Silvex desenvolve plástico biodegradável para agricultura
A Silvex está a coordenar um projecto na área do plástico biodegradável para fins agrícolas que envolve empresas e universidades portuguesas
Rita Gonçalves
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A Silvex está a coordenar um projecto na área do plástico biodegradável para fins agrícolas que envolve empresas e universidades portuguesas.
A ideia é desenvolver um plástico biodegradável para a agricultura que se ajuste a cada tipo de cultura, solo e condições atmosféricas e que se degrade sem impacto ambiental no final do ciclo da cultura.
Chama-se agrobiofilm e já está em fase de teste em culturas hortícolas (melão, pimento e morango) como alternativa ao plástico em polietileno, que actualmente se usa para cobertura do solo.
Em França, está também a ser testado na cultura da vinha, com a expectativa de poder antecipar em cerca de um ano a primeira vindima. “Observou-se um efeito acentuado no crescimento das videiras, de tal forma que, quatro meses após a plantação, o desenvolvimento vegetativo das videiras plantadas com agrobiofilm era cerca do dobro das plantadas em solo nu”, garante Hernâni Magalhães.
O primeiro ciclo de ensaios nas culturas de melão e pimento em Portugal está quase concluído, estão em falta os resultados da biodegradação do agrobiofilm no solo. “A utilização do agrobiofilm permitiu manter a produtividade das culturas, sem alteração nos parâmetros qualitativos dos produtos, com poupança na mão-de-obra necessária para retirar o plástico de polietileno da terra, no fim do ciclo da cultura”.
Os testes com o morango iniciaram-se em Outubro de 2010, em Portugal e Espanha.
Biodegradável e compostável
A matéria-prima utilizada na produção do agrobiofilm (amido de milho e outros óleos vegetais) está certificada como biodegradável e compostável. O agrobiofilm pode, desta forma, ser enterrado no solo. “Para comprovar a sua biodegradibilidade e compostabilidade no solo, estão agora a decorrer testes no Instituto Superior de Agronomia”.
Com a utilização do agrobiofilm evita-se a contaminação dos solos com o plástico de polietileno (derivados de petróleo) e a degradação estética da paisagem, permitindo, ainda, reduzir os custos com mão-de-obra desnecessária. Esta economia, será ainda mais relevante na agricultura biológica. Dada a impossibilidade de utilização de herbicidas em agricultura biológica, a mão-de-obra para a monda de infestantes é um dos factores limitativos na rentabilidade e expansão desde tipo de agricultura. “O agrobiofilm vai certamente contribuir para o crescimento da agricultura biológica em Portugal”.
A Comunidade Europeia está a incentivar o uso dos plásticos biodegradáveis, de acordo com a Norma EU 13432, disponibilizando diversos tipos de apoio e incentivos.