Museu do Pão vende 100 mil embalagens de ‘Pão São’ por mês
É preciso reabilitar o consumo de pão, alerta Elsa Feliciano, nutricionista da Fundação Portuguesa de Cardiologia
Rita Gonçalves
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É preciso reabilitar o consumo de pão, alerta Elsa Feliciano, nutricionista da Fundação Portuguesa de Cardiologia. O alimento milenar que já matou a fome a muita gente é essencial numa dieta saudável
Nasceu há pelo menos 5 mil anos no Egipto. O pão é transversal a todos os regimes alimentares e já matou fome a muita gente. Apesar de ser indispensável em qualquer dieta alimentar, os portugueses têm vindo a cortar relações com este bem de primeira necessidade.
Elsa Feliciano, nutricionista da Fundação Portuguesa de Cardiologia, explica porquê. “O pão é essencial em qualquer dieta, mesmo na de quem quer emagrecer. Alguns mitos, como “o pão engorda”, têm afastado os portugueses do consumo deste alimento. Mas está cientificamente provado que o pão tem enorme riqueza nutricional, sobretudo o que é feito com mistura de farinhas. O centeio e a farinha integral, por exemplo, são ricos em fibras, hidratos de carbono complexos, vitaminas e minerais”.
Elsa Feliciano desconhece o consumo per capita de pão em Portugal mas garante que a quantidade ideal é cerca de duas fatias para as mulheres. Os homens e os adolescentes podem consumir mais, estes últimos porque têm maiores necessidades energéticas. “É, por isso, preciso reabilitar o consumo de pão. Há cerca de dez anos cada português consumia em média 6 pães por dia”.
O pão é no entanto um “grande fornecedor de sal”. Por isso, em 2010, entrou em vigor uma lei que estabelece limites: 0,55g de cloreto de sódio por cada 100gr de pão. Para Elsa Feliciano e Polybio Serra e Silva, presidente da Delegação Centro da Fundação Portuguesa de Cardiologia, a nova regulamentação não só é insuficiente como pode mesmo ser prejudicial.
“Já existem muitas padarias no País que reduziram a quantidade de sal para um valor inferior à estipulada por lei. As novas regras podem levar os padeiros que actualmente praticam valores saudáveis a pensar que afinal até podem aumentar a utilização de sal”.
Adeus sal!
Para dar o exemplo nesta matéria, o Museu do Pão, que tem como objectivo promover e preservar o património do pão português, e a Fundação Portuguesa de Cardiologia, lançaram em 2007 o Pão São, com 0,28g de cloreto de sódio por cada 100gr (actualmente, tem 0,23gr).
O Pão São é fabricado no Museu do Pão, em Seia, nos tradicionais fornos a lenha, e consiste numa mistura de cereais seleccionados, com elevado valor nutricional, que contribuem para a prevenção de doenças cardiovasculares, explica Polybio Serra e Silva. Entre as características destacam-se “a quantidade reduzida de sal, os ácidos gordos ricos Ómega 3 e a riqueza em fibras, vitaminas e sais minerais. Além disso, ajuda a controlar os níveis de colesterol e a prevenir a subida da tensão arterial e a aterosclorose”.
Está disponível na grande maioria das grandes superfícies e mercado especializado e é comercializado em embalagens com metades cortadas em fatias. A data de validade é de 12 dias, conseguida graças à mistura de sementes seleccionadas que confere mais humidade ao pão, explica Pedro Vitorino.
O responsável pelo Museu do Pão explica que a estratégia da marca Pão São entrou numa nova fase. O objectivo é aumentar as vendas que actualmente se situam entre 80 a 100 mil pães por mês. A médio prazo, o Museu do Pão, que fabrica actualmente vários tipos de pão, pretende produzir em exclusivo o Pão São nos fornos de Seia, que abastecem todo o território nacional e ainda o mercado angolano.