Distribuição

“É indiscutível o valor que a Função Compras possui”

A crise veio dar outra importância à Função Compras de uma empresa. Além da questão preço, a criação de valor inerente à optimização da cadeia logística e o serviço entraram na agenda das organizações. Entrevistámos dois especialistas na área.

Victor Jorge
Distribuição

“É indiscutível o valor que a Função Compras possui”

A crise veio dar outra importância à Função Compras de uma empresa. Além da questão preço, a criação de valor inerente à optimização da cadeia logística e o serviço entraram na agenda das organizações. Entrevistámos dois especialistas na área.

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Qual o papel da Função Compras? Espremer preço? É uma função táctica ou estratégica? Como é vista pelas administrações? Segundo os dois especialistas ouvidos pelo Hipersuper, Diogo Nuno Santos, Partner da Deloitte, e João Casimiro, Membro dos Órgãos Sociais da APCADEC, trata-se de uma função que passou de “nice to have” a “must have” numa empresa.

Hipersuper (H): Num relatório apresentado no início do ano a Deloitte, em conjunto com a APCADEC, refere os mitos da “Função Compras”. Que mitos são esses?
Diogo Nuno Santos (D.N.S.):
O conteúdo era mais ou menos provocatório, no sentido de trazer um pouco para cima da mesa um conjunto de afirmações que são tidas como verdades absolutas e são quase de carácter publicitário, o que não corresponde à verdade. Dizer-se que a Função Compras corresponde a uma função estratégica dentro das organizações ou que é a principal alavanca de redução de custos dentro das organizações, são chavões a que nos vamos habituando, mas depois quando as analisamos em profundidade, e se as práticas que estão implementadas nas compras estão ou não alinhadas com essas frases, chegamos à conclusão que não é assim.
Quando vamos ver se a Função Compras é ou não estratégica, não reportando à administração, ou se é uma área de natureza eminentemente operacional e transaccional, então na prática não é estratégica. Se a Função Compras a única coisa que tem de fazer é processar encomendas e espremer preço, então não está a cobrir todas as possibilidades que tem na redução de custos e tem um foco muito restrito.
Por isso, os mitos que colocamos em cima da mesa eram exactamente para perceber que aquilo que se diz e que se toma como verdade absoluta, na verdade e na prática, o que está implementado nas organizações, não está tão alinhado.

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H: Quer isto dizer que a Função Compras não é tão essencial numa organização?
D.N.S.:
É indiscutível o valor que a Função Compras possui. A forma como está implementada ou é operacionalizada nas organizações é que não capitaliza todo o potencial da sua criação de valor.
Quando chegamos à conclusão que a Função Compras pode actuar na optimização da cadeia de logística, não só numa perspectiva de preço, mas também de serviço, quando concluímos que, numa altura de crise como esta, a Função Compras pode impactar o que é o New Working Capital, começamos a ver que, efectivamente, as áreas de criação de valor são muito extensas.
João Casimiro (J.C.):
Geralmente nota-se, em altura de crise, como a actual, que a Função Compras já começa a ser estratégica. As compras das empresas já se focam mais nos custos e, portanto, a Função Compras já começa a aparecer mais. Muitas vezes a primeira abordagem à Função Compras é de poupanças e redução de custos. Cada vez mais temos de ser mais estratégicos e perceber que, mais do que estar a espremer preço, é perceber onde vamos conseguir baixar os preços e obter margem para negociar, mesmo nos processos internos.
Isso já deveria ser definido, à partida, pela administração de uma empresa como estratégico. Muitas vezes, a primeira abordagem são as poupanças e não tanto na cadeia de valor ou processo para atingir essa poupança.

H: Esta altura de crise, fez as organizações olharem de uma forma diferente para a Função Compras?
J.S.:
Sim. À medida que as coisas vão crescendo, a Função de Compras é um “ad-on”. Está lá, tem de ser feito e é bom ter a redução de custos.
Quando existe um estancar do crescimento e as receitas não são as mesmas, a forma mais rápida e eficaz é, de facto, a contenção de custos e pensar reduzi-los. Assim, a Função Compras, que era uma coisa “nice to have”, passa a ser essencial para a empresa, porque tem de se conter os custos para atingir os resultados. Em tempo de crise, é claramente o foco.
D.N.S.: A questão depois, é saber se o foco é o mais correcto. Ou seja, em alturas de crise as compras passam para o spotlight. A Função Compras passa a ser objecto de uma actuação eminentemente táctica, de curto prazo. Não é pelo facto de surgir agora em cima da mesa que passa a ser estratégica.

H: Em relação a esta questão da táctica e da estratégia, o que quer dizer isto realmente? Uma táctica não tem sempre algo de estratégico por trás?
D.N.S.:
Em tese, sim. Na prática, não acontece bem assim. Quando falamos em táctica, em alturas de crise, o foco na redução de custos, teoricamente, o mais imediato para capitalizar essa redução de custos, é a actuação na dimensão preço. As orientações que seguem de uma administração para uma direcção de compras são cada vez de maior pressão do factor preço.
O pensar estrategicamente a Função Compras é ir muito mais além e pensar no benefício que poderei ter ao nível da cadeia de valor, níveis de serviço, desenvolvimento de novos produtos, capitalizar nas experiências de fornecedores, são acções de natureza estratégica cujo impacto e benefício não vou sentir a seis meses, num ano ou dois, mais a mais longo prazo. O que é certo é que, em alturas de crise, a Função Compras vem para cima da mesa, mas apenas no pacote que envolve a redução de preços.
J.S.: Basicamente, trata-se de olhar para uma estratégica de curto ou longo prazo. Por exemplo, se uma organização tentar conter o aumento de preço, isso é puramente táctico. A estratégia para os próximos anos, e existindo, por exemplo, dois grandes fornecedores e havendo um terceiro, é pegar nesse novo player e tentar potenciar e desenvolver esse fornecedor para, mais tarde, quando se proceder a nova consulta do mercado, ter três fornecedores em vez de dois. Isso é estratégico.

H: Mas onde é que se pode rentabilizar a compra?
D.N.S.:
Em toda a cadeia de valor. Se pensarmos no final da linha de negócios, ou seja, o que faço é pegar em algo que já foi produzido por um terceiro e funciono como distribuidor, como intermediário. A minha grande função na perspectiva de Compras prende-se com a agregação, ganho de escala, capitalizar a rede de distribuição. Objectivamente, naquilo que são as alavancas da criação de valor da Função Compras podemos dizer que estão um pouco reduzidas face àquilo que uma entidade produtora tem.
Uma entidade produtora como tem vários serviços associados à produção de determinado produto, desde do marketing, desenvolvimento, investigação, produção, distribuição, tem um leque de funções mais abrangentes e com maior dependência e interacção com fornecedores. O meu desenvolvimento de novos produtos pode ser feito com fornecedores, a minha estratégia de marketing podem ser feitas em conjunto com os fornecedores, como a produção e distribuição.
São actividades onde minha articulação e própria dependência de fornecedores são maiores. Portanto, na tal perspectiva estratégica e de actuação, a montante da minha cadeia, a Função Compras pode ter um impacto maior.

H: Mas essa Função Compras terá sempre dependente do fornecedor. Terá de haver sempre uma negociação. Para haver comprador tem de haver vendedor. Esse equilíbrio está a favor de quem vende ou quem compra?
J.S.:
Depende do mercado. Se tivermos a falar de grande distribuição, poderá estar do lado do retalhista que é muito maior que o produtor, mas há mercados onde claramente não há grande margem de manobra, refiro-me aos casos de monopólio como, por exemplo, da PT ou EDP.

H: Na distribuição, embora já exista alguma concentração, ainda existem vários players no mercado que permitem ao fornecedor ter opções?
D.N.S.:
Correcto. Mas teoricamente, embora sejam poucos retalhistas, o peso individual de cada um é bastante significativo e eu, enquanto produtor, não consigo ser competitivo num mercado onde abdico de servir determinado cliente.

H: Mas se não abdica, muitas vezes pode acontecer que terá de baixar demasiadamente a minha margem?
D.N.S.:
Exactamente.
J.S.: Depois, também, entra a parte da questão ética. Chega a um ponto em que, eticamente, não se pode puxar mais pelo fornecedor. Até porque o interesse é manter uma base de fornecedores sólida e sustentável ao longo do tempo. Não é rentável andar sempre a trocar de fornecedor e verificar a qualidade dos produtos.

H: Porque isso também são custos?
J.S.:
Pois são e muitas vezes altos. Se uma organização, por estar sempre a trocar de fornecedor, tiver de estar sempre a controlar qualidade de produtos com testes, todo esse processo demora tempo e tem custos inerentes. Por isso, não interessa ao comprador não ter uma base de fornecedores sólida.

H: Mas voltando ao ponto de equilíbrio, existe algum ponto em que se possa dizer que não se pode esticar mais a corda?
D.N.S.:
Teoricamente esse ponto de equilíbrio existe, mas é difícil de defini-lo de forma precisa.
Quando estamos nos grandes colossos, é óbvio que o poder negocial junto de qualquer fornecedor é gigantesco. Mas também assumem que a sustentabilidade da sua base de fornecedores é também um aspecto crítico.

H: Mas a perspectiva de quem está de fora é que o comprador tenta sempre esmagar ao máximo o fornecedor?
D.N.S.:
Depende do que pode perder. Há várias empresas cuja competitividade ficou posta em causa por falhas no serviço do fornecedor.
Vamos partir do pressuposto de que tem o preço mais competitivo do mercado, que o processo negocial foi o mais eficaz, mas depois o que perde quando há uma falha no serviço do fornecedor, deita tudo abaixo. É esse equilíbrio que tem de ser analisado.
No sector da distribuição o que se faz, normalmente, é redistribuir algo. Ou seja, fazer com que uma falha de um fornecedor, sendo sempre algo penalizador, não seja desruptiva.

H: Na distribuição, no entanto, há determinadas cadeias – tipo Wal-Mart ou Carrefour – que estão a pressionar os seus fornecedores para terem o mínimo possível de stock e a negociar prazos de entrega para os produtos, limitando o timing de entrega, de forma a ter o menos produto possível. Que papel tem aqui a Função Compras?
D.N.S.:
Tem de imediato um papel muito simples: o dia em que a grande distribuição tomou consciência do custo da logística, passou para o âmbito das Compras não só a negociação do preço como, também, das condições logísticas.
Chegou-se à conclusão de que não ter produto na prateleira às vezes pode custar mais do que aquilo que estou a poupar por via do preço.

H: Depois do preço, qual a variável com mais peso?
D.N.S.:
Qualidade e nível de serviço.
J.S.: Não há uma resposta única, porque depende do negócio. Se tivermos a falar de produtos informáticos, talvez seja mais a especificação técnica.

H: Em produtos alimentares …?
D.N.S.:
É a qualidade.

H: Um conceito que me despertou a atenção foi o seguinte: “Companies do not compete, supply chains compete”. A criação de valor está sempre na dependência da boa execução da cadeia de valor?
D.N.S.:
Um exemplo é o da Zara. É uma organização cuja cadeia logística é toda ela desenhada de forma bastante integrada e articulada, tendo como objectivo último a garantia de ter um produto em condições competitivas, como também, de serviço distintivo. Quando analisamos os rácios de rentabilidade, rotação e stock de uma Zara são, de facto, indicadores que a distanciam da concorrência e que não têm como razão principal o facto de comprarem mais barato.

H: Esta necessidade de rotação foi criada pelo consumidor ou organizações?
D.N.S.:
Objectivamente pelos dois. Por um lado, o cliente tem essa exigência, por outro, as organizações percebem que um factor de diferenciação da sua concorrência é, de facto, serem inovadores, anteciparem-se e ter o produto mais cedo que a concorrência.
Ao ritmo que surgem coisas novas, o factor “first mover” é muito importante, já que é possível montar toda a cadeia de abastecimento, desde o desenvolvimento, à produção, à logística, de modo a ter o produto mais rápido e primeiro que a concorrência.
O que se conclui é que essa vantagem de ser o first mover é a grande diferenciação e que atrai o consumidor. Por outro lado, sendo o first mover, por vezes, essa organização pode dar-se ao luxo de ter um preço mais alto e aqui o foco da Função Compras não é o preço a montante, mas garantir que todos os elementos da cadeia me suportam nesta estratégia.

H: Conseguem definir o processo de compra ideal?
D.N.S.:
Diria que o primeiro aspecto crítico é, de facto, perceber-se quais as áreas de criação de valor potencial da Função Compras, ou seja, em função do que é a estratégia da minha organização tenho de perceber em que medida é que a minha base de fornecedores pode contribuir para a produção dessa estratégia. Isto é, se essa base de fornecedores contribui com melhor produto, melhor serviço, com tempo de entrega mais rápido, com colaboração nos processos de desenvolvimento, condições de pagamento mais favoráveis. Há que perceber, de facto, o que é que se pode capitalizar da minha relação com os fornecedores.
A seguir aparecem factores como ajustamentos em função da categoria de compra, do mercado de fornecedores, da própria empresa, perceber como é que os processos, que são sempre os mesmos, devem ser adequados para que, de facto, criem valor.
J.S.: Não há, de facto, uma resposta única. Se tivermos a falar de um produto banal, pode ser-se um pouco mais rígido na negociação. Se quisermos ter um produto inovador, é necessário a organização sentar-se com o fornecedor e haver uma interligação e interacção. Aí já não é uma negociação, mas mais uma parceria.
Não há um processo ideal, depende sempre do que se quer comprar, como se quer comprar e onde se quer comprar.

H: Mas a actual crise veio acelerar esses processos.
D.N.S.:
Acho que não.
J.S.: O que a crise veio trazer foi visibilidade.
DNS: Veio acentuar o foco na tal actuação táctica. Ou seja, vamos lá chamar as Compras para espremer o preço. Esta crise não potencia melhores comportamentos ou uma reflexão mais estratégica. Esta crise potencia comportamentos diferentes, ou seja, tentar arranjar maneiras de compensar as perdas.

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Galp reforça oferta de conveniência nas suas lojas com o exclusivo Café Biscoff

A Galp acaba de lançar uma nova proposta na sua oferta de cafetaria: o Café Biscoff. Descrito como “um café que se come ou um biscoito que se bebe”, este produto exclusivo promete surpreender os consumidores da Península Ibérica, marcando mais um passo na evolução da marca no segmento de conveniência.

Desenvolvida pelo Chef Juan Bosco, responsável pela Coffee & Bakery da Galp em Portugal e Espanha, a receita conta com certificação oficial da Lotus Biscoff. Esta inovação surge na sequência de outras apostas da insígnia, como o Chocolate do Dubai e as cookies de Natal, que se tornaram presença permanente nas lojas.

O lançamento do Café Biscoff reforça a estratégia de transformação da rede de retalho da Galp, que nos últimos anos renovou mais de 440 lojas em território ibérico, com foco numa experiência de cliente mais completa e orientada para momentos de consumo convenientes e diferenciadores.

“As nossas lojas foram repensadas para proporcionar uma experiência de abastecimento completa na nossa rede de retalho: energia para os veículos e energia para os nossos clientes”, explica Rute Gonçalves, responsável de marca, marketing e conveniência da Galp, em comunicado. “Vendemos 16 milhões de cafés por ano em Portugal, conhecemos bem os nossos clientes. Temos a certeza de que o Café Biscoff os vai surpreender e ser um sucesso”, acrescenta.

A nova bebida está já disponível em 50 lojas Galp em Portugal e em 90 pontos de venda em Espanha.

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Bebidas

Super Bock lança campanha global para um novo posicionamento nos mercados externos

A acompanhar esta campanha, a marca lançou também uma nova referência exclusiva para o mercado suíço: a Super Bock Unfiltered.

A Super Bock acaba de lançar a sua primeira grande campanha de comunicação internacional em mass media, assinalando um novo posicionamento da marca nos mercados externos. Com a assinatura “What is authentic has more taste”, a campanha pretende reforçar a autenticidade como valor central da identidade portuguesa – e da própria marca.

A campanha, já presente na Suíça, está a ser veiculada nos principais canais de televisão, YouTube e meios digitais, com versões adaptadas em francês e alemão, e decorrerá até agosto. Inspirada na genuinidade do estilo de vida português, a ação convida o público internacional a descobrir um país onde os sabores são autênticos, os encontros espontâneos e os momentos partilhados em esplanadas e bares fazem parte do quotidiano cultural.

A acompanhar esta campanha, a marca lançou também uma nova referência exclusiva para o mercado suíço: a Super Bock Unfiltered, uma cerveja do estilo International Pale Lager, produzida localmente e concebida especificamente para este público. Este lançamento representa um momento inédito na estratégia de internacionalização da marca, apostando na inovação e na adaptação ao perfil do consumidor local.

Sobre o autorHipersuper

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Logística

Palletways Iberia renova certificação em Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa

A Palletways Iberia renovou a sua certificação em Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa (RSC), atribuída pela BONET Consulting.

Este reconhecimento sublinha o compromisso da empresa com as boas práticas ambientais, sociais e de governação, alinhadas com os critérios ESG e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Durante o processo de avaliação, foram analisadas diversas áreas-chave, incluindo a redução da pegada de carbono, otimização de recursos, cibersegurança, conformidade regulamentar, prevenção da corrupção, gestão de talentos e estabilidade do emprego. Um dos aspetos mais valorizados foi a solidez do modelo laboral da Palletways Iberia, assente numa força de trabalho estável, com baixa rotatividade e absentismo abaixo da média do setor. A empresa tem apostado em políticas que promovem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, flexibilidade e formação contínua.

A boa governação interna é também um pilar da estratégia da Palletways Iberia. A empresa descreve a sua equipa como uma “grande família”, promovendo um ambiente de proximidade, diversidade e inclusão. A par do teletrabalho e horários flexíveis, destaca-se a Escola de Vendas, que assegura a formação e desenvolvimento dos colaboradores, reforçando a cultura de valorização e retenção de talento.

No plano ambiental, a Palletways Iberia tem vindo a implementar medidas para promover uma logística mais sustentável, desde a operação com mais de 30 veículos euro-modulares até ao investimento em hubs energeticamente eficientes, com iluminação LED, painéis solares e gestão inteligente de resíduos. As suas localizações estratégicas permitem ainda reduzir as rotas de transporte e, consequentemente, a pegada carbónica.

Este trabalho contínuo foi já reconhecido com a renovação das certificações ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001 e ISO 26000, bem como com a atribuição da primeira estrela Lean & Green, após a redução de 20% nas emissões de CO₂. A empresa tem como meta ultrapassar os 30% de redução até 2026.

Para a Palletways Iberia, esta recertificação é um impulso adicional à sua estratégia: “Este reconhecimento é uma garantia de que estamos a cumprir os mais elevados padrões de sustentabilidade a todos os níveis. Não só operamos com a máxima eficiência, como também o fazemos de forma responsável, garantindo um impacto positivo no meio ambiente, nos nossos colaboradores, clientes e na sociedade em geral”.

A empresa acrescentou que “esta recertificação reflete o trabalho constante e consolidado da empresa. Não é uma conquista isolada, mas o resultado de uma cultura empresarial comprometida com a qualidade, a segurança e o relacionamento com as instituições e partes interessadas. Orgulhamo-nos deste percurso sólido, construído com a colaboração de todos”.

A BONET Consulting felicitou a Palletways Iberia pelo “compromisso e rigor de toda a sua equipa na gestão e garantia do devido cumprimento da normativa, assim como pela sua contribuição para o desenvolvimento sustentável e o estabelecimento de um quadro de atuação regido pela responsabilidade social corporativa. Estes valores da Palletways são evidentes nas suas acções e, em particular, na obtenção do nosso selo de Sustentabilidade e RSE, que exige uma prova formal nesta área. A certificação garante a auto-gestão e a transparência a nível interno, e gera valor ao mesmo tempo que
contribui para o cumprimento destes princípios e objetivos estabelecidos com os seus importantes clientes e colaboradores”.

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Alimentar

Sidul adoça a Páscoa com conto infantil

Através desta história, a Sidul quer transmitir uma mensagem de afeto e resiliência, reforçando a importância de pequenos gestos e da doçura dos momentos em família.

A pensar no espírito familiar e nos sabores reconfortantes da Páscoa, a Sidul lança “Lar Doce Folar”, uma história encantada que transforma os ingredientes tradicionais em protagonistas de uma aventura culinária com final feliz. Mais do que uma ação promocional, esta iniciativa pretende reforçar os valores da marca, aproximando-a das famílias portuguesas num dos momentos mais doces do ano.

No centro do conto está Marco, um jovem aprendiz de pasteleiro que tenta encontrar o seu lugar na icónica Pastelaria LUDIS, um espaço fictício, mas carregado de simbolismo, passado de geração em geração desde 1909. Confrontado com a pressão de corresponder às expectativas do pai, Marco vive momentos de frustração — até que os ingredientes ganham vida e, com uma pitada de magia, o ajudam a descobrir confiança, superação e o verdadeiro significado da partilha.

A narrativa culmina com a criação do “Folar Mágico”, uma receita que reúne toda uma comunidade e simboliza a união, o carinho e a tradição. Através desta história, a Sidul quer transmitir uma mensagem de afeto e resiliência, reforçando a importância de pequenos gestos e da doçura dos momentos em família.

Disponível no site da Sidul, o conto é acompanhado por atividades complementares pensadas para serem realizadas em conjunto, promovendo o convívio intergeracional e a ligação emocional à marca.

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Bebidas

Legado 2020 homenageia o passado e o saber geracional da Sogrape

Com pouco mais de 2.000 garrafas produzidas, o Legado 2020 é um brinde à memória de Fernando Guedes e também “uma promessa de futuro”.

“Desde a primeira colheita, em 2008, que em cada garrafa de Legado reside um vinho que honra a memória, a paixão e a visão de um homem que sonhava em transmitir um testemunho às gerações vindouras”, apresenta a Sogrape, que está lançar o Legado 2020. A colheita, que chega em maio ao mercado, e é um tributo de Fernando Guedes à herança que recebeu de seu pai, “à vinha velha que o emocionou e a quem permitiu que esta história inspiradora se continuasse a escrever”.

Proveniente das vinhas centenárias da Quinta do Caêdo, em Ervedosa do Douro, o Legado resulta do sonho de Fernando Guedes de criar um vinho que homenageasse o Douro, a paixão e os valores de uma família dedicada ao vinho. “O vinho ensinou-me que o tempo não se mede apenas em colheitas, mas em emoções partilhadas e em memórias que perduram. Legado é o sonho vivo do meu pai, um testemunho silencioso do que somos, do que recebemos e do que desejamos deixar a quem vem depois de nós”, sublinha Fernando da Cunha Guedes, atual presidente da Sogrape e filho do criador de Legado.

A Sogrape destaca, num comunicado, que o ano vitícola de 2020 trouxe uma primavera generosa em chuva, o que permitiu restaurar o equilíbrio da terra, embora com menor produção, e um verão quente e seco, que foi suavizado por uma chuva inesperada em agosto, “suficiente para permitir às uvas uma maturação pausada, proporcionando uma grande elegância e expressão aromática aos vinhos”. Com pouco mais de 2.000 garrafas produzidas, o Legado 2020 brinda à memória de Fernando Guedes, sendo também “uma promessa de futuro”.

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Retalho

Aldi reforça aposta na produção nacional com sortido artesanal para a Páscoa

A Aldi Portugal vai disponibilizar, a partir de 16 de abril, um sortido exclusivo de bolos artesanais para a Páscoa, fruto de uma parceria com a Pão da Vermelha, fornecedor nacional de longa tradição na pastelaria e panificação.

Entre as propostas, a insígnia destaca o tradicional Folar de Páscoa – simples ou com dois ovos –  Bolo-rainha e o Bolo Finto de Páscoa, ainda uma novidade: o Bolo Inglês, feito com frutas cristalizadas e massa húmida. Todos os produtos serão entregues diretamente da panificadora para as lojas, assegurando a sua máxima frescura, acrescenta a Aldi Portugal.

“Este sortido especial é mais uma das nossas apostas para celebrar a Páscoa e resulta da relação de longevidade e confiança que temos com a Pão da Vermelha. Além de frescura e qualidade, queremos que as famílias portuguesas tenham à mesa doces únicos e com um sabor autenticamente português.”, sublinha Daniel da Silva, managing director procurement da ALDI Portugal.

“A Aldié um parceiro que partilha os mesmos padrões de qualidade que nós, razão pela qual já mantemos uma relação há muitos anos, apoiando a nossa confeção artesanal, que incorpora o conhecimento de gerações anteriores.”, refere Pedro Ferreira, gerente da Pão da Vermelha.

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Foto : Pedro Melim
Bebidas

Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

Hipersuper

O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

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José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
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José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Alimentar

Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

Hipersuper

Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

Hipersuper

O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

Sobre o autorHipersuper

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