Observatório da Quidgest aponta tendências da IA na transformação digital
O primeiro Observatório Internacional lançado pela Quidgest é dedicado ao estudo e à avaliação do impacto da Inteligência Artificial na transformação digital das organizações e da sociedade.

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O Observatório Internacional reúne as perspetivas de 35 países – 45% participantes de Portugal e 55% de outras nações – sobre o impacto da transformação digital em diversos setores, indústrias, profissões, faixas etárias, realidades culturais e níveis de desenvolvimento tecnológico.
Realizado pela Quidgest, multinacional de origem portuguesa pioneira na utilização de IA para a criação automática de software, centra-se no estudo e à avaliação do impacto da Inteligência Artificial (IA) na transformação digital das organizações e da sociedade. “O que está em causa não é apenas compreender as novas ferramentas, mas perceber quem são os protagonistas da transformação digital, as barreiras que ainda existem dentro das organizações e em que sentido as competências humanas precisam de evoluir. E, claro, onde se posiciona Portugal no cenário tecnológico global”, explica Cristina Marinhas, CEO da Quidgest.
O estudo reúne dados e reflexões estratégicas, enriquecidos com 51 gráficos comentados e 24 tendências-chave para o futuro. De entre estas, o Observatório Internacional Quidgest analisa detalhadamente sete tópicos: introdução à IA, tomada de decisão sobre investimentos em transformação digital, soluções de IA disponíveis e melhoria contínua, níveis de confiança na tecnologia portuguesa, conhecimento e competência na transformação digital e IA, impacto nas organizações do digital impulsionado por IA e tendências, desafios e oportunidades da IA.
“A maior revolução do nosso tempo”
Uma das conclusões do documento centra-se na importância da IA. Os inquiridos dividiram-se em três grupos de opinião, com 65% a considerar a IA uma assistente que facilita a realização de tarefas complexas, melhora a produtividade, a eficiência, complementa e amplia as capacidades humanas. Já 20% veem a IA como uma verdadeira revolução tecnológica do nosso tempo, comparável à Revolução Industrial ou ao advento da Internet. Por fim, 16% dos inquiridos apontam os riscos e desafios éticos, como o medo da perda de empregos, a violação dos direitos de autor e a necessidade de regulamentação.
Outra conclusão centra-se nos maiores obstáculos à adoção de IA, apontados como sendo os sistemas obsoletos, a conformidade e a falta de recursos. A integração da IA com sistemas obsoletos (e a dificuldade ou incapacidade de atualização dos mesmos) é um problema mencionado por 24% das empresas, seguido de perto por preocupações com questões éticas, regulatórias e de conformidade (16%). Outro desafio destacado é a falta de recursos de TI e especialização em IA, que afeta 14% das organizações. E 13% destacaram ainda a resistência à mudança como um desafio significativo.
O Observatório Internacional da Quidgest conclui ainda que o ChatGPT é a ferramenta de IA mais utilizada, mas não é a única. DO total de inquiridos, 30% indicaram o uso do ChatGPT, seguido do Gemini (14%) e do Copilot (10%). As três ferramentas, desenvolvidas por OpenAI, Google DeepMind e Microsoft, respetivamente, “destacam-se pela capacidade de se integrarem facilmente nos fluxos de trabalho diários e proporcionarem suporte prático tanto para tarefas simples como para processos mais complexos de desenvolvimento e automação”, avança o documento, revelando ainda que 46% do inquiridos mencionou a utilização de outras ferramentas de IA, como MidJourney, TensorFlow, PyTorch, BERT, T5, DeepL, Google Cloud AI, Microsoft Azure AI, IBM Watson, Genio da Quidgest e Synthesia.
Tecnologia nacional: confiança, mas pouco investimento
A maioria dos inquiridos (64%) afirmou confiar na tecnologia desenvolvida em Portugal, “um sinal positivo que reflete a perceção geral de que o setor tecnológico português tem capacidade para criar soluções inovadoras e de qualidade”, refere-se no Observatório. Porém, alerta que o orçamento destinado pelas organizações à transformação digital e baixo: 63% dos inquiridos investem entre 0% e 10% do seu orçamento total em soluções ou equipas de desenvolvimento tecnológicas portuguesas. Apenas 2% das organizações afirmam investir mais de 75% do seu orçamento em tecnologia portuguesa.
Outras tema refere-se às equipas com conhecimento de IA, nas organizações, com o documento a concluir, de acordo com 44% dos inquiridos, que está maioritariamente concentrado nas equipas de TI e transformação digital. No entanto, 23% dos participantes acreditam que a gestão de topo é quem possui a visão e o conhecimento necessários para guiar essas transformações. Paralelamente, há uma fatia de 15% indecisa sobre quem possui, afinal, o domínio deste tema.
Já em relação aos resultados do investimento em IA, o Observatório da Quidgest conclui que a maioria das organizações não mede, nem sabe como medir, o ROI (Retorno sobre o Investimento) da transformação digital, com 66% das organizações a indicaram não possuir mecanismos para monitorizar e avaliar o ROI em transformação digital com IA. “A ausência destas ferramentas compromete a capacidade de medir o impacto real da IA e dificulta a tomada de decisões informadas sobre investimentos futuros”, indica o relatório.
ODS mais impactados
São a Indústria, a Educação e a Saúde, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (formulados pela ONU), mais impactados pela IA. Para a maioria dos inquiridos (20%) identificou Indústria, Inovação e Infraestruturas como a área mais positivamente impactada pelos avanços da IA. Educação de Qualidade (14%) e Saúde de Qualidade (13%).
Sobre as conclusões do relatório, Cristina Marinhas diz que os resultados apresentados, “fruto de uma análise rigorosa, oferecem um vislumbre claro do impacto que a IA já está a gerar, mas dão também pistas fundamentais sobre os caminhos a seguir”.
“É um convite para pensar estrategicamente, investir com propósito e apostar na capacitação das equipas, de forma a que possamos liderar com confiança esta revolução tecnológica e contribuir para um futuro mais inovador e inclusivo”, acredita a CEO da empresa tecnológica global, de origem portuguesa, fundada há 36 anos.