“Internet das Coisas”: principal aliada dos retalhistas físicos
A “Internet das Coisas” está em expansão e a mostrar um grande impacto no retalho. Muitos negócios já deram o primeiro passo com a implementação da nova tecnologia no suporte às operações de ‘back office’ mas cada vez mais retalhistas usam ferramentas de rastreamento como os ‘beacons’ para recolher dados nas lojas
Ana Catarina Monteiro
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A “Internet das Coisas” está em expansão e a mostrar um grande impacto no retalho. Muitos negócios já deram o primeiro passo com a implementação da nova tecnologia no suporte às operações de ‘back office’ mas cada vez mais retalhistas usam ferramentas de rastreamento como os ‘beacons’ para recolher dados nas lojas.
“A “Internet das Coisas” irá transformar o retalho para melhor, impulsionando o espaço físico e otimizando a experiência de compra. Com a preparação adequada, este novo modelo pode trazer um universo de oportunidades para os negócios”, diz Roberto Ugo, fundador da Movvo, plataforma que mede a circulação de consumidores nas lojas e ajuda a criar experiência de compra, num artigo escrito para a Retail Info Systems News.
O responsável defende que as lojas físicas se encontram em desvantagem relativamente ao retalho online. “É mais fácil conseguir informação sobre os interesses dos clientes virtuais do que obter informação apenas com as interações no ponto de venda”.
Apesar disso, a “Internet das Coisas” trouxe ferramentas de ‘tracking’, como por GSM ou Wi-Fi, a partir das quais os retalhistas podem saber por onde os seus clientes andam, o que param para ver, o que põem no carrinho de compras ou o que compram por impulso. “Esta informação pode ser utilizada optimizar o ‘layout’ da loja e incrementar as visitas em certas áreas”, sublinha.
Assim, as novas tecnologias são uma oportunidade para os retalhistas repensarem os pontos de venda e impulsionarem a experiência de compra. Um outro recurso neste sentido é a tecnologia RFID, a etiqueta inteligente que funciona por radiofrequência para detetar artigos a uma determinada distância e localizar o inventário em tempo real. Tecnologia que se encontra, por exemplo, nas lojas de moda Zara para gerir o stock de forma eficiente, assegurando que as prateleiras não têm produtos em demasia ou em falta.
“O retalho físico baseia-se no serviço ao consumidor em loja e tanto a experiência em compra como o próprio espaço serão transformados com esta tecnologia emergente, a curto prazo”, observa Roberto Ugo.
A construção de lineares e armazéns inteligentes, a partir de tecnologia preditiva, irá eliminar a barreiras à experiência de compra e impedir que o cliente entre na loja para comprar um produto que não se encontra disponível. “Todas estas otimizações em loja trazem vantagens competitivas para o retalho físico batalhar com o online”.
Reinventar a experiência do consumidor
“No futuro, as lojas farão mais do que vender o que o cliente quer – vão ser o que o cliente quer. Vão conseguir literalmente transformar o espaço com a presença do cliente, utilizando realidade virtual, luzes ou ecrãs”.
A “Internet das Coisas” está a crescer no mercado e os retalhistas devem-se preparar para este passo, tendo em conta alguns aspetos:
1. Otimizar a estrutura de Tecnologias da Informação da empresa para suportar o grande fluxo de dados que virá. “A informação é o que dá poder à Internet das Coisas, e para evitar excesso de dados, é necessário identificar o mais importante para o negócio.
2. Construir uma estratégia multicanal que vá ao encontro de novos caminhos, como a “interação com o utilizador na loja”. Os diferentes canais devem ter uma comunicação coerente e é necessário perceber que nem em todos os canais faz sentido estar presente. “Nem todas as soluções se destinam a todos os negócios.
3. Preparação para agir rapidamente, para tomar decisões na hora. Para isso, é necessário o negócio funcionar com “boas regras” para ser automatizado o máximo possível.
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