Grupo DIA acumula perdas de 504 milhões de euros até setembro
Em Portugal, as vendas brutas sob insígnia desceram 6,4% para 579,8 milhões de euros.

Filipe Pacheco
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As contas do grupo DIA continuam no vermelho, com a cadeia de retalho a acumular 504 milhões de euros de prejuízo nos primeiros nove meses do ano. Em 2018, acumulados os meses de janeiro a setembro, a companhia apresentou um prejuízo de 45,8 milhões de euros. E, nos primeiros seis meses de 2019, as perdas registadas foram 418,7 milhões de euros.
A companhia, em comunicado enviado ao regulador dos mercados em Espanha (Comissão Nacional do Mercado de Valores), justifica estes resultados com o ambiente de incerteza vivido em grande parte do primeiro semestre, que teve “um impacto muito negativo nas receitas da sociedade e resultou em resultados especialmente negativos” nos primeiros seis meses de 2019.
Um dos pontos nomeados para demonstrar o ambiente complexo experienciado pelo grupo e a consequente deterioração das vendas está relacionado com a incerteza vivida em relação ao resultado da OPA lançada pela LetterOne, que, caso não concretizada, poderia conduzir à não salvação do grupo.
O grupo DIA, porém, assinala que estes resultados também foram causados por algumas medidas tomadas pela nova administração, que têm o intuito de “estabelecer uma base de negócio realista, sólida e saudável”.
O processo de despedimento coletivo em Espanha e a redução de colaboradores no Brasil é uma dessas medidas. A nova administração encerou ainda 757 lojas deficitárias, 94 delas no terceiro trimestre do ano. Houve ainda uma reconversão das franquias, que afetou 309 lojas, 87 delas no terceiro trimestre. A atual gestão da companhia estabeleceu ainda como meta a otimização do sortido comercial, reduzindo o número de referências.
Vendas caem 7,4%
As vendas líquidas sofreram assim, na comparação homóloga, uma quebra de 7,4% para 5,08 mil milhões de euros. As vendas comparáveis desceram 8,1%, em comparação com os 3,6% negativos do período homólogo do ano anterior.
O declínio das vendas, segundo assinala o documento do grupo DIA, tem como causa os “elevados níveis de falta de stock” nas lojas e nos armazéns. Esta deterioração resultou “do complexo contexto de negócio sofrido” no primeiro semestre do ano.
As vendas brutas sob insígnia fixaram-se em 6,33 mil milhões de euros, recuando 18,2% em relação ao período homólogo do ano anterior. Em Portugal, as vendas brutas sob insígnia desceram 6,4% para 579,8 milhões de euros.