Luís Veiga Martins, diretor-geral da SPV
Entrevista

“Há empresas que não cumprem a sua obrigação legal quanto à reciclagem”

Quase 20 anos depois da formação da Sociedade Ponto Verde, o Governo está a adequar a legislação para permitir a fixação de uma segunda entidade no mercado de gestão de resíduos de embalagem em Portugal

Ana Catarina Monteiro
Luís Veiga Martins, diretor-geral da SPV
Entrevista

“Há empresas que não cumprem a sua obrigação legal quanto à reciclagem”

Quase 20 anos depois da formação da Sociedade Ponto Verde, o Governo está a adequar a legislação para permitir a fixação de uma segunda entidade no mercado de gestão de resíduos de embalagem em Portugal

Sobre o autor
Ana Catarina Monteiro
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Luis Veiga MartinsQuase 20 anos depois da formação da Sociedade Ponto Verde, o Governo está a adequar a legislação para permitir a fixação de uma segunda entidade no mercado de gestão de resíduos de embalagem em Portugal.

Orgulhoso por Portugal “sempre ter cumprido as metas europeias” quanto à reciclagem, Luís Veiga Martins, Director-Geral da SPV (Sociedade Ponto Verde), aceitou o convite para participar na última edição do Pontos nos Is do Hipersuper.

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A SPV está a comemorar 18 anos de vida. O que mudou na reciclagem em Portugal desde o seu nascimento até hoje?

Mudou muita coisa desde que começou, em Portugal, esta história de sucesso na gestão de resíduos, da qual a SPV faz parte juntamente com um conjunto de ‘stakeholders’. Hoje, Portugal recicla cerca de 60% das embalagens colocadas no mercado e cerca de 70% da população já faz a separação de resíduos em casa. Isto é fruto de um enquadramento legal, definido em 1996, um investimento feito na capacitação dos sistemas municipais, intermunicipais e multimunicipais, para que fossem implementadas a recolha selectiva e as unidades de triagem e para cumprirmos, o que é o grande objectivo de Portugal e da SPV, as metas europeias. Existiram duas grandes metas em dois anos, 2005 e 2011, as quais Portugal se pode orgulhar de ter cumprido. A SPV cumpriu igualmente as metas estabelecidas na sua licença, que estão em linha com as europeias.

A que correspondiam essas metas?

Em 2005, o objectivo era atingir uma taxa de reciclagem de 15% para cada um dos materiais e 25% no total dos resíduos de embalagem. De que materiais estamos a falar? Do vidro, do papel-cartão, do metal, do plástico e da madeira. Em 2011, a meta global subiu para 55%, sendo que, por material, tanto o papel-cartão como o vidro, teriam que corresponder a uma taxa de reciclagem de 60%, o plástico 22%, o metal 50% e a madeira 15%. A única diferença é a base de cálculo que, no caso de Portugal, é a totalidade de embalagens colocadas no mercado nacional e, no caso da SPV, é a quantidade de embalagens que gere. Naturalmente, a sociedade não está a gerir todas as embalagens colocadas no mercado português porque as embalagens não têm que estar num sistema integrado e há empresas, as denominadas “free riders”, que não estão a cumprir com a sua obrigação legal de garantir a reciclagem das embalagens que fazem circular no mercado. Por isso, a base de cálculo é diferente mas as metas são as mesmas e a SPV tem aqui um contributo importante para que Portugal as possa cumprir.

Um dos objectivos quanto à reciclagem é que, a partir de 2020, os resíduos valorizáveis deixem de ir para aterro. Essa é um das metas definidas no Plano Estratégico para Resíduos Urbanos, o PERSU 2020? 

O PERSU define metas que estão em linha com essas directivas europeias, que têm de ser transpostas para a legislação nacional. A relativa à directiva aterros foi transposta para a legislação nacional e é tida em linha de conta nas metas definidas no PERSU 2020. É o terceiro plano que Portugal tem e define para metas extremamente ambiciosas para 2020, ao nível da recolha e do encaminhamento para reciclagem e, também, ao nível das embalagens. Contudo, a revisão da directiva de embalagens está a ser discutida na União Europeia, em que vão ser definidas novas metas para os resíduos de embalagens. Ou seja, as metas de 2011 estão a ser revistas e vamos ter certamente novidades. Não é possível estar a antecipar quais. Houve um primeiro ‘draft’ mas ainda é prematuro falar de qual vai ser a ambição, a nível europeu.

Quando se conhecerão essas medidas?

Talvez no final deste ano ou no princípio do próximo já temos a revisão da directiva embalagens.

No mercado de resíduos, qual o total gerido pela Sociedade Ponto Verde?

Dos resíduos urbanos, aquele tipo de embalagens que vão para nossas casas quando compramos produtos embalados, a SPV gere à volta de 90 a 95% das embalagens colocadas no mercado.

 

Novo operador a caminho?

O sector de gestão de resíduos poderá contar em breve com dois operadores, a Sociedade Ponto Verde e a Novo Verde, constituída pela ERP e o Pingo Doce com 30% do capital. Em que fase está o licenciamento desta nova entidade?

Quem poderá responder à pergunta são os Ministérios do Ambiente e da Economia, que estão neste momento a analisar os cadernos de encargos entregues pelas duas empresas. Esta questão de poder vir a existir mais do que uma entidade gestora, apesar de até à data ter existido apenas uma, é algo que está previsto na lei e é possível desde 1997. A lei que enquadra o Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagem (SIGRE) é o decreto-lei 366 e já desde essa data prevê a possibilidade. Não dizia isso de forma explícita mas dizia que qualquer empresa que cumprisse determinados requisitos técnico-financeiros poderia candidatar-se à obtenção de uma licença para gestão do sistema.

O que muda com a existência de mais do que uma entidade?

Dos custos totais da sociedade, quase 90% é fixado pelo Estado e serve para financiar a recolha selectiva e triagem. Ao longo destes 18 anos, tivemos sempre essa preocupação nas negociações, para não onerar os nossos clientes, as empresas às quais prestamos este serviço de ‘compliant’, principalmente na conjuntura económica dos últimos cinco anos. É esta a postura que iremos ter daqui para a frente, independentemente de existir mais do que uma entidade. Sempre tivemos presente a necessidade da competitividade mas, tal como em outros países europeus com os mesmos enquadramentos legal e operacional, existiu sempre uma única entidade gestora. Independentemente de existirem duas ou mais, o sistema deverá estar preparado e adaptado a esse novo paradigma, uma vez que, ao longo destes 18 anos, foi-se montando e construindo um sistema assente no pressuposto de que existia apenas uma gestora, independentemente da lei o permitir ou não. A grande preocupação, na minha opinião, é que nada do que foi feito até à data seja posto em causa. De acordo com os números oficiais, neste momento, 60% das embalagens colocadas no mercado nacional são recicladas.

Portanto, há possibilidade de colaboração entre as duas partes? 

Há sempre a possibilidade de colaboração institucional como qualquer empresa que opere no mercado com concorrentes. Tanto uma empresa como a outra terão que garantir um serviço de excelência aos seus clientes, como é o caso da SPV. É isso que nos irá nortear. 

No âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagem (SIGRE), gerido pela Sociedade Ponto Verde, quais as responsabilidades dos diversos intervenientes, nomeadamente, embaladores, importadores, distribuidores e dos consumidores?

Os embaladores e importadores são, ao fim ao cabo, todas aquelas empresas que, produzindo em Portugal ou importando, colocam produtos embalados a circular no País. Estas têm a obrigação legal de gerir o resíduo gerado pós-consumo. Um fabricante de água, a título exemplificativo, tem a obrigação de gerir o resíduo após o consumo da água. Pode fazê-lo de duas formas, de um modo próprio ou através de um sistema integrado, o SIGRE, no qual se celebra um contrato com a SPV, transferindo a obrigação legal que lhe está cometida. Esses produtos depois entram em toda a cadeia de distribuição e aí, de acordo com a lei, essas empresas têm a obrigação de exporem no linear apenas produtos das marcas que estão a cumprir com a sua obrigação legal. Por isso, as empresas que distribuem, no que diz respeito a este negócio – porque parte da distribuição hoje em dia já têm um peso enquanto embaladores e importadores com as suas marcas próprias-, têm o papel de fiscalização e também de garantir que o sistema está a ser cuidado e todos estão a financiar o SIGRE. Por fim, somos nós, cidadãos, que adquirimos os produtos nas cadeias de distribuição e temos também que assumir o papel de separar os resíduos de embalagens em casa.

Como disse no início, cerca de 70% da população já faz essa selecção e encaminha para os sistemas de recolha que existem em Portugal, ecopontos e porta-a-porta, sendo que o sistema de ecopontos é aquele com mais peso e com maior cobertura. Existe cerca de um ecoponto por 250 habitantes, quando o valor estimado em termos europeus é de um para 500, o que demonstra que Portugal está bem capacitado. A partir daí, os resíduos são encaminhados para as centrais de triagem que existem espalhadas pelo País. E é aqui que entra a responsabilidade dos municípios, que detêm o monopólio legal da recolha dos resíduos urbanos e o trabalho de recolher e triar. Depois da triagem, os resíduos são encaminhados, através de leilões organizados pela SPV em mercado livre, para a indústria de reciclagem, que os adquire e permite que sejam produzidos novos produtos. Em alguns casos voltam à forma de embalagem, como é o caso do vidro, utilizado depois como matéria-prima para a produção de novas garrafas de vidro.

Actualmente, a SPV está a aguardar pela terceira licença. Difere das anteriores? O que a define?

Neste momento é prematuro antecipar o que quer que seja. Vamos aguardar pelo que será a versão final da licença. Acreditamos que possam existir algumas alterações, o que é provável por motivos como a possibilidade de formação de uma outra entidade. Há a necessidade de estar tudo definido e de não adiar para quando da emissão da licença. A actual, que tem sido renovada por períodos de três meses, terminou a 31 de Dezembro de 2011. Desde então até agora, continuamos a fazer tudo tal e qual como se não estivesse este processo a acontecer.

Portanto, não há ainda data para a emissão da licença?

Tem havido muitas datas mas não sei ainda quando será atribuída.

A Novo Verde teria uma missão diferente da SPV na sua licença

Essa entidade, como qualquer outra que venha a ser licenciada no âmbito do SIGRE, irá fazer exactamente aquilo que a SP V tem vindo a fazer até à data. Por isso, a preocupação que deverá estar em cima da mesa é a de um SIGRE cada vez mais eficiente e competitivo, para que as empresas que o financiam – estamos a falar das empresas que colocam produtos embalados no mercado, quer seja uma marca de água engarrafada quer uma marca de alimentos – possam cumprir a sua obrigação legal, através das sociedades licenciadas para o efeito, ao mais baixo custo e o mais optimizado possível. É essa a grande preocupação que deverá existir sempre.

 

Materiais com valor positivo

No portal online da sociedade lê-se que “as empresas aderentes/clientes da SPV pagaram à indústria para garantir a reciclagem de alguns materiais de embalagens, nomeadamente, embalagens de cartão para alimentos líquidos,plásticos mistos e madeira, em mais de 14 milhões de euros”. De que forma foi aplicado este valor?

A maioria dos materiais têm valor positivo, ou seja, o mercado paga para os adquirir. Existem estes quatro materiais que não têm. Estamos a falar dos plásticos, mistos, essencialmente embalagens para alimentos líquidos, como leites, sumo, polpa de tomate, entre outros, madeira e esferovite. A SPV paga à indústria para garantir que esses quatro materiais são reciclados. O processo de fixação de preço é através de um leilão, tal e qual como se o preço fosse positivo. Por isso, acaba por ser um investimento, no sentido de promover os materiais e a sua reciclagem, e para as empresas também promoverem os produtos junto do mercado. O objectivo é que a médio e a longo prazo tenham valor positivo. Se pensarmos nos plásticos mistos, hoje em dia, o preço que a SPV paga para os reciclar é metade do que há cinco anos. Por isso, é um investimento que acontece, tanto em Portugal como noutros países, para garantir que estes materiais possam vir a ter valor positivo, já que existe uma solução de valorização.

Também foram adquiridos dois milhões de euros para projectos de investigação e responsabilidade social. Que projectos são estes?

São alguns projectos propostos pelas universidades. Ao longo destes anos, também foram promovidas parcerias entre universidades e a indústria, com o objectivo de que muitos dos trabalhos possam ver a luz do dia mais tarde. São projectos como sensores para ver a taxa de enchimento dos ecopontos, para serem recolhidos a partir do momento em que atingem um determinado valor. Outro muito específico, feito há uns anos, para tirar o cheiro que fica nas caixas de esferovite usadas no transporte de peixe. Está a decorrer uma campanha agora que decorre de um projecto lançado, que incide sobre os plásticos mistos, como as embalagens de snacks ou copos de iogurte, que têm um valor negativo, ou seja, a SPV paga para que sejam recicladas, e que permitem que depois seja produzida madeira plástica e mobiliário urbano. Em parceria com o Jardim Zoológico e uma empresa que produz os plásticos mistos, capacitamos toda a área do Bosque Encantado, uma área de Parque de Merendas no Jardim Zoológico [Lisboa], com mobiliário que produzimos a partir de resíduos de plásticos mistos. Isto para mostrar às pessoas o tipo de produtos que podem ser aproveitados.

 

Os contentores especiais para ar livre, utilizados na Meia Maratona de Lisboa, estão integrados nos projectos de investigação desenvolvidos pela SPV?

Neste caso não foi um projecto de investigação mas sim uma parceria com a Valor Sul e a Câmara Municipal de Lisboa. Estamos já a trabalhar com o Porto, no sentido de serem utilizados. Como poderiam surgir de uns dos projectos de investigação da SPV, temos vindo a trabalhar com o sistema intermunicipal e um fabricante de contentores para avaliar a viabilidade dos ecopontos de vidro terem um sistema basculante que permita o depósito das garrafas de uma forma mais leve. O vidro é aquele material mais complicado para separar principalmente se estivermos a falar do canal Horeca, que produz uma grande quantidade destes resíduos. Por isso, por que não desenvolver um sistema que permita o baldeamento do contentor e aumentar as quantidades encaminhadas para a reciclagem?

O que distingue os Fornecedores de Embalagens de Serviço Acreditados (FESA) em relação aos restantes produtores de embalagens de serviço? 

Estamos a falar de um tipo de embalagens que têm uma colocação no mercado muito grande. Todas as embalagens utilizadas pelo comércio, desde sacos de papel e de plástico, às caixas de bolos utilizadas nas pastelarias mais tradicionais ou embalagens para comida são denominadas embalagens de serviço. A SPV tem cerca de dez mil clientes, se todas essas empresas tivessem de acordo com a lei, quer sejam pastelarias, confeitarias, sapatarias, tinham a obrigação de celebrar um contrato com a SPV porque estão a colocar os produtos embalados no mercado. Portanto, de repente passaríamos dos dez mil para cerca de 200 mil clientes, talvez, a celebrar contratos com a SPV. A forma encontrada para ultrapassar esta questão foi através de contratos com os fabricantes desses tipos de embalagens, tentando garantir que financiam todo o SIGRE. Quando esses fabricantes, os FESA, estão a vender os seus produtos junto dos comerciantes, dão-lhes a opção de cumprir ou não a lei, ou seja, de quererem vender as embalagens com ou sem o símbolo Ponto Verde. Teoricamente, deveriam dizer sempre que sim mas a opção acaba por ser sempre das empresas. Depois, estes FESA declaram à SPV quais foram as vendas que realizaram com o símbolo Ponto Verde ou com o cumprimento da obrigação legal. Neste caso, o sistema funciona de uma maneira um pouco diferente, na grande maioria dos casos são as empresas que colocam as mercadorias embaladas que celebram o contrato com a SPV, neste caso, dada a multiplicidade de ‘players’, temos aqui um fabricante das embalagens de serviço no meio, que declara à SPV as vendas feitas com o símbolo Ponto verde.

As empresas associadas à SPV pagaram 46 milhões de euros para educação dos consumidores e um milhão de euros para desenvolvimento e acções de responsabilidade social. Como aplicaram este valor quanto à educação dos consumidores?

Estes números, conseguidos ao longo dos 18 anos, foram aplicados em campanhas de sensibilização. O investimento foi e continua a ser feito, garantindo a adesão da população à SPV e que o País pode cumprir as suas metas. As empresas quando estão a financiar o SIGRE estão também a financiar campanhas para mais pessoas contribuírem para a concretização das mesmas. Permitem também, em alguns casos, educar a população não apenas em hábitos de reciclagem mas para tornar o processo menos moroso. Numa das campanhas incentivamos as pessoas a espalmarem as garrafas de ‘pet’, o que é uma coisa banal mas que, dessa forma, o ecoponto tem mais capacidade de armazenamento. As campanhas de sensibilização não só promovem a recolha selectiva mas também os processos para a tornar a menos onerosa possível. Há que se promover junto da população e, nesse aspecto, a SPV apoia e financia algumas das campanhas feitas a nível local, por parte dos municípios. Todos os anos são apresentados projectos por parte dos departamentos de marketing dos sistemas municipais e intermunicipais. São consórcios de municípios, existem cerca de 25 em Portugal, que apresentam os seus projectos de comunicação para sensibilização da população e todos os relacionados com resíduos de embalagem a SPV financia e apoia.

 

300 mil ‘eco bags

Disse que, neste momento 70% da população já tem acesso à separação de resíduos. Como tem evoluído a adesão por parte das pessoas

Neste momento, é capaz de ser um número mais elevado de pessoas. A SPV está desde Dezembro de 2013 a desenvolver uma campanha de sensibilização porta-a-porta, digamos assim, a Missão Reciclar. Consiste na capacitação da população com ecopontos em casa, permitindo a rotina diária de separação de embalagens. Até 2012, sensivelmente, a SPV fazia uma série de campanhas de televisão, algumas emblemáticas que muitas pessoas ainda se recordam. E isso permitiu, juntamente com as campanhas de sensibilização a nível local realizadas pelos municípios, atingir o valor de cerca de 70%. No âmbito desta missão, a SPV está a bater à porta de cerca de dois milhões de lares e a estimativa é de entregar cerca de 300 mil ‘eco bags’. Estamos também a revisitar todos esses números da população que separa os resíduos. Assim, a expectativa é de que os números possam ser, não 89% ou 90% de maneira alguma, mas podemos ter tido um crescimento relativamente aos hábitos de separação da população portuguesa. Teremos mais números no final do primeiro semestre, quando teremos até a possibilidade de saber números por distrito. As perspectivas são positivas e esperemos que, depois da Missão Reciclar, quando fizermos essa avaliação, esses números registem um crescimento ainda mais expressivo.

Quais as barreiras que ainda persistem para a população que não separa o lixo? 

As barreiras que, claramente, ainda persistem e são referidas pela população como justificação para não separarem os seus resíduos têm a ver com a distância do ecoponto e também com o facto de não terem equipamentos em casa para o fazer. Relativamente ao segundo ponto decidimos quebrar essa barreira, capacitando a população com ecopontos domésticos. Numa outra campanha, chamada Recicla Mitos, envolvemos dois humoristas, Nuno Markl e César Mourão, que vão tentar quebrar quatro mitos que ainda existem sobre a reciclagem. O primeiro tem a ver com o facto de as pessoas notarem que quando é feita a recolha dos ecopontos, os amarelo e azul são colocados no mesmo camião, e daí pensam que estão a separar desnecessariamente. Neste caso, mostramos que os camiões estão bicompartimentados. Têm, portanto, um espaço próprio no camião para cada um pois não faria sentido as pessoas separarem para depois tudo ser misturado.

Outro mito tem a ver com o facto de as pessoas considerarem que o ecoponto está muito distante quando, na realidade, se o rácio europeu é de um ecoponto para 500 habitantes. Portugal tem um para 250 habitantes. Só por estes números chegamos à conclusão que isto é um mito e que tem que ser quebrado. Não quero dizer com isto que não há situações pontuais em que o ecoponto possa estar mais distante, mas isso são excepções e não regra.

O terceiro mito tem a ver com as pessoas considerarem muitas vezes que a reciclagem pode causar desemprego e, então, tendo por base um estudo desenvolvido por uma empresa de consultoria do Instituto Superior Técnico, demonstramos com alguns números que é criado emprego e valor à economia.

O último mito é relativo a algumas pessoas, que não reciclam ou, quando reciclam, gostam de ter as suas embalagens bem lavadas, o que não é necessário.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sobre o autorAna Catarina Monteiro

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Tetra Pak e Schoeller Allibert desenvolvem embalagens logísticas feitas a partir de embalagens de cartão para bebidas recicladas

Num passo significativo rumo à economia circular, a Tetra Pak e a Schoeller Allibert juntam-se para lançar uma nova linha de embalagens logísticas produzidas a partir de PolyAl reciclado, resultante da reciclagem de embalagens de cartão para bebidas. A inovação está a ser apresentada em Amesterdão, durante a feira Plastics Recycling Show.

A colaboração entre a multinacional de soluções de embalagem alimentar e a líder em embalagens reutilizáveis para transporte resultou no desenvolvimento de caixas de armazém e outras soluções logísticas reutilizáveis, compostas até 50% por PolyAl reciclado e materiais provenientes de outros fluxos de reciclagem, sem recurso a plástico virgem. As novas embalagens prometem uma alternativa mais sustentável e económica às soluções convencionais, cumprindo exigentes padrões de durabilidade e desempenho.

Atualmente em fase de testes rigorosos, estas embalagens estão destinadas a substituir mais de 50 mil unidades utilizadas no centro global de distribuição de peças da Tetra Pak, localizado em Lund, na Suécia. Esta iniciativa integra-se na estratégia da empresa de incorporar materiais reciclados e sustentáveis nas suas operações.

Britta Wyss Bisang, vice-presidente de Sustentabilidade e Comunicação Estratégica da Schoeller Allibert, destaca o papel da inovação nos materiais para a construção de cadeias de abastecimento mais sustentáveis e eficientes: “Para os nossos clientes, tornar as suas cadeias de abastecimento mais sustentáveis é uma prioridade e a inovação nos materiais é um dos principais fatores para o conseguir. Por isso, estamos a investir fortemente em novas formas de reduzir a utilização de plásticos virgens e a apostar em materiais reciclados como o PolyAl. Este projeto demonstra como soluções avançadas de reciclagem podem transformar resíduos em embalagens duradouras e reutilizáveis que promovem a logística circular e, consequentemente, a transição para uma economia circular.”.

“As embalagens assépticas são fundamentais para garantir o acesso a alimentos seguros e nutritivos. Na Tetra Pak, compreendemos a importância de considerar também o fim da vida útil das embalagens, mantendo os materiais valiosos em uso. Ao longo dos anos, temos vindo a explorar aplicações viáveis para o PolyAl reciclado e estamos satisfeitos por ver que a nossa colaboração com a Schoeller Allibert resultou num produto industrial robusto e competitivo. Continuaremos a trabalhar com recicladores de todo o mundo para desenvolver produtos comercialmente viáveis e expandir o seu mercado, ajudando assim a reduzir a utilização de plástico virgem e a avançar rumo a uma economia circular.”, explica Kinga Sieradzon, vice-presidente de Operações de Sustentabilidade da Tetra Pak.

Marie Sandin, diretora-geral da Tetra Pak Suécia, conclui: “Na fábrica da Tetra Pak em Lund, na Suécia, temos vindo a trabalhar há mais de um ano, de forma muito intensa, para incorporar materiais reciclados e sustentáveis em tudo o que fazemos. Por exemplo, já temos mobiliário interior e exterior feito de material PolyAl para os nossos funcionários. Com esta iniciativa, realizada em parceria com a Schoeller Allibert, o nosso objetivo era desenvolver uma caixa sustentável e económica, que proporcionasse um elevado desempenho. Os resultados são muito promissores para as nossas operações diárias: cada caixa é feita de aproximadamente 200 embalagens de cartão para bebidas recicladas”.

A Tetra Pak e a Schoeller Allibert estarão presentes no stand da Food & Beverage Carton Alliance na feira Plastics Recycling Show.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030

Estudo da DS Smith revela que, até 2030, serão utilizados quase 22 mil milhões de sacos de plástico nas entregas online de artigos de moda em seis grandes economias europeias, o equivalente a mais de 400 000 sacos de plástico entregues por hora. As medidas para limitar a utilização de sacos de plástico reduziram significativamente a sua presença no comércio tradicional, mas o aumento das compras online fez aumentar a sua utilização no e-commerce.

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Apesar dos avanços no retalho físico na redução do uso de plásticos, o comércio eletrónico de moda está a gerar volumes alarmantes de resíduos plásticos. De acordo com uma análise da Development Economics, encomendada pela empresa de packaging sustentável DS Smith, uma empresa da International Paper, só em 2024, os seis principais mercados europeus (Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália e Polónia) receberam 2,9 mil milhões de sacos de plástico “secundários” — utilizados para transporte — nas suas compras online, o equivalente a 7,8 milhões de unidades por dia.

Ao contrário do que se verifica no retalho tradicional, onde medidas como a cobrança obrigatória dos sacos reduziram significativamente o seu uso, o crescimento das vendas online tem impulsionado o consumo de embalagens plásticas. A tendência é preocupante: estima-se que, até 2030, o número de sacos secundários aumente 47%, atingindo os 4,2 mil milhões anuais, o que poderá resultar num total acumulado de 21,8 mil milhões de sacos nos próximos cinco anos.

O estudo revela também que apenas 7% destes sacos são atualmente reciclados ou reutilizados. Os restantes 93% — cerca de 2,6 mil milhões em 2024 — acabam em aterros ou incinerados. Mantendo-se o atual ritmo de crescimento do e-commerce e das baixas taxas de reciclagem, este número poderá ultrapassar os 3,8 mil milhões por ano até ao final da década.

“Em parceria com algumas das maiores marcas do mundo, estimamos que, nos últimos quatro anos, substituímos mais de mil milhões de elementos de plástico, mas precisamos de fazer mais”, refere Luis Serrano, sales, marketing & innovation Diretor da DS Smith Ibéria. “Embora as compras online tenham crescido, os retalhistas de e-commerce estão atrasados em relação às grandes superfícies no que diz respeito à substituição dos sacos de plástico”, acrescenta.

“As empresas podem sentir-se tentadas a focar-se apenas no preço, mas manter o plástico tem um custo: os consumidores não o querem e as marcas arriscam a sua reputação se o ignorarem. Acreditamos que a legislação pode e deve ser mais exigente para todos nós, eliminando gradualmente determinados plásticos para ajudar a criar um contexto de mercado que incentive a inovação e o investimento e gere uma concorrência saudável para os substituir”, sublinha ainda.

Algumas marcas já iniciaram a transição. A Zalando, por exemplo, substituiu desde 2020 os sacos de plástico por alternativas em papel com certificação FSC e conteúdo reciclado. A mudança teve impacto direto na perceção do consumidor: a satisfação com o packaging aumentou 16 pontos percentuais após a introdução da nova solução.

“A substituição dos sacos de plástico por sacos de papel mudou as regras do jogo. Após a introdução dos nossos primeiros sacos de papel nas entregas, a satisfação dos clientes com o nosso novo packaging registou um aumento de 16 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A elevada taxa de aceitação deixa-nos confiantes de que estamos no caminho certo com sacos de papel que são fáceis de reciclar na maior parte da Europa.”, afirma David Fischer, director logistics sustainability & packaging da Zalando.

Contudo, e como sublinha a DS Smith em comunicado, persistem desafios. A escalabilidade das alternativas sustentáveis e o cumprimento dos requisitos logísticos continuam a limitar uma adoção mais abrangente. Ainda assim, o inquérito conduzido pela DS Smith revela que 74% dos consumidores apoiam a eliminação progressiva dos sacos de plástico, sempre que existam alternativas viáveis. E 68% preferem embalagens em papel ou cartão.

Além disso, metade dos inquiridos afirma sentir-se culpada pela quantidade de plástico recebida com as suas encomendas, e 55% mostra-se mais propensa a comprar a retalhistas que utilizem embalagens recicláveis.

A análise conduzida pela Development Economics avaliou o potencial de crescimento do mercado de embalagens secundárias – aquelas utilizadas para o transporte de produtos – no setor do e-commerce de moda em seis dos maiores mercados europeus. O estudo baseou-se em dados sobre o volume e valor do comércio eletrónico de moda, a utilização de embalagens plásticas, a proporção de embalagens de transporte, bem como nas taxas de reciclagem, reutilização e destino final dos resíduos plásticos, como a deposição em aterro ou a incineração.

Para sustentar as projeções até 2030, foram analisados dados publicados e não publicados, recolhidos através de uma pesquisa bibliográfica extensa, incluindo estatísticas do Eurostat e documentação política da União Europeia e do Governo do Reino Unido. O objetivo foi modelar cenários de evolução do setor em condições de mercado estáveis e em contextos de políticas mais ambiciosas. Complementarmente, foi realizada uma sondagem junto de 12.000 consumidores nos seis países abrangidos — Espanha, França, Itália, Alemanha, Polónia e Reino Unido — entre 19 e 24 de fevereiro de 2025, seguindo os princípios de rigor metodológico estabelecidos pelas normas da ESOMAR e da Market Research Society.

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Logística

Conferência da APLOG debate os desafios de uma logística urbana mais eficiente

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer”, defende Afonso Almeida, presidente da APLOG.

Apresentar, e discutir, os desafios e destacar as soluções para uma logística urbana mais eficiente, inovadora e sustentável é o objetivo da 6ª edição da conferência Cidades & Logística, que a APLOG (Associação Portuguesa de Logística) realiza esta quarta-feira, 2 de abril.

A logística urbana continua a ser um grande desafio para os players do setor. O aumento exponencial das entregas de artigos do compras on-line que veio influenciar a mobilidade na entrega de mercadorias, as infraestruturas, os meios de transporte, o aumento da frequência da entrega com consequências no aumento do tráfego e no congestionamento das cidades, são alguns desses desafios, aos quais as empresas estão a responder, mas que têm que ser trabalhados em parceria com autarquias.

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer. É um tema que nunca está terminado e deve ser importante envolver todas as partes interessada, no sentido de conseguir arranjar as melhores soluções para a cidade”, defendia o presidente da APLOG, Afonso Almeida, ao Hipersuper no seguimento da conferência Cidades & Logística de 2024.

A edição deste ano da conferência Cidades & Logística tem lugar no Templo da Poesia, Parque dos Poetas, em Oeiras, com início às 11h. Vai receber os profissionais e decisores “que querem estar na vanguarda da mobilidade urbana, logística sustentável e inovação nas cidades”, para um programa que ao longo do dia vai debater a logística urbana sustentável, a descarbonização na última milha, o estacionamento, o armazenamento urbano, as entregas silenciosas. Vai ainda apresentar a visão de quem abastece, as novas abordagens à última milha e ainda divulgar o projeto Standtrack.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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Chocolate do Dubai chega esta quarta-feira às lojas Galp

O Chocolate do Dubai, a barra de chocolate de leite recheada de pistácio e Kadaif, que se tornou viral é a mais recente novidade na oferta de conveniência da Galp.

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A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes
Bebidas

Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais

O Grupo Bacalhôa anunciou uma reorganização estratégica na sua estrutura de Enologia, com o objetivo de reforçar a competitividade no mercado nacional e internacional.

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A medida, liderada por Luís Ferreira, CEO do grupo desde dezembro de 2024, integra a criação de uma nova direção e uma renovação significativa na equipa técnica, refletindo o compromisso da empresa com a inovação, a qualidade e a excelência enológica.

Nova Direção de Relações Institucionais sob liderança de Vasco Penha Garcia

Vasco Penha Garcia

Como parte desta reorganização, o grupo criou a Direção de Relações Institucionais, confiada a Vasco Penha Garcia, que durante décadas liderou a área de Enologia da Bacalhôa. A nova função terá como foco o fortalecimento dos laços com parceiros estratégicos e entidades do setor, num esforço de aproximação institucional que visa sustentar a presença da empresa junto dos principais atores do mercado.

Francisco Antunes lidera renovação geracional da Enologia

A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes, um dos nomes mais reconhecidos da enologia portuguesa. Com mais de 35 anos de experiência, o enólogo – distinguido com os prémios de Melhor Enólogo em 2006 (Essência do Vinho) e Enólogo do Ano em 2023 (revista Grandes Escolhas) – assume a missão de elevar a qualidade dos vinhos Bacalhôa. A sua carreira inclui a direção enológica da Aliança Vinhos de Portugal, abrangendo múltiplas regiões vitivinícolas, e é marcada por um profundo conhecimento técnico e uma abordagem versátil à vinificação.

Continuidade e reforço nas adegas do grupo

A nova estrutura mantém figuras históricas como Filipa Tomaz da Costa, que, após 42 vindimas, cede a direção enológica da Adega de Azeitão, mantendo-se como Enóloga Consultora. João Ramos, com formação internacional em viticultura e enologia, assume agora a responsabilidade pelos vinhos produzidos em Azeitão.

Na Aliança Vinhos de Portugal, Magda Costa, Enóloga Assistente desde 2022, sucede a Francisco Antunes na liderança dos vinhos, espumantes e aguardentes das regiões do Douro, Beira Interior, Dão e Bairrada. No Alentejo, Rui Vieira manterá a direção enológica da adega de Estremoz, assegurando a continuidade da certificação PSVA e o compromisso com a sustentabilidade.

Compromisso com a modernização e o legado

Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa

Para Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa, estas mudanças estratégicas reforçam o compromisso “com a inovação, a qualidade e a sustentabilidade e com o reforço desta nova geração de Enólogos na equipa de Enologia, estamos preparados para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais competitivo, mantendo o legado das gerações anteriores, quer na tradição de excelência na produção de vinhos, quer no compromisso de crescimento e transformação. Sendo a inovação um dos maiores desafios do nosso setor, estamos certos de que esta equipa dará continuidade à missão de posicionar a Bacalhôa na vanguarda do vinho português, reforçando a nossa modernidade e capacidade de marcar a agenda do setor.”.

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Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses

A Vitacress aliou-se à Flama para lançar um passatempo dirigido ao consumidor final, com o objetivo de promover a conveniência e versatilidade das Batatas Vitacress.

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A iniciativa decorre ao longo do mês de abril e inclui prémios diários e um prémio final: um Micro-ondas Air Fryer & Forno 3 em 1 da FLAMA.

Segundo Nuno Crispim, diretor de marketing da Vitacress, esta ação procura valorizar a utilização das batatas em diferentes momentos de consumo: “Na Páscoa, a batata assume um protagonismo especial à mesa. Por isso, criámos um passatempo que destaca toda a versatilidade das Batatas Vitacress: podem ir diretamente ao micro-ondas, ficam especialmente estaladiças na air fryer e são ideais para os tradicionais assados no forno, pela sua textura e sabor únicos. Para celebrar esta tripla versatilidade, estabelecemos uma parceria com a FLAMA, cujo inovador eletrodoméstico 3 em 1 permite aos consumidores desfrutar plenamente das Batatas Vitacress em qualquer ocasião.”.

Para participar, basta adquirir uma embalagem de Batata Branca Vitacress (Mini 400g ou Média 500g), submeter o talão de compra e responder de forma criativa à pergunta: “Quais são as três razões que tornam as Batatas Vitacress práticas no seu dia a dia?”. A resposta mais original será premiada no final da campanha, com o vencedor anunciado a 9 de maio.

Durante os 31 dias da campanha, será atribuído diariamente um cabaz de produtos Vitacress ao participante que interagir com a marca no momento do passatempo. O prémio final – o eletrodoméstico 3 em 1 da FLAMA – pretende sublinhar a praticidade na preparação de refeições, reunindo três funções num único equipamento.

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Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito

Este momento marca o início da comunicação oficial da celebração dos 100 anos da Portugália.

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Reabriu restaurante da Portugália de Alvalade, agora renovado e adaptado ao novo conceito e imagem da marca.

“A reabertura do restaurante de Alvalade é mais um importante momento na estratégia de transformação da marca Portugália. Mais uma vez demonstra que a marca se consegue modernizar e transportar para os dias de hoje sem perder aquilo que faz da Portugália uma marca única. Representa a harmonia entre a tradição e a modernidade, preservando o legado gastronómico que há mais de um século define a marca. Este momento também assinala o início das comemorações do centenário da Portugália, que será celebrado este ano.”, sublinha José Maria Carvalho Martins, diretor-geral da Portugália.

A arte continua a desempenhar um papel central nos espaços da Portugália. No restaurante de Alvalade, mantém-se o emblemático painel de azulejos de Júlio Pomar, uma obra que ocupa uma das paredes do interior do restaurante. Este painel foi idealizado pelo artista antes do seu falecimento, em maio de 2018, e concretizado pela Fábrica Viúva Lamego, reforçando a ligação da marca à cultura e ao património artístico.

O restaurante está aberto todos os dias das 12 às 23 horas e sextas, sábados e domingos das 12h00 às 00h00.

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Bebidas

Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas

No âmbito da celebração dos seus 70 anos, a Adega de Borba promove, entre abril e setembro, visitas gratuitas às suas instalações.

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Para assinalar sete décadas de fundação, a Adega de Borba vai realizar visitas gratuitas e provas de vinhos, que decorrem no primeiro sábado de cada mês, de abril a setembro.

As visitas dão a conhecer ao público a história e os bastidores da produção vitivinícola alentejana e incluem uma prova de vinhos e azeite, mediante reserva prévia. “Com esta ação, a Adega de Borba convida o público a conhecer de perto a sua história, os processos de produção e a qualidade dos seus produtos, numa verdadeira viagem ao coração da enologia alentejana”, convida.

O percurso inicia-se no edifício original da Adega, onde os visitantes poderão explorar espaços como a garrafeira histórica e a cave de estágio em garrafa. Segue-se o edifício mais recente, que integra o centro de vinificação com diferentes tecnologias de fermentação e um imponente espaço dedicado ao envelhecimento em barricas de carvalho francês, americano e português.

A experiência inclui uma prova de três vinhos: Adega de Borba Reserva Branco, Montes Claros Reserva Tinto e Senses (à escolha entre as diferentes monocastas disponíveis). A degustação decorre na sala de provas da Adega de Borba, com vista para a sala de barricas e para o centro de vinificação, e além da prova de um vinho branco e de dois tintos, contempla também o azeite virgem extra da marca, servido com pão regional. A visita termina na loja da Adega, onde os participantes poderão adquirir os produtos degustados e outras referências da Adega de Borba.

As visitas guiadas realizam-se às 11h e às 15h, com capacidade limitada a 50 pessoas por grupo. As reservas devem ser feitas através do email enoturismo@adegaborba.pt ou do telefone 268 891 660.

Fundada em 1955, a Adega de Borba tem 230 viticultores associados que cultivam cerca de 2.200 hectares de vinha distribuídos por 75% de castas tintas e 25% de castas brancas. A par da produção vinícola, a diversificação do negócio sob a sua marca estende-se a produtos como o azeite e vinagre e ao enoturismo.

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Retalho

Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024

As vendas digitais representam agora 20% das receitas totais, incluindo e-commerce, marketplace e pedidos realizados em loja.

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O Grupo Decathlon fechou 2024 com um aumento de 5,2% face a 2023, tendo registado um volume de receitas de 16,2 mil milhões de euros, refere num comunicado onde revela ainda que as vendas digitais representam agora 20% das receitas totais, “incluindo e-commerce, marketplace e pedidos realizados em loja”.

“Medidas rigorosas de controlo de custos mitigaram o impacto da inflação, permitindo que a Decathlon mantivesse o seu dinamismo comercial, ao mesmo tempo que assegurava preços acessíveis para os clientes. A otimização das despesas operacionais continua a ser uma prioridade para 2025, com o objetivo de apoiar o crescimento a longo prazo”, define ainda no comunicado.

Presente em 79 territórios, a Decathlon mantém o foco na expansão internacional. Na Índia, a empresa anunciou um investimento significativo de 100 milhões de euros nos próximos cinco anos para aumentar o número de lojas e melhorar a capacidade de produção. Na Alemanha, planeia investir até 100 milhões de euros até 2027, tanto na abertura de novas lojas como na modernização das já existente. Também a Fundação Decathlon ampliou a sua área de atuação, tendo apoiado, em 2024, “96 novos projetos em 21 países, beneficiando mais de 395 mil pessoas”, destaca a multinacional.

O Grupo, que tem mais de 101.000 colaboradores e 1.750 lojas em todo o mundo, destaca ainda o investimento em sustentabilidade no centro das operações, através, entre outras medidas, do aumento da colaboração com parceiros industriais para descarbonizar processos produtivos e expandir modelos de negócios circulares. “Prolongar a vida útil dos produtos continua a ser uma prioridade, tornando mais fácil para os clientes reutilizarem, repararem e reciclarem o seu equipamento”, assegura.

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Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril

A Action vai abrir em Abril a 13ª, 14ª e 15ª lojas em Portugal, localizadas, respetivamente, em Ovar, Évora e Sintra.

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A Action, discount store de produtos não alimentares, abre a nova loja de Ovar no próximo dia 3 de abril, enquanto as de Évora e Sintra serão inauguradas a 24 de abril. Com estes novos espaços, a insígnia alarga a presença em Portugal.

A marca chega a estas três cidades com a mesma fórmula aplicada nas lojas já abertas: um protfólio de seis mil produtos em 14 categorias – como brinquedos e produtos para a casa, produtos de jardinagem, DIY (‘do it yourself’), alimentação – com o compromisso de preços mais baixos. “A Action oferece uma seleção de 150 novos produtos todas as semanas” e assume que “o preço médio de todos os produtos é inferior a 2 euros”, destaca.

“Estamos muito satisfeitos por abrir as primeiras lojas em Ovar, Évora e Sintra, apenas um ano depois de termos apresentado a nossa primeira loja em Portugal. Os clientes receberam-nos calorosamente e estamos felizes por podermos trazer a fórmula Action para mais perto deles. O nosso sucesso assenta na nossa fórmula forte e no empenho e compromisso das nossas equipas, de que muito nos orgulhamos. Quero agradecer a todos os que contribuíram para esta conquista: os nossos clientes, os nossos colegas, os nossos fornecedores e todos os que nos apoiaram,” afirma Sofia Mendoça, diretora-geral da Action em Portugal.

A nova loja de Ovar (Next Retail Park) tem 1088 metros quadrados, a de Évora terá 1125 metros quadrados e a de Sintra 1147 metros quadrados. A Action contratou uma equipa de 20 colaboradores para gerir a loja de Ovar, 24 para Évora (R. Armando Antunes da Silva) e 28 para a loja de Sintra ( Rua Do Urano, Rio de Mouro). As lojas estão abertas das 09h às 21hs, de segunda a domingo.

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