RFID: a identificação que vai mais além do retalho
A rastreabilidade é uma preocupação constante, e a tecnologia está ao serviço de cada vez mais empresas, serviços e pessoas.
Emanuele Soncin
Business unit director de Portugal, Espanha e França da Checkpoint Systems
A movimentação de pessoas, bens e mercadorias em todo o mundo tem vindo a tornar-se mais complexa, mais intensa e com destinos e distâncias cada vez mais intrincadas. A rastreabilidade é uma preocupação constante, e a tecnologia está ao serviço de cada vez mais empresas, serviços e pessoas. Com a transformação digital constante e transversal a todos os mercados, a identificação por radiofrequência (RFID) apresenta-se como uma solução viável, eficiente e precisa para cada vez mais sectores. Exemplo desta vasta aplicabilidade é a gestão de bagagem em movimentações aéreas.
Conhecida pela alta eficiência, potencial elevado de rastreabilidade em tempo real, incremento de segurança e redução de custos, a RFID é uma tecnologia ao serviço de todas as empresas que precisam manusear produtos em larga escala e, sobretudo, quando precisam deslocar os mesmos para outros destinos, seja para venda ou simples movimentação. Contudo, a sua aplicação está, em larga escala, relacionada com o setor de retalho, mas o potencial de aplicabilidade de uma tecnologia tão avançada vai mais além e, na atualidade, o transporte e movimentação de bagagem em aviões e aeroportos revela-se um dos sectores que mais consegue usufruir do total potencial da RFID.
A deslocação de pessoas e bagagens em todo o mundo assume uma complexidade crescente a cada dia que passa. Com aeroportos a movimentarem pessoas, malas e bens em níveis que chegam aos milhões de toneladas de carga que é necessário gerir e rastrear. Se por um lado as mercadorias já estão muitas equipadas com tecnologias de identificação avançadas, a RFID aplicada às bagagens dos passageiros está a revolucionar as operações dos aeroportos e a melhorar, significativamente, a experiência de voo dos passageiros.
A RFID aplicada nas bagagens significa tornar a gestão da movimentação das mesmas mais eficiente e eficaz, quer para o viajante, quer para as companhias e empresas de terra dos aeroportos. As etiquetas RFID são mais duradouras e resistentes, o que ajuda na diminuição de extravio por má leitura. Ao mesmo tempo, ao dispensar o uso de códigos de barras, as etiquetas RFID não precisam estar à vista, diminuindo o risco de erros de leitura, além de permitirem registos mais rápidos. Capazes de incorporar identificação única por passageiro com origem, destino e voo em cada bagagem, a RFID é ideal para ambientes com alta densidade de movimentação de pessoas e malas como são os aeroportos.
Seja por lazer ou a trabalho, a movimentação mundial de pessoas por via aérea está em constante crescimento e a transformação digital e tecnológica dos aeroportos assume uma evolução rápida e diária em todos os sectores. As bagagens e o seu extravio são um dos problemas que mais incomodam quer os viajantes, quer as companhias aéreas. Saber exatamente onde está cada unidade de bagagem de cada cliente é essencial para melhorar a experiência da viagem, mas o potencial da RFID não se fica por aí. Com altos rendimentos de segurança, as etiquetas RFID permitem ainda deteção mais rápida de movimentos suspeitos ou não autorizados de bagagens, assim como permitem leituras mais rápidas e rastreabilidade mais eficiente, melhorando a performance de admissão de viajantes, o que contribui para voos mais pontuais.
Visto de uma forma global, a RFID tem o potencial de tornar as viagens mais satisfatórias para os clientes e aumentar o seu nível de satisfação para com companhias áreas, mas ao mesmo tempo, será fundamental num mundo em constante mudança e movimentações mais rápidas e constantes por todo o mundo.