Retalhistas internacionais encontram hoje “grandes oportunidades” de negócio no Médio Oriente
Frank Witek foi responsável por introduzir o formato de hipermercado no Médio Oriente, com o franchising do Carrefour, Majid Al Futtaim (MAF), no Dubai. O francês esteve na Maia (Porto), a convite da Portugal Foods para discursar sobre aquele mercado, na Conferência Internacional de Retalho Alimentar e Inovação, no passado dia 18 de Março

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Frank Witek foi responsável por introduzir o formato de hipermercado no Médio Oriente, com o franchising do Carrefour, Majid Al Futtaim (MAF), no Dubai. O francês esteve na Maia (Porto), a convite da Portugal Foods para discursar sobre aquele mercado, na Conferência Internacional de Retalho Alimentar e Inovação, no passado dia 18 de Março.
A Portugal Foods apresentou a Conferência Internacional de Retalho Alimentar e Inovação (CIRAI) no Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, o TecMaia, no Porto. Do primeiro dos dois dias do evento destacam-se os temas da conceptualização de marcas próprias e da mudança na percepção da categoria “premium”, além da expansão do retalho no Médio Oriente.
Os 17 países que compõe a região do Médio Oriente formam uma economia com um crescimento estimado em “3,8 milhões de dólares, 13,8%”. Os consumidores daquela área gastam “mais que a média global”, uma vez que a “cultura de shopping” cruza-se com “programas familiares e eventos sociais”.
A indústria do retalho alimentar apresenta “grandes oportunidades de negócio, especificamente na zona do Golfo”, devido ao rápido crescimento do consumo, tanto de “alimentos embalados como frescos, nos tradicionais e modernos canais, e também no Horeca”, revela Sérgio Sousa, espcialista no mercado de FMCG, a trabalhar para a empresa IFFCO como Managing Director, na região referida.
O negócio dos FMCG (fast moving consumer goods), ou produtos de baixo custo rapidamente vendidos, está “estimado em 26,7 biliões de dólares (US)” para os seis países que formam o GCC (Gulf Cooperation Council), onde 41% da população situa-se entre os 15 e os 34 anos.
A região do Médio Oriente apresenta uma “grande variedade de hábitos culturais” e um crescente poder de compra entre a população, “principalmente a jovem”.
Frank Witek, CEO da Majid Al Futtaim, desde Janeiro deste ano, introduziu a marca Carrefour na região, situada entre os continentes europeu, africano e asiático, em 1995, nomeadamente em Deira, no Dubai. Ao longo da conferência, os oradores destacaram os factores “conhecimento e preparação” como chaves para o sucesso de um negócio, pelo que, o reponsável explicou a “clusterização do mercado”, para que fosse possível satisfazer a necessidade da populaçaõ daquela região, que apresenta “particulares características”.
O objectivo inicial era obter um “novo conceito de compras descentralizado, onde as pessoas possam comprar, comer e socializar”. No entanto, os desafios encontrados passam pela “grande proporção de expatriados”, que fazem da região “multi-cultural”.
“As exigências do mercado divergem entre várias e distintas culturas. As dificuldades dos retalhistas passam por adaptar no mesmo espaço, produtos para vários tipos de consumidores. Encontramos desde ocidentais até pessoas da Arábia, da India e da Ásia em geral e, todos valorizam formatos e produtos diferentes”.
Neste momento, a cadeia que representa o grupo francês no Médio Oriente, conta já com 61 hipermercados e 71 supermercados. Nos ultimos três anos a cadeia abriu 55 lojas e conta abrir mais 29 espaços em 2015.
O mercado do Médio Oriente “está a crescer”, a um “rápido ritmo”, assim como a penetração dos retalhistas internacionais, que encontram “grandes oportunidades na região”.
No mesmo dia do evento, que deu a conhecer este mercado, a Portugal Foods assinou um acordo com o banco BPI, que “vai financiar integralmente o plano de internacionalização das empresas associadas à organização”, para os próximos 18 meses.
Leia o desenvolvimento dos restantes pontos de interesse, apurados na CIRAI, na próxima edição impressa do HIPERSUPER (edição de Abril).