Produção global de alimentos e bebidas crescerá 3,2% em 2024
A produção global de alimentos e bebidas crescerá 3,2% em 2024, mas persistem desafios que o setor tem de enfrentar, indica o mais recente relatório da Crédito y Caución.
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A produção global de alimentos e bebidas crescerá 3,2% em 2024, mas persistem desafios que o setor tem de enfrentar, indica o mais recente relatório da Crédito y Caución.
Em 2023, apesar da natureza essencial do setor, os consumidores de todo o mundo reestruturaram os seus hábitos para equilibrar o orçamento familiar perante uma inflação elevada e o aumento das taxas de juros. “A maioria dos indicadores sugere que a desinflação nos próximos meses se traduzirá numa descida dos preços mundiais dos alimentos, embora se mantenham acima dos níveis de 2019”, refere o relatório elaborado pela seguradora de crédito interno e de exportação.
Mudanças no habito de consumo
Na União Europeia, a evolução do setor será condicionada pelo previsível abrandamento geral dos aumentos de preços, mas também pelo aumento dos salários, pela solidez do mercado de trabalho e pela descida das taxas de juro.
“Da mesma forma, o setor enfrenta mudanças significativas nos hábitos de consumo, que incluem a redução das refeições fora de casa, maior sensibilidade aos preços, a primazia das marcas próprias em detrimento de outras de maior qualidade e mudanças na dieta como a substituição da carne vermelha por ovos ou o maior destaque dos vegetais”, indica a Crédito y Caución.
O relatório destaca ainda a questão do financiamento bancário aos produtores e alerta que as explorações agrícolas, os pequenos agricultores e os retalhistas convencionais “estão a sofrer as maiores pressões de liquidez”.
“Além disso, a intensa concorrência exerce pressão sobre as margens estreitas e sobre o seu poder de negociação face aos grandes retalhistas e às cadeias de baixo preço em todos os mercados europeus e cria uma incapacidade de repercutir o aumento dos custos da mão de obra, da energia, da logística, da embalagem ou das matérias-primas”, afira ainda.
Uma situação que leva muitos produtores e transformadores de alimentos a contrair linhas de crédito para financiar as suas necessidades de capital circulante.