José Duarte, presidente da CAMB
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“A CAMB é o garante económico da nossa região”

A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB) está a celebrar 70 anos. A campanha de 2023-2024 terminou com a receção de 47 milhões de quilos de azeitona, mas esta quantidade poderia ser maior, se houvesse mais acesso a água. O mote perfeito para uma entrevista com José Duarte, presidente da CAMB.

Ana Grácio Pinto
José Duarte, presidente da CAMB
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“A CAMB é o garante económico da nossa região”

A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB) está a celebrar 70 anos. A campanha de 2023-2024 terminou com a receção de 47 milhões de quilos de azeitona, mas esta quantidade poderia ser maior, se houvesse mais acesso a água. O mote perfeito para uma entrevista com José Duarte, presidente da CAMB.

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Ana Grácio Pinto
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A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB) tem quatro mil associados, dos quais 1.300 são olivicultores, e aqueles que entregam a azeitona. São 20 mil os hectares de olival dentro da área da abrangência da cooperativa, dos quais 65% é tradicional de sequeiro. A cooperativa comercializa cinco azeites no mercado nacional e nos mercados externos e, mais recentemente, inovou ao lançar outra marca, exclusivamente para a exportação.
“O grande objetivo da nossa cooperativa sempre foi – e para isso é que a cooperativa foi formada – comercializar da melhor forma a produção dos seus associados, valorizar essa produção e, com isso, garantir uma sustentabilidade económica, mas também social, para os produtores”, sublinha José Duarte, nesta entrevista.

A CAMB está a celebrar 70 anos, sete décadas de trabalho com os produtores. O que mudou ao longo destas sete décadas? E, por outro lado, o que a cooperativa mantém inalterado?
O que mudou ao longo destes 70 anos foi, primeiro, a transformação que o olival teve, principalmente nos últimos 20 anos, em que houve uma modernização muito grande, muito fruto do Alqueva. Tivemos água no Alentejo e isto transformou completamente a paisagem, transformou a olivicultura. Hoje, Portugal é uma referência na olivicultura mundial pela tecnologia, pela produção de azeite de qualidade. Nós, apesar de estarmos perto da barragem do Alqueva e de não termos ainda uma área de regadio muito grande dentro da área da abrangência da cooperativa, notamos que houve essa grande transformação.
Em relação aos princípios e os valores, acho que se mantiveram desde a essência da cooperativa. O grande objetivo da nossa cooperativa sempre foi – e para isso é que a cooperativa foi formada – comercializar da melhor forma a produção dos seus associados, valorizar essa produção e, com isso, garantir uma sustentabilidade económica, mas também social, para os produtores. E acho que esses princípios, ao longo destes 70 anos se têm mantido, criarmos um ecossistema dentro da nossa região, muito à volta do azeite e da azeitona, em que praticamente todas as famílias do concelho de Moura têm alguma dependência ou alguma ligação ao olival.
E estando nós numa zona de Alentejo profundo, onde o tecido empresarial é muito fraco, a cooperativa tem, também, essa responsabilidade social. É o grande garante económico, digamos assim, da nossa região. A cooperativa tem quatro mil associados, no geral, dos quais 1.300 são olivicultores, e são aqueles que efetivamente nos entregam a azeitona. Mas, depois, há um leque de pessoas, desde os colaboradores a associados, a prestadores de serviços, a todo o comércio, que acabam, de uma maneira ou de outra, por beneficiar do facto de a cooperativa existir.

A produção média de seis mil toneladas de azeite por ano mantém-se?
Sim, mantém-se. A média dos últimos anos tem sido os 6 milhões. Na melhor campanha da cooperativa, que foi em 2021-2022, obtivemos uma produção de 10 milhões e 500 mil quilos de azeite. Foi a produção recorde.

José Duarte, presidente da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB)

José Duarte, presidente da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB)

A gama comercializada pela CAMB é composta por quantos azeites?
O nosso produto de excelência embalado é o Azeite de Moura DOP. Nós somos a maior e a mais antiga DOP de Portugal e estamos no mercado já há muitos anos com este azeite, que continua a ser a nossa aposta de mercado.
O Azeite Moura DOP é de uma zona certificada, que é a DOP MOURA (Denominação de Origem Protegida). Esse azeite é feito com base num caderno de especificações – em que temos de ter determinadas variedades, variedades autóctones, que estão aqui na nossa região já há muitos séculos – e que nós cumprimos. A maior parte dessa azeitona é proveniente dos nossos olivais tradicionais de sequeiro e tem, obviamente, umas características organoléticas únicas.
Lançamos também um azeite mais premium, o Lote Seleção. É fruto dos melhores lotes de azeite que temos na cooperativa. Todos os anos os nossos técnicos escolhem os melhores lotes, fazem um blend e com base nesse blend comercializamos o azeite Lote Seleção.
No caso do Seleção, é um azeite virgem extra. No Azeite Moura DOP, temos no mercado um azeite virgem extra, um virgem extra bio e também um azeite virgem.
Depois, temos uma marca centenária, o Salúquia. Já esteve nas grandes superfícies na distribuição a nível nacional. Neste momento só está aqui, a nível regional. Temos esse azeite à venda por ser uma marca que tem cem anos e que queremos manter pelo menos aqui para o nosso mercado.
Temos uma outra marca, de um azeite não DOP. É o Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, feito com outro tipo de variedades de azeitona, que lançámos no ano passado para exportação.
Todo o azeite que nós vendemos é proveniente exclusivamente das azeitonas dos nossos associados. Nós não compramos nem azeitona, nem azeite a terceiros.

O que diferencia o azeite produzido na CAMB? Que características tem, o que diferencia do azeite de outras regiões?
O primeiro ponto é a qualidade. O nosso terroir é distinto do de muitas zonas onde existe olival mais recentemente. Não é por acaso que nós temos olival desde o tempo dos romanos, é porque nós temos características edafoclimáticas únicas e a nível organolético os nossos azeites são diferenciados também por causa disso.
E depois, obviamente, as variedades. Nós temos variedades, como é o caso do nosso DOP, onde temos a galega que dá um toque mais suave, mais aveludado, e depois temos azeites um pouco mais consistentes e mais fortes como é o caso da verdial e da cordovil. E estes blends fazem com que o nosso azeite seja diferenciado e muito apreciado pelo consumidor. Há também um saber preparar, fazer, isto é muito importante porque nós andamos no mercado já desde o século passado. E há um conhecimento que muitas vezes passa de pai para filho porque nós já cá estávamos antes desta transformação toda dos olivais.
Mesmo durante a pandemia a cooperativa não parou, nós aqui decidimos que não podia faltar azeite na casa dos portugueses. Trabalhámos com todas as condições de segurança, obviamente, mas fizemos turnos, trabalhámos 24 sobre 24 com turnos mais pequenos, e não falhámos uma única entrega, uma única encomenda que nos fizeram. E acho que da parte do consumidor também há esse reconhecimento de tudo aquilo que nós fazemos e proporcionamos ao mercado e com toda esta qualidade.

A campanha de 2023-2024 terminou com a receção de 47 milhões de quilos de azeitona. De quanto foi esse aumento em quilos e percentagem em relação à época anterior?
Nós viemos de uma campanha muito baixa, a campanha de 2022-2023, em que recebemos 27 milhões de quilos de azeitona, se não estou em erro. As nossas estimativas para a campanha que terminou em janeiro, eram de 40 milhões de quilos. E obtivemos 47 milhões de quilos de azeitona.
No entanto, em relação ao rendimento, tivemos, com os 47 milhões de quilos de azeitona, praticamente os mesmos quilos de azeite que estávamos à espera com os 40 milhões que tínhamos estimado.
Porque o rendimento não é um número fixo. Sofre variações em função do clima: se está mais calor, se atrasa a altura do amadurecimento do fruto ou não, ou se chove. Este ano choveu antes da campanha, o fruto ganhou água e o processo de formação de azeite parou naquela altura. E daí nós trazermos mais quilos, efetivamente, de azeitona para o lagar, mas depois quando é convertido e quando é transformado em azeite, há uma redução de azeite extraído porque efetivamente trouxemos uma grande quantidade de água. Todos os anos há variações em termos de rendimento. Por norma, estamos a falar em 15% de rendimento de azeite por azeitona. Em cada 1000 quilos de azeitona, temos 15%, ou seja, 150 quilos de azeite, em média.

A fraca campanha de 2022, por causa da pouco chuva, resultou na falta de Azeite Moura DOP nas prateleiras dos estabelecimentos comerciais, e levou a CAMB a explicar os motivos…
Na história recente da cooperativa, foi o único ano em que efetivamente nos faltou azeite. O azeite da campanha é vendido durante o ano comercial a seguir. E foi o que aconteceu na anterior campanha. Tivemos uma campanha de 27 milhões de quilos com um rendimento também normal. Satisfizemos os nossos clientes, mas avisamo-los logo no início que tínhamos tido uma campanha fraca e que só tínhamos aquela quantidade de azeite.
E nós temos hoje em dia um handicap em relação a tudo o que se está a fazer aqui no Alentejo de olivicultura moderna. Temos 20 mil hectares de olival dentro da área da abrangência da cooperativa, mas cerca de 65% desse olival é tradicional de sequeiro. E em anos de seca, como há dois anos, que afetou muito o calor na altura da floração, tivemos produções baixíssimas e obviamente que aí não conseguimos abastecer o mercado.

Está a crescer a área de implantação do olival plantado em copa (intensivo), e o plantado em sebe (superintensivo)? Estão a alterar a paisagem, por uma questão de rentabilidade?
Está-se a alterar, mas há um fator que condiciona, neste momento, essa transformação: a falta de água. No concelho de Moura, neste momento, os nossos olivicultores têm dois problemas estruturais. Um é não termos água, não temos ainda blocos de rega do Alqueva. E para se fazer a transformação, para esse tipo de olival mais moderno, mais produtivo, precisamos de água. Enquanto não tivermos, não se pode fazer essa transformação.
O outro problema tem a ver com a rede Natura 2000. Nós temos grande parte dos nossos olivais tradicionais em rede Natura 2000 e esses hão-de continuar a ser sempre olivais tradicionais de sequeiro. Isso é um fator também limitante nas nossas produções. Em termos de área, na nossa cooperativa, por exemplo, em 20 mil hectares, não temos mil hectares de olival em sebe.
Olhamos com muita esperança, para que tenhamos água do Alqueva. Foi prometido, já por dois ministros, e já foi avançada a construção de dois blocos de rega, o bloco de rega de Moura e o bloco de rega de Póvoa Amareleja. E aí, não tenhamos dúvidas, vai haver uma transformação também no olival e um aumento de produção da própria cooperativa.

José Duarte, presidente da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB)Então pode-se dizer que é o que deve ser feito de forma mais urgente? O calor e a chuva fora de época são fatores que os agricultores não conseguem controlar. Mas o acesso à água pode ser controlado…
Sem dúvida. Há aqui duas situações. Se nós queremos combater as alterações climáticas, só o conseguimos com água. Se nós tivermos água, nós conseguimos, primeiro que tudo, fixar as pessoas. E um problema que esta região e que todo o interior do país têm, é como fixar os jovens. Temos que criar condições para que um jovem que se queira instalar na agricultura seja competitivo, tenha rentabilidade. Não pode estar na agricultura para perder dinheiro, porque senão acaba por ir para o litoral e deixa o interior. Essa é a primeira situação.
Obviamente que a construção dos blocos de rega, previstos no nosso concelho, vai criar aqui as condições ideais para transformarmos a nossa região e termos a agricultura, a par de outras valências, como o turismo, como fatores que dinamizem a região, criem emprego e consigamos segurar os jovens à região. E no nosso caso, obviamente, que vemos com urgência a questão da construção dos blocos de rega, até para sermos competitivos. Porque hoje em dia, os agricultores do concelho de Moura e Barrancos, os agricultores do olival tradicional de sequeiro, não são competitivos. E é muito fácil percebermos o porquê. Quando temos produções de dois mil quilos de azeitona por hectare versus produção de 15 mil que dá um olival moderno, estamos a ver aqui a decalagem que há entre agricultores.

É um caminho natural para a CAMB, ‘mudar’ para os olivais modernos?
Eu acho que é um caminho perfeitamente natural a partir do momento em que tenhamos água e nas zonas onde vamos ter água. Porque grande parte dos nossos 20 mil hectares vão continuar no modo em que hoje ainda estão em produção por um conjunto de condicionantes como a rede Natura e por outras onde não há rede Natura mas também não há água. Os olivicultores não podem aí fazer grandes transformações.
Agora, é evolução. E aqui é uma forma de mecanizarmos mais um setor e com resultados. Porque efetivamente a olivicultura moderna dá resultados. Vejamos os números, por exemplo, das exportações de azeite, que em 2023 atingiram o recorde mil milhões de euros, um valor superior ao do vinho, e com um produto de qualidade. E o que nós exportamos é, atrevo-me a dizer, se calhar 100% de azeites virgens entre o virgem e o virgem extra.

São inúmeros os prémios recebidos pela CAMB, em Portugal e no estrangeiro. Estes prémios são também resultado de uma atenção à sustentabilidade dos olivais?
Também. E grande parte do mérito destes prémios está nos nossos olivicultores como é óbvio. Pela forma como trabalham a terra, como cuidam dos olivais. Há uma característica única nesta região: o facto de termos olival desde o tempo dos romanos; há aqui uma paixão enraizada nos olivicultores e a forma de trabalharmos até é diferente e tentamos criar aqui, sem dúvida, uma sustentabilidade. E o tal ecossistema entre o ambiental, o económico e o social é extremamente importante. Estes prémios são o reflexo também do conjunto destes três pilares. Cada prémio que nós ganhamos é obviamente um motivo de satisfação, mas é um motivo de satisfação coletivo. Ao fim e ao cabo, quem ganha o prémio é o agricultor porque é ele que está ao longo do ano a cuidar e a tratar do seu olival.

Como é que os olivicultores trabalham a sustentabilidade? Sabendo que grande parte da produção provém de olivais tradicionais…
Esse olival tradicional por norma é um olival que está a contribuir para baixarmos as emissões de carbono. E depois, no olival tradicional toda a fauna e a flora envolvente acaba também por ser um garante dessa sustentabilidade. E o facto do agricultor cuidar e tratar esse olival é, do meu ponto de vista, o expoente máximo da sustentabilidade. Porque o dia que esse agricultor não for produtivo e não tiver sustentabilidade económica e que decida abandonar esse olival vamos ter aí sim um problema grave naquilo que é a sustentabilidade ambiental.

A UE defende uma produção mais sustentável, com mais ênfase na estratégia ‘Farm to Fork’, com redução de pesticidas e fertilizantes. Alterar procedimentos para uma produção mais sustentável pode levar a uma quebra no rendimento agrícola e acarreta investimentos, às vezes difíceis de comportar sem apoios. Tal pode vir a acontecer no olival?
Vai, se a estratégia ‘Farm to Fork’ for para a frente da forma que foi criada. Houve recentemente um recuo, reflexo das manifestações dos agricultores. A União Europeia não vai fazer nada até junho, como é óbvio, mas depois com o novo Parlamento Europeu o ‘Farm to Fork’ vai voltar outra vez à ribalta e não sabemos de que forma. Obviamente que há uma consciencialização na parte ambiental, mas não nos podemos esquecer de uma coisa: a União Europeia faz parte de um mercado global e ao criar a estratégia ‘Farm to Fork’, estamos a colocar nos nossos agricultores um conjunto de limitações de produtos que a médio e longo prazo o que vão fazer é que tenhamos uma produção menor. Ao haver uma produção menor vai faltar produto no mercado e, das duas uma, ou subimos o preço do produto para equilibrar a balança ou então vamos comprar produtos a mercados fora da União Europeia com regulamentações próprias e que depois entram aqui com mais produto ainda do que aqueles que nos estão a restringir.
Tem que haver um pouco de bom senso e um equilíbrio também e penso que a União Europeia percebeu isso.

Por falar em preços, estes têm vindo a aumentar exponencialmente. Está relacionado com os custos na produção, ou também com um aumento do consumo?
A subida do preço do azeite tem a ver primeiro com uma questão de falta de produção. A nível mundial, viemos de duas campanhas seguidas em que houve produções baixas. E porquê? Choveu menos, fez calor em alturas chave do ciclo produtivo da oliveira, nomeadamente na floração, e isso fez com que tivéssemos produções baixas. E há um país que representa 50% da produção mundial de azeite, a nossa vizinha Espanha, que tem a maior parte do olival também em sistema tradicional de sequeiro, na zona de Jaén, e mesmo o olival de regadio naquela zona tem muitas limitações porque não tem o acesso à água.
Esta quebra de produção em dois anos levou a que não houvesse stocks a nível mundial e tivéssemos aqui uma campanha com pouco azeite e o que aconteceu foi uma subida acentuada no preço.
Mas há algo em que nós temos que pensar também. Fala-se muito que o preço está muito elevado, mas partimos de um pressuposto muito baixo: o preço do azeite há dois, três anos estava nos dois euros por quilo e dois euros por quilo está abaixo dos custos de produção do olival tradicional. Os nossos agricultores do olival tradicional há dois anos estavam a perder dinheiro porque o preço do azeite estava excessivamente baixo.
Tivemos outros fatores: um aumento da inflação a guerra na Ucrânia, a questão da mão de obra. No ano passado nesta altura tínhamos o preço praticamente a sete euros por quilo muito por fruto deste aumento de inflação e dos fatores de produção, da energia. Este aumento agora dos sete para os nove euros foi muito reflexo de não haver azeite no mercado e foi uma forma de se conseguir que se abastecesse o mercado ao longo do ano até ao início da próxima campanha.

José Duarte, presidente da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB)Voltando aos prémios, estes abriram portas na exportação? Que percentagem representam os mercados externos?
Estes prémios ajudam a vender na exportação, mas também a nível nacional. A nossa estratégia sempre foi, desde o início, o mercado nacional até porque não tínhamos azeite para exportação pelas nossas características,: termos safra, contra-safra, termos olival tradicional com menos produtividade não nos dava para planificar. De há 10 anos para cá começamos a trabalhar o mercado de exportação, que representa mais ou menos 15% da venda da cooperativa. Obviamente que os prémios ajudam a abrir portas, é um sinal de qualidade, de notoriedade e obviamente que os nossos parceiros procuram sempre também equipas vencedoras.

A quantos mercados chegam os azeites da CAMB?
Estamos na Polónia, mercado que tem um peso importante para nós, e depois temos o chamado ‘mercado da saudade’: Alemanha, Suíça, França Bélgica, Holanda são os mercados onde estamos presentes. Entrámos nos Estados Unidos o ano passado, com a nova marca, um mercado de difícil entrada, mas o caminho, como se costuma dizer, faz-se caminhando e esperamos, ano após ano, irmos consolidando também essa esta nova marca.

Como surgiu a ideia de criar esta marca exclusiva para a exportação?
As produções da cooperativa foram aumentando ao longo dos últimos anos e ao ter mais produção só nos resta uma coisa: ou continuar no mercado dos embalados ou vender a granel. E a estratégia da cooperativa é vender embalado. Foi isso que nos levou também a criar uma nova marca e lançá-la para a exportação. Com a leitura que fazemos com base nos dados que temos, nos próximos anos vamos ter sempre produções não DOP superiores às DOP, e é mais fácil lançarmos uma marca das variedades de que vamos ter mais produção. Daí apostarmos nessa marca e apostarmos para já no mercado de exportação. Mas, quem sabe, daqui por um ano ou dois anos também apostar nessa marca em Portugal e termos duas marcas mais fortes, conceituadas e reconhecidas também pelo consumidor. Porque estamos a falar de azeites de qualidade superior mas a nível organoléctico com perfis distintos.

A Denominação de origem Protegida do azeite de Moura é a mais antiga?
É a mais antiga, desde 1994 e é composta das variedades Galega, Verdeal e Cordovil.

Tem sido difícil manter esta classificação DOP? No futuro que desafios se apresentam à continuação desta denominação?
Obviamente que há desafios e o primeiro é a produção: temos de ter produção para efetivamente conseguirmos escoar o produto com a nossa marca. Há outros desafios, como o consumidor reconhecer que ao comprar um azeite DOP está a contribuir para que se mantenha uma atividade numa região com características específicas: olival tradicional de sequeiro, com custos de produção elevados, com produções baixas – e que esteja disposto a pagar um preço obviamente superior àquilo que é o preço do mercado. Ao comprar um produto DOP, neste caso o azeite, está a comprar um produto diferenciado de variedades autóctones e que apresentam ao fim e ao cabo uma região e as suas gentes, as tradições e aquelas características.
Esse é o primeiro passo. O segundo passa pelos nossos compradores, pelos nossos parceiros também. Que percebam que quando colocamos um preço superior em relação a um azeite convencional, digamos, é porque efetivamente temos que o valorizar. E muitas vezes o que acontece é que nós não conseguimos vender esse azeite ao preço que pretendíamos por tudo aquilo que lhe falei há pouco. Porque se fôssemos colocar lá todos estes custos para dar rentabilidade ao agricultor, ainda tínhamos que subir muito mais o preço. E quando nós estamos muito acima há sempre uma certa relutância por parte dos nossos players em colocarem o azeite nas prateleiras porque não tem rotação ou porque isto ou aquilo ou porque está muito caro. Mas tem que haver essa consciência de que nós estamos a vender um produto diferenciado e que tem um consumidor fiel e isso é no meu ponto de vista também a parte mais interessante: nós temos consumidores que são fiéis à nossa marca e ao nosso produto independentemente do preço.
E há outra coisa muito importante. O Estado português deveria dar um sinal em relação às DOP e como o poderia fazer? Nos cadernos de encargos, nos concursos públicos para as cantinas para os refeitórios, alocar uma percentagem de 25%, 30% de produtos certificados – azeites queijos, massas, o que fosse, ao que é consumido. É um sinal de que estamos a valorizar o que é nosso, estamos a valorizar o que é diferente.
No plano estratégico da cooperativa está definido o aumento da capacidade de laboração do lagar, de uma forma a responder às necessidades dos sócios e à dinâmica do setor. Como está este objetivo?
Neste momento nas instalações onde estamos, a cooperativa tem capacidade para receber toda a azeitona dos sócios sem sobressaltos. Inclusivamente, depois do ano record que tivemos, de 62 milhões de quilos de azeitona, fizemos alguns investimentos para que não tivéssemos os sobressaltos que tivemos naquela campanha. E estamos perfeitamente à vontade para receber toda a produção atual dos sócios.
Com a construção dos blocos de regra e a sua conclusão, toda esta zona vai sofrer uma transformação. Nós, no nosso plano estratégico, tínhamos algumas soluções e a solução mais credível, na qual já estamos a trabalhar, é a construção de um novo lagar de raiz. É isso que nós vamos fazer dentro de dois, três, quatro anos. É um lagar pensado para crescer de uma forma estruturada e que consiga absorver as produções futuras dos nossos associados. Um lagar moderno, com toda a tecnologia de ponta.
O que nós estamos a fazer é adaptarmo-nos àquilo que o campo depois também vai fazer. Temos vindo a crescer aos poucos e a criar todas as condições para que quando haja produções e anos de muita produção, não tenhamos aqui nenhum problema a nível de receção de azeitona.
Há uma coisa que é extremamente importante e um fator de sucesso e de qualidade dos nossos azeites: o tempo de espera aqui na nossa cooperativa durante a campanha para descarregar a azeitona é muito diminuto. O nosso agricultor chega aqui e passado 30 minutos, 40 minutos no máximo, tem a sua azeitona já descarregada, está no tegão e começa a ser processada. Isso é extremamente importante para manter as qualidades da própria azeitona e depois de transformada temos uma diferenciação também estratégica. Porque é muito importante que não haja perdas de tempo entre o campo e a moenda.

De que necessitam os olivicultores, da parte do poder público, de quem gere e decide os mecanismos de apoio à agricultura?
Primeiro de tudo, que se cumpra a palavra dada. Muitas vezes em campanha ou mesmo sem estarmos em campanha fazemos anúncios que depois não cumprimos e acho que tem que haver seriedade por parte dos nossos políticos em cumprir com a palavra. Esse é o primeiro ponto. O segundo, que não se olhe só para o litoral, mas que se olhe muito também para o interior e que se pense que uma grande parte do nosso território está em vias de abandono e, que, se nada for feito, nos próximos anos criamos um problema muito grave na sustentabilidade até do próprio território. E há que, de uma vez por todas, criar condições. Não estamos a falar só da agricultura. Estamos a falar da educação, estamos a falar de saúde, estamos a falar de acessibilidades para que haja uma maior proximidade entre o interior e o litoral.
A nível da agricultura é cumprir com a palavra e principalmente olhar para uma coisa que é extremamente importante: a água. Tem que se criar uma rede nacional de água e essa rede nacional de água consiste numa coisa muito simples: aproveitarmos a água que do Norte não é aproveitada, vai para o oceano, e trazê-la para cá. E isso traz-se de inverno, não se traz de verão. Não é estar a tirar água aos agricultores e às populações do Norte. É aproveitarmos a altura da chuva, em que a água vai para o mar, e trazê-la para todo o território do interior de Portugal, não só o Alentejo. Só assim é que nós conseguimos ter um país coeso também a nível territorial porque senão vamos ter aqui grandes desigualdades. Onde há água há desenvolvimento, onde não há água não há nada.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

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Mondelēz Portugal duplamente certificada pela cultura de trabalho implantada

As distinções estão relacionadas com a capacidade de criar uma cultura de trabalho positiva e enriquecedora (HappyIndexAtWork) e pelo compromisso com a promoção de ações sociais e ambientais significativas (WeImpactIndex). 

Hipersuper

A Mondelēz Portugal acaba de receber duas certificações da empresa parceira ChooseMyComapny: a HappyIndexAtWork – relacionada com a capacidade de criar uma cultura de trabalho positiva e enriquecedora – e a WeImpactIndex – no âmbito do compromisso com a promoção de ações sociais e ambientais significativas.

A empresa obteve uma classificação “de 90% na recomendação como excelente local para trabalhar”, uma distinção impulsionada “pelos valores de bem-estar, crescimento e responsabilidade social”, destaca num comunicado.

“Na Mondelēz, acreditamos que o sucesso começa com o bem-estar e desenvolvimento dos nossos colaboradores. Estas certificações refletem o nosso compromisso em criar um ambiente de trabalho positivo e inspirador, onde cada pessoa pode crescer e sentir-se valorizada. Em 2025, pretendemos estar ainda mais focados na experiência dos colaboradores, garantindo que a Mondelēz continua a ser um local onde o talento e o propósito andam de mãos dadas”, assegura Agustin Corrales Salas, People Lead Iberia.

As certificações atribuídas à Mondelēz refletem também a visão da empresa no sentido de assegurar um futuro estimulante para os seus colaboradores. “Este reconhecimento é um ponto fulcral na nossa jornada para moldar o futuro da Mondelēz, alinhada com a nossa visão de criar uma cultura de crescimento. Acreditamos que um ambiente de trabalho positivo, onde as pessoas se sentem valorizadas e motivadas, é essencial para o sucesso da nossa empresa. Continuaremos a investir nos nossos colaboradores, promovendo um local de trabalho que impulsiona o talento, a inovação e o bem-estar”, destaca Sandra Leal Vera-Cruz, Diretora Geral da Mondelēz Portugal.

Um exemplo é o programa de voluntariado MDLZ Changemakers, uma iniciativa que a Mondelēz assume com responsabilidade há mais de 10 anos. Em 2024, a Mondelez contou com 82 colaboradores que dedicaram 225 horas a ações de voluntariado corporativo.

Sobre o autorHipersuper

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Alimentar

Museu do Pão e ACIP lançam o concurso ‘O melhor Pão de Portugal’

O mais universal dos alimentos foi o mote para que a ACIP e o Museu do Pão se juntassem para convidar a indústria da panificação nacional a disputar o galardão de ‘O melhor Pão de Portugal’.

Museu do Pão e ACIP (Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares), organizam o concurso que decorre a 10 de maio, no Museu do Pão, em Seia. “O Pão é um elemento fundamental da dieta alimentar em todo o mundo desde há 12.000 anos e é um tema transversal a qualquer cultura gastronómica. De norte a sul, Portugal não é exceção e tem uma rica diversidade de pães nacionais e regionais com uma já longa história”, apresentam os organizadores.

Assim, o mais universal dos alimentos foi o mote para que a ACIP e o Museu do Pão se juntassem para convidar a indústria da panificação nacional a disputar o galardão de ‘O melhor Pão de Portuga’. O evento será apresentado oficialmente a 25 de abril no restaurante Fetich Cool Kitchen, na Covilhã, pela mão do Chef Hélio Loureiro.

Aos jurados do concurso, todos profissionais da área da panificação e restauração, cabe a missão de eleger o melhor dos melhores nas categorias de trigo, broa, centeio, cereais e inovação. Os jurados vão avaliar critérios tão diversos quanto o sabor, uniformidade, cor e brilho, textura, aroma, mastigação e o aspeto geral do Pão.

A 10 de maio, no Museu do Pão em Seia, na Serra da Estrela, cada Pão a concurso será avaliado numa prova cega por um painel de jurados que, numa primeira fase escolhe cinco pães que passam à fase final, na qual os cinco selecionados serão avaliados por um outro painel de jurados para finalmente chegar ao grande vencedor, um por categoria, que será anunciado nesse mesmo dia, ao fim da tarde.
As inscrições no concurso decorrem até 2 de maio e devem ser formalizadas através deste link.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

iServices inaugura nova sede regional no Porto com Academia de Formação Técnica

A iServices acaba de inaugurar a sua nova sede regional no Porto, um espaço corporativo com 156 m² que reforça a presença da marca no norte do país e que será o novo centro de formação contínua para os seus colaboradores.

BRANDED

Neste espaço ganha vida a Academia iServices, uma estrutura dedicada à especialização técnica em reparação e recondicionamento de equipamentos eletrónicos.

Com um design contemporâneo, funcional e acolhedor, a nova sede traduz a identidade da marca num ambiente pensado ao detalhe para promover a ergonomia, o bem-estar e a eficiência no local de trabalho. O layout integra zonas distintas como salas de reuniões, áreas de trabalho amplas, lounge e copa – criando um espaço versátil, adaptado às necessidades atuais e futuras da equipa.

Bruno Borges, Diretor-Geral da iServices, afirma que “com mais de 15 anos de experiência no setor da reparação de tecnologia, a iServices acumulou um know-how técnico único no mercado. A criação da nossa Academia é o reflexo deste percurso: um espaço dedicado à partilha de conhecimento, à formação especializada e à elevação dos nossos padrões de qualidade. Queremos que cada colaborador que passe por aqui se torne não só mais qualificado, mas também mais confiante e preparado para enfrentar os desafios tecnológicos do presente e do futuro.”

Também em expansão internacional, a iServices inaugurou recentemente uma nova sede regional em Bruxelas, criada à imagem da sede de Lisboa. Neste novo espaço, em regime de open space, é promovida a colaboração, a proximidade entre equipas e uma comunicação mais fluida — pilares da cultura organizacional da marca. Com copa, sala de reuniões e zona de convívio, esta sede alia modernidade e funcionalidade, com uma decoração leve e contemporânea.

Com estas duas novas sedes regionais — no Porto e em Bruxelas — a iServices continua a consolidar o seu posicionamento como líder na reparação e recondicionamento de equipamentos eletrónicos. Referir que o headquarters em Lisboa será mantido.

Fundada em 2011, a iServices é líder de mercado na reparação de smartphones, tablets, computadores e na venda de recondicionados com 3 anos de garantia. A marca distingue-se pelo foco no cliente, pela inovação dos seus serviços e por uma visão clara de economia circular, prolongando a vida útil dos equipamentos e contribuindo para um consumo tecnológico mais responsável e sustentável. Atualmente, conta com mais de 100 lojas em Portugal, Espanha, França e Bélgica.

 

 

Sobre a iServices:

A iServices nasceu em 2011, conta atualmente com mais de 450 colaboradores e está presente com mais de 100 lojas em Portugal Continental, Açores, Madeira, Espanha, Ilhas Canárias, França e Bélgica.

A iServices contabiliza mais de trinta mil reparações por mês em equipamentos multimarca (Apple, Samsung, Huawei, Xiaomi, entre outras) sendo ainda o representante oficial, em Portugal, da marca de drones líder do mercado global, a DJI. Antes de qualquer reparação, a iServices realiza sempre um diagnóstico gratuito e sem compromisso. Este serviço de reparação é complementado por uma vasta oferta de acessórios e gadgets de marca própria – a iS. A iServices trabalha com técnicos especializados presentes em todas as lojas e efetua as suas reparações em cerca de 20 minutos. Recebeu em 2019 a distinção como ‘empresa gazela’, em 2025 é considerada “Marca Recomendada”, “Prémio 5 Estrelas” e “Escolha do Consumidor” pelo terceiro ano consecutivo. A marca renova ainda, em 2025, o selo Escolha Sustentável e o prémio “A Melhor Loja”.

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Retalho

Fundo Shoppings Iberia adquire La Vie Caldas da Rainha e La Vie Guarda

“Os ativos em causa são centros comerciais com uma presença relevante nas respetivas regiões”, destacam os intervenientes no negócio.

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O Fundo Shoppings Iberia, gerido pela Point Capital Partners, adquiriu os centros comerciais La Vie Caldas da Rainha e La Vie Guarda, anteriormente detidos por um fundo gerido pela ECS. A operação foi aprovada pela Autoridade da Concorrência, que considerou que a transação não é suscetível de criar entraves à concorrência efetiva no mercado.

“Os ativos em causa são centros comerciais com uma presença relevante nas respetivas regiões, tendo sido adquiridos pela ECS em 2014 no âmbito de um processo de restruturação financeira das sociedades que anteriormente os detinham”, informa o Fundo Shoppings Iberia.

O La Vie Caldas da Rainha está situado no centro da cidade e é composto por um edifício contíguo de quatro pisos acima do solo, destinados ao retalho, e três pisos subterrâneos, dedicados a um parque de estacionamento. O centro comercial dispõe de 61 lojas, incluindo um cinema de 5 salas, e 3 quiosques, com uma área bruta locável total de 14.670 m².
O La Vie Guarda, igualmente localizado no centro da cidade, é constituído por um edifício contíguo que se estende por cinco pisos acima do solo, destinados ao retalho, e três pisos subterrâneos, destinados a um parque de estacionamento. Este centro comercial conta com 76 lojas, incluindo um cinema de 4 salas, totalizando uma área bruta locável de 13.886 m².

Neste negócio, a ECS foi assessorada pela CBRE (mediação), PLMJ (legal), Newcycle (técnica) e EY (fiscal) e o comprador contou com o apoio da VdA (legal), Engexpor (técnica) e EY (financeira e fiscal).

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Retalho

Science4you tem nova identidade visual

No ano em que celebra 17 anos, a marca portuguesa de brinquedos educativos apresenta uma imagem “mais simples, moderna e divertida”.

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A grande estrela deste rebranding é o logótipo, que surge com um design mais simples, moderno e com um sorriso. “A icónica molécula da Science4you ganhou expressão e reflete ainda melhor a missão da marca de tornar a aprendizagem divertida”, apresenta a empresa portuguesa, que está a celebrar 17 anos.

“A Science4you nasceu de um projeto universitário, com um investimento inicial de apenas 1.250 euros. Na altura, o logótipo foi desenhado por mim, sem grandes recursos, mas com muita paixão pelo que estávamos a construir. Hoje, sentimos que era o momento certo para dar um novo rosto à marca, mantendo a mesma essência que nos trouxe até aqui”, recorda Miguel Pina Martins, antigo CEO e atual chairman da Science4you.

Hoje, a marca já não se foca exclusivamente na ciência – embora esta continue a ser a sua base – e produz brinquedos de várias áreas do conhecimento e diferentes tipos de entretenimento, acompanhando as novas tendências e interesses dos consumidores. Com a introdução de novas categorias de produtos e a recente aposta no segmento kidult , a empresa sentiu que era o momento certo para atualizar a sua imagem e alinhá-la com o seu novo posicionamento.

“Este rebranding é mais do que uma mudança estética, é um reflexo da nossa evolução e da nossa visão para o futuro. Queremos continuar a inovar, diversificar a nossa oferta e chegar a ainda mais pessoas, mantendo sempre o nosso compromisso com a educação e a diversão”, refere, por sua vez, Filipe Ramos.

A nova identidade visual da Science4you já pode ser vista em todas as plataformas da marca, incluindo o site e redes sociais. A marca já lançou o primeiro brinquedo com esta nova imagem, a Fábrica de velas – versão encantada.

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ESG

Via Verde cria parceria com a Cooltra para aumentar oferta de serviços de mobilidade

A Via Verde está a alargar a oferta de serviços de mobilidade às scooters elétricas através de uma parceria com a Cooltra, uma empresa de aluguer de curta duração, que opera em Lisboa desde 2017.

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No total, a Cooltra tem uma frota de 400 scooters, todas elétricas, a circular na cidade de Lisboa e que “podem ser alugadas por todos os clientes da Via Verde, bastando para isso aderir ao plano Via Verde Cidade”, refere a empresa.
Para utilizar o novo serviço, os clientes da Via Verde passam a ter na nova App, a localização das scooters disponíveis no mapa ‘Perto de mim’ ou no serviço ‘Scooters elétricas’.

“Este é mais um passo importante na evolução da Via Verde para uma plataforma de serviços de mobilidade com foco na sustentabilidade. A jornada diária dos nossos clientes é cada vez mais multimodal e combina meios partilhados e é, neste sentido, que estamos a desenvolver a nossa oferta, para que os nossos clientes não percam tempo e possam usar o meio de transporte mais rápido e eficaz”, destaca Eduardo Ramos, CEO da Via Verde.

Para Luis Figueiredo, diretor da Cooltra em Portugal, “a integração das nossas scooters elétricas na Via Verde representa um passo importante para facilitar o acesso à mobilidade sustentável em Lisboa”. “Esta associação reforça o compromisso de ambas as empresas em destacar a necessidade de uma mudança para um modelo mais sustentável, oferecendo uma solução de transporte multimodal mais eficiente e amiga do ambiente”, acrescenta.

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Retalho

Grupo Valouro reuniu colaboradores e parceiros para celebrar os 150 anos

O Grupo Valouro integra 35 empresas, emprega diretamente e indiretamente cerca de 3.000 colaboradores e e exporta para mais de 45 países.

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O Grupo Valouro,  um dos maiores grupos avícolas da Europa, comemora em 2025 os 150 anos de atividade. O grupo assinalou a efeméride reunindo cerca de 2000 colaboradores, demais parceiros e representantes institucionais, no CNEMA, em Santarém, num evento de celebração, sob o mote ‘Somos Todos Grupo Valouro’.

José António e António José dos Santos, acionistas e os rostos do Grupo, evocaram os princípios da empresa fundada em 1875. “Agradecemos a todos os colaboradores, parceiros e amigos que têm ajudado a construir o Grupo Valouro; e renovamos o nosso compromisso com a visão e valores dos nossos fundadores”, sublinharam. “Celebrar 150 anos de atividade é um privilégio reservado a muito poucas empresas. Os valores que estão na nossa génese e nos trouxeram até aqui – trabalho árduo, inovação, integridade e ligação à comunidade – continuarão a ser a nossa inspiração”, acrescentaram.

O Grupo Valouro integra 35 empresas – numa operação verticalmente integrada, que abrange agricultura, rações, incubação, multiplicação e engorda de aves, abate, transformação, distribuição, logística, produção de energia, seguros e turismo. Emprega diretamente e indiretamente cerca de 3.000 colaboradores, fornece mais de 4.000 clientes, vende anualmente 650 mil toneladas de produtos e exporta para mais de 45 países.

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Produção

AJAP organiza seminário sobre o Jovem Empresário Rural na Ovibeja

A AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal organiza, a 30 de abril, no âmbito da 41ª Ovibeja, um seminário sobre o JER – Jovem Empresário Rural.

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O evento, que começa às 9 horas, conta, na sessão de abertura com as participações de José Manuel Fernandes, Ministro da Agricultura e Pescas, Paulo Arsénio, Presidente da Câmara Municipal de Beja, Henrique Silvestre Ferreira, Presidente da AJAP e Rui Garrido, Presidente da ACOS.

Segue-se um enquadramento à figura do JER, com Vânia Rosa, Diretora Executiva da EY&AMA, que apresentará o estudo elaborado pela EY&AMA – Augusto Mateus e Associados sobre o Jovem Empresário Rural.

De seguida acontecerá uma mesa-redonda intitulada ‘Renovação do Mundo Rural em Portugal – Cultivar Ideias, Dinamizar o Espaço Rural’, que conta com as seguintes intervenções: Isilda Gomes, Eurodeputada pelo PS, Gonçalo Valente, deputado à Assembleia da República pelo PSD, Nelson Domingos Brito, deputado à Assembleia da República pelo PS, António Mestre Bota, presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, Nuno Palma Ferro, vereador da Câmara Municipal de Beja, Miguel Freitas, professor da Universidade do Algarve, moderado por Firmino Cordeiro, diretor-geral da AJAP.

A terminar o seminário, Maria Castello Branco fará um comentário sobre a ‘Visão do Desenvolvimento Rural’.

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Bebidas

Stratesys implementa plataforma na Sumol+Compal e reforça eficiência nas compras

Com a nova plataforma digital já operacional, a Sumol+Compal passa a contar com uma ferramenta que permite reforçar a transparência, agilidade e eficiência nas negociações com fornecedores, melhorando simultaneamente os fluxos internos e a capacidade de resposta às exigências do mercado.

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A Sumol+Compal concluiu com sucesso a implementação da solução SAP Ariba Sourcing, um passo estratégico na modernização dos seus processos de compras e na consolidação de uma cadeia de abastecimento mais eficiente e colaborativa. O projeto foi conduzido pela Stratesys, multinacional especializada em tecnologias SAP e OpenText.

Esta iniciativa insere-se na estratégia da Sumol+Compal de apostar na inovação como motor de crescimento sustentável e competitivo, refletindo o seu compromisso com a transformação digital dos processos operacionais.

A implementação contou com o envolvimento direto das equipas da Stratesys, da SAP e da própria Sumol+Compal, que trabalharam em estreita colaboração para assegurar uma transição eficaz. “Este projeto é um excelente exemplo de como a tecnologia pode ser um motor de transformação real e impacto concreto no negócio. A confiança da Sumol+Compal na Stratesys para liderar este processo é um motivo de grande orgulho para nós, e o sucesso alcançado reflete o compromisso e a colaboração de todas as equipas envolvidas”, afirma Tiago Lopes Duarte, diretor e partner da Stratesys em Portugal.

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Retalho

Auchan apresenta coleção de livros para os mais pequenos aprenderem a gerir as emoções

A Auchan acaba de lançar uma coleção exclusiva composta por quatro livros que abordam as emoções raiva, ansiedade, alegria e tristeza.

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A pensar nos momentos de pausa partilhados com os mais novos, a Auchan acaba de lançar uma coleção exclusiva, que promete transformar os finais de tarde, a hora de ir dormir, os fins de semana ou qualquer tempo livre numa verdadeira viagem ao mundo das emoções.
Composta por quatro livros que abordam as emoções que todas as crianças  (e até os adultos) conhecem bem: raiva, ansiedade, alegria e tristeza.
A coleção ‘Eu sinto, tu sentes, todos sentimos…’, disponível nas lojas Auchan e na loja online, é apresentada como mais do uma coleção de contos: cada volume inclui uma secção com conselhos práticos validados de uma psicóloga clínica, que acaba por ser um apoio extra para os pais que querem acompanhar e ajudar os filhos a gerir as emoções.
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