Espaços de retalho totalizam €400 milhões investidos no primeiro semestre
Enquanto os escritórios e o setor industrial absorveram ambos 29% do total de volume investido e os hotéis apenas 2%, os ativos de retalho foram os que mais atraíram capital no primeiro semestre

Ana Catarina Monteiro
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No primeiro semestre do ano, o volume de capital aplicado no imobiliário nacional ascende a mil milhões de euros, segundo o estudo Marketbeat Portugal 2017 elaborado pela consultora Cushman&Wakefield (C&W),
Enquanto os escritórios e o setor industrial absorveram ambos 29% do total de volume investido e os hotéis apenas 2%, os ativos de retalho foram os que mais atraíram capital no primeiro semestre – 400 milhões de euros, 40% do total. Os espaços de restauração (34%) e moda (26%) representam as maiores fatias do investimento no retalho.
O comércio de rua regista “volumes de procura crescente desde 2014 em relação aos centros comerciais”. As lojas na rua já representam 44% da procura por espaços de retalho, face aos 52% de centros comerciais.
Lisboa e Porto concentram 97% das operações de comércio de rua ocorridas no primeiro semestre. As marcas Bagga, Kakaoland, Burger King e Padaria Portuguesa foram as insígnias mais ativas, com aberturas sobretudo na rua.
Apesar de registarem uma menor afluência de público, os centros comerciais, por sua vez, cresceram 2,6% em vendas até junho, em termos homólogos. No total, Portugal ostenta um total de 3,9 milhões de metrsos quadrados (m2) em Área Bruta Locável (ABL), sendo que estão em construção neste momento dois novos centros comerciais: Mar Shopping (83 mil m2 de ABL), no Algarve, pela mão da IKEA Centers Portugal; e o Évora Shopping (16 200 m2 de ABL). Ambos têm abertura prevista até final do ano.
Sonae protagoniza maior negócio no setor industrial
No setor industrial, a Sonae protagonizou o maior negócio no semestre, com a ocupação de 14 mil m2 no Cartaxo. Em termos de área, foi o grupo Luís Simões que adquiriu o maior volume (18 mil m2) por dois armazéns logísticos em Palmela e Azambuja.
“A logística de retalho, que foi o principal impulsionador deste setor nas últimas décadas, será novamente o motor da mudança do setor industrial”, comenta Ana Gomes, diretora de industrial e terrenos da C&W.
A zona da grane Lisboa regista no primeiro semestre 14 novas constatações de espaços logísticos e industriais, o que representa uma total de 63 mil m2, valor que fica 17% acima do aumento registado no mesmo período de 2016.
A dinâmica mostra o otimismo dos empresários portugueses. Segundo a consultora, espera-se para os próximos três anos um aumento de 1,2% do índice de produção industrial em Portugal. Por outro lado, as exportações devem ficar este ano com um crescimento 7,7% acima ao previsto para as importações. No primeiro semestre, França, Espanha e Alemanha concentraram quase metade das exportações portuguesas. A C&W destaca ainda a diversificação setorial das indústrias exportadoras portuguesas, uma vez que “o principal setor” exportador, o automóvel, representou apenas 11% do total.
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