Electrónica e telecomunicações: excepções num mercado em declínio
Com excepção da electrónica de consumo e telecomunicações, todas as categorias do sector não alimentar derraparam, algumas mesmo baixando os preços dos produtos
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Rita Gonçalves
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O mercado não alimentar caiu 4,2% no segundo trimestre do ano face ao período homólogo de 2011, segundo o Barómetro da APED. Com excepção dos segmentos electrónica de consumo e telecomunicações, todas as categorias derraparam, incluindo os combustíveis e os Medicamentos não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM).
“O Campeonato de Futebol não é alheio ao crescimento de 25,6% do sector da Electrónica de Consumo, porque motivou a aquisição de televisores e plamas, entre outros equipamentos. Também as promoções contribuíram para o desempenho em contra-ciclo deste segmento”, sublinha Ana Trigo Morais, directora-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição. “O preço decide tudo neste mercado. A tentativa de conquistar consumidores através de uma significativa redução de preço tem dado resultado neste segmento”.
O segmento das telecomunicações, por sua vez, cresceu 5,9% impulsionado pelas “novas propostas de valor dos operadores num mercado onde há muita concorrência”.
Abaixo da linha de água
Todos os outros segmentos do sector não alimentar diminuíram as vendas. A maior queda deu-se na Linha Branca (17,3%). “Mesmo baixando o preço dos produtos, as empresas não conseguiram alavancar o consumo”, explica Ana Trigo Morais.
Nas maiores quedas destacam-se ainda o Entretenimento (15,9%), a Informática (13,5%) e os Pequenos Domésticos (10,1%). Os MNSRM, o Vestuário e Combustíveis, diminuíram as vendas em 2,4%, 6,5% e 3%, respectivamente.