Distribuição

Cada português desperdiça 97kg de alimentos por ano

O Fórum de Inovação Agro-Alimentar deu conta de novas plataformas de comunicação online para uma melhor repartição dos alimentos excendentários

Ana Catarina Monteiro
Distribuição

Cada português desperdiça 97kg de alimentos por ano

O Fórum de Inovação Agro-Alimentar deu conta de novas plataformas de comunicação online para uma melhor repartição dos alimentos excendentários

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Ana Catarina Monteiro
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Num ano, cerca de um milhão de toneladas de produtos perecíveis acabam no lixo, em todas as fases da cadeia de valor, com consequências para a economia e para o ambiente.

“O problema não é só administrativo, mas também doméstico, e deve ser encarado como uma responsabilidade social”, disse Isabel Mota, administradora da Fundação Gulbenkian, por ocasião do Fórum de Inovação Agro-Alimentar, em Lisboa. A responsável da fundação, envolvida na luta contra o desperdício alimentar em projectos como “Fruta Feia” e “Desperdício 0”, abriu os discursos iniciados na manhã do Dia Mundial da Alimentação, assinalado a 16 de Outubro.

Enquanto um terço dos alimentos são perdidos entre os vários momentos de passagem da cadeia de abastecimento, a restante fatia pertence aos consumidores finais. Apesar de “Portugal estar na linha da frente no combate ao desperdício”, como revelou o representante da FAO, organização da ONU, cada português desperdiça, em média, “97 quilos de alimentos por ano, sendo o pão, o leite e a fruta fresca, os produtos mais desperdiçados pelas famílias portuguesas”, destacou Isabel Mota. A responsável pela fundação que deu tecto à iniciativa destacou a natureza social do problema, alertando que as “soluções têm gerado falhas e, por vezes, até novos problemas”.

O Fórum surgiu pela mão da Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-Alimentar, em conjunto com a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a FAO – Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura, a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares (FIPA), a Fundação Calouste Gulbenkian e a INOVISA, também representadas nas várias sessões, que deram conta das oportunidades e desafios no combate ao desperdício.

Segundo Isabel Mota, “cerca de um milhão de toneladas de alimentos são desperdiçados por ano, em todas as fases da cadeia alimentar”. Concordando que este é um tema que necessita de grande controlo e gestão por parte dos envolventes na produção, distribuição e consumo dos produtos, responsáveis ligados ao sector, desde a área da investigação até às áreas comerciais e relacionadas com a solidariedade, marcaram presença no fórum, onde assumiram a responsabilidade por um futuro mais equilibrado. No final dos debates, os intervenientes assinaram, um documento onde se comprometeram a desenvolver práticas especializadas na redução do desperdício.

Distribuição faz 5% do desperdício

Novas plataformas online vão permitir no futuro um melhor aproveitamento dos alimentos. A CAP está a desenvolver para os agricultores portugueses uma rede virtual que permite a partilha do excesso de produção, registando os produtos, de modo a que o Banco Alimentar ou as ONG (Organização Não Governamental) e empresas possam ter acesso ao excedentário. Também o Governo espanhol disponibiliza um meio de comunicação entre os profissionais, via net, de modo a que desviem os produtos para os parceiros mais carenciados, compensando uns aos outros.

A directora-geral da APED, uma das associações responsáveis pelo fórum, referiu, por sua vez, um estudo feito em 2010 que aponta uma média de 179 quilos de alimentos desperdiçados por pessoa, na Europa, durante um ano. “Ao contrário do que se supõe, a distribuição é apenas responsável por 5% do desperdício, enquanto 47% vem das famílias, na Europa”, evidenciou Ana Isabel Morais.

A nível europeu, inseridas na iniciativa Europa 2020, para um crescimento “inteligente, sustentável e inclusivo”, estão medidas que promovem a segurança e a gestão de recursos. No que diz respeito ao desperdício, o objectivo proposto é o de reduzir para metade, até 2020, os alimentos inutilizados em toda a cadeia de valor. A necessidade é a de uma governação com políticas e instrumentos ajustados, por exemplo, a partir do novo Quadro Comunitário Europeu, como sugeriu o Presidente da CAP.

Em Portugal, a APED investe na sensibilização, com dicas para o dia-a-dia e apela à comercialização de proximidade, com vista a evitar o desperdício na deslocação. A associação posicionou-se a favor de medidas políticas que recompensem as empresas quando estas praticam a doação de alimentos, com o objectivo de facilitar e desburocratizar a acção.

No entanto, é unânime entre os oradores a intenção de apostar em mais estudos para uma visão mais fidedigna sobre o problema, da qual possam partir soluções mais acertadas, já que o último estudo consta de dados relativos a 2012. “Apenas com a monitorização da situação se consegue ir buscar soluções para prevenir o desperdício, que é responsabilidade de toda a sociedade”, sublinha a directora da APED, dando conta da urgência deste controlo, uma vez que “até 2050, haverá a necessidade de aumentar em 70% a produção alimentar, devido ao aumento da população em todo o mundo”.

Por outro lado, João Machado defendeu que “não há terra suficiente no mundo para aumentar a produção, entre os próximos dez ou vinte anos”. A representar os agricultores portugueses, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal deu conta que a única forma de proporcionar o aumento da produção passa pela aquisição de tecnologias competentes, aliada a um melhor aproveitamento dos espaços, mais eficácia e segurança. As tendências de produção passam pela modificação genética e pela manipulação de alimentos, reguladas por uma política europeia que “não permite o avanço dos produtos manipulados cientificamente para o mercado, enquanto não for comprovado que não traz constrangimentos para a saúde pública”, sublinhou João Machado, enfatizando a necessidade de uma colaboração entre o público e o privado, orientados em volta de um objectivo comum.

Portugal na linha da frente

O bem-estar animal e vegetal está entre as preocupações dos agricultores. Segundo o presidente da CAP, “a inclusão dos números de animais que morrem durante a criação, ou mesmo as colheitas perdidas no meio do ciclo de vida natural, nos dados do desperdício, geram uma ilusão estatística”. Para os agricultores, estes indicadores formam uma ideia errada dos valores e não devem ser tomados em conta para as contas totais do desperdício. Num plano até 2020, a aliança dos agricultores aposta numa maior produção, respeitando as condições definidas pela União Europeia, no bem-estar animal, na sustentabilidade e gestão de recursos.

“Quando os alimentos são desperdiçados, os recursos utilizados na produção também são”, lembrou o Presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA). Jorge Henriques, representou, com a assinatura do documento “Desperdício Alimentar – Um problema de todos!”, realizada no final do evento, a indústria alimentar e de bebidas de Portugal. O presidente falou em “prejuízo para todos os sectores económicos”, em relação ao problema que afecta todo o sector agro-alimentar. Além disso, tudo o que não é aproveitado para consumo resulta numa “perda na cadeia de valor” e na “insustentabilidade da cadeia alimentar”.

O Fórum do Desperdício contou ainda com a presença do Secretário de Estado Nuno Vieira e Brito, que assinalou a necessidade de sensibilização da faixa etária escolar, uma vez que “750 milhões de dólares correspondem ao prejuízo que resulta do desperdício, a nível global”.

Na linha da frente no combate ao desperdício estão ONU, o Governo espanhol, as misericórdias portuguesas e o Banco Alimentar.

A FAO, organização da ONU para a alimentação e a agricultura, representada em Portugal por Hélder Muteia, produziu o relatório Sofi, dando conta dos níveis de fome no mundo. O representante revelou que o número “diminuiu de 2013 para 2014, passando dos 842 milhões para os 805 milhões de pessoas” . Evocando um outro estudo, concluiu que “o estilo de vida praticado nos países desenvolvidos, ultrapassa os recursos do planeta, que já regista uma flora dizimada em 80%. Os países desenvolvidos desperdiçam mais do que o que é produzido em África”. Com a perda de alimentos aumentam os preços, o que restringe o acesso e sobrecarrega o meio ambiente. “Devem ser ajustados modelos de desenvolvimento para que o dinheiro não seja o único objectivo”, afirmou Hélder Muteia. Face ao “comodismo, ignorância e preguiça”, é urgente ajustar “atitudes e valores morais nos países mais desenvolvidos, de forma a eliminar assimetrias e contrastes em todo o mundo”.

A FAO participa no projecto “Comissariado Municipal de combate ao desperdício”, apresentado para Lisboa, também, durante o fórum. Além desta medida, a organização da ONU sugere que se desenvolvam mercados de aproveitamento, que podem ser direccionados para alimentar animais, por exemplo, e embalagens menores para dinamizar a distribuição. A plataforma online ‘Safefoods’ é outra medida já criada, que promove a internacionalização das boas práticas. Hélder Muteia revelou ainda que Portugal acompanha países como a Dinamarca, França e EUA, na linha da frente no combate ao desperdício.

Para revelar dados sobre o país vizinho, o Conselheiro da Agricultura, Alimentação e Ambiente, do Governo espanhol, viajou até à capital portuguesa. José Martin evidenciou a posição de Espanha, onde tem estado a decorrer um projecto, que teve início em Abril de 2013, que promove a transparência, coordenação, sistemas de trabalho e redução das pressões ambientais. Para o efeito, foram realizados um conjunto de acordos voluntários, no país que ocupa o sétimo lugar dos que mais desperdiçam. Mais uma vez, foi frisada a importância de conhecer primeiro os números de desperdício. Além de apostar na inovação e na colaboração com outros agentes, o conselheiro deu a conhecer que uma das medidas do governo espanhol foi a produção de uma série de documentos que facilitam a distribuição do desperdício entre os produtores.

Coimas para as famílias?

“Acções voluntárias de ajuda podem significar uma solução que reduz significativamente os números do desperdício”, diz Susana Branco. A assessora do presidente da União das Misericórdias Portuguesas referiu as várias formas de aproveitamento que são praticadas nas 398 unidades espalhadas por Portugal, que “suportam diariamente mais de 300 mil refeições por dia, através de uma rede de cozinhas e de um reservatório agrícola e pecuário”. A oradora destacou a actividade de algumas das misericórdias, pela sua gestão sustentável de produtos, apostando na qualificação e integração social dos recursos humanos, que são, na maior parte pessoas com dificuldades monetárias ou portadores de alguma doença. Um bom exemplo é uma das casas, no Alentejo, que organiza cortejos, nos quais entregam os excessos da produção à comunidade. Com isto, Susana Branco destacou que é importante não esquecer a herança patrimonial, com “valores humanos de solidariedade que não há tecnologia que supere”.

A Federação Europeia dos Bancos Alimentares também teve uma palavra a dizer em relação ao desperdício. A presidente, Isabel Jonet, revelou que um quarto da população mundial vive no limiar da pobreza e que “a luta contra o desperdício faz-se recuperando os excedentes e distribuindo-os pelos mais carenciados”. Os 21 Bancos Alimentares distribuem “28 mil toneladas de alimentos pelas 2 400 instituições associadas. Apenas 12% dos produtos provêm das campanhas de solidariedade”. Isabel Jonet volta a puxar o tema do desperdício nos lares, afirmando que “é na educação que tudo começa e acaba”. A sugestão deixada pela gestora passa por coimas que sejam aplicadas quando as famílias não aproveitam os alimentos. O Banco Alimentar tem, “há já 10 anos, planos de educação nas escolas”.

Estado deve intervir?

O presidente da CONFAGRI, Manuel dos Santos Gomes, deixou a ideia da necessidade de haver uma política de valorização da produção nacional e que “o Estado deve intervir através de estratégias de consumo regionais e locais”.

Neste sentido, o presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central de Crédito Agrícola evidenciou a importância da banca no apoio aos agricultores. Licínio Pina afirmou que “dos bancos de retalho espera-se uma participação activa na disseminação de conhecimento prático, na utilização dos fundos comunitários, que integram o Programa Horizonte 2020, e no apoio a projectos de investimento sustentáveis e inovadores para a optimização dos excedentes e resíduos alimentares”.

O evento terminou com a assinatura do Guia “Desperdício Alimentar – Um compromisso de todos!”, apresentado pela Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas. O documento prevê um conjunto de acções que garantam a potencial redução do desperdício alimentar, ao longo de toda a cadeia. Todos os que estiveram presentes no evento contra o desperdício alimentar, representando a agricultura, indústria, distribuição e, ainda, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e entidades ligadas à educação, economia, saúde, agricultura e solidariedade social, subscreveram o documento, no qual assumiram o compromisso de contribuir para um futuro sem desperdícios.

Sobre o autorAna Catarina Monteiro

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Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030

Estudo da DS Smith revela que, até 2030, serão utilizados quase 22 mil milhões de sacos de plástico nas entregas online de artigos de moda em seis grandes economias europeias, o equivalente a mais de 400 000 sacos de plástico entregues por hora. As medidas para limitar a utilização de sacos de plástico reduziram significativamente a sua presença no comércio tradicional, mas o aumento das compras online fez aumentar a sua utilização no e-commerce.

Hipersuper

Apesar dos avanços no retalho físico na redução do uso de plásticos, o comércio eletrónico de moda está a gerar volumes alarmantes de resíduos plásticos. De acordo com uma análise da Development Economics, encomendada pela empresa de packaging sustentável DS Smith, uma empresa da International Paper, só em 2024, os seis principais mercados europeus (Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália e Polónia) receberam 2,9 mil milhões de sacos de plástico “secundários” — utilizados para transporte — nas suas compras online, o equivalente a 7,8 milhões de unidades por dia.

Ao contrário do que se verifica no retalho tradicional, onde medidas como a cobrança obrigatória dos sacos reduziram significativamente o seu uso, o crescimento das vendas online tem impulsionado o consumo de embalagens plásticas. A tendência é preocupante: estima-se que, até 2030, o número de sacos secundários aumente 47%, atingindo os 4,2 mil milhões anuais, o que poderá resultar num total acumulado de 21,8 mil milhões de sacos nos próximos cinco anos.

O estudo revela também que apenas 7% destes sacos são atualmente reciclados ou reutilizados. Os restantes 93% — cerca de 2,6 mil milhões em 2024 — acabam em aterros ou incinerados. Mantendo-se o atual ritmo de crescimento do e-commerce e das baixas taxas de reciclagem, este número poderá ultrapassar os 3,8 mil milhões por ano até ao final da década.

“Em parceria com algumas das maiores marcas do mundo, estimamos que, nos últimos quatro anos, substituímos mais de mil milhões de elementos de plástico, mas precisamos de fazer mais”, refere Luis Serrano, sales, marketing & innovation Diretor da DS Smith Ibéria. “Embora as compras online tenham crescido, os retalhistas de e-commerce estão atrasados em relação às grandes superfícies no que diz respeito à substituição dos sacos de plástico”, acrescenta.

“As empresas podem sentir-se tentadas a focar-se apenas no preço, mas manter o plástico tem um custo: os consumidores não o querem e as marcas arriscam a sua reputação se o ignorarem. Acreditamos que a legislação pode e deve ser mais exigente para todos nós, eliminando gradualmente determinados plásticos para ajudar a criar um contexto de mercado que incentive a inovação e o investimento e gere uma concorrência saudável para os substituir”, sublinha ainda.

Algumas marcas já iniciaram a transição. A Zalando, por exemplo, substituiu desde 2020 os sacos de plástico por alternativas em papel com certificação FSC e conteúdo reciclado. A mudança teve impacto direto na perceção do consumidor: a satisfação com o packaging aumentou 16 pontos percentuais após a introdução da nova solução.

“A substituição dos sacos de plástico por sacos de papel mudou as regras do jogo. Após a introdução dos nossos primeiros sacos de papel nas entregas, a satisfação dos clientes com o nosso novo packaging registou um aumento de 16 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A elevada taxa de aceitação deixa-nos confiantes de que estamos no caminho certo com sacos de papel que são fáceis de reciclar na maior parte da Europa.”, afirma David Fischer, director logistics sustainability & packaging da Zalando.

Contudo, e como sublinha a DS Smith em comunicado, persistem desafios. A escalabilidade das alternativas sustentáveis e o cumprimento dos requisitos logísticos continuam a limitar uma adoção mais abrangente. Ainda assim, o inquérito conduzido pela DS Smith revela que 74% dos consumidores apoiam a eliminação progressiva dos sacos de plástico, sempre que existam alternativas viáveis. E 68% preferem embalagens em papel ou cartão.

Além disso, metade dos inquiridos afirma sentir-se culpada pela quantidade de plástico recebida com as suas encomendas, e 55% mostra-se mais propensa a comprar a retalhistas que utilizem embalagens recicláveis.

A análise conduzida pela Development Economics avaliou o potencial de crescimento do mercado de embalagens secundárias – aquelas utilizadas para o transporte de produtos – no setor do e-commerce de moda em seis dos maiores mercados europeus. O estudo baseou-se em dados sobre o volume e valor do comércio eletrónico de moda, a utilização de embalagens plásticas, a proporção de embalagens de transporte, bem como nas taxas de reciclagem, reutilização e destino final dos resíduos plásticos, como a deposição em aterro ou a incineração.

Para sustentar as projeções até 2030, foram analisados dados publicados e não publicados, recolhidos através de uma pesquisa bibliográfica extensa, incluindo estatísticas do Eurostat e documentação política da União Europeia e do Governo do Reino Unido. O objetivo foi modelar cenários de evolução do setor em condições de mercado estáveis e em contextos de políticas mais ambiciosas. Complementarmente, foi realizada uma sondagem junto de 12.000 consumidores nos seis países abrangidos — Espanha, França, Itália, Alemanha, Polónia e Reino Unido — entre 19 e 24 de fevereiro de 2025, seguindo os princípios de rigor metodológico estabelecidos pelas normas da ESOMAR e da Market Research Society.

Sobre o autorHipersuper

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Logística

Conferência da APLOG vai debater os desafios de uma logística urbana mais eficiente

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer”, defende Afonso Almeida, presidente da APLOG.

Apresentar, e discutir, os desafios e destacar as soluções para uma logística urbana mais eficiente, inovadora e sustentável é o objetivo da 6ª edição da conferência Cidades & Logística, que a APLOG (Associação Portuguesa de Logística) realiza esta quarta-feira, 2 de abril.

A logística urbana continua a ser um grande desafio para os players do setor. O aumento exponencial das entregas de artigos do compras on-line que veio influenciar a mobilidade na entrega de mercadorias, as infraestruturas, os meios de transporte, o aumento da frequência da entrega com consequências no aumento do tráfego e no congestionamento das cidades, são alguns desses desafios, aos quais as empresas estão a responder, mas que têm que ser trabalhados em parceria com autarquias.

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer. É um tema que nunca está terminado e deve ser importante envolver todas as partes interessada, no sentido de conseguir arranjar as melhores soluções para a cidade”, defendia o presidente da APLOG, Afonso Almeida, ao Hipersuper no seguimento da conferência Cidades & Logística de 2024.

A edição deste ano da conferência Cidades & Logística tem lugar no Templo da Poesia, Parque dos Poetas, em Oeiras, com início às 11h. Vai receber os profissionais e decisores “que querem estar na vanguarda da mobilidade urbana, logística sustentável e inovação nas cidades”, para um programa que ao longo do dia vai debater a logística urbana sustentável, a descarbonização na última milha, o estacionamento, o armazenamento urbano, as entregas silenciosas. Vai ainda apresentar a visão de quem abastece, as novas abordagens à última milha e ainda divulgar o projeto Standtrack.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes
Bebidas

Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais

O Grupo Bacalhôa anunciou uma reorganização estratégica na sua estrutura de Enologia, com o objetivo de reforçar a competitividade no mercado nacional e internacional.

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A medida, liderada por Luís Ferreira, CEO do grupo desde dezembro de 2024, integra a criação de uma nova direção e uma renovação significativa na equipa técnica, refletindo o compromisso da empresa com a inovação, a qualidade e a excelência enológica.

Nova Direção de Relações Institucionais sob liderança de Vasco Penha Garcia

Vasco Penha Garcia

Como parte desta reorganização, o grupo criou a Direção de Relações Institucionais, confiada a Vasco Penha Garcia, que durante décadas liderou a área de Enologia da Bacalhôa. A nova função terá como foco o fortalecimento dos laços com parceiros estratégicos e entidades do setor, num esforço de aproximação institucional que visa sustentar a presença da empresa junto dos principais atores do mercado.

Francisco Antunes lidera renovação geracional da Enologia

A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes, um dos nomes mais reconhecidos da enologia portuguesa. Com mais de 35 anos de experiência, o enólogo – distinguido com os prémios de Melhor Enólogo em 2006 (Essência do Vinho) e Enólogo do Ano em 2023 (revista Grandes Escolhas) – assume a missão de elevar a qualidade dos vinhos Bacalhôa. A sua carreira inclui a direção enológica da Aliança Vinhos de Portugal, abrangendo múltiplas regiões vitivinícolas, e é marcada por um profundo conhecimento técnico e uma abordagem versátil à vinificação.

Continuidade e reforço nas adegas do grupo

A nova estrutura mantém figuras históricas como Filipa Tomaz da Costa, que, após 42 vindimas, cede a direção enológica da Adega de Azeitão, mantendo-se como Enóloga Consultora. João Ramos, com formação internacional em viticultura e enologia, assume agora a responsabilidade pelos vinhos produzidos em Azeitão.

Na Aliança Vinhos de Portugal, Magda Costa, Enóloga Assistente desde 2022, sucede a Francisco Antunes na liderança dos vinhos, espumantes e aguardentes das regiões do Douro, Beira Interior, Dão e Bairrada. No Alentejo, Rui Vieira manterá a direção enológica da adega de Estremoz, assegurando a continuidade da certificação PSVA e o compromisso com a sustentabilidade.

Compromisso com a modernização e o legado

Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa

Para Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa, estas mudanças estratégicas reforçam o compromisso “com a inovação, a qualidade e a sustentabilidade e com o reforço desta nova geração de Enólogos na equipa de Enologia, estamos preparados para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais competitivo, mantendo o legado das gerações anteriores, quer na tradição de excelência na produção de vinhos, quer no compromisso de crescimento e transformação. Sendo a inovação um dos maiores desafios do nosso setor, estamos certos de que esta equipa dará continuidade à missão de posicionar a Bacalhôa na vanguarda do vinho português, reforçando a nossa modernidade e capacidade de marcar a agenda do setor.”.

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Alimentar

Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses

A Vitacress aliou-se à Flama para lançar um passatempo dirigido ao consumidor final, com o objetivo de promover a conveniência e versatilidade das Batatas Vitacress.

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A iniciativa decorre ao longo do mês de abril e inclui prémios diários e um prémio final: um Micro-ondas Air Fryer & Forno 3 em 1 da FLAMA.

Segundo Nuno Crispim, diretor de marketing da Vitacress, esta ação procura valorizar a utilização das batatas em diferentes momentos de consumo: “Na Páscoa, a batata assume um protagonismo especial à mesa. Por isso, criámos um passatempo que destaca toda a versatilidade das Batatas Vitacress: podem ir diretamente ao micro-ondas, ficam especialmente estaladiças na air fryer e são ideais para os tradicionais assados no forno, pela sua textura e sabor únicos. Para celebrar esta tripla versatilidade, estabelecemos uma parceria com a FLAMA, cujo inovador eletrodoméstico 3 em 1 permite aos consumidores desfrutar plenamente das Batatas Vitacress em qualquer ocasião.”.

Para participar, basta adquirir uma embalagem de Batata Branca Vitacress (Mini 400g ou Média 500g), submeter o talão de compra e responder de forma criativa à pergunta: “Quais são as três razões que tornam as Batatas Vitacress práticas no seu dia a dia?”. A resposta mais original será premiada no final da campanha, com o vencedor anunciado a 9 de maio.

Durante os 31 dias da campanha, será atribuído diariamente um cabaz de produtos Vitacress ao participante que interagir com a marca no momento do passatempo. O prémio final – o eletrodoméstico 3 em 1 da FLAMA – pretende sublinhar a praticidade na preparação de refeições, reunindo três funções num único equipamento.

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Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito

Este momento marca o início da comunicação oficial da celebração dos 100 anos da Portugália.

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Reabriu restaurante da Portugália de Alvalade, agora renovado e adaptado ao novo conceito e imagem da marca.

“A reabertura do restaurante de Alvalade é mais um importante momento na estratégia de transformação da marca Portugália. Mais uma vez demonstra que a marca se consegue modernizar e transportar para os dias de hoje sem perder aquilo que faz da Portugália uma marca única. Representa a harmonia entre a tradição e a modernidade, preservando o legado gastronómico que há mais de um século define a marca. Este momento também assinala o início das comemorações do centenário da Portugália, que será celebrado este ano.”, sublinha José Maria Carvalho Martins, diretor-geral da Portugália.

A arte continua a desempenhar um papel central nos espaços da Portugália. No restaurante de Alvalade, mantém-se o emblemático painel de azulejos de Júlio Pomar, uma obra que ocupa uma das paredes do interior do restaurante. Este painel foi idealizado pelo artista antes do seu falecimento, em maio de 2018, e concretizado pela Fábrica Viúva Lamego, reforçando a ligação da marca à cultura e ao património artístico.

O restaurante está aberto todos os dias das 12 às 23 horas e sextas, sábados e domingos das 12h00 às 00h00.

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Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas

No âmbito da celebração dos seus 70 anos, a Adega de Borba promove, entre abril e setembro, visitas gratuitas às suas instalações.

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Para assinalar sete décadas de fundação, a Adega de Borba vai realizar visitas gratuitas e provas de vinhos, que decorrem no primeiro sábado de cada mês, de abril a setembro.

As visitas dão a conhecer ao público a história e os bastidores da produção vitivinícola alentejana e incluem uma prova de vinhos e azeite, mediante reserva prévia. “Com esta ação, a Adega de Borba convida o público a conhecer de perto a sua história, os processos de produção e a qualidade dos seus produtos, numa verdadeira viagem ao coração da enologia alentejana”, convida.

O percurso inicia-se no edifício original da Adega, onde os visitantes poderão explorar espaços como a garrafeira histórica e a cave de estágio em garrafa. Segue-se o edifício mais recente, que integra o centro de vinificação com diferentes tecnologias de fermentação e um imponente espaço dedicado ao envelhecimento em barricas de carvalho francês, americano e português.

A experiência inclui uma prova de três vinhos: Adega de Borba Reserva Branco, Montes Claros Reserva Tinto e Senses (à escolha entre as diferentes monocastas disponíveis). A degustação decorre na sala de provas da Adega de Borba, com vista para a sala de barricas e para o centro de vinificação, e além da prova de um vinho branco e de dois tintos, contempla também o azeite virgem extra da marca, servido com pão regional. A visita termina na loja da Adega, onde os participantes poderão adquirir os produtos degustados e outras referências da Adega de Borba.

As visitas guiadas realizam-se às 11h e às 15h, com capacidade limitada a 50 pessoas por grupo. As reservas devem ser feitas através do email enoturismo@adegaborba.pt ou do telefone 268 891 660.

Fundada em 1955, a Adega de Borba tem 230 viticultores associados que cultivam cerca de 2.200 hectares de vinha distribuídos por 75% de castas tintas e 25% de castas brancas. A par da produção vinícola, a diversificação do negócio sob a sua marca estende-se a produtos como o azeite e vinagre e ao enoturismo.

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Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024

As vendas digitais representam agora 20% das receitas totais, incluindo e-commerce, marketplace e pedidos realizados em loja.

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O Grupo Decathlon fechou 2024 com um aumento de 5,2% face a 2023, tendo registado um volume de receitas de 16,2 mil milhões de euros, refere num comunicado onde revela ainda que as vendas digitais representam agora 20% das receitas totais, “incluindo e-commerce, marketplace e pedidos realizados em loja”.

“Medidas rigorosas de controlo de custos mitigaram o impacto da inflação, permitindo que a Decathlon mantivesse o seu dinamismo comercial, ao mesmo tempo que assegurava preços acessíveis para os clientes. A otimização das despesas operacionais continua a ser uma prioridade para 2025, com o objetivo de apoiar o crescimento a longo prazo”, define ainda no comunicado.

Presente em 79 territórios, a Decathlon mantém o foco na expansão internacional. Na Índia, a empresa anunciou um investimento significativo de 100 milhões de euros nos próximos cinco anos para aumentar o número de lojas e melhorar a capacidade de produção. Na Alemanha, planeia investir até 100 milhões de euros até 2027, tanto na abertura de novas lojas como na modernização das já existente. Também a Fundação Decathlon ampliou a sua área de atuação, tendo apoiado, em 2024, “96 novos projetos em 21 países, beneficiando mais de 395 mil pessoas”, destaca a multinacional.

O Grupo, que tem mais de 101.000 colaboradores e 1.750 lojas em todo o mundo, destaca ainda o investimento em sustentabilidade no centro das operações, através, entre outras medidas, do aumento da colaboração com parceiros industriais para descarbonizar processos produtivos e expandir modelos de negócios circulares. “Prolongar a vida útil dos produtos continua a ser uma prioridade, tornando mais fácil para os clientes reutilizarem, repararem e reciclarem o seu equipamento”, assegura.

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Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril

A Action vai abrir em Abril a 13ª, 14ª e 15ª lojas em Portugal, localizadas, respetivamente, em Ovar, Évora e Sintra.

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A Action, discount store de produtos não alimentares, abre a nova loja de Ovar no próximo dia 3 de abril, enquanto as de Évora e Sintra serão inauguradas a 24 de abril. Com estes novos espaços, a insígnia alarga a presença em Portugal.

A marca chega a estas três cidades com a mesma fórmula aplicada nas lojas já abertas: um protfólio de seis mil produtos em 14 categorias – como brinquedos e produtos para a casa, produtos de jardinagem, DIY (‘do it yourself’), alimentação – com o compromisso de preços mais baixos. “A Action oferece uma seleção de 150 novos produtos todas as semanas” e assume que “o preço médio de todos os produtos é inferior a 2 euros”, destaca.

“Estamos muito satisfeitos por abrir as primeiras lojas em Ovar, Évora e Sintra, apenas um ano depois de termos apresentado a nossa primeira loja em Portugal. Os clientes receberam-nos calorosamente e estamos felizes por podermos trazer a fórmula Action para mais perto deles. O nosso sucesso assenta na nossa fórmula forte e no empenho e compromisso das nossas equipas, de que muito nos orgulhamos. Quero agradecer a todos os que contribuíram para esta conquista: os nossos clientes, os nossos colegas, os nossos fornecedores e todos os que nos apoiaram,” afirma Sofia Mendoça, diretora-geral da Action em Portugal.

A nova loja de Ovar (Next Retail Park) tem 1088 metros quadrados, a de Évora terá 1125 metros quadrados e a de Sintra 1147 metros quadrados. A Action contratou uma equipa de 20 colaboradores para gerir a loja de Ovar, 24 para Évora (R. Armando Antunes da Silva) e 28 para a loja de Sintra ( Rua Do Urano, Rio de Mouro). As lojas estão abertas das 09h às 21hs, de segunda a domingo.

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Pombos-correio no marketing? Essa é a proposta da E-goi

Com vantagens como taxa de entrega de 100%, impressão biodegradável e uma frota exclusiva de pombos, a proposta promete revolucionar a comunicação digital.

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Em plena era da inovação tecnológica, a E-goi, plataforma de marketing omnicanal, surpreende hoje com o lançamento da tecnologia “Pidgital“, o primeiro sistema de mensagens inteligentes via pombos-correio do mundo. Uma proposta que combina nostalgia, tecnologia e sustentabilidade.

Entre as vantagens do serviço, a E-goi destaca:

  • Taxa de entrega de 100% (exceto se o pombo se perder)
  • Impressão biodegradável
  • Frota exclusiva de pombos “alimentados com os melhores grãos”
  • Tracking 360º com registos de abertura e leitura
  • Envio otimizado por IA com o algoritmo “Sending Optimisation”
  • Geolocalização em tempo real das rotas dos pombos
  • Testes A/B com dois pombos para análise comparativa
  • Retargeting com um segundo pombo reforçando a comunicação

Fiel à sua reputação de alta entregabilidade, a E-goi garante que o serviço conta com as autenticações clássicas do email marketing: DKIM (para evitar adulterações), SPF (para identificar falsificações) e BIMI (para identificação imediata do remetente).

Saiba mais sobre o Pidigital aqui.

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