Delta apresenta o primeiro café português… e vem dos Açores
“Hoje é um dia muito especial porque celebramos o regresso às origens, a Portugal, com o epicentro nos Açores. Estamos aqui porque queremos valorizar o que é nosso”, afirmou esta segunda-feira Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, na apresentação do lote ‘The Impossible Coffee’, que decorreu em Lisboa.
Ana Grácio Pinto
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‘The Impossible Coffee’ é o novo lote lançado pela Delta Cafés. Chega dos Açores, onde foi produzido e colhido, e é o primeiro café nacional. Cem por cento português, nasce do trabalho de cafeicultores açorianos e da cooperação que está a ser desenvolvida entre a Delta Cafés, a Associação de Produtores Açorianos de Café (APAC) e o Governo Regional dos Açores.
“Hoje é um dia muito especial porque celebramos o regresso às origens, a Portugal, com o epicentro nos Açores. Estamos aqui porque queremos valorizar o que é nosso”, afirmou esta segunda-feira Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, na apresentação do lote ‘The Impossible Coffee’, que decorreu em Lisboa.
O café chegou aos Açores há pouco mais de cem anos pelas mãos de emigrantes de regresso ao arquipélago, vindos de terras brasileiras. ‘Escondida’ em quintais e jardins em oito das nove ilhas açorianas, a produção destinava-se a pouco mais do que consumo próprio e à venda a turistas.
Em 2019, a Delta juntou-se à APAC e ao Governo dos Açores num projeto que tem por objetivo promover o café ‘made in Açores’, difundir conhecimento sobre a sua cultura, responder ao interesse que a produção naquele arquipélago tem suscitado e criar as condições para a certificação da região como a primeira produtora de café da Europa.
Nos primeiros anos, o projeto centrou-se na avaliação e melhoria de todas das fases de produção, transformação e comercialização do café, com o propósito de fortalecer os produtores e estimular a cafeicultura no arquipélago. Para tal, ainda em 2019, foi feito um levantamento exaustivo, elaborado um relatório e dado aconselhamento técnico aos cafeicultores. Com o apoio da International Coffee Partners, a Delta Cafés investiu na formação e qualificação dos produtores para perceber qual o tipo de café que melhor se adequa ao clima açoriano. Este trabalho culminou num estudo, entregue em 2022 ao Governo Regional dos Açores, que revelou o elevado potencial daquela região autónoma para a produção de café.
“Quatro anos depois chegamos aqui, a acreditar que é possível fazer café nos Açores”, sublinhou Rui Miguel Nabeiro”, que deixou um elogio aos cafeicultores açorianos: “Foi graças a estes produtores que os últimos anos a produção de café voltou ao arquipélago e são já muitos os que apostam em pequenas produções”.
Sonho com mais de 100 anos
Desde finais do século XIX até hoje, o percurso do café açoriano passou por várias fases, como referiu Luís Espínola, presidente da APAC, na apresentação do novo lote da Delta Cafés. “A produção tem tido altos e baixos e tem passado por uma produção familiar onde os entusiastas produzem especialmente em ocasiões especiais – o café do Natal, da Páscoa – havendo alguma comercialização ao abrigo de pequenos produtores que já têm marca própria e vendem em pequenos estabelecimentos ou à porta de casa aos turistas”, explicou o responsável, para acrescentar que a fundação da APAC, em 2017, por parte de um grupo de produtores da Ilha Terceira veio dar mais força e visibilidade a este setor. Atualmente agrega mais de 70 associados, que produzem em oito das nove ilhas açorianas.
Presente também na cerimónia de lançamento, o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, afirmou o “enorme orgulho do primeiro café português ser açoriano”, referiu que “com este legado e este passado de trabalho, teremos um amanhã de resultados e de valor social, económico e cultural acrescentado” e destacou o “prestígio” da Delta Cafés que vem acrescentar uma “dimensão nacional para o mundo e para um consumidor que gosta de excelência”.
Em declarações aos jornalistas, à margem do lançamento, Rui Miguel Nabeiro apontou a meta de chegar a “500 agricultores ao fim de cinco anos”. Como não será produzido em grande escala, por não haver área e nem culturas intensivas nos Açores, este café vai posicionar-se “pela qualidade muito elevada, que já tem, mas que é possível ser ainda melhor – e é nisso que queremos ajudar”, acrescentou.
Este primeiro lote do café ‘made in Açores’ estará disponível, em exclusivo e com edição limitada, nas lojas Delta The Coffee House Experience, em Lisboa e Porto.