Trabalhadores protestam contra contrato colectivo da APED
Mais de 100 trabalhadores do comércio marcharam até às instalações da APED
Rita Gonçalves
Conveniência na alimentação e marcas próprias impulsionam consumo em Portugal
Enólogo Carlos Lucas e Praxis criam a primeira cerveja de Encruzado do mundo
Nacex prevê aumento de 25% da sua atividade durante a campanha de Black Friday
Solução desenvolvida por empresa portuguesa revoluciona a comunicação corporativa
Bolo-rei do Pingo Doce nasce de uma parceria com a centenária Versailles
Pendular apresenta nova solução de e-commerce
Grupo os Mosqueteiros apresenta a segunda edição da Campanha Compromisso
Jornadas FENAREG debatem a 26 e 27 de novembro os desafios e investimentos do regadio
Indústria alimentar e bebidas aumenta exportações em 10,2% entre janeiro e setembro
Porto recebe conferência sobre democracia e inteligência artificial
Mais de uma centena de trabalhadores do comércio marcharam ontem até à Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, em Lisboa, em luta contra a proposta de revisão do contrato colectivo de trabalho da APED.
Entre cartazes e faixas, os trabalhadores deixaram algumas mensagens: “Com pensadores destes, vamos acabar na escravatura”, lia-se num cartaz que tinha a cara de Belmiro de Azevedo, presidente do Conselho de Administração da Sonae.
Na semana passada, o empresário Belmiro de Azevedo afirmou que sem mão-de-obra barata “não há emprego para ninguém”.
Carla Mesquita, trabalhadora do Continente há 20 anos, contou à Lusa que ficou “muito indignada” com estas declarações, que diz serem “um ultraje”.
“Não gostei nada. Nós já somos muito mal pagos, há dois anos que não nos aumentam e o trabalho duplicou porque ele [Belmiro de Azevedo] não mete pessoal. Aquilo que ele disse caiu muito mal aos trabalhadores, mas também aos clientes”, explicou.
Também Ana Paula Fernandes, trabalhadora do grupo Auchan há 19 anos, marcou hoje presença na marcha para “lutar pelos direitos de quem trabalha cada vez mais e ganha cada vez menos”.
Para Ana Paula Fernandes, “é claro que há condições para aumentar salários” aos trabalhadores, uma vez que “há lucros” para os accionistas.
José Monteiro, dirigente do CESP, sindicato que defende os interesses dos trabalhadores do comércio, e trabalhador da Sonae, explicou aos jornalistas que a resolução aprovada reivindica aumentos salariais que os trabalhadores do sector não têm há dois anos.
O CESP exige um aumento salarial relativo a 2011 e 2012 corresponde à inflação desses anos e um aumento de 4% para 2013, sendo que os salários praticados no sector variam entre o Salário Mínimo Nacional e os 614,50 euros para a tabela A.
Lusa