Crise faz surgir novas técnicas de furto
Os detectores de inibidores de frequência – utilizados para ‘enganarem’ as antenas de segurança – e as soluções que detectam os sacos forrados a alumínio, são alguns exemplos de ferramentas para detectar os larápios logo à entrada da loja
Rita Gonçalves
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A quebra desconhecida no mercado português alcançou 1,2% das vendas, um total de 596,8 milhões de dólares (cerca de 438 milhões de euros).
Portugal está entre os países que menos sofre com este tipo de quebra, abaixo da média mundial (1,4%), segundo o Barómetro Mundial do Furto no Retalho 2012-1013. Abaixo de Portugal, na Europa, apenas se encontra o Reino Unido e a Alemanha (1,1%).
Mas, como explica Mariano Tudelo, da Checkpoint, os contextos de crise económica acabam sempre por fazer surgir novas e mais elaboradas formas de furto.
“Verifica-se actualmente um incremento do furto por parte de grupos organizados, bem mais do que furtos ocasionais e individuais. Os grupos actuam de maneira concertada e acabam por ser mais difíceis de controlar, pois agem, habitualmente, três ou quatro indivíduos em simultâneo. Isto faz com que os retalhistas devam apostar em soluções que previnam de imediato a entrada de grupos criminosos nos estabelecimentos”.
Os detectores de inibidores de frequência – utilizados para ‘enganarem’ as antenas de segurança – e as soluções que detectam os sacos forrados a alumínio, são alguns exemplos de ferramentas para detectar os larápios logo à entrada da loja.
A Prosegur, por sua vez, testemunhou ao longo do último ano um “número crescente de ocorrências nas lojas” e “um aumento do número de retalhistas a recorrerem a ajuda de profissionais. Este fenómeno do furto começa a ser transversal à sociedade e não mais um esclusivo das classes desfavorecidas”, esclarece Paulo Pina. Mas, ao contrário do responsável da Checkpoint, afirma que a empresa tem vindo a registar “um aumento do furto praticado em actos isolados em detrimento das actuações em grupos organizados”.
A quebra desconhecida continua a custar a cada família portuguesa quase 150 dólares (cerca de €110) por ano, lembra, por sua vez, Cátia Rodrigues, da Gateway. Segundo o Barómetro do Furto no Retalho, um estudo elaborado pela Euromonitor Internacional, a crise foi responsável por um aumento dos furtos internos, externos e por deliquência, na maioria dos países analisados.
“Os retalhistas nacionais consideram o furto como parte do negócio e acham que lidam da melhor forma com as perdas. Com base no estudo da Euromonitor, acreditamos que o investimento em soluções de prevenção deverá manter-se estável eas soluções EAS (Electronic Article Surveillance – Vigilância Electrónica dos Artigos) deverão ser alvo dos principais investimentos”.
Os países que registam menor indíces de furto são o Japão (1%), seguido de Hong Kong, Austrália, Alemanha e Reino Unido (1,1%). Pelo contrário, a percentagem do furto sobre as vendas é mais elevada no Brasil, México (1,6%) e nos EUA (1,5%).