Ministros da Agricultura em Bruxelas para resolver crise no setor do leite. Produtores acompanham reunião em protesto
Os produtores de leite da União Europeia estiveram concentrados ontem, dia 6 de setembro, em Bruxelas, em protesto contra o fim das quotas leiteiras. No mesmo dia, realizou-se o Conselho Extraordinário de Ministros da Agricultura da União Europeia para debater o assunto
Ana Catarina Monteiro
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Os produtores de leite da União Europeia concentraram-se ontem, dia 6 de setembro, em Bruxelas, protestando contra o fim das quotas leiteiras. No mesmo dia, realizou-se o Conselho Extraordinário de Ministros da Agricultura da União Europeia para debater o assunto.
Os produtores de leite aguardam com expetativa os resultados do Conselho de Ministros da Agricultura, que decorreu ontem, dia 6, em Bruxelas, a par do protesto.
A European Milk Board, organização que junta produtores de leite da União Europeia, explica que o protesto resulta das dificuldades sentidas desde o fim das quotas leiteiras, medida que entrou em vigor em abril de este ano. Como avança a Antena 1, também o embargo russo, que resulta das penalizações impostas pelos países europeus à intervenção daquele país na Ucrânia, está na base da manifestação.
Na manhã de hoje, dia 7, os produtores portugueses reuniram-se para uma conferência de imprensa na vacaria da Sociedade Agrícola de Pigeiros em Touguinhó, em Vila do Conde, uma das que está a vender o leite a preços “muito baixos”, cerca de 23 cêntimos.
“A União Europeia é a principal responsável pela atual crise, por ter decidido o fim das quotas sem antecipar o real impacto dessa decisão. Os baixos preços ao produtor e as limitações de quantidades produzidas que estão a ser impostas pelas indústrias de laticínios são consequência da redução do consumo na Europa, do embargo russo e da redução de compras da China, mas também do aumento de produção estimulado pelas previsões otimistas da Comissão Europeia para o mercado internacional de lácteos. Falharam as previsões e sofrem os produtores na Europa e em Portugal, acumulando dívidas a fornecedores, abatendo animais, limitando a alimentação e resistindo estoicamente à espera da luz que tarda em surgir ao fundo do túnel”, explica a APROLEP – Associação dos Produtores de Leite em Portugal – em comunicado.
Antes da entrada em vigor da medida, o presidente da associação, Carlos Neves, em entrevista ao HIPERSUPER, alertou para as consequências do fim das quotas leiteiras.