Juanjo Tejedo, líder coach operacional e conceito loja da Leroy Merlin
Ponto de Venda

“Vamos transformar 17 espaços comerciais e abrir quatro novas lojas em 2021”

O processo de transformação das lojas AKI em Leroy Merlin em Portugal deverá estar concluído em 2022. O Grupo ADEO está a apostar numa filosofia multiconceito para converter o modelo […]

Rita Gonçalves
Juanjo Tejedo, líder coach operacional e conceito loja da Leroy Merlin
Ponto de Venda

“Vamos transformar 17 espaços comerciais e abrir quatro novas lojas em 2021”

O processo de transformação das lojas AKI em Leroy Merlin em Portugal deverá estar concluído em 2022. O Grupo ADEO está a apostar numa filosofia multiconceito para converter o modelo […]

Rita Gonçalves
Sobre o autor
Rita Gonçalves
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Juanjo Tejedo, líder coach operacional e conceito loja da Leroy Merlin

Juanjo Tejedo, líder coach operacional e conceito loja da Leroy Merlin

O processo de transformação das lojas AKI em Leroy Merlin em Portugal deverá estar concluído em 2022. O Grupo ADEO está a apostar numa filosofia multiconceito para converter o modelo de negócio, adotando um de três formatos – conceito de proximidade, grande superfície e média superfície de bricolage – em função da realidade local. Cada loja passa a atuar em regime de “auto-governance” mas com uma visão comum“, revela Juanjo Tejedo, líder coach operacional e conceito loja, em entrevista ao Hipersuper

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Que lições tiraram do projeto piloto, lançado em junho de 2018, na loja de Torres Vedras que deu o pontapé de saída para a convergência entre as marcas Leroy Merlin e AKI nos pontos de venda físicos?

Sendo a primeira transformação de loja no processo de convergência na marca única Leroy Merlin, a loja de Torres Vedras foi o projeto piloto que permitiu-nos tirar lições importantes sobre a pertinência e adaptação da promessa cliente definida para este conceito, a oferta disponível de produtos e serviços, a organização das lojas e das equipas e a melhoria do atendimento ao cliente. Neste caso, a loja de Torres Vedras manteve a mesma superfície de venda, cerca de 4.000 metros quadrados, e podemos dizer com segurança que conseguiu conjugar o melhor do que a loja AKI já apresentava com o que define uma loja Leroy Merlin: mais equipa e mais variedade de produtos e serviços. É esta a fórmula que temos adaptado nas transformações que se seguiram.

O projeto de convergência na transformação dos pontos de venda em lojas Leroy Merlin está concluído? Já não existem lojas AKI no mercado português?

Já demos muitos passos de convergência numa única empresa, numa equipa única, os mesmos sistemas de informação, mas há uma face visível da marca, como a transformação das lojas AKI em Leroy Merlin, que ainda decorre e deverá estar concluída em 2022. É um caminho que visa, acima de tudo, reforçar a proximidade aos clientes, assegurando um melhor serviço e uma oferta que responda a todas as suas necessidades no acondicionamento e na melhoria dos seus lares. O processo visa otimizar processos chave, atingir maior eficiência, aproveitar os recursos existentes e aumentar a capacidade de resposta para as necessidades atuais do mercado e do consumidor. Este processo tem em conta a partilha de recursos, conhecimento e experiências, o que permitiu criar um conceito mais forte e adaptado ao mercado, numa lógica de complementaridade. Este processo segue o modelo de negócio que tem como base a divisão em “Zonas de Vida”.

Quantas lojas transformaram no ano passado?

O processo de transformação comercial das lojas, que está ainda em curso, já aconteceu em dez lojas e continuará até ao próximo ano. Para 2021, temos ambições elevadas para a abertura de novas lojas e continuaremos a dar seguimento ao processo de transformação comercial de lojas AKI em lojas Leroy Merlin, tendo em vista a transformação comercial de 17 lojas e quatro aberturas de lojas novas.

 

Pode detalhar um pouco o plano de expansão?

O plano de expansão que sustenta o projeto de convergência prevê a abertura de quatro novas lojas: Alta de Lisboa e Funchal no conceito Grande Superfície de Bricolage (GSB),  Barcelos no conceito Média Superfície de Bricolage (MSB) e  Carcavelos no Conceito de Proximidade (Proxi), além das 17 transformações de lojas AKI para Leroy Merlin.

A estratégia de expansão vai continuar a desenvolver-se ao longo dos próximos anos e visa a abertura de novos conceitos sob a marca Leroy Merlin, dando assim seguimento ao modelo de negócio multiconceito.

A ambição do plano de expansão até 2022 é a de estar cada vez mais próxima e servir os nossos clientes, através de uma marca única com enorme variedade de soluções, produtos e serviços para todos os projetos da casa. Queremos ser a referência que tem a solução para qualquer projeto da casa, seja ele exterior ou interior, desde a bricolage e construção ao conforto, jardim e decoração, ser líderes na melhoria do habitat e uma “Empresa Plataforma” com impacto positivo servindo os nossos clientes e colaboradores.

Que vantagens competitivas e sinergias trouxe ao Grupo ADEO este processo de convergência?

Enquanto grupo estamos a evoluir e a transformar a nossa forma de trabalho, tendo uma visão global e integrada que nos confere uma posição única e distinta para ajudarmos os nossos clientes na construção do seu habitat: ser uma “Empresa Plataforma”. Sermos uma “Empresa Plataforma” significa que estamos conectados com o mundo exterior, que funcionamos em rede, numa geometria variável, e em lógica de parceria, para propor mais soluções, a mais clientes, de maneira mais eficiente e consumindo menos recursos. O nosso modelo de governance interna, no formato plataforma, promove a interdependência e o impacto positivo das nossas ações e decisões. Trabalhamos o nosso impacto positivo, seja ao nível do ambiente interno, seja ao nível da sociedade em geral.

 

Que balanço faz do processo de transformação do Grupo ADEO para uma empresa multiconceito no mercado português? Que desafios ainda têm pela frente?

Fazemos um balanço positivo dos passos que seguimos até agora neste processo de convergência, no sentido em que ganhámos sinergias, competências e capacidade de adaptação, estando ainda conscientes de que é um plano ainda em curso e com etapas por cumprir. Estamos focados na perseguição dos objetivos definidos neste processo e na estratégia do desenvolvimento do multiconceito, que centraliza a nossa visão e ambição para o mercado português. Cada “Zona de Vida” tem necessidades específicas, que também variam entre os clientes profissionais e o cliente particular que existe em cada um de nós, que quer melhorar a sua casa e vivê-la da melhor forma. Queremos estar cada vez mais perto dos clientes, física e digitalmente.

Qual o investimento feito pelo grupo neste plano de transformação?

O processo de convergência, aliada ao plano de expansão da Leroy Merlin em Portugal, tem sido uma das principais prioridades da empresa no seu compromisso com o país. Uma parte significativa do que investimos em Portugal desde 2019 é para cumprir este objetivo, que engloba contratar mais equipa, construir e transformar lojas, investimentos na área digital, supply chain ou agilizar e simplificar processos.

Como define o novo Leroy Merlin multiconceito? Qual a estratégia?

A estratégia visa ter diferentes conceitos de loja, cada um com uma promessa cliente específica a nível de produto e serviço, correspondendo a diferentes formatos: lojas grandes, médias e pequenas, mantendo a base de empresa única da Leroy Merlin, criada através do processo de convergência entre as lojas AKI e Leroy Merlin que iniciámos em Portugal em 2019. Esta convergência visa adaptar os conceitos das nossas lojas às diferentes realidades locais e às necessidades dos nossos clientes através da divisão em “Zonas de Vida”. As oito “Zonas de Vida”, que correspondem a áreas geográficas, respondem às necessidades específicas dos clientes: Norte, Porto, Centro Sul, Centro Norte, Lisboa Este, Lisboa Oeste, Margem Sul, Algarve e Ilhas. Acompanhadas por um Comité Operacional, estas “Zonas de Vida” possuem autonomia local, mas partilham uma visão comum. Cada “Zona de Vida” desenvolve um desafio local forte e identitário e aprende a trabalhar num sistema de “auto-governance”, potenciando a liderança de todos os nossos colaboradores. Cada líder de loja na sua “Zona de Vida” desempenha um papel ativo para o crescimento, contribuindo com o seu talento, experiência e competências. A nova “Empresa Plataforma” assegura que, em cada “Zona de Vida”, se defina, organize e implemente toda a operação em função das necessidades específicas dos clientes daquele local. Cada zona tem pontos de contacto físicos e digitais estruturados numa lógica local, com uma visão partilhada.

Como se organizam as diversas secções e a oferta neste novo conceito multiformato?

O Leroy Merlin multiconceito inclui três conceitos de loja distintos, mas complementares, cada um com características diferentes e adaptado da melhor forma à “Zona de Vida” onde está inserido: Conceito de Proximidade (Proxi), Grande Superfície de Bricolage (GSB) e Média Superfície de Bricolage (MSB).

No caso do conceito Proxi, as lojas caracterizam-se pela sua promessa cliente de ser a referência em bricolage para o cliente particular de proximidade, a 10 ou 15 minutos, nas necessidades do dia a dia, cobrindo prevenção, reparação e manutenção, sempre com uma proximidade humana forte. Estas lojas têm até 2.500 m2. Em algumas lojas deste conceito, mais afastadas das lojas maiores, os clientes podem concretizar também os seus projetos de renovação, nos “Espaços Projeto” – como é o caso das lojas recentemente transformadas de Chaves e Figueira da Foz.

Nas GSB, com tamanho mínimo aproximado de 6.000 m2, o habitante encontra a gama mais completa de produtos e serviços, uma vez que estas são lojas com uma oferta larga e profunda para todos os projetos de melhoria dos lares dos clientes. A loja de Setúbal, inaugurada no final de 2020, é um exemplo de transformação depara este tipo de loja.

Nas lojas MSB, com um tamanho aproximado 4.000 m2, os clientes encontram uma gama mais alargada de produtos e serviços do que nas lojas Proxi e as áreas servidas são mais abrangentes, mantendo a promessa de acompanhar os clientes nos projetos de melhoria das suas casas, mas com uma oferta menos abrangente do que as lojas GSB.

A organização das secções e a seleção da gama disponível em cada loja é feita tendo em conta a promessa cliente de cada conceito e os metros lineares disponíveis. Através desta base, foi definido o cliente alvo, as famílias a destacar, entre outros critérios, e foram padronizados os metros lineares mínimos necessários para cada uma das famílias presentes em cada formato e selecionada uma gama standard para cada formato de loja.

 

Qual a estratégia delineada para a seleção de sortido de cada loja, tendo em conta as diferentes dimensões?

A estratégia para a seleção do sortido foi definida tendo em conta os três conceitos de loja, as necessidades específicas e as dimensões de cada local.

O conceito Proxi, o mais pequeno, inclui em média 14 mil referências de produtos disponíveis. O conceito MSB acrescenta gama em disponibilidade, perfazendo uma média de 17 mil referências de produtos e um certo número de exposições de diferentes ambientes, como cozinhas e casas de banho, entre outros. No conceito GSB, que apresenta a oferta mais completa de soluções de produtos e serviços, temos disponível no mínimo 25 mil referências de bricolage, decoração, construção e jardim. Dependendo do espaço disponível, algumas das lojas GSB podem ainda ter até 45.000 referências disponíveis. Também dispõem de espaços de inspiração com ambientes de cozinhas, casas de banho, roupeiros, espaços para o atendimento e venda de projetos e espaços para a realização de workshops pedagógicos.

Depois trabalhamos também os artigos de exposição e a venda da extensão de gama até 130.000 referências através dos quiosques e QR codes que mostram a gama digital completa ao cliente, existente no site leroymerlin.pt.

Por que é que este novo conceito multiformato é apoiado nas vendas online?

As vendas online desempenham um papel crucial de apoio aos três conceitos de loja porque permitem um passo extra de complementaridade da oferta em cada loja, permitindo a consulta nos quiosques e a disponibilização de toda a gama de produtos  mediante consulta no site. Esta complementaridade é importante em todos os conceitos, para garantir que somos úteis a todos os clientes que visitem as nossas lojas.

Num ano marcado por uma crise pandémica, que balanço faz da evolução do e-commerce, das vendas assistidas à distância, do atendimento telefónico e do serviço de chatbot no ano passado? Quais as perspectivas para 2021?

Notamos uma clara aceleração no e-commerce. Também implementámos um novo modelo de venda e apoio à distância: telefone e chat online, que teve um impacto assinalável, permitindo garantir o habitual apoio e aconselhamento para os clientes particulares e também os profissionais, não presencial. As vendas assistidas à distância, por telefone e chat, ganharam também grande importância e permitiram continuar a prestar serviços essenciais à sociedade e ao funcionamento da economia, garantindo ao mesmo tempo a máxima segurança de clientes, parceiros e colaboradores. Foi feito também um investimento na formação de centenas de colaboradores de forma a prepará-los da melhor forma para o novo modelo de atendimento e venda.

Em 2021 continuaremos a ouvir os nossos clientes, colaboradores e parceiros para tomar as decisões mais adequadas e para nos adaptarmos da melhor forma ao contexto excecional que atravessamos.

 

Em linhas gerais, em que consiste a plataforma omnicanal desenvolvida pelo E-goi para a Leroy Merlin no início do ano passado e que está a permitir à cadeia fazer o movimento “phygital”? Que vantagens competitivas trouxe à empresa?

O E-goi é para a Leroy Merlin em Portugal um parceiro estratégico no âmbito do marketing direto e marketing automation. Temos desenvolvido projetos em parceria no âmbito omnicanal com o apoio do E-goi que ajuda na nossa evolução phygital. O E-goi participa na implementação de projetos como a sincronização de bases de dados, à implementação de campanhas personalizadas de marketing automation, passando pela produção e envio da comunicação culminando na automatização de relatórios. O projeto do marketing automation incluiu, por exemplo, as campanhas do carrinho abandonado, vales de desconto a expirar e orçamentos em aberto.

 

Em agosto do ano passado, integraram numa única plataforma online e num único sistema informático os canais de venda da Leroy Merlin e do AKI – cuja oferta abrange 130 mil produtos – e apostaram também num programa único de fidelização? Que balanço faz destes seis meses? Que benefícios trouxe esta integração? Pode partilhar alguns números do site?

Esta integração reflete a forte componente de reforço da transformação digital presente no processo de convergência implementado no âmbito da estratégia multiconceito, para acompanhar os nossos clientes através de uma experiência omnicanal única, sem costuras. O primeiro passo de todo o processo foi a transformação de sistemas de informação, que tinha como objetivo final a criação de um sistema comum para ambas as marcas. Desde o dia 4 de maio de 2020, a Leroy Merlin em Portugal passou a gerir as compras e encomendas online das duas marcas num único site: leroymerlin.pt. Durante a fase de transição, o site do AKI continuou a estar disponível, mas a partir de julho de 2020 o site da Leroy Merlin passou a ser a referência única para encontrar todas as informações e oferta de ambas as insígnias.

O balanço que fazemos desta integração não pode ser dissociado do contexto atual, que favorece naturalmente o comércio online em substituição parcial das vendas em loja. As adaptações que fizemos a este contexto foram cruciais para ter todos os benefícios da convergência. O novo modelo de serviço provocou uma alteração nos comportamentos de consumo dos clientes de forma a privilegiar as compras online, seguindo as melhores práticas recomendadas pelas autoridades de saúde nacionais e mundiais e as adaptações feitas aceleraram a implementação do modelo multiconceito apoiado nas vendas online.

Sobre o autorRita Gonçalves

Rita Gonçalves

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Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

Hipersuper

O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

Sobre o autorHipersuper

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José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
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José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

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Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

Sobre o autorHipersuper

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Retalho

Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

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O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

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Alimentar

Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

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A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
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ESG

Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento

O país precisa de acelerar para aumentar a recolha em todos os materiais de embalagem, nomeadamente no vidro e ECAL, conseguir cumprir as metas de 2025, alerta a Sociedade Ponto Verde.

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Nos primeiros três meses de 2025, Portugal registou um aumento de 4% na recolha seletiva de embalagens, com mais 4.377 toneladas a serem enviadas para reciclagem, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O volume total recolhido supera as 116 mil toneladas, mas este ritmo de crescimento é insuficiente para Portugal conseguir cumprir as metas para este ano.

Em 2024, para o mesmo período, os serviços de recolha seletiva de resíduos de embalagens financiados ao SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens), pela Sociedade Ponto Verde (SPV) e outras entidades gestoras, atingiram o montante de 26,4M€. Já em 2025 os custos destes mesmos serviços atingiram 47,7M€, após a decisão de novos valores de contrapartida pelo Ministério do Ambiente e Ministério da Economia, igualmente para o 1º trimestre.

“O país tem de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado durante este ano. Nesta medida, a prioridade tem de passar por melhorar significativamente o nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais, dispondo o SIGRE  de mais recursos financeiros para realizar investimentos em gerem resultados e ajudem a alcançar esse objetivo”, defende a Sociedade Ponto Verde.

Turismo é um desafio

Os dados dos três primeiros meses deste ano mostram que o vidro continua a ficar aquém da performance das outras embalagens, já que foram recolhidas 48.568 toneladas dos vidrões, “o que significa uma estagnação em comparação com igual período de 2024 (0%)”, informa a SPV.  Em relação às embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), foram recolhidas 2.247 toneladas (-5%), enquanto nos restantes materiais os dados do SIGRE, no mesmo período em análise, revelam que foram encaminhadas para reciclagem 38.157 toneladas de papel/cartão (+5%), 20.425 toneladas de plástico (+7%) e 467 toneladas de alumínio (+5%).

Nos três primeiros meses de 2025 a quantidade de vidro recolhido nos vidrões, estagnou em relação ao mesmo período de 2024

A SPV refere ainda o crescimento do turismo, impulsionado pelo aproximar do verão, como um desafio acrescido para a meta de recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado este ano. “Reduzir o impacto dos visitantes nos resíduos produzidos e na reciclagem de embalagens, torna ainda mais crucial acelerar a implementação de soluções tecnológicas inovadoras, em determinadas zonas do país, que permitam melhorar as redes de recolha junto do consumidor residencial e/ou do canal Horeca, onde existe uma maior pressão no consumo fora de casa”, alerta.

Para a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, “estes dados mostram que continua a existir a necessidade de uma maior articulação e colaboração entre todos os agentes da cadeia de valor para tornar o sistema cada vez mais eficiente e o país conseguir cumprir a meta que está definida para a reciclagem de embalagens em 2025”. A SPV mantém não só a sua disponibilidade, mas também um investimento muito significativo ultrapassar os desafios. Em particular, no tema do vidro e com foco no Horeca, alocámos 600 mil euros para financiar projetos de comunicação integrados no nosso programa ‘Juntos a Reciclar ++’, um claro esforço para continuarmos a trazer inovação ao país, sempre em cooperação com os parceiros que estão no terreno, e de forma a gerar mais e melhor reciclagem de embalagens deste material”, exemplifica.

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Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

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Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

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Bebidas

Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão

Este sabor vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos.

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A edição limitada Pedras Ananás, que estará disponível durante a época mais quente do ano, é apresentada como uma bebida com “equilíbrio perfeito entre a doçura e a acidez”.

Vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam os sabores de limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos e está disponível em garrafa 25 cl no canal on-trade e no formato 4x25cl nos hiper e supermercados de norte a sul do país.

Integrada no portefólio do Super Bock Group, Pedras Sabores é uma gama de bebidas com ingredientes naturais que tem na sua base Água das Pedras, uma água mineral natural gasocarbónica rara por ter gás 100% natural que é captada nas profundezas do subsolo granítico da região de Trás-os-Montes.

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Luis Bás, secretário-geral da ADIPA
Alimentar

ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica”, defende Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

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tagsADIPA

O Conselho Coordenador da ADIPA – Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares –, órgão consultivo da Direção que integra algumas das principais empresas do comércio alimentar independente, que se reuniu no passado dia 10, defende a necessidade de o próximo Governo, a ser eleito nas legislativas de 18 de maio, criar uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente ao Comércio.

O setor do comércio e serviços representa uma parcela significativa do PIB nacional e é responsável por centenas de milhares de postos de trabalho. A ADIPA considera, por isso, que é fundamental que estas atividades económicas tenham, no seio do Governo, uma estrutura própria, capaz de lhes dar a devida atenção estratégica e de promover políticas públicas que reforcem a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica. A criação desta Secretaria de Estado seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar um setor que é essencial para o desenvolvimento económico e para a coesão social do país.”, afirma Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

 

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Campos da Vitacress
Alimentar

Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa.

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A Simbiose, empresa brasileira de desenvolvimento de produtos microbiológicos para a agricultura, prepara-se para lançar no mercado europeu uma tecnologia de solubilização biológica de fósforo. Comercializado pela Simbiose no Brasil desde 2019, o produto foi desenvolvido com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e “deve chegar a mais de 20 países através da colaboração com a Corteva Agriscience, empresa global de ciência e tecnologia agrícola”, informam os dois parceiros.

Numa nota conjunta, referem que o bioproduto é capaz de aumentar a produtividade e a resiliência das culturas. “A solução quebrou paradigmas entre os produtores rurais do Brasil ao tornar-se o primeiro produto biológico de fósforo, baseado em micro-organismos solubilizadores de fosfato. Foi desenvolvido após mais de 20 anos de pesquisa realizada pela Embrapa Milho e Sorgo, sob a liderança da investigadora Christiane Paiva”, indicam.

A participação da Simbiose nos estudos da Embrapa começou no momento da validação dos testes com inoculantes e micro-organismos na cultura, a chamada fase de campo. Citada na nota, Christiane Paiva explica que a tecnologia do solubilizador biológico de fósforo atua desde o início do cultivo, quando bactérias aplicadas nas sementes ou no solo iniciam o processo de colonização que facilita a libertação do fósforo para as plantas, permitindo assim que as raízes absorvam mais nutrientes e aumentem a produtividade.

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa. “Estamos continuamente à procura de inovações que possam ajudar os agricultores a adaptarem-se aos desafios ambientais e de produtividade”, afirma Frederic Beudot, vice-presidente de Produtos Biológicos da Corteva Agriscience. “A combinação da qualidade do portfólio da Simbiose com as nossas capacidades de I&D e de agronomia local vai aproximar-nos mais deste objetivo”, acrescenta.
Na Europa, o produto será rebatizado com um novo nome, que será determinado pela Corteva.

“Com muitos estudos e avanços tecnológicos, a Simbiose estabeleceu-se no Brasil como uma empresa inovadora, sinónimo de qualidade e parceira dos produtores”, diz por sua vez Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Simbiose. “Em parceria com a Corteva, vamos abrir o mercado europeu à Simbiose, exportando um dos seus produtos mais inovadores e disruptivos. Esta colaboração tem tudo para responder a um mercado exigente, que procura cada vez mais a produtividade, com soluções sustentáveis e tecnologia de alta qualidade”, define.
A Simbiose e a Corteva esperam que o produto esteja disponível já em 2026, enquanto se aguarda a aprovação regulatória e a conclusão do processo de rebranding da marca no mercado local.

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