Taxas sobre serviços digitais abrem nova frente na guerra comercial entre UE e EUA
O governo norte-americano quer avançar com novas taxas sobre 2,4 mil milhões de dólares em produtos franceses
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Ana Catarina Monteiro
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A França e a União Europeia estão preparadas para retaliar, com novos impostos às importações dos Estados Unidos, caso o governo norte-americano avance com novas taxas, previstas sobre 2,4 mil milhões de dólares em produtos franceses, revelou este terça-feira o executivo francês, citado pela Reuters.
As declarações surgem após o comunicado emitido ontem, segunda-feira, em que o representante do gabinete do comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, dá conta da intenção de aplicar tarifas punitivas, de até 100%, sobre bens franceses. Champanhe, queijos, acessórios e maquilhagem estão entre os bens afetados, num total de 2,4 mil milhões de dólares em produtos que foram poupados nas recentes taxas, de 25%, que os Estados Unidos impuseram, para toda a União Europeia, na sequência do litígio relacionado com o setor de aeronaves.
Agora, o executivo de Donald Trump quer impor novas taxas em jeito de retaliação frente à taxa de 3%, aplicada pela França, que incide sobre empresas que fornecem serviços digitais, com receitas acima de 25 milhões de euros, no mercado francês, e de 750 milhões de euros, mundialmente.
O representante do comércio dos EUA explicou no comunicado que, após uma investigação, o governo concluiu que esta taxa prejudica empresas norte-americanas, como a Google ou a Amazon. O executivo daquele país vai agora reunir comentários para averiguar se avança com as novas tarifas sob produtos franceses, que podem afetar sobretudo empresas de luxo, como o grupo LVMH, ou de cosmética, como a L’Oréal, salienta a Reuters.
Robert Lighthizer disse ainda que o governo norte-americano está a equacionar novas investigações sobre impostos aplicados a serviços digitais na Áustria, Itália e Turquia. Segundo o responsável, o gabinete dedicado ao comércio, que lidera, “está focado em combater o crescente protecionismo dos estados-membros da União Europeia, que atinge injustamente as empresas americanas”.
O governo francês já especificou que o imposto sobre as tecnológicas é universal, por isso, não pretende atingir unica e diretamente as empresas dos Estados Unidos, e que não vai alterar a taxa.