Vendas online de livros escolares ameaçam livrarias tradicionais
Em plena época de corrida à compra de livros escolares, há cada vez mais livrarias online e até grupos de Facebook dedicados à troca de manuais usados
Rita Gonçalves
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Em plena época de corrida à compra de livros escolares, há cada vez mais livrarias online e até grupos de Facebook dedicados à troca de manuais usados que estão a ter um impacto crescente nas receitas das livrarias tradicionais, notícia a Lusa.
Se as grandes cadeias livreiras são ainda dos principais concorrentes às pequenas livrarias, os descontos e promoções para manuais escolares disponíveis na Internet começam a reunir as preferências dos pais e dos alunos universitários, fenómeno a que a crise económica não é “de todo” alheia.
Quem o diz é José Alves, proprietário e gerente da livraria homónima que ajudou a fundar em 1967 na rua da Fábrica, no Porto, e segundo o qual a venda de livros escolares está a diminuir de ano para ano.
“Somos uma livraria técnico-escolar”, descreve à Lusa, esclarecendo que “os livros escolares são uma grande fatia das vendas anuais” e que, apesar do crescimento de outras alternativas para a compra de livros, não sentiu “qualquer quebra do ano passado para cá.”
“Não tenhamos dúvidas de que as vendas online são um grande concorrente”, admite, contudo, para depois apontar os “muitos aspectos negativos.”
“Consultando os sites das livrarias online, nota-se que há ali pequenas coisas que são deturpadas e enganadoras, desde os descontos que vão até não sei tanto, aos cheques e vales de compras, enfim, isto no fundo obriga a que se compre sempre mais”, considera.
Já Pedro Teixeira, com 43 anos e gerente da Bookmania, aberta em 2009 na rua de Ceuta, no Porto, adianta que do ano passado se verificou uma quebra de cerca de 10%.
A Bookmania vende “essencialmente livros escolares ingleses, das editoras Cambridge, Oxford, Pearson, McMillan, livros que se reportam a todas as fases do ensino”, explica Pedro Teixeira, revelando que está a tentar combater a venda de livros pela Internet com a criação de uma página própria para o negócio.
“No fundo, queremos entrar também no mesmo jogo que os outros, só que temos uma desvantagem, porque a nossa concorrência são os sites internacionais, que já conseguem colocar os livros em Portugal com preços bem mais baratos do que os nossos”.