CONFAGRI e CAP pedem apoios urgentes para produtores de maçã e castanha
As duas confederações pedem ao Ministério da Agricultura e Pescas a atribuição urgente de apoios aos produtores de castanha e de maçã do Norte do país, fortemente afetados pela tempestade Kirk, no passado dia 09.
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A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI) e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertam para os estragos causados pela passagem da tempestade Kirk, às produções de castanha e de maçã, no dia 09 de outubro, com principal incidência no Norte do país.
A CONFAGRI sublinha, que “muitos foram os concelhos, na região do Douro, cujas produções de maçã e castanha, incluindo as próprias árvores, foram destruídas pela força dos ventos”, com incidência nos concelhos de Lamego, Armarar, Carrazeda de Ansiães, Tarouca, Moimenta da Beira e Valpaços.
Perante esse cenário, apela ao Ministério da Agricultura e Pescas para que “intervenha rapidamente” para apoiar os fruticultores lesados. Nuno Serra, secretário-geral da Confederação, diz ser necessário “uma rápida intervenção no apoio à tesouraria das explorações afetadas” e também “a abertura de uma medida de apoio ao restabelecimento do potencial produtivo perdido”.
CAP refere prejuízos acima dos 40%
Também a Confederação dos Agricultores de Portugal alerta para a necessidade da rápida disponibilização dos apoios. Num comunicado, a Confederação “manifesta a sua total solidariedade para com os agricultores desta região” que reportaram “prejuízos e perdas muito avultadas nas suas produções, nomeadamente maçã e castanha”.
Com base em informações que recolheu junto das organizações suas associadas naquela região, a CAP avança que a violência do vento e da chuva provocou estragos que “não só comprometem a produção da atual colheita – nalguns casos acima dos 40%, impondo prejuízos imediatos e avultada perda de rendimentos aos produtores”, como também colocam em causa a capacidade produtiva futura e a viabilidade da sua atividade, “atendendo aos extensos danos verificados em infraestruturas e sistemas produtivos”.
Nesse sentido, a organização defende a necessidade de o Governo fazer uma avaliação técnica e económica dos estragos “com máxima prioridade”, para garantir a disponibilização “célere” dos apoios aos agricultores.
Dada a cada vez maior frequência de fenómenos climáticos adversos e extremos, a CAP reitera ainda a necessidade de revisão do sistema de seguros para a atividade agrícola para contemplar e garantir cobertura do capital produtivo em situações como as agora verificadas. “As coberturas contempladas pelo Sistema de Seguros Agrícolas (SSA) devem ser revistas o mais rapidamente possível, para que, desde logo, permitam segurar estes acidentes”, defende no comunicado.