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Opinião

Tecnologias RFID e NFC: o que as distingue e o que as aproxima?

Num mundo cada vez mais tecnologicamente conectado, as diferentes ferramentas e soluções disponíveis no mercado têm tendência a fundir-se e confundir-se tornando as suas características muitas vezes tidas como semelhantes, o que pode trazer aos futuros utilizadores dúvidas sobre quais as que melhor se adequam aos seus serviços e produtos.

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Tecnologias RFID e NFC: o que as distingue e o que as aproxima?

Num mundo cada vez mais tecnologicamente conectado, as diferentes ferramentas e soluções disponíveis no mercado têm tendência a fundir-se e confundir-se tornando as suas características muitas vezes tidas como semelhantes, o que pode trazer aos futuros utilizadores dúvidas sobre quais as que melhor se adequam aos seus serviços e produtos.

Emanuele Soncin
Sobre o autor
Emanuele Soncin

Tal é o caso das tecnologias RFID e NFC que se podem confundir pela característica de leitura digital e wireless ou, por outro lado, vistas como tecnologias totalmente opostas, a verdade é que estas não são, de todo, tecnologias opostas, mas que é necessário compreendê-las para tomar decisões devidamente informadas.

Por um lado, é importante entendê-las por si mesmas. A RFID, ou identificação por radiofrequência, engloba em si um conjunto de tecnologias que usam ondas rádio para identificar e rastrear produtos ou objetos. Ao recorrer às ondas rádio, estas podem ter diferentes frequências: baixas frequências (LF – low frequency), altas frequências (HF – high frequency), e altas frequências ultra (UHF – ultra high frequency). Como o próprio nome indica, cada uma destas soluções adapta-se a diferentes frequências sendo adequadas a produtos com densidades diferentes – por exemplo as LF penetram melhor em matérias como água ou metal, as HF são bastante comuns em pagamentos contactless por permitirem maiores alcances de leitura e rapidez de transferência de dados, e as UHF são ideias para elevadas distancias de leitura e são muito utilizadas em gestão de inventários. No que diz respeito à NFC – Near Field Communication, esta constitui-se como uma tecnologia especifica de alta frequência RFID que que permite dois equipamentos partilharem informação via wireless e em curtas distâncias. Assim, quando nos reportamos a uma etiqueta e qual a escolha mais adequada estamos a optar por uma tecnologia de etiqueta UHF ou NFC.

Por outro lado, é fundamental compreender as suas características e compará-las entre si. No que diz respeito à distâncias, e como referido anteriormente, as UHF podem ser lidas desde distâncias de centímetros até metros, o que as torna ideais para, por exemplo, gestão de inventário em grandes armazéns. Já as NFC são indicadas para pequenas distâncias, abaixo dos 10 centímetros, exigindo que o leitor esteja muito próximo da etiqueta. Em questões de velocidade, as NFC realizam leituras únicas, de um para um, exigindo um contacto próximo, já as UHF, como referido, leem milhares de etiquetas em segundos e sem impedimentos físicos. Estas distâncias, aplicações e velocidades determinam as compatibilidades de cada solução, o que condiciona a sua implementação. A NFC ganhou bastante tração com os pagamentos contactless através de smartphones, tablets ou smartwatches, o que potenciam uma maior compatibilidade e utilização. Já as UHF exigem equipamentos de leitura específicos, o que a torna mais adequada para o retalho e ambientes industriais. Mas, independentemente da sua aplicação e compatibilidade, a segurança que cada uma outorga responde a elevados standards, coo sejam encriptação que evita situações de clonagem ou leituras não autorizadas por parte das soluções UHF, assim como os protocolos de segurança NFC a torna adequada na hora de tratamento de dados sensíveis. Por fim, as tecnologias baseadas em UHF têm um tamanho semelhante ao de um chip, o que torna a sua capacidade de memória mais restrita, e as NFC estão desenhadas para um relacionamento direto com o consumidor, pelo que permitem guardar dados mais sensíveis e complexos, como são dados de transação ou informação.

Dadas as diferentes características e potencial de cada uma das soluções é compreensível que os retalhistas se sintam em dúvida de qual a que melhor se adequa à sua operação. Contudo, e considerando que, como referido, estas não são tecnologias opostas, deveremos considerá-las como complementares entre si. Se por um lado as soluções UHF ajudam na gestão de inventário em toda a grande cadeia de distribuição, as soluções NFC ajudam e contribuem para uma experiência de cliente mais rápida e simplificada.

No que diz respeito ao mundo da tecnologia não estamos perante uma solução em detrimento de outra, mas sim uma aproximação e combinação entre ambas que melhoram o ambiente retalhista em todo o mundo ajudando a melhores experiências de compra, aumento de segurança e incremento do retorno de investimento.

Sobre o autorEmanuele Soncin

Emanuele Soncin

Business unit director de Portugal, Espanha e França da Checkpoint Systems
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