Três perguntas a… Carla Pereira (Chronopost Portugal)
“20% do volume da atividade da Chronopost e 15% da faturação já provêm do ecommerce”
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Ana Catarina Monteiro
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Três perguntas a… Carla Pereira, Directora de Marketing e Comunicação da Chronopost Portugal
1. Na sua opinião, quais as tendências em termos de ferramentas para potenciar as compras online este ano?
O comércio eletrónico é um pilar fundamental para o negócio da Chronopost e tem sido uma grande aposta da nossa empresa. Aliás, 20% do volume da nossa atividade e 15% da faturação já provêm do ecommerce.
Perspetiva-se que as “compras sociais” evoluam em 2017, sendo já possível identificar produtos nas redes sociais que automaticamente encaminham o utilizador para a página de compra do respetivo retalhista. À margem das redes sociais, prevê-se a implementação e o reforço dos chamados chatbots como estratégia de abordagem em tempo real e personalizada com o cliente. Resta saber se 2017 trará a possibilidade de se efetuarem transações através destes canais.
Por fim, no ano passado assistimos a um “pré-boom” da realidade virtual (VR) que promete mudar o panorama do retalho ao promover a fusão entre os ambientes offline e online, dando origem a novas formas inovadoras de comunicação. Apesar de ainda estar numa fase embrionária, creio que os especialistas do marketing e comunicação do setor do retalho devem procurar beneficiar na sua generalidade, já em 2017, desta tecnologia cada vez mais popular junto do consumidor.
2. A logística é um aspeto crítico na gestão do ecommece. Que novas opções surgem para alavancar a conveniência e a personalização dos serviços logísticos prestados?
As entregas no mesmo dia, concretamente, trazem oportunidades imensas do ponto de vista da conveniência e da satisfação do consumidor, mas representam desafios acrescidos. Em 2017 vamos assistir a uma certa harmonização deste serviço, mas creio que ainda nem todos os operadores estão preparados para o oferecer com a qualidade que se exige.
Para nos adaptarmos às necessidades dos consumidores e à crescente omnipresença, apresentámos recentemente um novo portal que permite a devolução de encomendas de forma simples e segura. O “return-my-parcel” permite ao eshopper devolver a encomenda através das lojas Pickup, da Chronopost, presentes por toda a Europa, ou de solicitar a recolha ao domicílio. O objetivo deste novo portal é dar resposta ao rápido crescimento que temos verificado no ecommerce, sobretudo nos setores que têm maior incidência de encomendas devolvidas, alguns dos quais podem chegar aos 30%. Não podemos esquecer que 45% das compras online em Portugal são feitas em sites estrangeiros e essas empresas precisam efectivamente de soluções de devolução.
Vamos disponibilizar também, a partir do início deste ano, a todos os destinatários a possibilidade de pagamento através de MBway, e os POS [Point of Sale] de que dispomos passam igualmente a disponibilizar tecnologia “contactless” para pagamentos de valor reduzido, onde se enquadram perfeitamente os pagamentos dos portes dos nossos serviços na prestação C2B [Consumer to Businnes] ou C2C [Consumer to Consumer]. Esta aplicação dá-nos garantias adicionais de segurança que são extensíveis, como é óbvio, para os nossos clientes.
3. Alguns retalhistas e empresas de transporte já utilizam drones na entrega dos produtos. Quais os desafios para a evolução da utilização de drones em 2017?
No nosso caso, apenas a Chronopost e a DPD em França têm a opção de enviar encomendas por drone até um ponto Pickup instalado propositadamente para o efeito, mas a possibilidade desta solução ser alargada a outros países é uma possibilidade. No caso concreto de Portugal, esta seria uma abordagem interessante, pela maturidade do mercado, sendo hoje a inovação uma necessidade estratégica para a maioria das empresas.Estamos conscientes da natural importância de salvaguardar a segurança pessoal e material, no entanto e para 2017, deixamos o alerta de que demasiadas restrições ao uso de drones podem efetivamente limitar o potencial de inovação das empresas e comunidades em Portugal.
Os drones, como ferramenta inovadora, representam um passo em frente e uma nova maneira de abordar a questão das entregas de encomendas, especialmente quando se trata de áreas de difícil acesso, para as quais as entregas por drones podem ser uma solução. É importante considerar algum alívio às restrições impostas recentemente na chamada “Lei dos drones” e olhar para este fenómeno do ponto de vista dos benefícios que o uso regulado de drones pode trazer para as comunidades.