APED defende criação de plano nacional para apoiar setor do leite
A distribuição considera uma “emergência o desenvolvimento de uma estratégia nacional para encarar o pós desmantelamento das quotas leiteiras”, sendo que “cabe ao setor e ao País encontrarem oportunidades de mercado, de diferenciação e de crescimento”
Ana Catarina Monteiro
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A distribuição considera uma “emergência o desenvolvimento de uma estratégia nacional para encarar o pós desmantelamento das quotas leiteiras”, sendo que “cabe ao setor e ao País encontrarem oportunidades de mercado, de diferenciação e de crescimento”.
Depois da manisfestação realizada pela APROLEP – Associação dos Produtores de Leite em Portugal, que contesta o fim das cotas leiteiras alegando estarem “muitos produtores desesperados com falta de liquidez”, a APED – Associação Portuguesa de Empresas da Distribuição – emitiu uma declaração sobre o setor do leite.
Em comunicado, defende que “a promoção no mercado externo e o investimento em acordos bilaterais de comércio com mercados emergentes, o investimento na ‘marca Portugal’ e a criação de uma organização interprofissional de natureza nacional como ferramenta de auto regulação entre os diferentes elos da cadeia de valor, são alguns dos pontos-chave da estratégia” a seguir.
Segundo a APROLEP, “no último ano o preço do leite ao produtor baixou 25%”. Com o preço a cair, “alguns compradores impuseram novas descidas e largas dezenas de produtores estão com preço médio de 23 cêntimos por litro de leite produzido, bem longe dos 35 cêntimos que pode atingir o custo de produção”. O Produtores de leite queixam-se da dificuldade de exportar e das importações por parte da distribuição, de “leite para marcas brancas, queijo e iogurtes, de que resulta um défice anual de 200 milhões de euros em produtos lácteos”, enquanto o País produz “leite fresco de qualidade”.
No reverso da moeda, a APED considera que a abolição das quotas desde 1 de Abril último surge como um desafio importante para todos (produção e distribuição). “Durante 30 anos a existência de quotas leiteiras impediu que o mercado português fosse “inundado” com os excedentes de produção de outros mercados com custos mais competitivos, já que as características climáticas no centro e norte da Europa são mais favoráveis à produção de leite”.
No entanto, a associação da distribuição prevê um aumento da produção e assinala a diminuição do consumo de leite. “O fim das quotas leiteiras na Europa acontece numa altura em que se prevê para 2015, um aumento global da produção de 1% coincidindo com o embargo da Rússia à importação de produtos agrícolas da União Europeia. Em Portugal, como na Europa, o consumo de leite e produtos lácteos tem vindo a registar quedas acentuadas. Só nos cinco primeiros meses deste ano os portugueses consumiram menos 5,7% de leite UHT, quando comparado com maio de 2014”.
Apesar dos portugueses estarem a consumir menos leite, o produto tem um papel importante no contexto da agricultura do País sendo que, em 2013, “representou 11,3% da produção agrícola nacional”, revela a APED, acrescentando que “nos últimos anos se assistiu a um reforço e modernização das explorações e unidades industriais”.