Objectos, casas e roupas inteligentes. Assim será o futuro para o consumidor
Seguindo o rasto à tecnologia, conseguimos prever como será o quotidiano do futuro consumidor e as ideias ‘revolucionárias’ que vão fazer parte deste. Há mudanças radicais nos hábitos dos consumidores.
Ana Catarina Monteiro
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A Ericsson é uma operadora que desenvolve software de comunicação e, ao longo do ano de 2014, desenvolveu vários estudos através da sua plataforma ConsumerLab Analytical, que permitiram prever o comportamento do consumidor nos próximos anos.
Os inquéritos, realizados a proprietários de smartphones com sistemas iPhone e Android, permitiram descobrir que os consumidores prevêem um futuro com muitas mais facilidades provocadas pela tecnologia, desde a gestão de contas até ao aumento da longevidade humana.
As informações foram recolhidas a partir de amostras que vão desde os cerca de 5 000 até aos mais de 9 000 indivíduos, de países como Brasil, China, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Estados Unidos da América, Reino Unido, México, Rússia, África do Sul, Austrália, Japão, entre outros.
1. Transmissões online
O ‘download’ de conteúdos está cada vez mais em desuso. O excesso de oferta faz com que os consumidores consigam alcançar a informação, que fluiu directamente dos canais, sem necessidade de ocupar espaço na memória dos dispositivos.
Actualmente, três quartos da população mundial já assiste regularmente a vídeos em streaming. As previsões apontam para que, em 2015, mais pessoas assistam a vídeos via stream, sem armazenar a informação no próprio computador. O número de utilizadores cresce em relação à televisão, sendo que cada um, pelo menos uma vez por semana, consome conteúdo audiovisual online.
2. Casas inteligentes
Cerca de metade dos proprietários de smartphones gostaria de ter à disposição sensores domésticos que detectem problemas de água, electricidade ou, até mesmo, quando os membros da família entrem e saem de casa.
O mercado já não está muito longe de garantir este tipo de serviços, de forma eficiente, revelam a pesquisa da fonte. Futuramente, este conceito pode ser comum às habitações urbanas.
3. Percepção tecnológica
Mais de dois terços da população mundial acredita que, em 2020, a tecnologia ‘wearable’ estará bem presente na sociedade.
As análises recolhidas durante o último ano mostram que a ideia de acessórios de moda ou peças de vestuário, que se fundem com dispositivos tecnológicos, agrada a 40% dos proprietários de smartphones no mundo. Os indivíduos representados nesta percentagem gostariam ainda que este tipo de roupa inteligente lhes permitisse comunicar mentalmente com as outras pessoas.
4. Serviços úteis
Mais de 70% dos proprietários de smartphones acredita que mapas que apresentem o volume de trânsito nas estradas, aplicações que comparam uso de energia e verificadores de qualidade da água vão tornar-se comuns daqui a cinco anos. Mais uma vez, os indicadores remetem para o uso doméstico da tecnologia.
As inovações permitem à população ter mais controlo sobre os recursos utilizados no dia-a-dia. Por outro lado, à medida que os equipamentos têm mais autonomia, o consumidor não tem que se preocupar tanto com a rentabilidade de sistemas, como o abastecimento energético das casas, passando a economizar mais tempo e dinheiro.
5. Conveniência económica
Metade daqueles que possuem um dispositivo móvel mostra receptividade quanto à ideia de alugar aparelhos pessoais, equipamentos de lazer e quartos a hóspedes, por ser conveniente e economizar dinheiro.
Com o mundo interligado, a elevada acessibilidade à informação gera a sensação de segurança na partilha de serviços entre as pessoas. A evolução sugere mais comunicação e informação discriminada nas redes, o que diminui o medo de correr riscos nos intercâmbios realizados entres as populações.
6. Carteira digital
As soluções de pagamento a partir de dispositivos móveis, em alguns países como os Estados Unidos, já foram adoptados por grande parte dos estabelecimentos comerciais. A Ericsson deu a conhecer que 48% da população mundial prefere usar o telemóvel para pagar bens e serviços, em vez de dinheiro.
Uma grande parte dos indivíduos considera que, em 2020, todos os pagamentos serão feitos através dos dispositivos móveis. Este pensamento expressa-se junto de 80% da população.
7. Informações codificadas
56% dos proprietários de smartphones, por sua vez, defende que a comunicação nas redes deve ser criptografada. Uma vez que o fluxo aumenta, a informação está mais exposta, incluindo a privada.
A criptografia sugere um código para transmitir informação. Desta forma, a informação fica mais segura, uma vez que o remetente decide quem pode ter acesso ao conteúdo. A chave de segurança apenas é legível para o destinatário.
8. Vida prolongada
A inovação tenoclógica equivale a mais qualidade de vida. Muitos equipamentos são desenvolvidos nesse sentido.
Na globalidade, os consumidores pensam que, no futuro, serviços como pratos que pesam os alimentos, medidores de pulso e outros serviços que orientem a prática de exercício físico ajudarão a prolongar a vida humana. Dois anos é o tempo máximo que uma única aplicação permitirá viver a mais, considera o consumidor.
9. Robots domésticos
64% dos consumidores acredita que, para ajudar nas actividades domésticas, em 2020 será comum o uso de robots. Espera-se que as lojas tenham várias versões à disposição.
Actualmente, nos Estados Unidos da América, retalhistas, como a Amazon, já vendem drones directamente ao público. Os aparelhos voadores estão à disposição de qualquer um, podendo contribuir para as actividades domésticas, inclusivamente.
10. Crianças conectadas
46% dos proprietários de smartphones diz que as crianças esperam que todos os objectos estejam conectados quando forem mais velhas. Para a geração que nasceu integrada no mundo virtual o termo ‘aldeia global’ faz cada vez mais sentido, à medida que a proximidade entre pessoas e objectos aumenta.
No futuro, pessoas e objectos, como livros ou mesmo casas, estarão conectados automaticamente às redes. É assim que os mais novos vêm o mundo para o qual se caminha.