Consumo de chá cresce
Os resultados da vaga global de 2023 do estudo TGI da Marktest, quantificaram em 4.462 milhões o número de portugueses que consumiram chá em saquetas e/ou em cápsulas nos últimos 12 meses, “o que representa 59.9% dos residentes no Continente, entre os 15 e os 74 anos, e que traduz um aumento face à vaga global de 2022 (que foi de 52.9%)”.

Ana Grácio Pinto
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A percentagem de consumidores de chá em saquetas e/ou cápsulas é a mais elevada desde 2017, indicou ainda o estudo TGI da Marktest. Por região, indicava que os residentes no Litoral Norte (62.5%), no Sul (63.7%) e no Grande Porto (62.4%) registaram uma taxa de consumo de chá em saquetas ou cápsulas superior à média.
No Grupo Nabeiro-Delta Cafés, o chá em saquetas mantém-se como a principal oferta no mercado português “uma vez que este formato reflete a tradição e preferência dos consumidores”, explica Patrícia Romano, brand manager Chás do Grupo. Por enquanto, a tendência de consumo de chá em cápsulas é assumida como um complemento ao portfólio global de cápsulas da empresa, “permitindo oferecer uma opção adicional sem comprometer a autenticidade da experiência do chá”.

Patrícia Romano, brand manager Chás do Grupo Nabeiro-Delta Cafés
Para a Delta, que tem no café o seu core de negócios, a oferta de chás não é apenas uma categoria de complemento de produtos. É já uma aposta assumida. Patrícia Romano sublinha qua o mercado de chá em saquetas tem demonstrado crescimento, impulsionado pelo aumento da procura por bebidas naturais e funcionais. “Em 2024, e de acordo com dados Nielsen, a categoria cresceu 4,2% em valor, no canal in-home. Se antes era visto como um complemento a outras bebidas quentes, hoje é uma categoria com identidade própria e um público cada vez mais diversificado”, destaca.
Com este crescimento, a categoria é uma aposta estratégica para a Delta Cafés, “com espaço para inovação e diferenciação”. Nesse sentido, este ano a aposta da empresa vai manter-se no segmento das infusões de ervas e frutas, principal em Portugal. 2025 será também o ano em que irão desenvolver e promover a gama de chás frios Tetley Cold, “reforçando o pilar de inovação da marca” e haverá ainda foco, em termos de funcionalidade, na gama Tetley Superteas, “que se apresenta como solução consciente para quem procura benefícios associados à saúde”, revela a brand manager Chás do Grupo Nabeiro-Delta Cafés.
O estudo TGI da Marktest detalha que são as mulheres que apresentam taxas de consumo de chá superiores às dos homens – 65.6% e 53.7%, respetivamente. Por faixa etária, são os indivíduos entre os 55 e os 64 anos que mais consomem chá (71.3%), seja em saquetas ou cápsulas. Também os indivíduos das classes alta e média alta e baixa e média baixa apresentam uma maior propensão ao consumo destes chás, respetivamente, 65.8% e 60.9%.

Roberto Mulassano, fundador e Diretor Geral da Daily Coffee
A Daily Coffee representa em Portugal a Kusmi Tea, exclusivamente para os canais profissionais, e a Whittington, marcas com diferentes posicionamentos, mas ambas premium. “A Kusmi Tea procurou a Daily Coffee pelo reconhecimento que conquistámos no segmento empresarial e na seleção de clientes premium. A Whittington, por sua vez, faz parte do portfólio do Lavazza Group, o que a torna um complemento natural à nossa oferta”, apresenta Roberto Mulassano, fundador e Diretor Geral da Daily Coffee, acrescentando que a Kusmi Tea é a referência principal da empresa “com uma gama de chás biológicos, saquetas biodegradáveis e certificação B Corp, totalmente alinhada com os valores que procuramos nos nossos parceiros”.
Na Daily Coffee esta é uma categoria ainda de ‘complemento’, mas que tem apresentado “um crescimento sustentável”. Para já, os chás funcionam essencialmente como complemento estratégico às marcas principais, mas o futuro “passa cada vez mais por produtos funcionais e voltados para o bem-estar”, avança Roberto Mulassano. “Teremos novidades entusiasmantes em breve” descortina o fundador e Diretor Geral da Daily Coffee.