Qualidade e segurança: como pode o RFID ser usado em produtos líquidos
Esta entrada no mundo da digitalização por parte do setor das bebidas veio modificar, de forma nunca antes vista, a maneira como a gestão dos produtos é feita em toda a cadeia de distribuição – associar a certificação dos produtos, à sua rastreabilidade e qualidade apresenta-se como uma segurança aos produtores, vendedores e consumidores
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David Pérez del Pino, business unit managing director Checkpoint Systems Portugal & EMEA Channel
Ao longo dos anos de desenvolvimento de tecnologias para a proteção de produtos no retalho, a existência de um componente líquido nos artigos demonstrou ser um desafio aos produtores e retalhistas. A solução passava, muitas vezes, pela exposição dos produtos em caixas para prevenir perdas ou em prateleiras nas quais o cliente não conseguia ter acesso adequado e usufruir de uma boa experiência de compra.
Atualmente, e com a potente tecnologia RFID, os sistemas de etiquetagem foram desenvolvidos de forma a possibilitar não apenas aos retalhistas manter os produtos protegidos, mas também aos produtores garantir a sua qualidade e rastreabilidade e, ao mesmo tempo, dar aos clientes a possibilidade de interagir com os produtos de forma livre antes de os adquirirem.
De um modo geral, e no que ao setor das bebidas diz respeito, por exemplo, a possibilidade de etiquetar na origem uma bebida, podendo rastrear todo o seu percurso até ao consumidor, ao mesmo tempo que evita os mercados paralelos, é um garante de qualidade e manutenção de imagem de marca de valor incalculável ao produtor. Ao mesmo tempo, o alto rendimento destas novas soluções permitem ao retalhista saber, de forma fidedigna, a proveniência dos seus produtos, garantido uma oferta ao cliente de qualidade. Já para o cliente, e no final da cadeia de distribuição, as etiquetas RFID com tecnologia desenvolvida para as bebidas, permite ter a garantia de que se encontra a adquirir um produto de origem, e sem qualquer possibilidade de ter sofrido algum processo de contrafação.
Esta entrada no mundo da digitalização por parte do setor das bebidas veio modificar, de forma nunca antes vista, a maneira como a gestão dos produtos é feita em toda a cadeia de distribuição – associar a certificação dos produtos à sua rastreabilidade e qualidade apresenta-se como uma segurança aos produtores, vendedores e consumidores. Simultaneamente, a tecnologia permite a incorporação destas etiquetas em sistemas de monitorização, segurança e prevenção de perdas tradicionais, demonstrando altos níveis de rendimento e contribuindo não apenas para o incremento das vendas, mas a redução das perdas num setor por vezes sensível às flutuações do mercado e à certificação dos produtos.
A digitalização torna-se parte integral da produção e venda de bebidas, atribuindo aos produtos uma identidade digital única por unidade, que permite acompanhar e monitorizar o produto ao longo de toda a sua vida útil.
Com grande utilidade para os produtores e distribuidores vitivinícolas e de bebidas, esta tecnologia está, ainda, ao dispor da indústria da cosmética e perfumaria, uma vez que a semelhança de desafios apresentados pelos produtores aos provedorespermite construir soluções de forma integrada.
*Artigo originalmente publicado na edição 417 do Hipersuper