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Marketing no ponto de venda: tendências e oportunidades

Dez especialistas em comunicação no ponto de venda revelam as tendências que estão atualmente a influenciar as campanhas de shopper marketing e as oportunidades para as marcas que apostam naquele que é o derradeiro ponto de contato entre as marcas e os consumidores e onde ainda são tomadas a maioria das decisões de compra

Rita Gonçalves
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Marketing no ponto de venda: tendências e oportunidades

Dez especialistas em comunicação no ponto de venda revelam as tendências que estão atualmente a influenciar as campanhas de shopper marketing e as oportunidades para as marcas que apostam naquele que é o derradeiro ponto de contato entre as marcas e os consumidores e onde ainda são tomadas a maioria das decisões de compra

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loja futuroDez especialistas em comunicação no ponto de venda revelam as tendências que estão atualmente a influenciar as campanhas de shopper marketing e as oportunidades para as marcas que apostam naquele que é o derradeiro ponto de contato entre as marcas e os consumidores e onde ainda são tomadas a maioria das decisões de compra

SUSTENTABILIDADE CHEGA AOS MATERIAIS DE COMUNICAÇÃO

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A sustentabilidade é uma das grandes tendências dos planos de comunicação para o ponto de venda, aplicada não apenas aos materiais utilizados nas campanhas de shopper marketing, mas também à própria mensagem publicitária, que deve condizente com o propósito e o comportamento das empresas. “São cada vez mais as marcas comprometidas com objetivos focados na sustentabilidade das embalagens e expositores para o ponto de venda. Entre outras medidas, as marcas estão a adotar soluções 100% recicláveis ou reutilizáveis e a substituir os materiais de plástico por alternativas mais sustentáveis”, indica Joana Gonçalves, marketing manager da DS Smith, em declarações ao Hipersuper. A multinacional britânica, especializada em embalagens, expositores e materiais publicitários fabricados em cartão, está a trabalhar com clientes a nível global para substituir mais de mil milhões de peças de plástico por soluções totalmente recicláveis e à base de fibra, até 2025. “Desde o lançamento da nossa estratégia de sustentabilidade, designada Now and Next, no ano passado, conseguimos substituir 170 milhões de peças de plástico por soluções à base de papel para supermercados e retalhistas online em todo o mundo”, revela Joana Gonçalves.

Na opinião da responsável, o futuro dos materiais para o ponto de venda e do packaging passará pelo desenvolvimento de soluções 100% recicláveis e reutilizáveis, que utilizem apenas a quantidade de fibra necessária e contribuam para a redução das emissões de carbono das empresas e para a eliminação dos resíduos.

Joana Petrucci Sousa, diretora de arte na Pimenta Rosa Design Agency, confirma que as marcas estão a apostar forte em materiais mais permanentes e de fácil atualização, mas também em novas soluções mais criativas e com impacto na experiência do consumidor. “Está a crescer a tendência para a procura por soluções mais sustentáveis, principalmente para os materiais de curta duração, acompanhando, de forma coerente, o posicionamento das marcas de uma forma geral”, explica a responsável. “O futuro passa por ativações transversais no ponto de venda e no digital, que, de forma coerente, ofereçam diferenciação, personalização, novas experiências e ofertas aspiracionais que vão ao encontro das necessidades, sonhos e aspirações dos consumidores”, sustenta.

Também Hugo Nobre, CEO e sales & marketing director da WD Retail, evidencia a cada vez maior preocupação por parte das marcas em comunicarem valores e preocupações globais, muito focados em sustentabilidade. “Este facto leva cada vez mais as marcas a selecionarem cuidadosamente os materiais utilizados no ponto de venda e aumentar a opção por materiais mais permanentes, em detrimento dos materiais temporários”, explica o CEO da empresa especializada em design de produto, comunicação visual e marketing no ponto de venda. “Os produtos e marcas deverão ser capazes de transmitir os seus valores e a sua visão do mundo, refletindo-os na sua forma de estar e interagir com o shopper”, defende Hugo Nobre, acrescentando que os consumidores mostram valorizar cada vez mais marcas verdadeiramente responsáveis.

As preocupações com a sustentabilidade, transversais a todas as empresas, estão a refletir-se no ponto de venda, através da utilização de materiais reciclados, a reutilização de materiais e a aposta em materiais mais permanentes e de maior durabilidade, afirma, por sua vez, Mónica Chaves, CEO e fundadora da Brand Key, agência especializada em marketing promocional, trade marketing, marketing digital e eventos. Nesse sentido, a responsável lembra que as novas ferramentas de comunicação digitais apresentam menores custos e são mais amigas do ambiente.

FAZER MAIS COM MENOS INVESTIMENTO

Os períodos mais severos do confinamento afastaram os consumidores do ponto de venda, afetando o investimento em comunicação no espaço físico. Gradualmente, o investimento está a recuperar à medida que as restrições à atividade no comércio e à circulação nos espaços comerciais vão sendo suavizadas, mas o valor do investimento não atingiu ainda os níveis pré-pandemia. Neste contexto, fazer mais por menos é a nova máxima, conta Conceição Pinheiro, diretora comercial da Up Partner. “Fazer mais por menos é fundamental, a máxima que nos orienta continuamente, inovando, simplificando, reutilizando ou reciclando materiais, sempre com o foco ajustado ao que o shopper procura e à sua conversão”. A diretora comercial da agência especializada em retalho, ativação de marca, eventos e marketing digital, defende que, num contexto em que as compras online estão a crescer, o valor do ponto de venda não reduziu. Pelo contrário. “A proximidade com o shopper é cada vez mais importante, o que acontece na realidade é que as marcas têm de dividir o investimento entre as lojas físicas e os canais digitais para que o contacto com a marca e a sua compra seja sempre uma experiência memorável”.
Apesar de o canal digital representar já 6,5% do comércio global e cerca de 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto) português, de acordo com um estudo da Kantar Worldpanel, a prevalência da compra continua a manifestar-se no espaço da loja física. As grandes superfícies e os super e hipermercados continuam a liderar, com 95% dos gastos dos lares a serem efetuados nestes estabelecimentos.

A fundadora da Brand Key lembra, por sua vez, que cerca de 75% das decisões de compra de produtos de grande consumo ainda são tomadas no ponto de venda e que, apesar de as limitações no contexto pandémico terem interferido no contacto e na interação do shopper com os produtos de grande consumo, os bens de primeira necessidade continuaram a ser vendidos. “Apenas os espaços de visibilidade, exposição de produtos e ativação foram sacrificados, condicionando a compra por impulso e, por conseguinte, o valor do ticket médio”, sublinha Mónica Chaves.

À redução das compras por impulso e à diminuição do orçamento familiar, juntou-se o agravamento do custo das matérias-primas e da operação logística e de transporte dos produtos. Como consequência “aumentou o preço de venda ao público dos produtos, fazendo com que o consumidor tenda a escolher menos produtos e ao melhor preço”, declara a responsável da Brand Key, acrescentando que todos estes fatores, em conjunto, contribuíram para reduzir as margens e receitas dos produtores, “tendo como resultado a redução dos budgets para o investimento em comunicação em geral e no ponto de venda em específico”. Para Mónica Chaves, o grande desafio passa agora pela criatividade, permitindo adaptar os planos de comunicação a budgets mais reduzidos.

Tiago Charrua, CEO da Happy Brands, acredita que a comunicação no ponto de venda tem um grande potencial de crescimento. “Se é verdade que a pandemia afastou as pessoas das lojas físicas, também é verdade que o pós-pandemia traz uma avidez pela experiência de compra que tem agora de ser aproveitada. Isto viu-se claramente durante a última época natalícia. As marcas têm de conseguir surfar esta onda, aproveitando a liberdade que as pessoas vão ter nos próximos tempos”, aconselha o líder da agência especializada em publicidade, ativação de marca, design, brand marketing e social media, em declarações ao Hipersuper.

Na opinião de António Janeiro, CEO da in-Store Media em Portugal, as medidas de confinamento, que aconteceram em todo o mundo, reduziram a eficácia de formas publicitárias como o out-of- -home e o digital out-of-home media e conferiram maior relevância à comunicação no ponto de venda, por ser um meio que oferece “maior retorno, imediato e comprovadamente mais eficaz”. “No passado, as marcas balanceavam os seus objetivos de comunicação entre o aumento da notoriedade e o aumento do volume de negócios, entre outras estratégias de comunicação. Agora, as marcas estão concentradas em fazer campanhas com o objetivo de aumentar a rotação dos produtos anunciados e trazer vendas adicionais imediatas”, assevera António Janeiro.

COMUNICAR COM UM CONSUMIDOR MAIS CONTROLADO E SELETIVO

Se o consumidor deve estar no centro do desenvolvimento de uma campanha de comunicação, é mandatório perceber como a pandemia tem influenciado e continua a influenciar o comportamento dos shoppers. Segundo dados da in-Store Media, recolhidos nos mercados onde a agência de shopper marketing de origem espanhola opera, os consumidores continuam preocupados com o controlo dos gastos e, por isso, fazem listas de compras com antecedência e comparam mais os preços. Além disso, os consumidores alargaram o leque de escolha adquirindo produtos diferentes dos que habitualmente compram, o que os leva a ser mais seletivos quando estão em frente às prateleiras das lojas. “Por isso, a tendência que está a influenciar os planos de comunicação é, sem dúvida, a dos circuitos de sinalética digital que permitem usufruir, numa loja física, de elevados níveis de personalização, rapidez e flexibilidade de conteúdos, que criam novas experiências em loja e surpreendem os consumidores, juntando, assim, dois mundos, o online e o físico, num só”, afirma António Janeiro.
El Corte Inglés, Carrefour, Continente, Auchan, E.Leclerc e Walmart são insígnias que estão a apostar nesta estratégia, exemplifica. “Esta estratégia, centrada no cliente, confere ganhos evidentes ao nível da fidelização, da satisfação de compra e do aumento do valor do cabaz”, garante o responsável da inStore Media.

É certo que as limitações à atividade do comércio e à lotação dos espaços comerciais são cada vez mais suaves, mas, como lembra Joana Petrucci Sousa, as regras sanitárias ainda estão na cabeça de todos os consumidores. “Os consumidores mantêm um maior foco na compra, limitam o tempo de permanência nas lojas físicas ao estritamente necessário (…), planeiam mais as compras em função das necessidades e compram em maior quantidade diminuindo o número de visitas às lojas”, resume a diretora de arte da Pimenta Rosa. Para chamar a atenção do consumidor, as marcas estão a apostar “em formatos poupança e familiares e numa estratégia focada na
vertente promocional, preços especiais e reduções”.

A mudança de periodicidade de visitas à loja e a diminuição do valor do cesto de compras dificulta a análise dos dias de maior tráfego no ponto de venda de forma a direcionar as campanhas para esses dias, lembra Rui Goulart, managing partner da Brandp, agência especializada em ativação de marca, marketing operacional e field marketing.

O maior planeamento das compras em função da crise pandémica e económica não afeta, no entanto, todos os segmentos de mercado em igual medida. António Costa e Silva, diretor geral da agência Happen, recorda que a pandemia trouxe novos momentos de consumo para dentro do lar que antes eram repartidos ou feitos maioritariamente fora do lar. “Recordo-me do café, dos refrigerantes, das bebidas alcoólicas e dos snacks”. E outros segmentos houve que incrementaram as vendas, como os produtos de limpeza. “O comportamento do shopper alterou porque se alteraram os hábitos sociais em grande escala”. De uma forma geral, o diretor da agência especializada em digital e comunicação no ponto de venda reconhece que há uma alteração de comportamento do consumidor provocada pela crise, evidenciada na escolha dos chamados bens de primeira necessidade em detrimento de outros, “muito embora, ao mesmo tempo, se continue a registar um crescimento de vendas de marcas e produtos com ingredientes orgânicos, de origem natural e responsável ou com preocupações sustentáveis e até sociais”.
Em resposta a estas alterações no consumo, marcas, insígnias e agências estão a apostar em “estratégias promocionais mais diretas, em ações de comunicação com oferta de prémios que possam realmente fazer a diferença na vida das famílias, seja através da oferta de prémios mais relevantes, como concursos com oferta de casas e dinheiro para pagar a renda, ou através da associação a IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) e ONG (Organizações não Governamentais), em campanhas conjuntas com uma componente de solidariedade e responsabilidade social, por exemplo”, exemplifica.

DIGITAL GANHA ESPAÇO NA LOJA FÍSICA

Em 2021, o mercado de publicidade digital registou uma forte aceleração em Portugal, com um crescimento em valor de 30%, face ao ano anterior, alcançando receitas de 300 milhões de euros, segundo um estudo da IPG Media Brands. A cifra representa uma quota de mercado de 30%, abaixo da média europeia, onde o digital representa já uma participação de 60%. Apesar de estar a crescer, o mercado digital está ainda pouco maduro em Portugal, considera Conceição Pinheiro, justificando com o valor do investimento publicitário canalizado para a televisão, que ainda representa a maioria do orçamento das marcas para publicidade. No ano passado, 4,6 milhões de portugueses fizeram pelo menos uma compra online, uma tendência que deverá manter-se este ano. Face a estes números, “são precisas estratégias claras que acompanhem o funil de compra e a customer journey, concretamente neste canal”, aconselha a diretora comercial da Up Partner.
Nos planos de comunicação para o canal digital distinguem-se duas estratégias principais, consoante a dimensão das empresas, realça a responsável. “As grandes marcas trabalham posicionamento no digital com base na frequência e mantendo investimentos digitais ao longo do ano, nomeadamente em vídeo, que são reforçados em períodos chave para as suas vendas. Com orçamentos maiores, é possível que estas marcas façam ações diferenciadas de brand content e com influenciadores pertinentes”. Já as marcas mais pequenas estão a focar-se em “esforços digitais mais estratégicos, como, por exemplo, microinfluenciadores, comunicação orgânica focada em gerar tráfego, SEO e vendas nas redes sociais”.

Perante estas tendências, as marcas têm procurado criar novos ambientes nos espaços físicos mais centrados em elementos digitais que permitam uma maior ligação entre a comunicação feita nos meios online e offline, comenta Hugo Nobre. “Os conteúdos digitais ganham cada vez mais espaço nas lojas físicas”, reitera o CEO da WD Retail. As marcas estão a apostar cada vez mais em soluções e equipamentos digitais, com gestão remota de conteúdos, para implementação em lojas físicas. “Estas soluções permitem às marcas uma adaptação de toda a sua estratégia comunicacional de forma muito mais rápida, reforçando e adaptando a interação com o consumidor a cada momento da compra”, sublinha o responsável, acrescentando que, alinhada a esta estratégia digital, as marcas mostram também “uma maior preocupação em melhorar continuamente os planogramas no linear, apoiados por materiais de publicidade para o ponto de venda que melhorem a gestão de categorias e as tornem mais claras e de fácil perceção para os consumidores”. A procura por soluções digitais está a aumentar por dois motivos principais, resume Hugo Nobre. Desde logo porque “a substituição de materiais estáticos por soluções digitais permite captar em média três vezes mais a atenção do consumidor”, depois porque estas estas soluções “têm um forte impacto na captação do interesse do cliente e consequente impacto nas vendas, além de todos os benefícios associados à gestão de conteúdos e à pegada ecológica”.

Entre as soluções mais procuradas pelas marcas, estão por exemplo os QR Codes e passatempos na esfera digital que promovem novas experiências de marca para fora do ponto de venda”, elucida a fundadora da Brand Key.

A marketing manager da DS Smith indica, por sua vez, que, nas compras online, a criação de estratégias personalizadas é uma estratégia com eficácia comprovada. “Estas podem ser conseguidas através das embalagens que chegam ao consumidor, criando uma experiência de unboxing inesquecível e prolongando a mensagem da marca”, por exemplo. Tendo em conta o ruído publicitário que caracteriza o mercado online, é mais difícil distinguir uma campanha no meio digital.

Para contornar este obstáculo, a in Store Media só oferece circuitos publicitários nos sites dos retalhistas com os quais trabalha e onde os impactos são organizados com sentido. “Não são invasivos. O principal objetivo dos nossos espaços é ajudar o shopper e impactá- -lo quando faz sentido na sua jornada de compra. Desta forma, os anunciantes não sofrem pressões excessivas resultantes da competição pelo destaque, uma vez que os espaços já estão pensados para que isso não seja necessário e para permitir, a cada momento, destacar uma marca ou um produto em menor grau”, explica António Janeiro.

“Há de facto uma massificação em alguns meios digitais e isso pode ser um problema para as marcas”, constata Tiago Charrua. O CEO da Happy Brands afirma que, nestas circunstâncias, o conteúdo assume uma enorme importância. “É importante termos uma estratégia consolidada que privilegie a criatividade do conteúdo”.

Joana Petrucci Sousa afina pelo mesmo diapasão. “Há uma aposta clara em fazer conteúdos mais relevantes e originais, menos quantidade, mais qualidade, para levar as pessoas a partilharem e a guardarem”, atesta a diretora de arte da Pimenta Rosa, aconselhando as marcas a simplificarem as mensagens, direcionando mais para o público- -alvo e para as suas necessidades e expectativas, focando menos na marca. Explorar diferentes formatos é mais uma tendência. “Aqui, vemos os vídeos curtos e os áudios como o formato de eleição e a gerarem bastante engagement”.

OMNICANAL: DIGITALIZAR A COMUNICAÇÃO NA LOJA

O futuro das compras na grande distribuição passa pela integração dos mundos físico e online, ou seja, pela omnicanalidade. E esta tendência é já uma realidade presente nas estratégias de comunicação das principais marcas, atesta Rui Goulart. “Esta estratégia integrada passa muito pela uniformização da comunicação em todos os canais, sejam físicos ou digitais, comunicando a mesma imagem, promoções e passatempos em todos estes canais”, sublinha o managing partner da Brandp. A utilização de QR Codes, realidade aumentada e aplicações mobile são alguns exemplos “quase obrigatórios” atualmente nos materiais promocionais implementados no ponto de venda.

Esta comunicação integrada, coerente nos conteúdos, na forma e nos meios, remove, per si, as barreiras entre as diferentes disciplinas de comunicação, acredita a CEO da Brand Key. “Sendo diferentes, são complementares. Cada qual tem a sua função dentro do seu touchpoint específico, mas deverão todas convergir para um objetivo comum, trabalhando a imagem de marca de forma consistente”, assegura Mónica Chaves.

Na visão do CEO da inStore Media, se o canal digital permite maior personalização e adaptação aos perfis dos consumidores, segundo critérios demográficos, socioeconómicos, comportamentais, entre outros, já a compra em loja deve evoluir para acompanhar o nível de sofisticação do canal online e aproximar a coerência e a consistência da experiência de compra nos dois ambientes. “O elo que une estes dois mundos é precisamente o da digitalização da comunicação do ponto de venda físico, porque permite aplicar com a mesma celeridade do online o conhecimento do shopper que é gerado pelos dados obtidos durante a jornada de compra”. António Janeiro aconselha as marcas a considerarem a estratégia omnicanal logo no início da criação das campanhas de forma a aproveitarem os atributos de ambos os canais e terem uma comunicação mais eficaz e adequada a cada momento de compra.

Para influenciar a decisão de compra e proporcionar momentos memoráveis para os seus clientes, as lojas físicas estão a enriquecer a experiência do consumidor através, por exemplo, “da utilização de expositores sensoriais, que explorem a luz ou o som, e de expositores interativos, que utilizem tecnologia, como touchscreens e funcionalidades de realidade aumentada, exemplifica a marketing manager da DS Smith. “Estes podem ter uma grande influência nas decisões de compra e na criação de momentos memoráveis para o cliente, que reforçam a ligação à marca”.

As marcas estão ainda a apostar em “canais abertos para uma comunicação direta e eficaz” com os consumidores e são atualmente muito “mais rápidas a implementar novas soluções no mercado, com o auxílio das insígnias, do que há uns anos, demostrando maior disponibilidade em testar o mercado e retificar, se for esse o caso”, acrescenta o diretor-geral da Happen.

A receita para conceber um plano de comunicação omnicanal eficaz passa, na opinião de Pedro Colaço, diretor geral da APS Media, por conseguir utilizar todos os meios de comunicação à disposição das marcas, na medida em que conseguem atingir um elevado número de consumidores no local ideal e num maior número de lojas.

A passagem de comunicação do canal físico para o online deve ser feita de forma simples e coerente, aconselha Joana Petrucci Sousa. Como? “Simplificando a mensagem no ponto de venda ao estritamente necessário e alinhando o layout entre as plataformas tendo em conta as suas restrições e características”, explica a diretora de arte da Pimenta Rosa.

As marcas estão também atualmente preocupadas com a fidelização dos clientes em ambos os canais, esclarece Tiago Charrua. “Quer no digital quer no físico, assistimos a uma tendência crescente de preocupação com o pós-venda, nomeadamente através de questionários de satisfação, de vouchers e ofertas, tudo o que possa ajudar a um regresso”, conta o CEO da Happy Brands.

LOJA DO FUTURO POTENCIA AUMENTO DO LUCRO

As lojas do futuro têm potencial para aumentar os lucros no espaço físico entre 5% a 15%, em apenas alguns meses, concluiu recentemente um estudo da consultora BCG. Mas, afinal, o que é uma loja do futuro? “São espaços físicos que potenciam as ferramentas digitais para aumentarem a experiência do consumidor. São lojas phygital que misturam características online e offline e que procuram oferecer aos seus clientes serviços impossíveis de prestar apenas digitalmente”, define Conceição Pinheiro, diretora comercial da Up Partner. De acordo com a experiência e a visão da Up Partner, as marcas irão privilegiar ações que vão além da exposição do produto, recorrendo à tecnologia para criar experiências sensoriais que se ajustem aos desejos dos novos consumidores que, além de perfeitamente familiarizados com o mundo digital, já não se imaginam a consumir fora dele”, acrescenta Conceição Pinheiro. É por isso que a presença de elementos digitais nas lojas físicas está a aumentar a olhos vistos. “Seja por intermédio de sistemas inteligentes de checkout, que promovem uma maior conveniência dada a ausência de filas de espera, seja por mecânicas de gamification, que potenciem uma maior interação do consumidor com um produto específico, ou através de painéis informativos que facilitam e direcionam o percurso do cliente dentro da loja, a presença de dispositivos móveis nos espaços físicos do retalho tradicional está a disseminar-se a um ritmo alucinante com o objetivo de permitir ao shopper uma experiência de consumo diferenciada, fluída e integrada”, finaliza a responsável.

MEXER COM AS EMOÇÕES DOS CONSUMIDORES

Apesar de todas as mudanças registadas na forma de comprar e no consumo, o foco e o esforço das marcas continuam a ter de estar centrados nas pessoas, naquilo que as motiva e as envolve emocionalmente com as marcas, seja em ambiente físico, digital ou híbrido, aconselha Conceição Pinheiro. “Para vencermos os novos desafios, a condição absoluta é conquistarmos e assegurarmos no tempo um patamar de relevância para o shopper, criando uma ligação emocional com as marcas em cada um dos touchpoints”, recomenda a diretora comercial da Up Partner.

Depois de um período de retração nos investimentos em comunicação, as marcas vão “gradualmente poder voltar a adotar uma comunicação mais sonhadora e menos focada nos temas da pandemia que marcaram muito os últimos dois anos”, acrescenta o CEO da Happy Brands.

ESPAÇOS TAYLOR MADE NO PONTO DE VENDA

As marcas têm vindo aumentar a procura por espaços diferenciados no ponto de venda, diferentes dos tradicionais, e concebidos à medida dos objetivos de cada campanha de comunicação, em detrimento de opções de ativação de marca que envolvem maior interação com os consumidores, mas agora mais difíceis de implementar por razões sanitárias, dá conta o diretor geral da agência Happen. “As marcas têm continuado a apostar, agora talvez de forma mais evidente – além da decoração e, por vezes, da gestão de categorias -, em adquirir posições adicionais nos espaços comerciais, construindo ou decorando não só os espaços mais tradicionais, como são exemplo os topos, laterais de topo, ilhas temáticas e checkouts, e aproveitando oportunidades taylor made para expor e comunicar os seus produtos, uma vez que estas constituem apostas seguras e eficazes, sem quaisquer constrangimentos para os shoppers ou para a navegação em loja”, diz o diretor geral da Happen. Na opinião de António Costa e Silva, a comunicação nos lineares e sobretudos nestes espaços adicionais tem melhorado a sua qualidade. “As ideias são mais bem trabalhadas, desde o conceito criativo à qualidade e durabilidade dos materiais, passando pela testagem de várias tecnologias que até aqui estavam a ser menos valorizadas”, explica. Para o responsável, esta aposta na otimização da navegação nos lineares e nos espaços adicionais, acrescentando-lhes informação e atratividade, veio para ficar. “Serão espaços cada vez mais apelativos, qualitativos e informativos, que permitem ao shopper, em pouco tempo, e independentemente das potenciais restrições nas lojas físicas, fazer uma escolha muito elucidada sobre o que pretende”, conclui.

*Artigo originalmente publicado na edição 399 do Hipersuper

Sobre o autorRita Gonçalves

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Corticeira Amorim promove novo programa de recolha seletiva e de reciclagem de rolhas de cortiça em Nova Iorque

As rolhas recolhidas em restaurantes e hotéis de Manhattan e Brooklyn serão recicladas e a cortiça aproveitada para novos usos, inclusive desenvolvimento de recursos para valorizar espaços públicos.

A Corticeira Amorim está a unir forças com alguns parceiros nos EUA para lançar Cork Collective, um novo programa de recolha seletiva e de reciclagem de rolhas de cortiça.

O Cork Collective envolve parceiros de renome como Rockwell Group, BlueWell e Southern Glazer’s Wine & Spirits, distribuidora líder mundial de bebidas alcoólicas, e está a ser desenvolvido em Nova Iorque, abrangendo a recolha de rolhas em restaurantes e hotéis icónicos de Manhattan e Brooklyn. As rolhas de cortiça usadas serão recolhidas, recicladas e reaproveitadas para novos usos, criando recursos para a valorização de espaços públicos na cidade de Nova Ioque.

“Os EUA são um mercado crucial tanto para vinhos, como para bebidas espirituosas, por isso não podíamos estar mais satisfeitos por sermos um dos membros fundadores do Cork Collective, que possibilita a verdadeira implementação de uma economia circular na cadeia de abastecimento. Como líder mundial da transformação da cortiça, fornecendo cerca de seis mil milhões de rolhas por ano, temos colaborado com diversas organizações em todo o mundo para dar uma segunda vida à cortiça, reciclando as rolhas para dar origem a diversas aplicações.”, sublinha António Rios de Amorim, presidente e CEO da Corticeira Amorim, em comunicado.

“Estou extremamente orgulhoso por ser um membro fundador do Cork Collective, que representa muito do que inspira e impulsiona o Rockwell Group todos os dias: a oportunidade de retribuir à nossa comunidade e fazer a diferença, de aplicar a nossa visão de hotelaria, associando um design fantástico e colaborações inesperadas para responder a este novo desafio. Temos vindo a experimentar a cortiça há algum tempo — a sua adaptabilidade e as suas poderosas qualidades sustentáveis fazem dela um material do futuro.”, acrescenta David Rockwell, fundador e presidente do Rockwell Group.

Lee Schrager, Chief Communications Officer da Southern Glazer’s Wine & Spirits, reforça: “A missão do Cork Collective está alinhada com a nossa própria visão de sustentabilidade ambiental — aproveitar a paixão das nossas equipas, parceiros comerciais e comunidades para implementar ações ambientais mensuráveis e contribuir para um planeta sustentável e acolhedor para as futuras gerações. Como o principal distribuidor de bebidas alcoólicas, estamos numa posição perfeita para conectar produtores de vinhos e bebidas espirituosas em prol da sustentabilidade, envolvendo-os, como valiosos parceiros fornecedores, nesta importante iniciativa. Estamos confiantes de que terá um impacto significativo em toda a nossa grande indústria da hotelaria e restauração.”

Além dos benefícios diretos da reutilização de um material de economia circular, o programa Cork Collective também colabora com instituições não-governamentais e agências governamentais para melhorar espaços públicos, demonstrando o potencial da cortiça como um material versátil e amigo do ambiente, apoiando projetos de design sustentável em diversas comunidades.

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Abertas as candidaturas ao PEL – Prémio de Excelência Logística 2025

A APLOG – Associação Portuguesa de Logística volta a promover o Prémio de Excelência Logística, com o objetivo de estimular o desenvolvimento da logística em Portugal, prestando reconhecimento público aos projetos, profissionais e organizações que contribuem para o seu progresso, distinguindo em cada ano civil projetos na área da logística.

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As inscrições estão abertas até 2 de maio para três categorias a concurso:

PEL Empresas: Cujo objetivo é premiar empresas na área da logística pela importância e excelência com que contribuem para promover o conhecimento, ajudando a alcançar elevados níveis de desempenho nos processos ou serviços através da implementação de projetos e ou soluções que possam ser utilizados como exemplo e estímulo na procura de novos modelos de competitividade.

PEL Start-Up: Para distinguir projetos com um produto viável, uma componente de inovação elevada aplicada à atividade logística e que demonstrem um significativo potencial de crescimento.

PEL Academia: Com o objetivo de distinguir trabalhos académicos, cursos, mestrados ou escolas que desenvolvam e promovam o conhecimento e inovação em projetos do sector logístico, com aplicabilidade no domínio dos negócios/empresas/sector e com magnitude ou relevância para a Investigação, assim como com um grau de inovação associado.

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Novo Mercadona em Santa Iria de Azóia abre no dia 20 de março

É primeira das 10 aberturas previstas para este ano de 2025, bem como a chegada a um novo concelho, Loures.

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A abertura da nova loja da Mercadona em Santa Iria de Azóia, Loures, tem data marcada para o dia 20 de março, pelas 9 horas, na Rua D. Afonso Albuquerque, 100.

Este novo supermercado, que vai gerar cerca de 90 novos postos de trabalho, terá uma área de vendas de cerca de 1.900 m2, com corredores amplos, que permitem fazer compras de forma confortável, divididos entre as secções de charcutaria, peixaria, pastelaria e padaria, perfumaria, talho, frutas e legumes e pronto a comer.

A abertura deste novo supermercado, que será o primeiro da Mercadona a abrir em Loures, estando previsto ainda em 2025 um segundo no concelho, em Frielas, reflete a continuidade do plano de expansão da empresa a nível nacional.

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Missão Continente salva mais de 8 milhões de refeições em 2024

A ajuda chegou a 1099 instituições de apoio social e de bem-estar animal, de todo o país, com o equivalente a mais de 30 milhões de euros em doações.

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Na sequência do seu apoio às comunidades e aproximando-se do compromisso assumido pela MC em reduzir o desperdício alimentar em 50% até 2028 (base 2020), antecipando em 2 anos a meta legal imposta pela União Europeia para 2030, o Continente voltou a doar, os excedentes alimentares e não alimentares das suas 393 lojas, ao longo de 2024

Através da Missão Continente, a ajuda chegou a 1099 instituições de apoio social e de bem-estar animal, de todo o país, com o equivalente a mais de 30 milhões de euros em doações.

Só os bens alimentares doados, como frescos, mercearia, artigos de padaria entre muitos outros, que apresentavam perfeitas condições de consumo e que simultaneamente cumpriam os devidos requisitos legais, totalizaram mais de 28 milhões de euros, o equivalente a 8.800 toneladas de alimentos e a mais de 8 milhões de refeições salvas.

“Os resultados alcançados comprovam a eficácia da nossa política de doação de excedentes, que evitou o desperdício de milhares de toneladas de alimentos, mas também contribuiu para a segurança alimentar de várias comunidades vulneráveis. Além de reduzir impactos ambientais, promovendo a economia circular, essa iniciativa da Missão Continente fortalece a solidariedade social e incentiva a um consumo mais sustentável.”, sublinha Nádia Reis, diretora de brand responsibility do Continente.

 

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Jerónimo Martins entre as 100 melhores empresas mundiais em diversidade e inclusão social

O Grupo Jerónimo Martins foi integrado no FTSE Diversity & Inclusion Index – Top 100, um índice de referência que lista as empresas cotadas em bolsa com melhor desempenho na promoção de locais de trabalho diversos e inclusivos.

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O FTSE Diversity & Inclusion Index analisa mais de 15.500 empresas cotadas em bolsa em todo o mundo e que integram índices como S&P 500, ASX300, MSCI World, MSCI Emerging Markets, FTSE100 ou Bovespa. A Jerónimo Martins ocupa a 46ª posição a nível mundial, sendo a única empresa portuguesa, bem como a única da indústria ‘supermercados e lojas de conveniência’, a figurar neste índice, informa o Grupo num comunicado.

A metodologia utilizada tem por base a recolha de 24 indicadores de entre os pilares Diversidade, Inclusão, Desenvolvimento de Pessoas e Controvérsias, recorrendo a informação pública e a uma equipa de mais de 700 analistas. “As 100 empresas mais bem classificadas são selecionadas para o índice, sendo organizadas de acordo com a pontuação global de Diversidade e Inclusão, numa escala de 0 a 100 pontos. O Grupo Jerónimo Martins conquistou uma avaliação de 74,25 pontos”, informa ainda.

A existência de serviços de apoio aos filhos dos colaboradores, como creches em Portugal, a existência de políticas que contribuem para o equilíbrio da vida pessoal e profissional, a percentagem de mulheres em cargos de gestão e a percentagem de colaboradores com deficiência e/ou incapacidade são alguns dos indicadores analisados.

As políticas de inclusão do Grupo Jerónimo Martins têm merecido distinções nacionais e internacionais de referência. Desde 2021 que a holding tem a distinção ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ atribuída pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), tendo subido ao nível de Excelência em 2023. Também o Recheio Cash & Carry é ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ desde 2021 e o Pingo Doce tem esta distinção desde 2023.

O Grupo viu também o seu Programa Incluir ser premiado na primeira edição dos European Commerce Awards, do EuroCommerce, como a melhor prática na categoria ‘Qualificação e Inclusão’. Mais recentemente, foi o Fórum Económico Mundial também a distinguir o Programa Incluir como um de oito case-studies em destaque no ‘Diversity, Equity and Inclusion Lighthouses 2025 Insight Report’, que revela iniciativas empresariais de grande impacto social desenvolvidas em todo o mundo.

 

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Exportação

Indústria alimentar e das bebidas exportou 8.190 M€ em 2024

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

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“Ao ultrapassar a barreira dos 8 mil milhões de euros, a indústria alimentar e das bebidas não só alcançou o objetivo previsto para 2024, como praticamente duplicou as exportações em valor na última década”, destaca o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), em comunicado. Jorge Tomás Henriques afirma-se otimista para os resultados em 2025, apesar da situação na economia global em função das guerras comerciais e pacotes tarifários de alguns países e blocos económicos.

A União Europeia representou 5.593M€ nas exportações da indústria alimentar e das bebidas nacional, com os dados do Instituto Nacional de Estatística a indicarem que nos 12 meses de 2024, e por comparação a igual período de 2023, houve uma variação de 12,6% ao nível das exportações para os 27 Estados-membros.

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas nacional, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

Já para fora do bloco comunitário as exportações alimentares e de bebidas alcançaram 2.596M€, o que representou um crescimento de 1,21% face a 2023. Brasil e Estados Unidos da América, com 13,9% e 4,2%, respetivamente, foram os países que mais contribuíram.

Ainda por comparação a 2023, o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu e situa-se agora em 5,44%.

“Os dados oficiais permitem perceber que a indústria alimentar e das bebidas tem sabido adaptar-se, antecipar-se e responder às exigências do consumidor, ao mesmo tempo que se afirma em mercados cada vez mais exigentes e contribuiu para mudar o perfil da economia portuguesa”, destaca a FIPA num comunicado.

A indústria alimentar e das bebidas é responsável por mais de 113 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos e “assume, simultaneamente, uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial, nomeadamente nas zonas do interior, onde o setor situa as suas unidades industriais, e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país”, sublinha a Federação.

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I&D

Mercadona distinguida com dois prémios de inovação

O Observatório de Inovação em Grande Consumo do Institut Cerdà distinguiu esta manhã, em Valência, as principais inovações do setor para 2024, destacando dois avanços da Mercadona, um na categoria de produto e outro nos processos operacionais.

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No campo dos produtos, a insígnia foi reconhecida pelo lançamento de um arroz de vegetais cozinhado diretamente na embalagem, um recipiente de alumínio adequado para micro-ondas, desenvolvido em parceria com o fornecedor Platos Tradicionales. Já na vertente dos processos, a cadeia espanhola foi premiada pela adoção do código QR como substituto do tradicional código de barras, uma inovação que promete melhorar a eficiência operacional e a rastreabilidade dos produtos.


Uma revolução no arroz pronto a consumir

O arroz premiado replica um prato tradicional valenciano que, até agora, era difícil de recriar nos produtos de grande consumo. A inovação reside na embalagem metálica, concebida e patenteada pela Platos Tradicionales, que permite cozinhar o arroz diretamente no recipiente, preservando as características organoléticas do prato original. Além disso, a embalagem pode ser levada ao micro-ondas, permitindo que o consumidor aqueça e consuma o produto de forma prática, tornando-o ideal para refeições fora de casa.

Código QR substitui código de barras nos produtos Mercadona

No domínio dos processos, o Observatório reconheceu a Mercadona pela implementação de códigos QR nos seus produtos, tornando-se a primeira cadeia de distribuição a adotar esta tecnologia em grande escala. Desenvolvido em colaboração com a AECOC (Associação de Fabricantes e Distribuidores de Espanha), este sistema oferece uma dupla funcionalidade para o consumidor (o QR direciona para uma página com informações sobre o produto, sugestões de consumo e receitas) e para a empresa (permite integrar informações como data de validade, lote, fornecedor e peso exato, melhorando a rastreabilidade, a segurança alimentar e a eficiência logística).

Atualmente, o código QR já foi implementado nos produtos da secção do talho em Espanha e Portugal, com planos de expansão para as áreas de peixaria e frutas e legumes até 2025.

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ESG

Entrou em operação a central fotovoltaica da loja do Pingo Doce de Castelo Branco

É a primeira loja do projeto com a Engie Soluções de Energia para a instalação de centrais fotovoltaicas em 21 lojas Pingo Doce, distribuídas pela região Centro, Alentejo e Algarve.

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Entrou em operação a central fotovoltaica da loja do Pingo Doce de Castelo Branco, a primeira loja de um projeto com a Engie Soluções de Energia para a instalação de centrais fotovoltaicas em 21 lojas Pingo Doce, distribuídas pela região Centro, Alentejo e Algarve.

Segundo a Engie, no total, esta iniciativa vai permitir a estas lojas produzirem anualmente cerca de 10.000 MWh de energia própria, evitando a emissão de cerca de 2.150 toneladas de CO2. Este projeto, num total de cerca de 7,5 MWp, que inclui ainda a criação de 4 comunidades de energia renovável em 4 lojas, conta com um investimento 100% Engie Soluções de Energia e vai gerar uma poupança anual de 33% da energia consumida nestas lojas.

No total, vão ser instaladas quase 13 mil painéis solares nas coberturas das instalações destas 21 lojas Pingo Doce, que irão resultar em poupanças energéticas anuais de 33% da energia consumida nestas lojas. O sistema de produção de energia terá uma potência global instalada de 7,5MWp, que vai gerar aproximadamente 10.000 MWh de energia por ano, o equivalente ao consumo médio de eletricidade de mais de 3.000 habitações.

Este projeto segue-se a outros, realizados em 2021, e que permitiu instalar centrais fotovoltaicas em outras 4 lojas Pingo Doce no concelho de Lisboa e que já se encontram em operação desde então.

“Esta intervenção em 21 lojas Pingo Doce reforça a parceria e o trabalho realizado para a Jerónimo Martins nos últimos anos e é o primeiro a ser realizado com investimento 100% Engie Soluções de Energia com esta empresa. É entusiasmante poder trabalhar com esta empresa nacional de referência e com uma marca tão familiar de todos os portugueses, e contribuir ativamente para a sua jornada de descarbonização e para as suas metas ESG, baixando significativamente os seus custos energéticos e a sua pegada de carbono, aumentando ainda o seu impacto nas comunidades circundantes de 4 destas lojas, através da criação de comunidades de energia que permitem reforçar o seu compromisso com a transição energética”, salienta Duarte Caro de Sousa, diretor geral do Solar Distribuído pela ENGIE Soluções de Energia.

“Trata-se de um contrato a longo prazo e no qual a Engie Soluções de Energia está empenhada em trabalhar diariamente para potenciar a sua eficiência”, acrescenta.

A parceria entre a Engie Soluções de Energia e a Jerónimo Martins foi firmada para os próximos 15 anos, com o objetivo de apoiar o grupo na descarbonização da sua atividade e reforçar o seu compromisso com a transição energética.

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Fotografia Linkedin Gulfood

Exportação

AEP com 26 empresas do setor alimentar e bebidas na Gulfood

A AEP – Associação Empresarial de Portugal, através do seu projeto de internacionalização BOW – Business on the Way, e 26 empresas nacionais do setor da alimentação e bebidas estão no Dubai a participar, até dia 21 de fevereiro, na Gulfood.

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A AEP – Associação Empresarial de Portugal, através do seu projeto de internacionalização BOW – Business on the Way, e 26 empresas nacionais do setor da alimentação e bebidas estão no Dubai a participar, até dia 21 de fevereiro, na Gulfood, a maior feira do mundo e o evento de referência para toda a região do Médio Oriente, sudoeste asiático e continente Africano para o setor.

“Este ano, a AEP leva uma megacomitiva à Gulfood, o que mostra a importância desta feira e deste mercado para as empresas portuguesas. De resto, há 16 edições consecutivas que AEP organiza a participação nacional na Gulfood. Desde 2011, já apoiou mais de quatro centenas de empresas. É que, para além da importância da Gulfood, não podemos esquecer que o Dubai tem um papel importante como plataforma logística para outros mercados, reexportando cerca de 70% dos produtos importados para os restantes países do Golfo. Para além da localização estratégica e competitiva, ainda tem fácil acesso aos mercados do Médio Oriente, Ásia e África e é o maior centro de negócios da região e um dos mercados mais atrativos do globo”, sublinha Luís Miguel Ribeiro, presidente do conselho de administração da AEP.

Na região do Golfo Arábico, em média, 55% das importações de produtos alimentares destinam-se ao retalho, sendo que o Canal Horeca absorve cerca de 25%. É também nesta região que se verifica a maior taxa de crescimento de consumo alimentar per capita do mundo, oferecendo oportunidades extraordinárias às empresas do setor.

O valor do setor alimentar nos Emirados Árabes Unidos ultrapassa os 7 mil milhões de dólares anuais e nos mercados do GCC ultrapassa os 60 mil milhões de dólares, aparecendo a Arábia Saudita como um dos principais importadores. Os países do GCC importam atualmente 90% das suas necessidades alimentares e estima-se que os serviços de Foodservice atinjam valores elevados nos próximos anos.

Os países do GCC e do Norte de África representam um mercado superior a 570 milhões de consumidores, com elevadas taxas de importação de produtos agroalimentares, como é o caso da Turquia, da Arábia Saudita, dos EAU e do Egipto (entre 13% e 15% ano). A região MENA é a maior importadora líquida de produtos alimentares a nível mundial, e por isso apresenta inúmeras oportunidades para as empresas nacionais.

No âmbito da participação nacional na Gulfood – que estima receber mais de 5500 expositores, oriundos de 130 países – a edição deste ano conta, uma vez mais, com a visita institucional da Embaixada de Portugal nos E.A.U. e da representação da AICEP.

Comitiva nacional presente na Gulfood 2025:

AMG FOODS – Comércio por grosso de outros produtos alimentares
ANO 2000 – Produtos alimentares
AZCOA – AZEITES DO COA – Azeite, óleos e gorduras alimentares
BY FOODS – Chocolate e produtos de confeitaria
CEREALIS PRODUTOS ALIMENTARES – Fabricação de massas alimentícias, cuscuz e similares
CHOCONASA COMÉRCIO DE REPRESENTAÇÕES – Produtos alimentares
CISTER INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES – Fabricação de sumos de frutos e de produtos hortícolas
DACSA ATLANTIC – Descasque, branqueamento e outros tratamentos do arroz
DELTA INTERNATIONAL MARKETS – Cafés
GLOBALTRIBE – Produtos alimentares e bebidas
JMV-JOSÉ MARIA VIEIRA – Indústria do café e do chá
MAÇARICO – Azeitonas, azeite e molhos
MENDES GONÇALVES – Fabricação de condimentos e temperos
NASCENTE DIVINA – ÁGUAS DO ALARDO – Águas minerais naturais e de nascente
NOVARROZ – PRODUTOS ALIMENTARES – Produção de arroz
OUTEIRINHO TURISMO E INDÚSTRIA – Águas minerais naturais e de nascente
QUINTA DE JUGAIS – Compotas e afins
RECHEIO CASH & CARRY – Comércio por grosso de produtos alimentares
RIALTO INDÚSTRIA ALIMENTAR – Fabricação de bolachas, biscoitos, tostas e pastelaria de conservação
SANTIAGO & SANTIAGO – Queijos
SOVENA PORTUGAL – CONSUMER GOODS – Azeite
SQ PORTUGAL – Produtos alimentares
SUMOL+COMPAL MARCAS – Sumos e néctares
VALENTE MARQUES – Indústria de arroz
VHUMANA – Leite, derivados e ovos
VIEIRA DE CASTRO – PRODUTOS ALIMENTARES – Fabricação de bolachas, biscoitos, tostas e pastelaria de conservação

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The Navigator Company

The Navigator Company

Não Alimentar

2024 foi o segundo melhor ano de sempre em vendas para a Navigator

O EBITDA, com 547 milhões de euros (+9% face a 2023), e o resultado líquido, com 287 milhões de euros (+4%), atingiram o segundo maior valor de sempre

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A The Navigator Company encerrou 2024 com um crescimento de 7% no volume de negócios, que ascendeu a 2.088 milhões de euros. Também o EBITDA, com 547 milhões de euros (+9% face a 2023), e o resultado líquido, com 287 milhões de euros (+4%), atingiram o segundo maior valor de sempre.

Este posicionamento foi alcançado nos três indicadores, mesmo sem incluir o impacto das duas recentes aquisições na área de Tissue, em Espanha e no Reino Unido, informa a empresa num comunicado, onde refere ainda o facto dos resultados terem sido alcançados num ano “marcado por um contexto macroeconómico e geopolítico adverso e muito desafiante, com grande volatilidade nos mercados internacionais – financeiros, energéticos, logísticos e de matérias-primas”.

De referir que a The Navigator Company iniciou em 2024, a produção e comercialização de embalagens de celulose moldada, enquanto no Raiz, laboratório de I&D detido maioritariamente pela empresa, continuam a ser desenvolvidos novos bioprodutos de base florestal e biomateriais, aprofundando oportunidades de negócio no domínio da bioeconomia.

Como consequência destes resultados, e com o objetivo de premiar os seus colaboradores, a The Navigator Company atribuiu um prémio no valor de 19 milhões de euros, dos quais três milhões de euros foram pagos antecipadamente no final do ano passado. “A performance alcançada pela empresa tem também um impacto nos salários, na medida em que os colaboradores, além do aumento geral, irão beneficiar de uma percentagem do resultado exclusivamente para progressões e promoções de carreira, o que se traduzirá num aumento médio final de cerca de 5,8%”, acrescenta.

O ano passado também se destacou pelo crescimento das vendas de papel de impressão e de embalagem que “aumentaram 8% face a 2023, enquanto o volume de venda em euros apresentou um crescimento de 3%”; pelo crescimento das marcas de fábrica que “representaram cerca de 80% das vendas anuais, acima da média de cerca de 70%, registada entre 2018 e 2024”; pela quota de produtos premium que se manteve elevada, “fixando-se em cerca de 60%”. “Estes dois indicadores correspondem igualmente à segunda melhor marca registada na história da empresa”, assinala a Navigator no comunicado.

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