Retalho é o setor “menos atrativo” para trabalhar em Portugal
Os setores do retalho e do grande consumo são os que apresentam maior “reconhecimento de marca” por parte da população ativa nacional, mas são os que estão menos bem posicionados quando se trata de atratividade para trabalhar (28%). A conclusão é do estudo Employer Brand Award 2017, levado a cabo pela empresa de recursos humanos Randstad através de um inquérito online, dirigido em dezembro de 2016 a 6902 portugueses

Ana Catarina Monteiro
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Os setores do retalho e do grande consumo são os que apresentam maior “reconhecimento de marca” por parte da população ativa nacional, mas são os que estão menos bem posicionados quando se trata de atratividade para trabalhar (28%). A conclusão é do estudo Employer Brand Award 2017, levado a cabo pela empresa de recursos humanos Randstad através de um inquérito online, dirigido em dezembro de 2016 a 6902 portugueses.
A segunda edição em Portugal do estudo que mede a atratividade das empresas para trabalhadores apresenta um novo líder. A Microsoft (83,11%) veio substituir este ano a TAP (69,25%) no primeiro lugar do ranking. Com a Delta Cafés (69,40%) a manter a segunda posição, a operadora nacional de transportes aéreos passou para o terceiro lugar do ranking. Por setores, no sentido contrário à indústria do retalho e do grande consumo, a área da saúde é a que se apresenta a mais atrativa, sendo a primeira escolha para 62% dos portugueses, seguida pelo setor de TI (Tecnologias da Informação) e consultoria (56%) e pelo turismo, hotelaria e lazer (53%).
Gap dificulta a atração de talento
Os atributos apontados pelos inquiridos que melhor caracterizam os setores mais atrativos são saúde financeira, reputação e uso das mais recentes tecnologias. No entanto, o estudo assinala uma “discrepância” entre os fatores que os portugueses mais valorizam na decisão de mudar de emprego e os fatores em que melhor classificam as empresas. Enquanto os critérios mais relevantes para a mudança de empregador são a segurança no trabalho, um bom equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal e um ambiente de trabalho agradável, os critérios em que as empresas apresentam uma avaliação mais positiva são a saúde financeira, a reputação positiva e o uso de tecnologias recentes. “Este gap significa que as empresas desenvolvem as suas estratégias de employer branding focadas em critérios que não são os mais importantes para os portugueses, aumentando a dificuldade de atração de talento”, explica José Miguel Leonardo, Chief Executive Officer (CEO) da Randstad Portugal.
Entre as 20 empresas mais atrativas para os portugueses, a Nestlé distingue-se nos critérios de saúde financeira e reputação, o Banco de Portugal pela segurança no trabalho que confere, a EDP como empresa ambiental e socialmente responsável, a The Navigator Company afirma-se nas categorias de ambiente de trabalho e equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, e a Siemens pelo critério de utilização de tecnologia recente.
Impacto da transformação digital
Grande parte da população ativa (45%) refere que a transformação tecnológica que atualmente se verifica no mercado de trabalho vai trazer melhorias substanciais ao “conteúdo da sua função”. Por sua vez, 55% dos inquiridos estão dispostos a receber formação ou a reconverter as suas competências caso o seu posto de trabalho desapareça em breve, desde que as suas condições de trabalho atuais estejam asseguradas, enquanto 37% não acredita que a automação venha a ter influência na sua função.
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