Alibaba impõe custos abaixo dos da Amazon mas não convence grandes marcas na Europa
Em Espanha, a AliExpress renunciou à taxas mensais aplicadas aos vendedores, praticando apenas comissões, entre 5% a 8%, pelos produtos vendidos

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A Alibaba está tentar atrair mais vendedores para sua plataforma europeia, a AliExpress, tendo cortado nos preços de alojamento e até abordado várias marcas para as convencer a juntarem-se ao projeto, de acordo com a Reuters, que consultou várias fontes ligadas ao processo. No entanto, a sua estratégia não está ainda a conseguir os resultados pretendidos.
Em Espanha, a AliExpress renunciou à taxas mensais aplicadas aos vendedores, praticando apenas comissões, entre 5% a 8%, pelos produtos vendidos.
Os valores estão abaixo dos da Amazon na Europa, onde cobra aos vendedores 39 euros por mês, além das comissões entre 7% a 15% por produto vendido.
A redução de preços fez com que muitos pequenos negócios se instalassem na AliExpress, mas esta não tem conseguido convencer ainda as grandes marcas.
A empresa abordou marcas como Mango, Benetton e o grupo espanhol Tendam, dono da Cortefiel, no sentido de negociar a sua entrada para o marketplace, de acordo com as fontes. No entanto, as marcas não consideram que a plataforma seja o ponto de venda mais apropriado para os seus produtos, classificando o mesmo como um “projeto em construção”. Afirmam ainda que necessitam de estar em um “ambiente aspiracional”.
O head da AliExpress, Wang Mingqiang, explicou numa entrevista à Reuters, que as empresas estrangeiras precisam ainda de tempo para entender a plataforma, que permite aos vendedores criarem a sua própria página, dando as ferramentas necessárias para a criação de conteúdos, de forma a desenharem o aspeto que pretendem.
A Reuters explica ainda que a estratégia da AliExpress tem passado pela venda de produtos chineses de baixo custo, como cabos ou brincos, o que tem reduzido a atração junto de uma audiência mais ampla.
Na Europa, Espanha e Itália foram os primeiros mercados alvejados pela empresa para expandir-se na Europa. Nestes países, a gigante do e-commerce tem-se esforçado, nos últimos seis meses, para abrir a plataforma a fornecedores e marcas locais, numa tentativa de replicar o modelo de shoppings virtuais construído na China, onde tem absorvido mais de metade das vendas online naquele país.
A meta do CEO da AliExpress, Daniel Zhang passa por mais que duplicar a sua base de clientes para os dois mil milhões em 2036.