As tendências do furto mundial no retalho têm revelado padrões de comportamento que não apenas nos permitem elaborar melhores estratégias a médio-longo prazo, como também desenvolver soluções que se adaptam às necessidades dos retalhistas e aos períodos com maior movimentação em loja e que se revelam momentos mais sensíveis para os negócios.
Se o mais recente Barómetro do Furto na Distribuição Comercial, levado a cabo pela NielsenIQ e AECOC, e com o apoio da Checkpoint Systems, revelou que o furto organizado representa mais de metade dos furtos totais registados no retalho, o que traz uma preocupação cada vez mais premente para encontrar soluções para estas situações, as tendências que se revelaram nos últimos anos aportam ainda o verão como a segunda época do ano com mais furtos.
Enquanto a época do Natal é naturalmente a que mais furtos regista, pela situação social e económica que o período representa, o verão traz consigo um conjunto de constrangimentos que afetam todos os retalhistas, mas sobretudo os que se encontram em zonas de praia. Com produtos a serem alvo de furto como são os protetores solares, os fatos de banho ou, até, os chinelos, a proteção de alguns negócios torna-se ainda mais complicada com o excesso de fluxo de clientes em loja e uma movimentação que nem sempre é fácil de controlar.
Além das dificuldades acrescidas que alguns lojistas têm exatamente com esta elevada circulação de pessoas nas suas superfícies comerciais, alguns destes produtos podem representar um desafio na hora de os manter seguros. Quase sempre em exposição livre nas prateleiras, de tamanho reduzido e fáceis de retirar e transportar, as soluções que se disponibilizam de limitar o acesso aos mesmos podem não ser a melhor solução para uma boa experiência de compra. Colocar os produtos em caixas ou em zonas não acessíveis são soluções que o mercado atualmente pode não responder de forma favorável. Para estas situações, a tecnologia tem vindo a desenvolver-se no sentido de ser um suporte cada vez mais fundamental para os retalhistas.
Não apenas é possível encontrar no mercado soluções de contagem de pessoas com recolha de dados que, apôs tratamento, podem e devem ser acionáveis pelos lojistas para desenvolver campanhas adequadas aos produtos, clientes e épocas do ano, como também já estão disponíveis ferramentas de prevenção de perda com identificação por radiofrequência (RFID) que protegem os produtos, mas também que garantem uma rastreabilidade e gestão de stocks que contribuem para a prevenção de vendas, mas também para uma maior conversão na compra/venda.
Apôs anos de trabalho conjunto entre retalhistas e provedores de soluções, assim como análise de dados que as soluções já disponibilizam, é possível construir soluções à medida dos clientes, mas foi também possível desenvolver ferramentas como são antenas com maiores diâmetros de deteção, etiquetas com rastreabilidade para produtos frescos, ou até para produtos de cosmética e líquidos – soluções e ferramentas que anteriormente não estavam ao serviço do retalhista.
A tecnologia e a colaboração são, assim, fundamentais para enfrentar as tendências do passado para o presente, e construir ambientes mais seguros e com menos perdas para o futuro.