento do retalho alimentar e não alimentar (centros comerciais), e a intensão é crescer 5% ao ano. […]

Rute Gonçalves Marques
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Em 2006, a Securitas facturou 102 milhões e 10% desse valor correspondeu ao segmento do retalho alimentar e não alimentar (centros comerciais), e a intensão é crescer 5% ao ano.
Para tal, vão investir forte em serviços e soluções de qualidade, «o nosso objectivo é ter os melhores vigilantes, com o melhor perfil, melhor formação e uma boa estrutura de retaguarda para os acompanhar», afirma Jorge Couto, administrador-delegado da Securitas, responsável pela vigilância humana.
Além de fornecer serviços humanos, a empresa ajuda na escolha da melhor solução tecnológica, «consideramo-nos consultores do cliente, sugerimos determinados equipamentos que devem ser introduzidos na solução de segurança, como complemento», explica o responsável, referindo-se à componente humana e tecnológica da segurança.
Neste processo, trabalham quase sempre com a parceira por excelência, a Securitas Systems. Mas não é exclusivo, também podem propôr outros sistemas e equipamentos não comercializados por esta, até porque muitas vezes estes já estão instalados de raiz.
Ao contratar os serviços da Securitas, é desenhada uma estratégia de segurança que tem em conta o espaço físico, quantas entradas e saídas tem, quais são as áreas mais vulneráveis, qual a sua localização, se representa um perigo maior ou menor e o tipo de cliente que frequenta esse espaço. «Um conjunto de indicadores que necessitamos saber, para sabermos se precisamos de dois, três, quatro vigilantes, porque cada um tem que ter o máximo de produtividade e vai responder a cada uma das necessidades». Desta forma, existe uma forte articulação entre a Securitas e o cliente.
Mas o trabalho de vigilante é bastante exposto e um dos segredos da empresa é a retaguarda, o suporte que dá aos seus funcionários. Há um esquema de segurança definido. Caso se trate de um centro comercial podem haver cerca de 30 vigilantes no terreno, mas se for um supermercado e o segurança estiver sozinho, a ajuda chega em pouco tempo. «Temos dezenas de viaturas permanentes em Lisboa, 24 horas. Temos uma central de controlo, que monitoriza, o vigilante contacta-a, é localizado o recurso mais próximo e desde logo o supervisor se dirige para lá», explica Jorge Couto. Além disso, é feito o contacto com a polícia, decisão tomada em sintonia com o gestor do espaço.
As soluções da Securitas não servem transversalmente todo o sector do retalho, a qualidade do serviço implica um cliente que esteja disposto a pagar. Este é um dos motivos apontados por Jorge Couto para não terem mais quota de mercado, «estamos a falar de uma área onde os orçamentos dos clientes são rígidos e muitas vezes quando procuram um fornecedor na área da segurança, não têm oportunidade de escolher aquele que lhe poderia dar mais garantias».
Parceria Sonae
O objectivo de crescer no segmento do retalho, levou a que conseguissem estreitar uma parceria com a Sonae. Neste momento já asseguram três centros comerciais do grupo: o Cascais Shopping, o RioSul Shopping, no Seixal e o Madeira Shopping. Para além disso, têm o Continente da Amadora.
«Temos no nosso horizonte alargar essa experiência. O nosso objectivo é convencer a Sonae a estender a nossa participação», afirma o administrador-delegado da companhia. As “armas” que pretendem utilizar é a qualidade dos serviços que têm neste momento nos centros comerciais que trabalham.
Fora da Sonae, estão a ultimar pormenores para tratarem da segurança do Fórum Castelo Branco, do grupo MMM, companhia que já é cliente da Securitas e onde já têm cinco centros comerciais.
Novos centros de competências
A nível internacional, a Securitas investe em centros de competência. Um deles é na área dos recursos humanos, que vai trabalhar em todos os países, para melhorar o processo de recrutamento, selecção, formação e avaliação de empregados.
Outro na área da I&D, que visa melhorar os elementos tecnológicos. Há também outros centros de competência para o desenvolvimento do processo de segmentação, «a Europa escolheu quatro elementos e um deles são os centros comerciais».
Tudo isto faz parte da estratégia do novo CEO da empresa, que se baseia na partilha das boas práticas entre os vários países. «Se temos bons modelos, devem ser importados. Por exemplo, em França o segmento do retalho e centros comerciais vale 25% da facturação, eles têm equipas especializadas no segmento, onde já trabalham há muitos anos», afirma Jorge Couto.
O grupo Securitas está em 20 países da Europa e é dividido em três empresas: Securitas SA, Securita Systems e Loomis. Em Portugal, está presente desde 1966, actualmente tem 6300 colaboradores e nove filiais, incluindo Madeira e Açores.