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Regresso às aulas: Online ganha peso mas loja física ainda domina

O regresso às aulas pode representar uma dor de cabeça para muitas famílias, mas para a distribuição moderna e insígnias de material escolar significa uma das alturas mais lucrativas do ano. As estratégias são delineadas para agradar filhos, com a oferta, e pais, através do preço

Ana Catarina Monteiro
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Regresso às aulas: Online ganha peso mas loja física ainda domina

O regresso às aulas pode representar uma dor de cabeça para muitas famílias, mas para a distribuição moderna e insígnias de material escolar significa uma das alturas mais lucrativas do ano. As estratégias são delineadas para agradar filhos, com a oferta, e pais, através do preço

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Ana Catarina Monteiro
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O regresso às aulas pode representar uma dor de cabeça para muitas famílias, mas para a distribuição moderna e insígnias de material escolar significa uma das alturas mais lucrativas do ano. As estratégias são delineadas para agradar filhos, com a oferta, e pais, através do preço.

Arrancaram em agosto na maioria das lojas as campanhas de regresso às aulas. Promoções especiais, facilidades de pagamento na compra de manuais escolares e “packs” económicos de produtos, são algumas das ferramentas que os retalhistas utilizam para atrair as famílias, que por esta altura inundam as grandes superfícies e lojas especializadas em papelaria.

Sendo este um mercado em que quem compra não é o consumidor final, os espaços comerciais têm que agradar pais e filhos na sua oferta, conjugando os fatores que cada parte mais valoriza. Enquanto os mais novos são atraídos pelo “design” dos materiais, com as personagens de animação ou cores favoritas, os pais preocupam-se com a gestão do orçamento familiar, que muitas vezes tem que se repartir entre várias crianças em idade escolar. Em toda a lista de compras, são os manuais escolares que mais pesam no gasto total.

CADEIAS APOSTAM EM VENDA ONLINE DE MANUAIS

De acordo com o estudo do Observador Cetelem sobre as intenções de compra dos portugueses, 94% prefere comprar livros escolares novos para o ano letivo de 2016/17. Não é por acaso que as insígnias apostam na oferta de serviços de venda de manuais, a maioria via online.

cartaz musica NOVO 1O Jumbo remodelou “totalmente o site, no sentido de proporcionar uma experiência mais simples na compra de manuais escolares”, explica em entrevista ao HIPERSUPER Pedro Frausto, diretor de Compras Bazar da Auchan. “É um serviço que ganha uma dimensão muito importante, pelo peso no orçamento familiar que este momento tem nas famílias portuguesas, garantindo vantagens financeiras para quem tem o cartão da cadeia, nomeadamente a venda a prestações sem juros e desconto de 5%, que acrescem a um desconto direto sobre o preço do editor de 10%, para todos os clientes”.

Já os armazéns El Corte Inglés, que se diferenciam com uma área “totalmente reservada a uniformes para a escola”, oferecem facilidades no pagamento de manuais escolares encomendados na plataforma digital, como “financiamento até seis meses sem juros, caso o cliente efetue o pagamento com o cartão de crédito” da retalhista, dá conta Manuel Paula, diretor de Marketing da insígnia.

Também a Fnac disponibiliza um serviço de encomenda de manuais escolares, com 10% de desconto direto, oferecendo a entrega gratuita em casa dos clientes. O hipermercado Continente, por sua vez, realiza este ano a venda de manuais escolares “exclusivamente através do canal online, com 10% de desconto em cartão”. Para facilitar a compra, disponibiliza facilitadores, como a seleção de manuais escolares por região, escola e ano, além da indicação de períodos em que os clientes não estarão disponíveis para os receber, por motivos de férias, por exemplo, e o serviço de encadernações, “que é muito valorizado”, segundo a fonte da cadeia de distribuição da Sonae.

ONLINE VERSUS LOJA

O regresso às aulas é uma altura que regista um volume de vendas “superior à média” no ecommerce, sobretudo junto das novas gerações, que privilegiam, cada vez mais este canal.

Na Fnac, a internet é já o canal preferido dos clientes para a preparação do regresso às aulas. “Prova disso é que em setembro do ano passado, o site teve mais 50% de visitas do que as lojas físicas”, indica Inês Condeço, diretora de Comunicação e Marketing da cadeia de tecnologia e cultura. “O peso do canal online situa-se nos 11% do total das vendas da época de regresso às aulas e tem vindo a aumentar graças ao aumento do catálogo disponível, quer a nível orgânico quer através do alargamento da gama através do ‘marketplace’. Só em mochilas, por exemplo, temos mais de mil modelos disponíveis. Nas categorias mais populares online encontramos os livros de apoio escolar, em particular os de língua estrangeira, as calculadoras, os computadores portáteis, as mochilas e os instrumentos musicais. Nas lojas, têm mais sucesso os cadernos, as agendas, o material de desenho e pintura”.

Evolução dos materiais escolaresOlmar_Megastore_2_
A grossista Olmar – Artigos de Papelaria conta com as marcas próprias Pajory, de material escolar, e Fegol, de escritório/papelaria, que pesam 60% nas vendas totais da empresa. A altura de regresso às aulas pesa “aproximadamente 20% nas vendas anuais, se considerarmos que a época se inicia em maio, com o fornecimento das papelarias e da grande distribuição, e termina em outubro, após as vendas ‘in store’ e reposições nos revendedores”, explica em entrevista ao HIPERSUPER João Oliveira, administrador da produtora de São João da Madeira.O responsável faz o balanço da evolução dos artigos escolares nos últimos 20 anos. “Diria que passou mais pela criação de novas soluções do que propriamente por alteração das existentes. Existe a continuidade do uso da borracha para tinta, por exemplo, que evolui em termos de dureza para não ferir o papel, com novas substancias. Mas, também o uso do corretor cresceu muito como substituto. As duas soluções continuam à venda, sendo que a segunda é uma alternativa em crescimento constante. O mesmo caso não se verifica para borrachas para apagar lápis. Aí cresceram as opções, variedades, características e ainda se criaram opções com borracha e afia na mesma peça. Existem já esferográficas com tinta apagável, que antigamente não existiam, entre muitos outros exemplos”, indica.

Ainda assim, para maioria dos retalhistas consultados pelo HIPERSUPER a loja física continua a ser o canal preferido dos consumidores. “Principalmente neste momento de regresso às aulas, ainda é muito privilegiado o contacto com os materiais. As crianças gostam de ver e tocar nos artigos antes de comprar. No caso das mochilas, por exemplo, os pais também continuam a preferir a compra em loja física de forma a poder testar o produto e verificar se este tem as condições adequadas”, observa Rosário Almeida, diretora de Negócio da Note!. Também o diretor de Compras Bazar da Auchan, dona das cadeias Jumbo e Pão de Açúcar, verifica que, à exceção da compra dos manuais escolares, os materiais “mantêm a predominância de vendas na loja física”.

“O online está a ganhar cada vez mais peso, no entanto, a loja física ainda continua a ser o principal canal. Acreditamos que, cada vez mais, as compras se farão utilizando ambos os canais. Isto é, a internet para consulta e encomendas e depois a visita à loja física. Daí a importância da boa ambientação e disposição dos produtos, das novidades e dos serviços associados”, conclui o responsável do El Corte Inglés.

Além do contacto com o produto, o serviço é um aspeto que leva os consumidores a preferirem as tradicionais papelarias às grandes superfícies. De acordo com um recente estudo levado a cabo pelo Observador Cetelem, este ano 80% dos consumidores prefere realizar as suas compras nas lojas especializadas, como as papelarias, seguidas das grandes superfícies comerciais (65%), das compras pela Internet (22%) e da venda direta/catálogo (2%).

ÉPOCA PESA 20% NAS VENDAS DA STAPLES

Os pais portugueses gastam em média 262 euros na preparação no regresso à escola dos filhos, sendo que um em cada oito (13%) gasta uma média de 450 euros na compra do material, de acordo com um inquérito da Staples, levado a cabo em junho deste ano junto de mil adultos portugueses.

A realização do estudo sobre as preferências dos consumidores tem sido uma aposta da insígnia de papelaria e material de escritório para responder às expetativas dos consumidores nesta época do ano, que pesa “cerca de 20%” das vendas anuais da cadeia. “A pesquisa direta com os clientes sobre as reais necessidades dos alunos leva a um ajuste da gama. Permite-nos perceber exatamente que tipo de artigos é que os alunos necessitam em cada ano e assim garantir a existência em venda, desde o artigo mais comum ao mais específico”, explica João Paulo Peixoto, Managing Director da Staples Portugal.

COMPRAS EM FAMÍLIA continente

Uma das conclusões do estudo da Staples revela que os gastos das famílias assumem uma proporção maior para os 2º. e 3º. ciclos, comparativamente com o 1º. ciclo. Segundo o responsável, “o cliente típico nesta altura do ano são as famílias que, por regra, se fazem acompanhar de uma lista da escola para os artigos mais básicos, aos quais acrescem depois outros produtos”.

Apesar das diretrizes dadas pelos pais em relação aos gastos, “no momento da compra as crianças têm cada vez mais influência na decisão, principalmente as mais crescidas, a partir dos dez anos de idade, e quando o assunto é o ‘design’ ou as figuras que estão na moda”.

Para a cadeia de hipermercados do grupo Sonae, este é “um momento normalmente partilhado por toda a família. Apesar de não realizarem efetivamente a compra, as crianças têm um papel muito importante”. Por isso, “todos os anos é reforçado o segmento infantil das mochilas com todas as licenças mais procuradas pelos mais novos, como Frozen, Minnie, Cars, Angry Birds ou Star Wars”.

DESIGN É MAIOR ATRAÇÃO PARA MAIS NOVOS

Todos os anos, os retalhistas trazem para os lineares coleções das marcas que detêm as personagens preferidas das crianças, tentando adivinhar qual será o “best seller” da altura do regresso às aulas. Também as insígnias com marca própria investem nos “heróis” para desenvolver a sua gama de produtos para a escola.

No sentido de descobrir que personagem deveria inspirar a coleção para o regresso às aulas deste ano, a insígnia de artigos para criança Imaginarium dirigiu um inquérito aos sócios do “Club Imaginarium”. “Os mais pequenos vão pela primeira vez ao infantário acompanhados pela personagem escolhida, o Kiko Nico. A gama de produtos inclui mochilas, sacos para a muda de roupa, bibes e vários tipos de recipientes para levarem o almoço, simplificando ao mesmo tempo o dia a dia dos pais. Para os mais crescidos, destacam-se as mochilas completas, com acessórios a condizer e vários compartimentos”, revela Maria Espírito Santo, diretora Regional da insígnia para Portugal, Espanha e Suíça.

A campanha de arranque do ano letivo “representa cerca de 8% das vendas anuais no mercado nacional” da insígnia dedicada ao segmento infantil, cujo ‘shopper’ assume o perfil de “uma mãe com filhos entre os dois e os dez anos, que dá importância à qualidade, aos pormenores e à vertente estética”.

A responsável da cadeia, dedicada a uma faixa etária mais baixa, constata também que as crianças têm muita influência na decisão de compra, logo desde pequenos. “A partir dos três anos de idade já começam a decidir”, denota a responsável.

TECNOLOGIA ALTERA OFERTA CONVENCIONAL

Como-fazer-Cartão-Material-Escolar-2016-1O material escolar já não passa simplesmente pelas mochilas, canetas e cadernos, alargou-se aos “smartphones” e outras tecnologias que os estudantes já não dispensam levar para a escola. Neste sentido, as marcas investem também em acessórios para os dispositivos móveis ou a criação de mochilas adaptadas para transporte dos mesmos.

A insígnia que reúne num só espaço livraria, papelaria e presentes, a Note! aposta este ano em mochilas ergonómicas com divisão para portátil, mochilas desdobráveis, entre outras. “É cada vez mais visível a utilização de telemóveis, ‘tablets’ e computadores pelas diversas faixas etárias em idade escolar. Jogar, ver vídeos, ouvir música, tirar fotografias ou aceder às redes sociais, são algumas das utilizações que os mais novos fazem das novas tecnologias, pelo que procuramos acompanhar as novas tendências e necessidades das novas gerações. No ano anterior, por exemplo, lançamos mochilas com colunas integradas, mochilas com oferta de ‘power bank’ ou mochilas com tecnologia LED que reage ao som”, recorda a diretora de negócio da insígnia Note!, que oferece ainda “a oportunidade de personalizarem diversos artigos”.

Por sua vez, no Continente as novas tendências culminam, por exemplo, na oferta de “mochilas com colunas integradas ou com sistema de GPS”.

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Inês Borges, diretora de Marketing Worten

Worten aposta em conceito de “Smart Study”
Aproveitando a crescente utilização de tecnologias pelos estudantes, a Worten aposta na campanha de regresso ás aulas deste ano no conceito de “Smart Study”, que “tem implícito o facto de que hoje os jovens não precisam de estar confinados a um espaço para estudarem. Com as múltiplas opções tecnológicas disponibilizadas, pode-se estudar em qualquer ambiente ou lugar”, explica em entrevista ao HIPERSUPER Inês Drummond Borges, diretora de Marketing da insígnia de tecnologia da Sonae.No ano passado, a campanha de regresso às aulas teve um peso de “cerca de 8%” nas vendas anuais da cadeia. A responsável observa que “os tablets e os portáteis foram os dois primeiros dispositivos tecnológicos a ganhar o estatuto de ferramentas de ensino nas salas de aula”.Quanto às compras online e em lojas, “os estudos que realizamos dizem que os ‘shoppers’ preferem comprar online produtos com baixo envolvimento, como acessórios e videojogos. Ou seja, produtos com um preço médio mais baixo, em que a componente ergonómica não é crítica”. Já para comprar produtos de valor mais elevado, “os ‘shoppers’ tendem a dirigir-se a uma loja física, para um contacto direto com o produto, comprovar a ergonomia e até a estética, privilegiando o aconselhamento personalizado apenas possível em loja física. Neste caso, estamos a falar sobretudo de televisões, portáteis e máquinas fotográficas.


REGRESSO AOS TRABALHOS MANUAIS

“A evolução tecnológica está também associada a uma revolução nos métodos de ensino e de aprendizagem. Há vinte anos não eram necessários portáteis, nem ‘tablets’, não se falava em ‘smartphones’ nem em discos externos. Os manuais eram só em papel, não tinham informação adicional online ou depositada em CD. Há vinte anos as crianças e os adolescentes tinham uma escolha limitada de materiais auxiliares, hoje existem milhares de opções de escolha, consoante a idade e o sexo. A nós [retalhistas] compete-nos antecipar todas as necessidades para podermos responder às solicitações a tempo e a horas”, destaca o diretor de Marketing do El Corte Inglés.

School-Supply-Lists2Foi neste sentido que a retalhista Fnac investiu “sobretudo em ‘hardware’ e papelaria” para a edição deste ano do regresso às aulas”. Além disso, um dos momentos-chave da campanha da cadeia de origem francesa passa por “uma publicação, muito focada no universo digital, que mostrará aos jovens, por exemplo, quais as melhores aplicações para estudar”, revela Inês Condeço.

No entanto, apesar de observar um consumo de tecnologia “massificado”, a diretora de Comunicação verifica que, “no segmento de papelaria, há um certo “retorno” às atividades criativas como ‘hobbie’, para consumo próprio e oferta. Cada vez mais, os clientes procuram uma maneira de passar o seu tempo sem recurso a formas digitais, um escape criativo e aí entram os lápis de cor, canetas, materiais gráficos e de trabalhos manuais. Também há muita procura por artigos de um setor mais exclusivo, como as canetas para colecionador”.

Sobre o autorAna Catarina Monteiro

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Sonae inaugura novo escritório pet friendly no Sonae Campus

O novo espaço do Sonae Campus foi desenvolvido com o apoio da ZU, marca da MC. Com este novo espaço, cães e gatos podem usufruir de infraestruturas dedicadas aos animais, como zonas de descanso, estações de água e alimentação, zona de lazer com brinquedos e ainda a possibilidade de passear ao ar livre.

A Sonae inaugurou um novo escritório pet friendly no Sonae Campus, a sede do Grupo na Maia. Os colaboradores das empresas aqui instaladas podem assim levar os seus cães e gatos para o local de trabalho. Esta iniciativa junta-se ao investimento que o Grupo tem feito em prol do compromisso em promover um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, criando um ambiente de trabalho mais inclusivo e flexível, adaptado às necessidades atuais das pessoas, sublinha a Sonae em comunicado.

Daniel Fonseca, diretor de Marca e Comunicação Corporativa da Sonae, realça que “a possibilidade dos colaboradores poderem trabalhar com flexibilidade e na companhia dos seus animais de estimação promove o bem-estar e reforça o nosso compromisso de colocar as pessoas no centro do que fazemos. Temos vindo a aumentar o conjunto de serviços disponíveis
no Sonae Campus, que facilitam o dia-a-dia dos colaboradores, e a criação deste espaço é mais um passo nesse sentido”.

O novo espaço do Sonae Campus foi desenvolvido com o apoio da ZU, marca da MC especialista em bem-estar animal, e oferece infraestruturas dedicadas aos animais, como zonas de descanso, estações de água e alimentação, zona de lazer com brinquedos e ainda a possibilidade de passear ao ar livre.

O Sonae Campus é um complexo que alberga mais de 3.500 colaboradores, num espaço de mais de 30 hectares, “concebido para promover um ambiente de trabalho dinâmico e colaborativo, o Campus integra várias infraestruturas de apoio ao bem-estar, como espaços de desporto (ginásio, campo de futebol e campos de padel), de lazer (bicicletas, jardins e espaços de
convívio), serviços de saúde (posto de análises clínicas, médico, nutricionista, psicólogo e fisioterapeuta), salas de amamentação e vários serviços de conveniência (entrega de encomendas Continente e encomendas pessoais, cabeleireiro, lavandaria, quiosque, arranjos de costura, lavagem de automóveis e entrega de produtos farmacêuticos)”.

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Preço do cabaz alimentar mais barato na primeira semana de outubro

Iogurte líquido subiu 20%, couve-coração e curgete registaram um aumento de 14% e preço do azeite continua a escalar.

O cabaz de 63 produtos alimentares essenciais monitorizado pela Deco Proteste custa 226,97 euros, custando agora menos 1,28 euros do que na última semana de setembro.

Produtos com maior variação de preço de 25 de setembro a 2 de outubro:
Iogurte Líquido 20%
Couve-Coração 14%
Curgete 14%
Azeite Virgem Extra 13%
Carapau 12%
Atum posta em óleo vegetal 10%
Dourada 10%
Cebola 9%
Polpa de tomate 7%
Pão de forma sem côdea 7%

Produtos com maior variação de preço desde o início do ano: de 3 de janeiro a 2 de outubro
Dourada 19%
Pão de forma sem côdea 17%
Novilho Carne para cozer 14%
Atum posta em azeite 14%
Óleo alimentar 9%
Arroz agulha 8%
Carcaça tradicional 7%
Manteiga Com sal 6%
Alho Seco 6%
Iogurte Líquido 5%

Os dados são da Deco Proteste que com o início da guerra na Ucrânia e a escalada da inflação, realiza todas as semanas uma análise dos preços de um cabaz constituído por 63 produtos alimentares essenciais que inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe, sendo considerados, entre outros, produtos como perú, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo, manteiga, entre  outros.

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Charcutaria: Marcas adaptam-se às novas exigências do consumidor

Quinta de Jugais, Primor, Prisca Alimentação, Nobre e Izidoro têm ajustado as suas estratégias para responder às novas exigências dos consumidores portugueses, cada vez mais preocupados com a sustentabilidade, a alimentação saudável e a valorização dos produtos tradicionais.

Orgulhosos produtores de enchidos regionais da Serra da Estrela/Beira Alta Artur Moreira, diretor comercial da Quinta de Jugais, reconhece a evolução do perfil do consumidor português, que agora demonstra maior preocupação com a sustentabilidade. “72% procuram consumir produtos mais sustentáveis e 87% consideram importante consumir produtos acondicionados em embalagens sustentáveis”, explica. A procura por produtos tradicionais e de origem nacional ou regional também tem crescido, refletindo uma preocupação crescente com a saúde e o bem-estar.

Artur Moreira, diretor comercial da Quinta de Jugais

Ao Hipersuper, Artur Moreira destaca o lançamento da marca “Pata Negra – Charcutaria de Porco Preto” como resposta a esta mudança de paradigma, onde os consumidores valorizam alimentos saudáveis com benefícios organoléticos, mesmo com preços mais elevados. “Temos vindo a inovar e a lançar soluções, marcadamente, saudáveis e sustentáveis com lançamento de produtos sem a utilização de nitratos, nitritos e fosfatos – a nossa Gama ‘Natura’”, refere, enaltecendo a redução de 35% no uso de plásticos nos últimos quatro anos e o investimento em painéis solares nas fábricas.
A Quinta de Jugais tem implementado várias mudanças nas fábricas, como o reaproveitamento de águas e a reciclagem de plásticos e cartão. “Volto a destacar o lançamento, em 2021 da nossa Gama “Natura” que se caracteriza pela não utilização de fosfatos, nitritos e nitratos, resultando em Produtos mais saudáveis e sustentáveis”, afirma. A valorização dos enchidos tradicionais da Serra da Estrela também faz parte da estratégia da empresa, que opta por comercializar apenas produtos com raízes na região, resistindo a expandir o portefólio para outros enchidos não típicos. Como resultado desta estratégia, lançaram recentemente o Chouriço de Carne com Pimenta e Alho e a Farinheira Doce, fruto do trabalho de investigação da Engª. Lúcia Ribeiro. “A nossa ligação à nossa Região é algo que nos é intrínseco”, garante.
Sobre o impacto das marcas próprias (MDD) das grandes cadeias de distribuição, admite que estas representam uma fatia significativa da faturação da empresa. No entanto, lamenta a falta de abertura da distribuição moderna para a inovação no setor, o que impede que os consumidores tenham acesso a novos produtos. “A nossa empresa foca-se na diferenciação, apostando em sabores e receitas “fora do comum”, como referi anteriormente, mas também disponibilizando formatos e apresentações menos convencionais”, explica, acrescentando que a Quinta de Jugais continua a produzir os enchidos regionais da forma ancestral, utilizando fumeiro natural com lenha de azinho, o que resulta em produtos únicos.
No que diz respeito à exportação, destaca a importância da diáspora portuguesa nos mercados internacionais, especialmente em países como França, Alemanha, Inglaterra e Suíça, onde os enchidos de qualidade são apreciados. A Quinta de Jugais tem participado em grandes eventos internacionais, como a Anuga e a SIAL Paris, onde este ano irá apresentar um stand totalmente dedicado à charcutaria regional, promovendo as marcas Quinta de Jugais e Salsicharia Beira Serra. A grande aposta será na promoção da marca Pata Negra, lançada em 2022, que tem sido um sucesso. “A grande aposta passa pela promoção e divulgação da nossa Marca de Charcutaria de Porco Preto – Pata Negra, que lançámos em 2022 e que tem sido um sucesso. A estratégia de médio prazo passa por, sem nunca descurar os nossos enchidos tradicionais, implantar e fazer crescer a Marca Pata Negra no exterior, para além do Mercado Nacional, como é óbvio, procurando aliar e oferecer produtos nobres e de alta qualidade a uma Marca fortíssima, por si só definidora da própria categoria.”, conclui.

Alberto Martins, diretor comercial da Primor Charcutaria Prima

“Ingredientes mais saudáveis, mais naturais e sustentáveis”
Com uma aposta contínua na inovação, na sustentabilidade e na adaptação às novas tendências de consumo, a Primor Charcutaria Prima está a posicionar-se como uma marca de referência, tanto em Portugal como no mercado internacional.
Alberto Martins, diretor comercial da empresa que nasceu em 1961 em Vila Nova de Famalicão pelas mãos de Joaquim Moreira Pinto e Ana Amélia, destaca a evolução do perfil do consumidor português, que está cada vez mais atento à saúde e à sustentabilidade. Os consumidores continuam preocupados com aumento dos preços, mas tendencialmente estão a mudar a perceção dos alimentos e consumo, tendo uma preferência por alimentos com ingredientes mais saudáveis, mais naturais e sustentáveis, que contribuam para cuidar da sua saúde e bem-estar”, afirma, sublinhando que as marcas precisam, hoje, de ir além da conveniência e do preço competitivo. Esta mudança tem levado a Primor a ajustar a sua oferta, inovando com novas gamas de produtos que respondem a estas exigências. O lançamento da gama Primor Puro é um exemplo. Alberto Martins explica que “foi elaborada a partir de ingredientes de origem natural, sem corantes nem conservantes”. Este tipo de produto reflete a preocupação da Primor em desenvolver opções mais saudáveis e inovadoras no segmento da charcutaria. No entanto, o diretor comercial reconhece que há desafios neste caminho: “um grande exemplo desta dificuldade foi o lançamento da nossa Gama Primor Puro, uma gama elaborada a partir de ingredientes de origem natural, sem corantes nem conservantes, uma versão mais saudável e inovadora no segmento da charcutaria. O resultado são produtos de valor acrescentado, com preços mais elevados e com validades mais reduzidas (pelo facto de não terem conservantes artificiais), produtos para os quais, os nossos consumidores, ainda não estão preparados para assumir a um preço mais elevado”, expõe.
Paralelamente, a Primor tem acompanhado outras tendências do setor, nomeadamente a procura crescente por charcutaria de carnes brancas, como frango e peru. “A charcutaria de aves já representa mais de 30% do segmento total de charcutaria”, revela. A marca foi uma das primeiras a identificar esta oportunidade, apostando, desde 2007, na gama Balance, que inclui peitos e fiambres de frango e peru, mortadela e até bacon de peru. “Hoje é reconhecida e procurada como referência neste segmento”, evidencia.
Quanto à diferenciação da marca face às marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, o diretor comercial da Primor Charcutaria Prima é claro: a inovação é uma das nossas principais prioridades. A empresa tem apostado em novos lançamentos, como o Bacon tipo inglês e a gama Clean Label, que oferecem produtos mais saudáveis e com menor teor de sal e gordura. Além disso, refere o papel da planta piloto da Primor, uma unidade produtiva de pequena escala que permite testar novos produtos e reduzir o tempo de lançamento no mercado. “ A uma escala muito reduzida, conseguimos obter protótipos para a validação de provas de conceito de cada novo produto. Permite-nos reproduzir todo o processo industrial, que antecede o scale-up, reduzindo o time-to-market dos novos produtos.  Aporta conhecimento e uma vantagem competitiva à Primor, ao nível do serviço aos nossos clientes que muito nos desafiam, a inovar e a apresentar projetos de desenvolvimento de novos produtos.”, enaltece.
No que toca à exportação, revela que o Grupo Primor já exporta para 23 países. ”Na Primor Charcutaria os cinco países que mais volume fazem são: Bélgica, Reino Unido, Moçambique, Alemanha e França. Na ICM os seis países que mais volume fazem são: Espanha, França, Bulgária, Brasil, China e Angola.”, explica. A estratégia para o futuro passa por consolidar a presença internacional e continuar a adaptar a oferta às exigências dos mercados externos.
Quanto às práticas sustentáveis, Alberto Martins destaca o investimento de 9,3 milhões de euros nos últimos dois anos, com metade deste valor destinado a projetos de inovação e sustentabilidade. Entre as iniciativas, menciona a instalação de unidades de produção de energia solar fotovoltaica (UPAC), que ajudarão a reduzir a pegada de carbono do grupo em 1.550 toneladas anuais.
Outro ponto essencial para a Primor é a redução do uso de plásticos e a aquisição de materiais com uma maior taxa de reciclagem. Estamos a tornar as nossas embalagens mais sustentáveis, sem comprometer a qualidade e a segurança alimentar, assegura. A automatização de processos produtivos também tem sido uma prioridade, com o objetivo de aumentar a eficiência, reduzir o desperdício e garantir a padronização dos produtos. E garante: “Para 2024 está previsto um investimento de aproximadamente 2 milhões de euros”.

Vanda Serrumbia, responsável da direção comercial da Prisca Alimentação

“Continua a haver espaço para o consumo de enchidos tradicionais portugueses”
Vanda Serrumbia, responsável da direção comercial da Prisca Alimentação, explica que o perfil do consumidor de charcutaria em Portugal tem-se mantido relativamente estável, especialmente no que diz respeito aos artigos tradicionais e industriais. No entanto, “devido à retração económica, tem procurado soluções económicas que satisfaçam as suas necessidades, em especial na oferta das MDD”. A diretora reconhece que, apesar da crescente preocupação com a alimentação, “continua a haver espaço para o consumo de enchidos tradicionais portugueses, em especial nas épocas festivas”.
Em termos de práticas sustentáveis, a Prisca tem feito esforços significativos para melhorar o seu impacto ambiental. “A Prisca tem integrado várias práticas sustentáveis na produção, em especial na utilização de embalagens mais ‘amigas do ambiente’ (fatiados leaf skin – menos plástico e mais cartão), assim como em outras vertentes”, afirma Serrumbia. Além disso, a marca continua a valorizar os produtos locais e as tradições regionais, algo que considera essencial para a sua identidade. “A valorização de produtos locais e tradições regionais, mantem-se, uma vez que somos produtores centenários de enchidos regionais e assim mantemos a nossa génese”, reforça.
Sobre a crescente presença das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, admite que “as marcas próprias das grandes cadeias de distribuição vão proliferando, também no nosso segmento, e têm ocupado um espaço significativo da oferta”. No entanto, destaca que a Prisca mantém o foco na “manutenção da qualidade e excelência da nossa marca, assim como na inovação, que tem sido o grande motor do nosso crescimento”. Um exemplo dessa inovação é o recente lançamento do kit para francesinhas, que espera “que seja um sucesso de vendas nesta reta final do ano”.
Relativamente à exportação, sublinha que este é “um desafio constante, que enfrentamos diariamente e com uma expressão cada vez mais significativa no nosso volume de negócios”.
A Prisca já está presente em mais de 60 países, o que é um marco de orgulho para a empresa. Neste campo, quanto às estratégias adotadas, a responsável destaca que “as estratégias para promover os nossos produtos têm sido marcadas pela presença em feiras deste certame e as oportunidades identificadas para o crescimento neste segmento são a capacidade de adaptação às necessidades dos clientes internacionais e a manutenção da qualidade de excelência de toda a nossa oferta”.

Inês Silva, brand manager da Izidoro/Grupo Montalva

Consumidor está cada vez mais atento ao impacto dos alimentos na saúde e bem-estar
Inês Silva, brand manager da Izidoro/Grupo Montalva, aponta duas tendências distintas no perfil do consumidor em Portugal. “Por um lado, há um consumidor mais racional, que, face à perda de poder de compra, adota uma postura mais cautelosa, valorizando sobretudo a relação qualidade-preço e procurando sempre a melhor opção”, observa. Contudo, há também “um consumidor mais flexível e camaleónico, que alterna entre decisões racionais e emocionais, dependendo da categoria do produto e da sua ligação emocional à marca”. Neste cenário, apenas as marcas que conseguirem criar “uma ligação forte e autêntica com os seus consumidores” e oferecer “uma proposta de valor realmente diferenciadora e relevante” terão sucesso.
Segundo Inês Silva, a Izidoro tem como missão “democratizar o consumo nas categorias de fiambre e salsichas”, sempre com um foco na qualidade e no sabor. Para isso, a marca ajusta o seu portefólio às novas tendências de consumo, pensando sempre “na nutrição e conveniência”. Já a marca Damatta, com presença nas categorias de presunto e enchidos, tem um posicionamento diferente “preservando o melhor da tradição portuguesa” e é pensada para “momentos de indulgência e partilha à mesa”.
Nos últimos anos, Inês Silva nota que o consumidor está cada vez mais atento “ao impacto dos alimentos na saúde e bem-estar”. Em resposta a esta procura por produtos mais saudáveis, a Izidoro melhorou as fórmulas do Fiambre Perna Extra, reduzindo os níveis de sal e gordura e eliminando aromas artificiais, mantendo o sabor autêntico. A marca também aumentou as gramagens na gama de fatiados, oferecendo +30g grátis, e expandiu a oferta de receitas tradicionais com a nova gama de Porco Bísaro da Damatta.
A empresa tem-se focado igualmente na inovação e responsabilidade social. “ , lançámos uma edição limitada em parceria com o Manicómio, para sensibilizar para a temática da saúde mental. Além disso, reforçámos a gama Izidoro Veggie Lovers e introduzimos novos picados congelados, em resposta à crescente procura por alternativas vegetais e refeições já temperadas”, revela.
“Com um consumidor mais consciente e simultaneamente com menor poder de compra, temos ajustado a nossa estratégia, oferecendo produtos que combinam qualidade, bem-estar e valor, adaptando-nos continuamente às exigências de um mercado em rápida transformação.”, acrescenta.
Em termos de sustentabilidade, Inês Silva destaca que o Grupo Montalva combina “as mais avançadas tecnologias com as receitas tradicionais, sempre com um foco na sustentabilidade e na circularidade em todas as fases da produção, seguindo o princípio ‘Do Prado ao Prato’.”. A marca foi pioneira em Portugal ao obter a certificação de bem-estar animal para toda a cadeia de valor da carne de suíno. A empresa também investiu em painéis fotovoltaicos para reduzir a pegada carbónica e criou a PetAqua, uma unidade de transformação de subprodutos que promove a economia circular. “ “Introduzimos as novas embalagens ‘skin’, que reduziram em 70% o uso de plástico e são 100% recicláveis, reforçando o nosso compromisso com práticas mais sustentáveis. Com a marca Damatta, damos especial atenção à valorização das tradições regionais, preservando a autenticidade da charcutaria portuguesa e celebrando o que de melhor a nossa gastronomia tem para oferecer.”, reforçando o compromisso da marca com práticas mais sustentáveis.
Quanto ao impacto das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, a responsável reconhece que “representam entre 60 a 70% do mercado nas nossas categorias”, tornando o mercado mais competitivo. No entanto, destaca que a principal diferenciação da Izidoro “vai além do preço”, alicerçada na confiança e qualidade dos produtos, resultado de “um know-how consolidado”. A marca distingue-se pelo controlo integral da cadeia de valor, oferecendo carne “100% portuguesa com certificação em bem-estar animal”, algo que atrai consumidores que valorizam produtos éticos e sustentáveis. “A inovação tem sido um dos principais motores do nosso desenvolvimento”, salienta, referindo o investimento contínuo em novas tecnologias, processos e produtos.
“Embora as marcas próprias das grandes cadeias de distribuição tenham ganho terreno”, Inês Silva assegura que a Izidoro continua a diferenciar-se pela sua “história, expertise e compromisso com a qualidade e inovação. “Estes fatores, juntamente com o controlo integral da cadeia de valor e o foco na sustentabilidade, permitem-nos oferecer uma proposta verdadeiramente única.”, conclui.

Paulo Camoezas, diretor comercial da Salsicharia Limiana

“Já competimos de igual para igual nalgumas gamas com os espanhóis, por exemplo”
Paulo Camoezas, diretor comercial da Salsicharia Limiana, considera que o perfil do consumidor português se tem tornado cada vez mais exigente no momento da compra, valorizando produtos mais saudáveis e de maior qualidade. “O consumidor atual é extremamente exigente no ato de compra, e escolhe produtos essencialmente mais saudáveis, com maior qualidade. Exigem melhor qualidade a um preço competitivo”, afirma.
Com o surgimento das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, o responsável da empresa fundada em 1981 e com origem em Ponte de Lima, reconhece que houve uma verdadeira transformação no mercado: “Com o aparecimento das marcas próprias houve a primeira revolução, preços mais económicos, e na maior parte das vezes a mesma qualidade do fabricante”. No entanto, sublinha que, atualmente, as marcas se querem vender “têm de competir com as marcas próprias, às vezes coexistindo, e muitas das vezes com preços ainda mais competitivos”. Na Salsicharia Limiana, a resposta a esta concorrência tem passado por “trabalhar e investir muito na imagem do produto, na qualidade do mesmo, e principalmente na eficácia e eficiência de serviço”.
Quanto ao futuro da alimentação, Paulo Camoezas acredita que estamos a dar os primeiros passos para um paradigma de consumo mais saudável. “Produtos cada vez mais saudáveis, com menos sal, com menos gordura, com elevado teor cárnico e proteico” serão fundamentais, e a preocupação com o ambiente terá um peso crescente. “O consumidor dos próximos 10 anos vai olhar para a qualidade do produto, para o sabor, para o preço, mas também para a embalagem, se é amiga do ambiente ou não”. Na Salsicharia Limiana, já foi iniciada esta transição: “Já iniciámos esse caminho com a alteração de caixas e embalagens, utilizando menos cartão e menos plástico, e em muitos produtos já com embalagens de plástico e cartão reciclado e principalmente reciclável”.
“Estamos a reduzir a utilização de plásticos redesenhando as embalagens de forma a consumir menos recursos”, explica. Além disso, a empresa está a implementar energia fotovoltaica nas suas duas unidades de produção. “Estamos agora a meio de um projeto de colocação nas duas unidades de energia fotovoltaica 100% limpa”, revela.
Os produtos tradicionais são um dos pilares da Salsicharia Limiana. “Um dos pilares da nossa estratégia é precisamente manter os produtos o mais tradicionais possível, mantendo o sabor do antigamente”, explica Paulo Camoezas que refere: embora seja difícil conjugar a produção moderna com a tradição, esse equilíbrio é conseguido. “Fazer também o tradicional numa indústria que tem linhas de produção do mais moderno que existe atualmente é uma equação difícil, mas que conseguimos manter”. O foco principal da empresa é “o sabor característico do produto”, e a partir daí, tudo é desenvolvido.
Sobre a crescente presença das marcas próprias, Paulo Camoezas diz que a Salsicharia Limiana sabe coexistir bem com elas. “Estamos muito à vontade com marcas próprias, sabemos viver com elas, e por isso mesmo somos, em algumas cadeias de distribuição, a marca escolhida para esse efeito com resultados extremamente positivos para ambas as partes, mas principalmente para o consumidor”. O responsável destaca que, mesmo quando a empresa produz para outras marcas, mantém o mesmo nível de exigência. “Fazemos produto para a nossa concorrência, que reconhece em nós essa qualidade e competitividade que eles não conseguem obter”. Esta abordagem permitiu que a Salsicharia Limiana fosse líder em algumas cadeias de distribuição no fornecimento de marcas próprias.
No que diz respeito à exportação, destaca que a empresa tem consolidado a sua presença a nível internacional, embora enfrente desafios como os “aspetos cada vez mais burocráticos de alguns mercados” e a “localização geográfica periférica”, que encarece os custos logísticos. “O custo logístico de Espanha para França, por exemplo, é metade daquele que existe em Portugal”, o que reduz a competitividade em relação a outros países. Para promover os seus produtos no mercado internacional, a Limiana tem marcado presença em feiras importantes. “Temos ido a importantes feiras, dando posterior seguimento, não só dos potenciais clientes fornecedores de produtos portugueses para o chamado mercado da saudade, mas cada vez mais empresas locais para consumidores locais”.
Paulo Camoezas destaca o reconhecimento crescente dos produtos portugueses a nível internacional, notando que a diferença de qualidade entre os produtos portugueses e os de outros países, como Itália ou Espanha, está a desaparecer. “Hoje diria que em qualidade e apresentação já competimos de igual para igual nalgumas gamas com os espanhóis, por exemplo”, afirma, acrescentando que isso oferece uma “perspetiva de futuro fabulosa” para a Salsicharia Limiana e o setor alimentar português.

Lia Oliveira, diretora de marketing e de comunicação externa da Nobre

“Um dos pilares é continuar a reduzir a nossa pegada ambiental”
Lia Oliveira, diretora de marketing e de comunicação externa da Nobre, confirma que, nos últimos anos, “existe uma maior preocupação com os hábitos alimentares” por parte dos consumidores portugueses. Segundo a responsável, “os consumidores estão cada vez mais informados na hora de escolher produtos”, procurando opções mais equilibradas que permitam seguir “uma dieta flexitariana e um estilo de vida equilibrado”. Perante este cenário, a Nobre tem vindo a ajustar o seu portefólio de produtos, apostando em soluções inovadoras e adaptadas às novas tendências de consumo. “A Nobre Cuida-t+ e Nobre Vegalia são dois exemplos desta adaptação”, explica Oliveira, destacando a importância de oferecer produtos com “teor de sal e gordura reduzido” e opções com proteínas alternativas, como forma de diversificar a alimentação.
A inovação tem sido uma prioridade para a marca, sendo o lançamento da Nobre Omelete um exemplo disso. “Esta nova gama, à base de ovo e produzida com ovos de galinha criadas ao ar livre, é ideal para os portugueses que pretendem diversificar o tipo de proteína que consomem nas suas refeições”, explica Oliveira. A marca introduziu ainda um produto inovador na gama Nobre Cuida-t+: “o fatiado de peito de peru com cenoura”, que combina “um legume com proteína numa solução muitíssimo saborosa” e que é também “uma fonte de fibra”. Para Lia Oliveira, o objetivo da Nobre é claro: “O bem-estar individual e uma alimentação equilibrada, flexível e conveniente será cada vez mais uma necessidade”.
No que diz respeito à sustentabilidade, salienta que a Nobre tem vindo a desenvolver práticas consistentes ao nível ambiental. “Um dos pilares é continuar a reduzir a nossa pegada ambiental”, refere, acrescentando que a marca tem investido na melhoria das suas embalagens, procurando soluções mais sustentáveis. “Substituímos as mangas de plástico dos frascos de salsichas por rótulos de papel”, exemplifica, sublinhando também a alteração dos rótulos das latas para “papel 100% reciclado” e a incorporação de plástico reciclado nas embalagens de fiambres. Além disso, a marca tem intensificado o apelo à reciclagem, tanto através da comunicação nas redes sociais como no aumento do tamanho dos ícones visuais das embalagens.
A Nobre também promove a economia circular, incentivando os consumidores a reutilizarem as suas embalagens. “Nas redes sociais da Nobre mostramos aos portugueses que é possível a reutilização das nossas embalagens”, explica Oliveira, destacando ideias criativas como a utilização de frascos de salsichas como pequenos vasos para plantas ou porta-lápis.
Sobre o impacto das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, Oliveira reconhece que estas “têm vindo a ganhar o seu espaço no mercado”, especialmente tendo em conta o contexto económico atual. No entanto, a Nobre mantém a sua posição firme no setor alimentar, continuando a ser “a marca top of mind no momento da compra”. A confiança dos consumidores na marca é justificada pela “variedade e qualidade” dos produtos, assim como pelo investimento contínuo em “comunicação, inovação e certificações de qualidade alimentar”.
A exportação também é um canal importante para a Nobre, permitindo alcançar novos mercados e consumidores. “Sabemos que diferentes mercados apresentam diferentes hábitos e preferências de consumo”, afirma Oliveira, destacando a adaptação dos produtos às necessidades dos consumidores locais. Contudo, a marca garante que mantém “o nosso selo de qualidade em todos os produtos que exportamos”, com o objetivo de estabelecer relações de confiança, tanto com os portugueses no estrangeiro como com novos consumidores.
“A inovação faz parte do nosso ADN”, refere Lia Oliveira, sublinhando que a Nobre continuará a expandir o seu portefólio de produtos, tanto no mercado nacional como nos mercados internacionais. “Estamos empenhados em apresentar os melhores produtos, como temos vindo a fazer em Portugal”, assegura, destacando o compromisso da marca em continuar a desenvolver soluções inovadoras e adaptadas às preferências regionais. A marca continuará a expandir-se internacionalmente, “com a garantia de que os produtos que disponibilizamos mantêm a qualidade a que a Nobre está associada”, conclui.

Este artigo faz parte da edição 426 do Hipersuper

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Closeup shot of male hand picking cherry red coffee beans on the tree

ESG

CONFAGRI saúda adiamento do Regulamento Anti Desflorestação

A Comissão Europeia vai propor prorrogação por um ano, do prazo da entrada em vigor do Regulamento Anti Desflorestação.

Hipersuper

Num comunicado publicado no dia 02 deste mês, a Comissão Europeia reconhece que, três meses antes da data de execução prevista, “vários parceiros mundiais manifestaram repetidamente preocupações quanto ao seu estado de preparação, mais recentemente durante a semana da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque”.

Com base nas reações recebidas fora da União Europeia e no facto de dentro da UE o estado dos preparativos entre as partes interessadas também ser desigual, a Comissão publicou um novo documento de orientação e propôs dar às partes interessadas mais tempo para se prepararem.

Se for aprovada, esta proposta tornará a lei aplicável em 30 de dezembro de 2025 para as grandes e médias empresas e em 30 de junho de 2026 para as micro e pequenas empresas.

Mas indica que este adiamento não põe em causa os objetivos ou o conteúdo do Regulamento Anti Desflorestação da União Europeia (EUDR). “Uma vez que todos os instrumentos de execução estão tecnicamente prontos, os 12 meses adicionais podem servir de período de introdução gradual para assegurar uma execução adequada e eficaz”, lê-se no comunicado de imprensa divulgado pela Comissão Europeia a 02 de outubro.

Óleo de palma , bovinos, soja , café, cacau, madeira, borracha e produtos derivados dos produtos enumerados – tais como carne de bovino, mobiliário ou chocolate – são os produtos abrangidos pelo regulamento.

CONFAGRI com “moderadas expectativas”

Num comunicado, a CONFAGRI (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal) diz receber “com moderadas expectativas”, a notícia do adiamento do prazo de aplicação do regulamento.

“Seria impensável, com a falta de orientações e ferramentas disponíveis, que a grande maioria dos agentes do setor agroalimentar estivessem em cumprimento com o Regulamento a partir do dia 30 de dezembro de 2024”, aponta o presidente da Confederação.

Idalino Leão afirma ainda que a organização aplaude “a razoabilidade desta decisão, dados os impactos negativos a que iriam estar sujeitos não só os produtores nacionais e europeus, mas também todos os envolvidos na cadeia de valor e os próprios consumidores”,

O presidente da CONFAGRI crê que este adiamento “deve ser uma nova oportunidade para a Comissão Europeia ouvir o parecer, expectativas, necessidades e especificidades de quem está no terreno” para que seja possível “pensar e construir uma solução de aplicação do EUDR mais ponderada e consensual que não cause mais prejuízos que benefícios.”

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Mercadona

Mercadona

Retalho

Mercadona abriu em Évora

Já abriu o Mercadona em Évora, o primeiro da empresa no distrito, situado no Évora Retail Park (Quinta do Alcaide).

Hipersuper

A Mercadona abriu esta quinta-feira a primeira loja da cadeia em Évora, localizada às portas da cidade, no Évora Retail Park (Quinta do Alcaide). Com a abertura deste supermercado, foram criados 90 novos postos de trabalho, estáveis e de qualidade, com contratos sem termo desde o primeiro dia, contribuindo para a criação de emprego local.

Sofia Fonseca, diretora de relações externas da zona centro e sul de Portugal, sublinha em comunicados que “é com enorme satisfação que damos um importante passo na nossa expansão em Portugal, com a abertura da primeira loja na região do Alentejo. A abertura da Mercadona, em Évora, representa a chegada a um novo distrito e a uma nova cidade, reafirmando o nosso compromisso de estar cada vez mais próximos dos nossos Chefes (clientes), oferecendo-lhes um serviço atento e uma experiência de compra diferenciada. Hoje celebramos um marco especial no nosso plano de crescimento e estamos preparados para servir esta comunidade com dedicação e profissionalismo. Esperamos que os eborenses nos recebam com a mesma alegria com que abrimos as nossas portas, e que a Mercadona se torne no seu supermercado de confiança.”.

Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora, destacou: “esta abertura insere-se num crescimento muito significativo que Évora tem vindo a assistir do ponto de vista económico. É muito importante para nós a diversificação da atividade económica e, portanto, ter mais uma grande empresa instalada em Évora, que vem criar 90 postos de trabalho, é naturalmente significativo. Damos as boas-vindas à Mercadona a Évora, é um contributo para o desenvolvimento económico de Évora que hoje assinalamos.”

A nova loja dispõe de 160 lugares de estacionamento contando além disso, com uma área especifica para bicicletas e trotinetes. A área de vendas é de aproximadamente 1.900 m2 e, à semelhança de outros supermercados da cadeia, os “Chefes” (clientes) vão poder contar com as secções de talho, peixaria, charcutaria, pastelaria e padaria, perfumaria, cuidado do lar e animais de estimação, frutas e legumes, garrafeira e pronto a comer com self-service e várias opções de pratos preparados para levar ou comer na loja, numa zona exclusiva para o efeito. Os “Chefes” vão encontrar também um mural de sushi, com vários pratos asiáticos prontos a consumir, presunto cortado à faca e embalado no momento, uma máquina de sumo de laranja espremido na hora, carrinhos de compras leves, ergonómicos e sem moeda.

A retalhista sublinha que todas as lojas da Mercadona em Portugal são construídas respeitando o Modelo de Loja Eficiente que está gradualmente a ser implementado em toda a cadeia, com corredores amplos, poupanças energéticas de até 40% comparativamente a uma loja convencional, entrada com entrada dupla que evita correntes de ar e que se caracteriza pela sua acessibilidade e comodidade, sistemas de refrigeração mais sustentáveis, melhorias de isolamento nos móveis de frio, iluminação LED e gestão inteligente do consumo energético.

No âmbito da Política de Responsabilidade Social da empresa, e sendo também uma das principais medidas para a prevenção do desperdício alimentar na Mercadona, este supermercado doará diariamente, e desde o primeiro dia, bens de primeira necessidade à Santa Casa da Misericórdia de Évora, com a qual a Mercadona assinou um protocolo de colaboração.

 

 

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ESG

Lidl reforça meta de zero emissões de gases com efeito de estufa até 2050

O Grupo Lidl comprometeu-se a atingir o “net-zero”, em todas as unidades de negócio e nas cadeias de fornecimento.

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No âmbito da meta “net-zero”, o Grupo Lidl está a expandir a sua estratégia climática para incluir novos objetivos concretos de Scope 3 a nível internacional.

Assim, pretende até 2034 reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa na agricultura, silvicultura e outras utilizações do solo em 42,4%, e afirma o empenho em reduzir 35% das suas emissões nos setores da energia e indústria durante o mesmo período.

Para atingir a meta de zero emissões de gases com efeito de estufa até 2050, no futuro, o Lidl irá trabalhar de forma ainda mais próxima com os seus parceiros e fornecedores“, informa num comunicado onde acrescenta que se comprometeu com os seus maiores fornecedores, “que são responsáveis por 75% das emissões de Scope 3, relacionadas com produtos“, a atingir objetivos de redução até 2026, de acordo com a Iniciativa Science Based Targets, entidade que apoia as empresas na definição de objetivos com base científica para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, em consonância com a mais recente ciência climática.

Até à data, em todos os países, o Grupo Lidl já reduziu 52% das suas emissões operacionais de CO2 (Scope 1 e 2), redução que em Portugal foi de 55%. “Desde 1 de março de 2022, em todos os países, o Grupo Lidl passou a utilizar 100% de eletricidade verde em todas as lojas, centros logísticos e edifícios de escritórios. No caso do Lidl Portugal, já é utilizada exclusivamente eletricidade verde desde 2019“, refere ainda a multinacional de retalho alimentar.

“As alterações climáticas são um dos maiores desafios da atualidade. Com objetivos ambiciosos e ações decisivas, no Lidl, estamos a assumir esta responsabilidade e a trabalhar para sermos parte da solução“, destaca Cristina Hanganu, diretora de Corporate Affairs e CSR do Lidl Portugal.

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Alimentar

Patente da portuguesa Nolita permite eliminar açúcares e adoçantes adicionados

A empresa Food Tech procura agora investidores para expandir aos EUA, a tecnologia que desenvolveu.

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A Nolita, startup portuguesa especializada no desenvolvimento de soluções para alimentos com menos açúcar, desenvolveu uma tecnologia que permite eliminar açúcares e adoçantes adicionados, utilizando fibras pré-bióticas.

Com esta inovação, a empresa pretende conquistar os consumidores dos EUA, “um mercado que representa cerca de 16% do setor global de produtos saudáveis, estimado em 1.500 mil milhões de dólares”, sublinha a empresa.

Para alcançar esse objetivo, a Nolita está à procura de investidores que possam ajudar a escalar o negócio nos Estados Unidos. “Estivemos recentemente na Fancy Food Show, em Nova Iorque, e percebemos o potencial deste mercado para os produtos Nolita. Acreditamos que podemos chegar a um milhão de euros em 2026 com o mercado dos EUA,” afirma Fernanda Vasconcelos, cofundadora e diretora geral da Nolita.

Em março deste ano, a empresa portuguesa registou a sua primeira patente, um produto que permite criar produtos sem qualquer adição de açúcares e adoçantes. Para caramelizar e adoçar os seus produtos, a Nolita utiliza fibras pré-bióticas naturais, fruto de “uma técnica termomecânica que molda as propriedades das fibras”. “Isso significa que apenas são aplicados processos físicos mínimos durante o fabrico do produto, evitando todo o processamento químico. Esta inovação pode ser aplicada em diversas categorias de alimentos, como granolas, barras de cereais, bolachas e muito mais”, informa a marca.

Atualmente, os produtos Nolita estão disponíveis em mais de 100 pontos de venda físicos de norte a sul do país, além de várias lojas online e marketplaces nacionais e internacionais, tanto no modelo B2B quanto B2C.

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Hipersuper

Diretora da Fruit Attraction, María José Sánchez,

Exportação

María José Sánchez: “Portugal é um mercado chave para a Fruit Attraction”

Em entrevista ao nosso jornal, a diretora da Fruit Attraction, María José Sánchez, sublinha que Portugal, com uma forte representação através da Portugal Fresh, continua a ser um mercado crucial para a feira, e elogia a oferta portuguesa que considera “de alta qualidade e competitiva”.

Em entrevista ao Hipersuper, a diretora da Fruit Attraction, María José Sánchez, enaltece a evolução da feira, que desde 2009 se transformou num ponto de encontro estratégico para o setor hortofrutícola global. María José Sánchez sublinha que Portugal, com uma forte representação através da Portugal Fresh, continua a ser um mercado crucial para a feira, e elogia a oferta portuguesa que considera “de alta qualidade e competitiva”.

Hoje, a Fruit Attraction é um evento de referência no calendário internacional. Como vê a sua evolução ao longo dos anos?
A Fruit Attraction teve uma evolução impressionante desde a sua primeira edição. Começámos em 2009 e, apenas alguns anos depois, tornámo-nos uma plataforma internacional chave para o setor hortofrutícola. Atualmente, contamos com a presença de expositores e visitantes de todo o mundo, o que reflete a importância deste evento como ponto de encontro estratégico para a indústria global. Ao longo dos anos, e com o apoio do nosso parceiro, FEPEX, soubemos adaptar-nos às necessidades do setor, integrando inovações, ampliando a nossa oferta e consolidando-nos como uma referência para a troca de conhecimento e desenvolvimento de negócios. Contudo, o verdadeiro sucesso tem sido a lealdade e o apoio dos profissionais do setor na feira.

Quais as principais inovações e novidades que a Fruit Attraction deste ano vai apresentar?
Como novidade, este ano o Pavilhão 1 será dedicado à Innova&Tech, a nova área que reúne os setores de Biotech Attraction e Smart Agro, destinada a empresas de inovação, investigação e desenvolvimento tecnológico em genómica vegetal. Neste espaço, poderemos encontrar todas estas propostas.
Além disso, o The Innovation Hub – no ponto de encontro entre os Pavilhões 1 e 3, com cerca de 40 produtos – será a área dedicada à inovação e novidades empresariais no setor. Neste contexto, a feira voltará a acolher os Innovation Hub Awards, que se tornaram um acontecimento essencial para apoiar a aposta empreendedora empresarial do setor, com as suas habituais categorias: Fresh Produce, F&V Industry e Ações de Sustentabilidade e Compromisso.

Qual a importância dos expositores e visitantes portugueses para a Fruit Attraction? A presença da Portugal Fresh é relevante?
Portugal é um mercado chave para a Fruit Attraction e a participação de expositores e visitantes portugueses é muito valiosa. A presença da Portugal Fresh, em particular, é um componente essencial que contribui para reforçar os laços entre as empresas portuguesas e o mercado internacional. Portugal é um país com uma oferta de alta qualidade e competitiva e a sua representação na feira fortalece o intercâmbio de oportunidades de negócios, além de impulsionar a visibilidade dos produtos portugueses a nível global.

Como são abordadas as questões relacionadas com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental, temas cada vez mais importantes?
A sustentabilidade é uma prioridade. Na IFEMA MADRID, esforçamo-nos por promover práticas responsáveis. Para tal, tentamos aumentar o nível de sustentabilidade em todos os nossos eventos, bem como melhorar a eficiência das infraestruturas, entre outras ações.
Por outro lado, na Fruit Attraction, a sustentabilidade também é um dos temas centrais, e não só para nós, mas também para os participantes. Muitas das sessões realizadas na feira abordam este tema. Além disso, como já mencionei, temos uma categoria específica, Ações de Sustentabilidade e Compromisso, nos Innovation Hub Awards.

Como olha para os desafios globais, como as alterações climáticas e as interrupções nas cadeias de abastecimento, que afetam a produção e distribuição de frutas e legumes?
As alterações climáticas e as interrupções nas cadeias de abastecimento são dois dos principais desafios que o setor hortofrutícola enfrenta a nível mundial. As alterações climáticas estão a modificar os padrões de produção, afetando tanto a quantidade como a qualidade das colheitas, o que exige uma adaptação constante por parte dos produtores. Quanto às cadeias de abastecimento, as interrupções recentes mostraram-nos a importância de desenvolver redes mais resilientes e diversificadas. Na Fruit Attraction, trabalhamos para oferecer um espaço onde as empresas possam encontrar soluções inovadoras que as ajudem a enfrentar estes desafios, tanto ao nível da produção como da logística.

Que estratégias estão a ser implementadas para melhorar a rede de negócios e o networking entre os participantes da feira? Há novidades?
Um dos grandes objetivos da Fruit Attraction é oferecer uma plataforma de impulso e expansão internacional. Neste sentido, a IFEMA MADRID, com a colaboração do Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação e do ICEX, volta a ativar o Programa de Compradores Internacionais, que traz a Madrid cerca de 700 compradores de 70 países, incluindo chefes de compras de retalho, importadores e grossistas, que darão um dinamismo especial ao negócio da feira.
A este programa junta-se o ‘País Importador Convidado’, com a China e a Arábia Saudita como protagonistas desta edição. Assim, a Fruit Attraction abrirá e fomentará uma via de relações comerciais com estes mercados, apoiada por um programa completo de mesas redondas, visitas guiadas à feira e sessões B2B.
Além disso, a nossa plataforma digital LIVEConnect desempenhará um papel fundamental, permitindo que os participantes se conectem e façam negócios para além da feira.

Entrevista publicada na edição 426 do Hipersuper

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Plentiful; rice held in heart shaped hand over paddy background

Alimentar

IACA doa 30 toneladas de ração a produtores afetados pelos incêndios

A doação da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais destina-se a produtores pecuários de sete municípios.

Hipersuper

No âmbito do projeto IACA Solidária, a Associação doou 30 toneladas de alimentos compostos para animas, entregues a várias dezenas de produtores “para responder às necessidades imediatas de mais de 1.500 pequenos ruminantes (ovinos) que estão em défice nutricional no centro de Portugal e, também, a bovinos de raça Arouquesa também afetados pelos incêndios ocorridos em setembro”, informa num comunicado.

Os alimentos para animais estão a ser entregues em São Pedro Sul, Castro Daire, Tábua, Carregal do Sal, Nelas, Penalva do Castelo e Arouca. Estão diretamente envolvidas neste apoio aos pequenos produtores afetados pelos fogos, sete empresas associadas da IACA, designadamente, Nanta, Sorgal, Agrolex, Rações Valouro, Rações Zêzere, Vetalmex e De Heus.

A IACA informa ainda que a operação vai continuar nos próximos dias, “e enquanto for necessária”. Está a ser implementada em articulação com o Ministério da Agricultura, Direção Geral de Alimentação e Veterinária, Ordem dos Médicos Veterinários e com os responsáveis veterinários dos municípios afetados pelos incêndios, tal como com as organizações locais de produtores pecuários.

Doação entregue a produtores de carne e queijo

A Associação revela que para além da produção de carne, os produtores afetados pelos incêndios de setembro têm na produção de queijo de ovelha para comercialização em pequenas e grandes superfícies, uma das suas principais fontes de rendimento. Os fogos afetaram o bem-estar animal não apenas em relação à falta de alimento, mas também pela fraca qualidade do ar que ainda se verifica. “Situações que, em conjunto, podem comprometer a produção de carne, leite e de queijo de ovelha nestas regiões”, alerta a IACA.

A iniciativa IACA Solidária teve início em 2017, envolvendo voluntariamente todos os associados da instituição, para prestar apoio aos produtores pecuários, e seus animais, afetados pelos incêndios que atingiram Portugal em junho e outubro desse ano. Foram oferecidas mais de 150 toneladas de alimentos para aninais e foi criada uma ração de emergência para garantir a subsistência dos mesmos, recorda a Associação.

O projeto foi reativado em 2019, para responder à necessidade de alimentar os animais de pequenos produtores das zonas de Vila de Rei e Mação, áreas afetadas por grandes incêndios nesse ano.

Em 2024 a ajuda inicial cifra-se em 30 toneladas de alimentos compostos para animais. “Como sempre temos afirmado, com palavras e com ações, contribuir para o bem-estar animal, no que à alimentação diz respeito, e sermos solidários com as populações, é uma das missões desta Associação”, sublinha o secretário-geral da IACA.

Para Jaime Piçarra, é igualmente importante “que sejam ultrapassadas algumas questões técnicas e burocráticas que implicam que as premissas do projeto IACA Solidária tenham de ser aprovadas pela Assembleia da República”. “Especificamente, é necessário que estas ajudas não tenham impacto no IRC e no IVA cobrado às empresas. Apesar dessas limitações, reconhecidas pelo Ministro da Agricultura, voltamos a estar presentes. Não poderíamos fazer outra coisa”, explica.

A Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais integra 55 associados, sendo representativa de 80% da produção nacional de alimentos compostos para animais e da totalidade das pré-misturas de produção nacional.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Região dos Vinhos de Lisboa dá a provar 100 vinhos de 50 produtores no festival gastronómico Heróis do Mar

Vão estar presentes na Doca da Marinha, em Lisboa, cerca de 100 referências de 50 produtores da Região.

Hipersuper

O festival gastronómico Heróis do Mar, que arranca esta quinta-feira na Doca da Marinha, em Lisboa, oferece um programa de quatro dias que integra provas, banquetes, cozinha ao vivo, tertúlias, aulas de cozinha e concertos.

Esta celebração do peixe e do marisco, vai contar com a presença de mais de 20 chefs de renome nacional e internacional, e dez restaurantes da capital, num programa sempre harmonizado com os Vinhos de Lisboa.

Segundo a organização, vão estar disponíveis cerca de 100 referências de 50 produtores da Região, com os vinhos que nascem às portas de Lisboa a associarem-se “ao maior evento gastronómico da capital e são o denominador comum no vasto programa, que inclui provas, banquetes, cozinha ao vivo, tertúlias, aulas de cozinha e concertos”.

“Este é um evento de referência para a gastronomia e cultura de Lisboa, ao qual naturalmente fazemos questão de associar os Vinhos de Lisboa, evidenciando não apenas a sua qualidade e originalidade, bem como a génese e vocação Atlântica; vincamos também a nossa excelência numa das mais dinâmicas capitais europeias, onde se mostra muito do que de melhor se faz no nosso país”, afirma Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa.

O festival gastronómico Heróis do Mar decorre na Doca da Marinha, nos dias 3 e 4 de outubro, das 17h00 às 24h00, no dia 5, das 12h00 às 24h00, e no dia 6 de outubro, das 12h00 às 22h00.

A entrada tem o valor de 5 euros, inclui um copo Riedel de oferta e uma degustação de vinho.

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