O furto organizado no retalho: tendências e soluções
O furto organizado faz parte do quotidiano de todos os retalhistas, seja no setor alimentar, roupa ou outros. E com o aumento das preocupações económicas em todo mundo, o receio de que estas tendências aumentem está na ordem do dia do trabalho das equipas de prevenção de perdas das empresas, sobretudo em lojas com provadores e zonas de proibição de captação de imagens.
Emanuele Soncin
Business unit director de Portugal, Espanha e França da Checkpoint Systems
O furto organizado representa mais de metade (53%) dos furtos registados no retalho, de acordo com o mais recente Barómetro do Furto na Distribuição Comercial, realizado pela NielsenIQ e a AECOC, e com o apoio da Checkpoint Systems. Este dado traz aos retalhistas uma preocupação crescente de encontrar soluções que possam fazer frente a estratégias cada vez mais elaboradas para o furto organizado, ao mesmo tempo que mantêm a excelência na experiência de compra dos seus clientes.
Se há uns anos atrás esta seria uma problemática à qual só seria possível fazer frente com o aumento do pessoal de vigilância e abordagens mais invasivas, neste momento a tecnologia pode e é o melhor aliado para os retalhistas.
O furto organizado faz parte do quotidiano de todos os retalhistas, seja no sector alimentar, roupa ou outros. E com o aumento das preocupações económicas em todo mundo, o receio de que estas tendências aumentem está na ordem do dia do trabalho das equipas de prevenção de perdas das empresas, sobretudo em lojas com provadores e zonas de proibição de captação de imagens.
Longe de olhares, as zonas como são os provadores, casas de banho ou ângulos de invisibilidade garantem aos delinquentes áreas em que podem colocar em ação as suas estratégias de furto, como sejam desactivadores adquiridos no mercado ilegal, o uso de casacos, mochilas ou sacos forrados em papel de alumínio que tornam impossível detetar as etiquetas ou, até, o uso de imanes de forma ilegal nas lojas. Para fazer frente a estas formas cada vez mais sofisticadas de furto, os provedores de soluções de prevenção de perdas utilizam a experiência do passado para fazer frente às perdas no futuro.
Num trabalho colaborativo com os retalhistas, é já possível instalar em lojas de diferentes dimensões tecnologias de deteção magnética para, por exemplo, alertar os colaboradores de cada vez que um íman entre na loja ou em zonas privadas, como são os provadores ou até as casas de banho. Ao mesmo tempo, os sistemas de vigilância eletrónica de artigos (EAS) são já equipados com detetores de metal para identificar de forma cada vez mais precoce a entrada em loja de artigos forrados em alumínio que podem iludir os sistemas de prevenção mais antigos.
Estas e outras soluções são muitas vezes silenciosas e alertam os colaboradores de potenciais ameaças para que possam ser tomadas medidas e ações para deter os defraudadores, mas ao mesmo tempo que não tenham impactos negativos na experiência de compra dos demais clientes. Capazes de serem integradas com muitas outras soluções de prevenção, estas ferramentas são hoje cada vez mais tecnologicamente avançadas, precisas e eficientes, o que pode levar a que os grupos organizados elaborem planos mais elaborados.
Contudo, o trabalho que vem sendo desenvolvido entre os retalhistas e os provedores de soluções procura sempre estar um passo à frente. Os pormenores de incidentes registados pelos colaboradores e as chefias, assim como os dados que algumas soluções já recolhem, permitem encontrar tendências no furto que anteriormente não eram conhecidas, assim como desenvolver cada vez mais ferramentas à medida para os diferentes setores, retalhistas e, até lojas.
A tecnologia, já o dissemos antes, é um dos principais aliados dos retalhistas em todo o mundo. E não apenas na hora de garantir uma melhor experiência de compra para os clientes, é-o também no dia-a-dia e nas necessidades de prevenir perdas e furtos hoje e no futuro.