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Sustentabilidade: uma exigência do cliente

Hoje, mais do que uma moda, sustentabilidade reflete a resposta a imperativos ambientais e sociais. Mudanças que estão a influenciar a forma como os produtos são produzidos, embalados e distribuídos, até à condução das operações no dia-a-dia. Perder o comboio da sustentabilidade não é opção para quem se quer manter (relevante) no mercado.

Sustentabilidade: uma exigência do cliente

Hoje, mais do que uma moda, sustentabilidade reflete a resposta a imperativos ambientais e sociais. Mudanças que estão a influenciar a forma como os produtos são produzidos, embalados e distribuídos, até à condução das operações no dia-a-dia. Perder o comboio da sustentabilidade não é opção para quem se quer manter (relevante) no mercado.

Sobre o autor
Sara Monte e Freitas

Quem me lê, numa publicação como esta, sabe que há palavras que nunca ficam gastas e produzem o efeito desejado, desde sempre, junto de quem compra. Saldos e descontos são duas delas. Mas, há outras palavras/expressões bem mais recentes que têm o condão de despertar o interesse, nesta economia da atenção em que vivemos, junto de quem está do outro lado e assume a responsabilidade de vender: falo de inteligência artificial e sustentabilidade.

Desta feita, falemos da segunda. Apenas uma das maiores prioridades da I&D, marketing, ou procurement, para os setores da logística, produção, retalho, grande distribuição e tantos outros.

Hoje, mais do que uma moda, sustentabilidade reflete a resposta a imperativos ambientais e sociais. Mudanças que estão a influenciar a forma como os produtos são produzidos, embalados e distribuídos, até à condução das operações no dia-a-dia.
Perder o comboio da sustentabilidade não é opção para quem se quer manter (relevante) no mercado. Não apenas pelas obrigatoriedades legais, ou outras imposições, mas, por um simples facto: o cliente exige produtos e serviços sustentáveis. Prometer não basta. Tem de entregar essa evidência em práticas, produtos e serviços sustentáveis.

O sucesso depende de um compromisso sério e contínuo, por parte das empresas, para investir em tecnologias e práticas sustentáveis que tragam benefícios a longo prazo, tanto para o planeta como para os negócios.

Essas práticas são múltiplas. Detenho-me sobre aquelas que, no dia-a-dia, se revelam críticas.

Digitalização. Estrutural no impulso à eficiência operacional no setor logístico e de retalho, bem como na desmaterialização, por exemplo, de faturas. A digitalização é ainda um veículo de transparência. Saber a proveniência dos produtos, como foram produzidos e transportados e se os processos utilizados são éticos e sustentáveis, são uma exigência crescente e transversal, por parte dos clientes.

Eficiência energética. A eficiência energética, para além da refrigeração, iluminação, ar condicionado, investimento em energias alternativas -desafios que enfrentamos quotidianamente- passa também pela otimização das operações logísticas. Sistemas de gestão de rotas baseados em inteligência artificial otimizam viagens, evitando trajetos ineficientes e minimizando o consumo de energia/combustível, diminuindo a pegada ecológica e custos operacionais de longo prazo. Objetivo também impulsionado pela transição para frotas de veículos elétricos.

Embalagem. As embalagens sustentáveis são uma tendência crescente. A pressão para cortar nos plásticos de uso único levou ao desenvolvimento de alternativas, como embalagens biodegradáveis, recicláveis ou compostáveis. Algumas empresas estão a adotar embalagem reutilizável, oferecendo incentivos aos consumidores. O que acontecia às embalagens com depósito/tara retornável, há várias décadas.

Logística inversa. Processos eficientes de gestão de retorno de produtos estão a tornar-se fundamentais para reduzir o desperdício e promover a reutilização e reciclagem. Um processo cada vez mais integrado em modelos de negócio de empresas que promovem a economia circular, permitindo que os produtos tenham várias vidas úteis. A gestão eficiente de devoluções, especialmente no comércio eletrónico, é um dos maiores desafios que a logística inversa pode ajudar a mitigar, ao mesmo tempo que contribui para a sustentabilidade.

Logística last mile. A parte final da entrega, mais complexa e cara, deve estar arquitetada de forma a reduzir emissões de carbono. Soluções mais sustentáveis, como bicicletas elétricas ou veículos não poluentes, são já uma prática nas grandes cidades para entregas rápidas. Pontos de recolha e cacifos inteligentes também estão a ganhar força, evitando a circulação desnecessária de veículos e assim reduzindo a pegada de carbono.

Como vemos, a sustentabilidade é multifacetada, real e tracionada pelo consumidor, o que faz com que continue a ser atual e a estar presente nas preocupações quotidianas de gestores, como testemunho a cada dia de trabalho na grande distribuição, retalho e tantos outros setores.

Sobre o autorSara Monte e Freitas

Sara Monte e Freitas

Partner da Monte e Freitas | ERA Group
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