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ESG

Nestlé doa ao projeto Terras de Cascais o primeiro composto biológico gerado através das cápsulas Neo

São 10 toneladas de um composto classificado como Classe 1, apto para agricultura biológica e regenerativa, que resulta das primeiras cápsulas do inovador sistema Neo, da marca Nescafé Dolce Gusto, lançadas no início deste ano.

Ana Grácio Pinto
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Nestlé doa ao projeto Terras de Cascais o primeiro composto biológico gerado através das cápsulas Neo

São 10 toneladas de um composto classificado como Classe 1, apto para agricultura biológica e regenerativa, que resulta das primeiras cápsulas do inovador sistema Neo, da marca Nescafé Dolce Gusto, lançadas no início deste ano.

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Das primeiras cápsulas do sistema Neo, feitas à base de papel, consumidas em Portugal, foi gerado um composto biológico que a Nestlé Portugal doou agora ao projeto Terras de Cascais criado pela autarquia cascalense.

São 10 toneladas de um composto classificado como Classe 1, apto para agricultura biológica e regenerativa, e que vai ser distribuído aos hortelãos que trabalham as hortas comunitárias do projeto. O excedente, será usado na vinha para a produção de Vinho de Carcavelos Biológico, plantada no Mosteiro de Santa Maria do Mar.

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“Este é um composto de classe 1, o melhor composto que poderíamos ter e passível de ser aplicado em hortas e campos agrícolas com agricultura regenerativa e ou biológica. Esta cápsula tem cá dentro um café de origem responsável, também ele, por meio de práticas no âmbito do compromissos da Nestlé de ter, até 2030, 50% da matéria-prima originária de agricultura regenerativa”, explicou Hugo Silva, Sustainability Delivery Manager Nestlé, durante a cerimónia de entrega do composto, que teve lugar a 10 de dezembro, no Mosteiro de Santa Maria do Mar.

As cápsulas Neo, da gama Nescafé Dolce Gusto, foram lançadas no início deste ano. Representam o sistema mais avançado da Nescafé Dolce Gusto até à data, e são o resultado de mais de cinco anos de desenvolvimento no Nestlé R&D Center for Systems, tendo recebido a certificação, para compostagem doméstica e industrial, pela TÜV Áustria. As cápsulas utilizadas durante o lançamento da gama Dolce Gusto Neo foram recolhidas e tratadas pela Tratolixo, que as transformou no composto entregue agora pela Nestlé à Câmara de Cascais.

“Há 17 anos começamos uma revolução. Com a Nescafé Dolce Gusto trouxemos as cápsulas a todos os portugueses, o que permitiu terem acesso de forma bastante democrática a um café de altíssima qualidade. Este ano decidimos voltar a revolucionar. Porque os tempos são outros, e nós queremos estar preparados para o futuro. Lançámos um novo sistema, que é o Nescafé Dolce Gusto Neo, que está assente em três grandes pilares. Um é entregar um café de altíssima qualidade, o segundo é uma tecnologia de ponta, que permite tirar vários formatos de café. E depois, um terceiro pilar muito importante, uma cápsula feita à base de papel”, destacou Miguel Abreu, Coffee Portion Manager na Nestlé Portugal.

Capsulas totalmente compostáveis

Por serem totalmente compostáveis, permitem transformar uma pequena embalagem de café num produto compostável, através do processo de compostagem industrial. O composto gerado foi classificado como sendo de Classe I, a mais alta classificação. As cápsulas foram compostadas com resíduos verdes, orgânicos, chegando, assim, às dez toneladas entregues pela Nestlé Portugal ao Terra de Cascais.

Lançado pela Cascais Ambiente, a empresa municipal de ambiente de Cascais, o projeto Terras de Cascais teve início em 2009, com a criação das primeiras hortas comunitárias no concelho, dinamizadas essencialmente por particulares. Com o objetivo de incentivar o cultivo da terra em contexto urbano, com base na agricultura biológica, engloba atualmente 36 hortas comunitárias, trabalhadas por 765 famílias. Existem hortas associativas, hortas de produção e de integração social, hortas nas escolas, pomares comunitários, vinhas comunitárias e a Vinha do Mosteiro de Santa Maria do Mar, uma vinha de grande escala para a produção de Vinho de Carcavelos Biológico.

A Horta da Quinta do Pisão, com uma produção biológica e sazonal, e a Horta do Brejo, em parceria com o Estabelecimento Prisional de Tires, são exemplos que nasceram deste projeto. “Muitos dos produtos que fazemos no Estabelecimento Prisional de Tires são doados às IPSS. São toneladas de alimentos doadas mensalmente a muitas famílias que, se não fosse assim, não tinham acesso a estes produtos, que além de serem sustentáveis, além de serem locais, além de serem sazonais, além de serem provenientes de agricultura biológica, são, acima de tudo, saborosos”, destacou Luís Almeida Capão, diretor municipal de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Cascais, na cerimónia de entrega do composto, durante a qual agradeceu à Nestlé Portugal a doação das 10 toneladas.

Luís Almeida Capão (esq.), Miguel Abreu e Hugo Silva durante a cerimónia de entrega do composto

Ao Hipersuper, Luis Almeida Capão, Hugo Silva e Miguel Abreu falaram sobre esta parceria e a importância do investimento em sustentabilidade.

Luís Almeida Capão, diretor municipal de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara de Cascais

Como chegaram a esta parceria?

Chegámos a esta parceria porque a Câmara Municipal de Cascais tem na economia circular uma responsabilidade da qual não abdica. Tudo o que nós produzimos deve ser desenvolvido de forma a que possa ser reincorporado o mais possível no nosso sistema de economia de consumo ou de aproveitamento, seja energético, seja para outro tipo de coisas. Neste caso, quando criámos a primeira rede de ecocentros móveis do país, achámos por bem incluir a linha das cápsulas de café e a partir daí criámos, de facto, um movimento novo a nível nacional com os produtores de café. E que permitiu perceber que havia um grande manancial na comunidade, que, paralelamente aos retalhistas ou às lojas próprias, podia ter uma forma de ir recolher as cápsulas usadas.

Paralelamente a isso, a Nestlé teve a capacidade de inovar com uma cápsula nova em papel, que pode ser reintroduzida diretamente nos sacos verdes, nos restos de comida de Cascais e rapidamente ser transformada num composto de altíssima qualidade. Que neste caso foi doado à Câmara Municipal de Cascais e que a câmara doou aos hortelãos das mais de 760 famílias que têm hortas no concelho. Reaproveitando algo que iria parar ao aterro, e que neste momento volta a ver a luz do dia, permitindo que se promova uma agricultura mais sustentável e mais amiga até da comunidade, ao mesmo tempo que a Nestlé também tem aqui um grande papel na sua responsabilidade social e ambiental. E estamos muito felizes por temos sido escolhidos para a doação destas 10 toneladas de composto.

Hugo Silva, Sustainability Delivery Manager Nestlé

A Nestlé é um dos players que integram o projeto Recaps. Mas este projeto de compostagem, surgiu por ter criado uma cápsula à base de papel?

O que está dentro da cápsula de café é exatamente o mesmo: é café torrado e moído. A grande diferença é o material da cápsula. No projeto Recaps, nós temos cápsulas de plástico e de alumínio e que podem ser recicladas. Aqui, a diferença desta cápsula, é que é feita à base de papel e é compostável, não é reciclável. Portanto é um processo completamente diferente e que deve ser colocado no fluxo de bioresíduos em casa dos consumidores, nos tais sacos verdes. Nós decidimos avançar com o projeto porque conseguimos desenvolver esta tecnologia, este material. O nosso grande objetivo era dar uma alternativa aos consumidores, que começavam a deixar de consumir o café em cápsula pela preocupação ambiental de não conseguirem reciclar nem o plástico nem o alumínio. E demos uma alternativa muito mais fácil, porque em casa dos consumidores na área de Cascais, Oeiras, Lisboa, é possível colocar estas cápsulas no fluxo de bioresíduos que já está implementado.

No fundo, como se processa?

Os dois materiais são compostáveis, tanto o papel como o que parece ser plástico, mas não é: é um biopolímero compostável feito à base da polpa da madeira. Isto tudo vai para uma pilha e através do processo de compostagem doméstica ou industrial, transforma-se em composto. A diferença dos dois processos, doméstico ou industrial, é o tempo: uma compostagem doméstica demora até seis meses e uma industrial até três meses. Depois, dependendo da quantidade de humidade que se adiciona ao processo, do calor que se adiciona ao processo, este pode ser mais ou menos acelerado. Portanto, a estas cápsulas, são misturados outros resíduos orgânicos, como casca da banana, cascas de maçã, restos de comida, tudo o que é resíduo orgânico, o que vai acelerar o processo de compostagem da cápsula e que depois, passados três meses, no caso da compostagem industrial, transforma-se no composto que podemos ver aqui.

Miguel Abreu, Marketing Manager Coffee Portion Nestlé

Para a Nestlé, e para a marca Nescafé, este é um exemplo prático de investimento em sustentabilidade?

Sim, em tudo o que fazemos, levamos a sustentabilidade muito a sério. Em todos os nossos segmentos de cafés, fazemos a prática da agricultura sustentável como mais valia. Sabemos que em Portugal os consumidores estão cada vez mais atentos, mas ainda não é o seu principal foco. No entanto, nós não abdicamos desse pilar. O Neo é exatamente a última demonstração disso. Nós sabemos que o consumidor tem o direito a ter um café de altíssima qualidade, não tem que abdicar dele, por isso não aumentámos o preço. O que queremos é democratizar o acesso a práticas sustentáveis. Queremos que o consumidor, de uma forma muito fácil, consiga ter acesso ao melhor produto, ao produto que ele merece, sustentável e de uma forma menos disruptiva para a sua vida. E com esta cápsula, a única coisa de que o consumidor tem que se lembrar é “onde é que eu deito o meu lixo orgânico, no dia a dia?”. No futuro nós queremos que as pessoas pensem e tenham práticas sustentáveis na sua vida. Mas naquelas em que nós pudermos facilitar, e o café é uma delas, queremos que as pessoas nem sequer pensem muito nisso. Queremos que elas simplesmente desfrutem de um grande café de uma forma mais fácil e sem qualquer tipo de preocupações.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

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LactAçores volta a conquistar o Prémio Cinco Estrelas

A LactAçores volta a receber o Prémio Cinco Estrelas, destacando-se este ano pela diversidade de leites Nova Açores premiados, todos provenientes da Ilha de São Miguel. 

A LactAçores foi premiada pelo terceiro ano consecutivo com o Prémio Cinco Estrelas. Este ano, a premiação destaca-se pelos leites Pastagem, além dos leites correntes meio gordo e magro Nova Açores. Situada na Ilha de São Miguel, a Nova Açores, marca integrante da LactAçores, beneficia de um ambiente natural que permite às vacas pastarem livremente em pastagens ricas e verdejantes durante todo o ano.

“A Nova Açores tem tido uma trajetória baseada na excelência e qualidade, fatores cruciais que a tornam a escolha do consumidor. A adição de variantes 0% Lactose na sua linha de leites premiados sublinha o esforço da empresa em adaptar-se às necessidades dos consumidores modernos, combinando tradição com inovação. É o único leite de pastagem no mercado português com uma gama 0% Lactose, proveniente de explorações controladas e certificadas pela APCER”, destaca a LactAçores.

Para Vitorino Falcão, presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Unileite e LactAçores, este prémio “reafirma o nosso compromisso contínuo com a qualidade e a sustentabilidade”. “Cada produto que criamos nasce da dedicação em trazer o melhor dos Açores aos consumidores, sempre com matéria-prima de excelência e o esforço dos nossos produtores. Sentimo-nos profundamente orgulhosos por vermos mais produtos reconhecidos este ano, o que reforça a confiança dos consumidores na superioridade e autenticidade do que oferecemos”, conclui.

Fundada em 20014, a LactAçores dedica-se à produção de laticínios, como leite, queijos e manteiga. É uma união das cooperativas Unileite, Uniqueijo e CALF, das ilhas de São Miguel, São Jorge e Faial.

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Adega do Cartaxo recebe certificação de sustentabilidade do setor vitivinícola

A Adega do Cartaxo já pode envergar o selo de Sustainable Winegrowing Portugal. “Estamos conscientes de que o futuro do sector passa, em muito, pela sustentabilidade” garante Pedro Gil, diretor de enologia e produção.

A Adega do Cartaxo viu o seu plano de sustentabilidade reconhecido e certificado pelo Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola, criado pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e promovido pela ViniPortugal.

O plano de sustentabilidade do produtor da região dos Vinhos do Tejo conta já com mais de duas décadas, tendo-se iniciado com o primeiro grande projeto de investimentos, em 2004, como a construção de uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais). Entre as práticas mais recentes, destaque para a aquisição de iluminação LED, presente em toda a adega, assim como equipamentos modernos com variadores de velocidade de gestão eletrónica; monotorização do consumo de água; bombas de calor e painéis para a produção de águas quentes para a higienização de linhas de engarrafamento; e painéis fotovoltaicos para autoconsumo.

Para Pedro Gil, diretor de enologia e produção da Adega do Cartaxo, a sustentabilidade tem de ser encarada como um processo contínuo. “Estamos conscientes de que o futuro do sector passa, em muito, pela sustentabilidade – não só ambiental, mas em grande medida social e económica. Queremos atingir padrões mais elevados, estando para já previsto o desenvolvimento de soluções de melhoria a três anos. Um dos aspetos sensíveis é a redução do vidro, mas há mercados que (ainda) valorizam muito as garrafas de “porte pesado”, alguns dos quais são muito importantes para o negócio da Adega do Cartaxo. Falamos dos mercados asiáticos, por exemplo, mas também o brasileiro”, sublinha. “Cabe-nos, obviamente a nós e de forma paulatina, sensibilizá-los para isso. O consumo de energia e de água, assim como o tratamento das águas residuais são aspetos com grande impacto na atividade vitivinícola e, aí, estamos na linha da frente.”, afirma o enólogo, que acrescenta que “foi importante a mudança de mentalidade e definir uma política de sustentabilidade, assumindo que é fundamental ter práticas de sustentabilidade para poder estar neste sector de forma competitiva e consciente”, acrescenta.

Ao nível socioeconómico, a Adega do Cartaxo, que tem 168 associados, sendo que  13% são responsáveis por 65% da produção, assume-se como fair labour, tendo uma política de remuneração justa, aos colaboradores e aos associados, no que toca ao pagamento das uvas, em valor e em tempo. A Adega do Cartxo sublinha ainda que há uma preocupação com a saúde, sendo disponibilizado seguro de saúde às cerca de cinco dezenas de funcionários e tem tem protocolos de cooperação com várias coletividades, escolas técnicas e universidades, com visa ao desenvolvimento local e formação dos seus colaboradores. 

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Logística

Grupo InPost movimentou 322,1 milhões de encomendas no 4º trimestre de 2024

A rede de locais de entrega do Grupo expandiu-se para mais de 82 mil pontos, com os lockers a representarem 57% destes locais.

Hipersuper

O número total de encomendas processado pelo Grupo InPost em 2024 ultrapassou mil milhões, tendo, no dia de pico mais movimentado, sido processadas quase 14 milhões de encomendas na Europa. A multinacional de soluções logísticas para o setor do comércio eletrónico, informa ainda que atingiu volumes recorde no quarto trimestre de 2024: durante a época alta, movimentou um total de 322,1 milhões de encomendas, o que representa um aumento de 20% em relação ao ano anterior.

A InPost associa o sucesso do último trimestre a vários marcos nos países que compõem a rede na Europa. Portugal e Espanha “expandiram consideravelmente a sua rede de pontos pack ao longo do ano”, indica, revelando que no final do quarto trimestre de 2024, ambos os países tinham 2.004 lockers e 9.971 pontos pack em funcionamento, totalizando mais de 11.900 locais entre os dois países.

Na Polónia, a InPost registou um aumento contínuo da procura de lockers e de serviços de entrega ao domicílio, “atingindo volumes recorde de 209,9 milhões de encomendas, um aumento de 20% em relação ao ano anterior”, refere a empresa, acrescentado que, ao mesmo tempo, os marketplaces nacionais e internacionais também contribuíram positivamente. Os volumes foram ainda impulsionados pela garantia de entrega antes do Natal e por outros indicadores-chave de elevada qualidade logística.

No Reino Unido, a InPost entregou 27,2 milhões de encomendas no quarto trimestre de 2024, o que representou um aumento de 58% em relação a 2023. “Este forte crescimento trimestral do volume foi possível graças à melhoria das operações logísticas e a uma expansão significativa da rede”, explica a empresa.

A rede de locais de entrega do Grupo continuou a expandir-se para mais de 82 mil locais, com os lockers a representarem 57% destes locais. “A empresa manteve a sua posição de número 1 em termos de rede de lockers na Polónia, França e Reino Unido. Em Portugal, Espanha e Itália o número de lockers duplicou, aumentando significativamente a sua visibilidade e presença no mercado”, assegura.

Rafał Brzoska, diretor executivo afirma que “2024 foi outro ano marcante para o Grupo InPost”, excedendo as expectativas “desde o início do ano em todos os nossos mercados”. “Estabelecemos novos recordes tanto em termos de volumes entregues como de expansão da nossa rede. Pela primeira vez, o nosso volume total ultrapassou mil milhões de encomendas e a instalação de APMs ultrapassou as 11 mil unidades”, acrescentou.

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Retalho

Auchan volta a ser distinguida com o selo Top Employer

Atribuida pelo Top Employers Institute, a certificação valida as boas práticas de recursos humanos das empresas.

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A Auchan Retail Portugal foi distinguida com o selo Top Employer, atribuído pelo Top Employers Institute, que reconhece as melhores práticas de recursos humanos no país e no mundo. A insígnia recebe pelo segundo ano consecutivo este selo, que valoriza as políticas e práticas de RH implementadas na organização.

Em 2025, a Auchan distingue-se nas categorias ‘Shape’, que analisa o desenvolvimento da organização, a digitalização dos recursos humanos e o ambiente de trabalho, e ‘Develop’, relacionada com a performance, carreira e oportunidades de aprendizagem dos colaboradores. Além disso, alcançou, este ano, o Selo Europeu Top Employer, estendendo a certificação a mais países europeus onde a marca está presente.

“Estamos muito orgulhosos de receber, pela segunda vez consecutiva, o reconhecimento que é um reflexo do nosso empenho em criar um ambiente de trabalho que valoriza as pessoas e investe no seu desenvolvimento”, destaca Clara Costa, diretora de Pessoas e Sustentabilidade da Auchan Retail Portugal. “O lançamento do Respect e a integração de tantos novos colaboradores são apenas alguns exemplos de como estamos empenhados em fazer a diferença na vida dos nossos colaboradores”, acrescenta.

A Auchan Retail Portugal é um grupo familiar e mundial, que com a aquisição da cadeia Minipreço em 30 de abril de 2024, conta agora com mais de 560 lojas físicas, 30 gasolineiras, quatro armazéns e duas lojas digitais, e emprega  mais de 11 mil colaboradores.

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Retalho

Foram criadas 50.705 novas empresas em Portugal em 2024

Este registo é o segundo mais alto de sempre, ficando 2,6% atrás (-1 367 constituições de empresas) do ano de 2023, indica a Informa DB.

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Durante 2024, foram criadas 50.705 novas empresas em Portugal, indicam os dados provisórios do Barómetro da Informa D&B. É o segundo maior número de constituições de empresas de sempre, 2,6% abaixo do recorde alcançado em 2023, com uma diferença de 1.367 empresas.

De acordo com o barómetro, os setores com menos constituições de empresas no ano passado foram os Transportes, com uma queda de 22% (-1.324 empresas), e em especial no ‘Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros’, com uma redução de 28% (-1.370 empresas). “Esta atividade, que tinha registado grandes aumentos nos últimos anos, tem em 2024 uma queda equivalente à descida das constituições no conjunto de todos os setores”, informa.

Grossistas (-12%; -287 constituições de empresas), Alojamento e restauração (-2,6%; – 134 constituições de empresas) e Agricultura e outros recursos naturais (-7,2%; -118 constituições de empresas) são outros setores onde a criação de empresas recuou em 2024 face ao ano anterior.

Em sentido oposto, os setores com maior número de constituições de empresas foram também aqueles onde este indicador mais subiu em 2024. Em termos de crescimento percentual, a Construção lidera com um aumento de 7,1% (+409 constituições de empresas), seguida dos Serviços empresariais (+1,4%; +124 constituições de empresas), Atividades imobiliárias (+1,2%; +62 constituições de empresas) e Serviços gerais (+0,4%; +28 constituições de empresas). Pelo quarto ano consecutivo, Construção, Serviços empresariais e Serviços gerais registaram um crescimento na criação de empresas.

Mais de 12 mil encerramentos

Em termos geográficos,  distritos de Aveiro (+8,1%), Funchal (+13%) e Viana do Castelo (+19%), lideraram o ranking de constituição de empresas face a 2023, com mais 194, mais 189 e mais 172, respetivamente. Pelo contrário, os grandes centros urbanos de Lisboa (-9,3%; -1 628 constituições de empresas) e Porto (-2,5%; -218 constituições), foram os que registaram a maior queda em 2024, sentida, sobretudo, no setor dos Transportes.

Ainda segundo os dados provisórios da Informa D&B, em 2024 registaram-se 12.818 encerramentos de empresas em Portugal, um registo abaixo do ano anterior. “Esta descida verifica-se apenas no segundo semestre do ano, já que no primeiro semestre os encerramentos aumentaram quase 5%, face ao registado no mesmo período do ano anterior”, destaca o barómetro. No total anual, Transportes (+2,9%; +22 encerramentos de empresas) é o único setor a registar um aumento no número de encerramentos de empresas face a 2023.

Quanto às insolvências, aumentaram pelo segundo ano consecutivo: no ano passado, registaram-se 2.080 empresas com novos processos de insolvência, um aumento de 8,2% face a 2023 (+157 empresas). O setor das Indústrias é o que apresenta maior número de empresas com novos processos de insolvência e foi também o que registou maior crescimento neste indicador em 2024 (+25%; +116 empresas). As subidas concentraram-se mais no subsetor de Têxteis e Moda, em especial na região Norte, mais concretamente nos concelhos de Oliveira de Azeméis, Guimarães e Lousada.

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PEPAC abre candidaturas para jovens agricultores no valor de 143,6 M€

Para os concursos ‘Prémio instalação jovens agricultores’ e ‘Investimento produtivo jovens agricultores’, os prazos do primeiro período de candidaturas terminam a 28 de fevereiro e têm uma dotação global de 143,6 milhões de euros.

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Os concursos destinados a jovens agricultores têm dotação de 143,6 milhões de euros, permitindo prémios até 55 mil euros por jovens agricultores em zonas vulneráveis e 50 mil euros de prémio à instalação.

O Ministério da Agricultura e Pescas abriu também no âmbito do PEPAC, as primeiras candidaturas ao investimento agrícola e bioeconomia e organização da produção.

Para os jovens agricultores, e direcionado para a renovação geracional na agricultura, foram abertos os avisos ‘Prémio instalação jovens agricultores’ e ‘Investimento produtivo jovens agricultores’, que visam “atrair e instalar jovens com idades entre os 18 e os 40 anos, assim como promover o investimento produtivo por parte destes agricultores, promovendo o crescimento sustentável de explorações agrícolas”, explica um comunicado do Ministério da Agricultura e Pescas .

Para os dois concursos, os prazos para o primeiro período de candidaturas terminam a 28 de fevereiro de 2025 e contam com uma dotação global de 143,6 milhões de euros.  Os jovens agricultores em exclusividade terão acesso a 50 mil euros de prémio à instalação, e aqueles que se encontram em zonas vulneráveis podem receber até 55 mil euros. Em relação à programação do PEPAC anterior, houve um aumento nos apoios, que eram de 25 e 30 mil euros respetivamente.

Os beneficiários podem apresentar propostas para investimento com um limite máximo de apoio de 400 mil euros, sendo privilegiadas as candidaturas localizadas em zonas de montanha, a criação de emprego nas zonas rurais e a formação agrícola do candidato.

Outros cinco concursos

Estão ainda abertos cinco outros concursos destinados a impulsionar o investimento no setor agrícola.

‘Investimento Produtivo Agrícola – Modernização’ e ‘Investimento Agrícola para Melhoria do Desempenho Ambiental’, têm como principais objetivos “o reforço da competitividade e da sustentabilidade das explorações agrícolas”.  O primeiro concurso é focado em estufas metálicas de paredes retas e está aberto para submissão de candidaturas até 18 de fevereiro de 2025, com uma dotação orçamental de 10 milhões de euros. O segundo concurso para “Investimento Agrícola para Melhoria do Desempenho Ambiental” está aberto até dia 15 de janeiro, tem uma dotação de nove milhões de euros, e visa apoiar investimentos em explorações agrícolas para a construção de charcas e reservatórios para o aumento da capacidade de armazenamento de água.

Relativamente à bioeconomia, os avisos ‘Investimento produtivo na Bioeconomia – Modernização’ e ‘Investimento na Bioeconomia para Melhoria do Desempenho Ambiental’ “disponibilizam apoios para fomentar o desempenho ambiental e climático”, informa a nota do Ministério. O primeiro concurso, destinado à construção ou modernização de ETAR, tem um prazo limite para submissão de candidaturas até 28 de fevereiro de 2025 e tem também uma dotação de 10 milhões de euros.

Já o primeiro concurso para a “Criação de agrupamentos e organização de produtores”, está aberto até 25 de setembro e visa promover a organização da produção, através de apoio à criação de agrupamentos e organizações de produtores, “de forma a aumentar a capacidade de gerar valor fortalecendo a posição dos produtores na cadeia de valor”. A dotação orçamental para este concurso direcionado para as organizações de produtores é de um milhão e seiscentos mil euros.

Para mais informações e submissão de candidaturas, visite o site do PEPAC Continente.

O Ministério da Agricultura e Pescas informa ainda que o aviso de prévia qualificação para a medida ‘Conservação e melhoramento de recursos genéticos’ está aberto até 17 de janeiro. Tem como principal objetivo travar a perda de biodiversidade. Os candidatos podem apresentar candidaturas com Programas de Conservação ou de Melhoramento Genético Animal através do Balcão dos Fundos da Agricultura até um limite máximo de apoio de 1,5 milhões de euros por candidatura.

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Cinco mil maiores empresas portuguesas faturaram 293.250 M€ em 2024

Estas empresas geram 1.144.837 de emprego, mais 6% do que no ano anterior, indica uma análise realizada pela Iberinform.

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É a região de Lisboa a que agrega a maioria da cinco mil maiores empresas portuguesas (34%). No Porto estão sedeadas 18%, em Braga 9% e em Aveiro 8%. O Comércio (36%) e a  Indústria com (27%) reúnem mais da metade das cinco mil grandes empresas nacionais. E 56% do total, têm mais de 25 anos de antiguidade

As cinco mil maiores empresas portuguesas agregaram em 2024, mais de 293.250 milhões de euros em volume anual de negócios. São mais 2% do que as cinco mil maiores do ano anterior. Estas empresas geram 1.144.837 de emprego, mais 6% do que no ano anterior, conclui a análise realizada pela Iberinform, no Insight View, sobre as maiores empresas de Portugal.

Comparativamente ao ano anterior estes resultados representam um aumento de 2% no volume de negócios e de 6% no emprego direto. 50% de empresas exportam agregando um valor de 74.517 M€ em exportações, mais 5% do que no ano anterior.

Infografia: Iberinform

Os grandes setores

Para além do Comércio – com 36% das empresas, com 29% do volume de negócios e 24% do emprego – o setor da Indústria representa 27% das empresas, 29% do volume de negócios e 24% dos empregos. Os serviços detêm 17% das empresas, 12% do volume de negócios e 33% dos empregos. São estes os três principais setores em que se inserem as cinco mil maiores empresas portuguesas.

Quanto à distribuição geográfica, 34% têm sede em Lisboa, seguidas de (18%) localizadas no Porto. Seguem-se Braga (9%), Aveiro (8%), Leiria (5%), Setúbal (4%) e Coimbra (3%). Mantendo a tendência em termos de rendimento e de criação de emprego. Lisboa ocupa o 1º lugar no ranking do agregado de volume de vendas com 47% e 44% na criação de emprego. O distrito do Porto ocupa o segundo lugar com 16% da totalidade de volume de vendas e 20% do emprego, seguido de Braga com 5% da totalidade de volume de vendas e 7% do emprego.

Mais de 75% das empresas deste ranking negócios com maturidade: 56% têm mais de 25 anos e 23% têm entre 16 e 25 anos de constituição. Entre as grandes empresas apenas 4% são empresas jovens com dois a cinco anos de antiguidade.

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Turistas brasileiros já podem pagar com PIX no El Corte Inglés

Esta nova opção surge como uma resposta ao aumento do turismo em Portugal e à crescente procura pelo turismo de compras.

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Os turistas brasileiros já podem efetuar os seus pagamentos com PIX no El Corte Inglés de Lisboa e de Gaia, no International Desk, o espaço dedicado aos turistas, no Club del Gourmet ou no Serviço de Atenção ao Cliente (SAC).

O Pix, método de pagamento semelhante ao MBWay, vem permitir que os turistas brasileiros possam pagar instantaneamente em reais, mesmo que não tenham conta bancária portuguesa.

Esta nova opção surge como uma resposta ao crescimento dos turistas e ao turismo de compras.
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Cabaz de alimentos essenciais com ligeira subida de preço

O cabaz essencial de 63 produtos custa esta semana 240,08 euros. A análise da DECO PROteste mostra que o preço da pescada fresca aumentou quase 2€ numa semana.

De acordo com a análise semanal da DECO PROteste o preço do cabaz alimentar de 63 bens essenciais regista uma ligeira subida esta semana: existe uma diferença de 0,94 €. Na segunda semana de 2025, custava 239,14 euros. Desde o início do ano existe uma diferença de 3,91 €.

 

Produtos com maior variação de preço (semana anterior)
De 8 a 15 de janeiro

Produto08/jan15/janDiferença%
Pescada Fresca12,05 €14,03 €1,97 €+ 16%
Massa Espirais1,21 €1,36 €0,14 €+ 12%
Iogurte Líquido2,24 €2,46 €0,22 €+ 10%
Salsichas Frankfurt1,76 €1,92 €0,16 €+ 9%
Arroz Carolino1,67 €1,81 €0,14 €+ 9%
Porco Febras4,61 €4,92 €0,30 €+ 7%
Dourada8,79 €9,19 €0,39 €+ 4%
Atum posta em azeite2,21 €2,30 €0,10 €+ 4%
Medalhões Pescada6,64 €6,88 €0,24 €+ 4%
Carapau4,49 €4,64 €0,15 €+ 3%

 

Produtos com maior variação de preço (início 2025)
De 1 a 15 de janeiro

ProdutoDiferença%
Pescada Fresca2,49 €22%
Salmão2,43 €19%
Massa Espirais0,16 €14%
Laranja0,18 €12%
Salsichas Frankfurt0,19 €11%
Flocos de Cereais0,24 €10%
Polpa de tomate0,13 €10%
Queijo Flamengo Fatiado embalado0,24 €10%
Medalhões Pescada0,51 €8%
Massa Esparguete0,07 €7%

A análise mostra também que entre o dia 23/02/22 (Início guerra Ucrânia) e o dia 15/01/25 existe uma diferença de 56,45€ quando comparado o mesmo cabaz nos 2 dias (30,74 %).

Produtos com maior variação de preço
desde 23/02/22 – (Início guerra Ucrânia)

Produto23/fev/2215/jan/25Diferença23/02/22 a
15/01/25
Pescada Fresca6,03 €14,03 €8,00 €+ 133%
Azeite Virgem Extra4,65 €9,03 €4,38 €+ 94%
Novilho Carne para cozer6,52 €10,50 €3,99 €+ 61%
Arroz Carolino1,14 €1,81 €0,67 €+ 59%
Polpa de tomate0,89 €1,39 €0,50 €+ 56%
Laranja1,07 €1,67 €0,60 €+ 56%
Dourada6,00 €9,19 €3,18 €+ 53%
Batata Vermelha0,91 €1,37 €0,46 €+ 50%
Salsichas Frankfurt1,28 €1,92 €0,64 €+ 50%
Salmão10,38 €15,47 €5,08 €+ 49%

Os dados são da DECO PROteste que, desde fevereiro de 2022 e com a escalada da inflação, realiza todas as semanas uma análise dos preços de um cabaz constituído por 63 produtos alimentares essenciais que inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe, sendo considerados, entre outros, produtos como perú, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo, manteiga, entre  outros.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Alimentar

Imigrantes são essenciais para 83% das empresas agrícolas do sudoeste alentejano

É o que conclui a 2ª edição do Barómetro AHSA, que revela ainda que o Nepal lidera as nacionalidades dos trabalhadores estrangeiros no setor, seguido pela Índia e Tailândia.

Hipersuper

A segunda edição do Barómetro da AHSA (Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur), destaca também os desafios e as oportunidades nos processos de contratação e integração, bem como o impacto das políticas migratórias na evolução do setor.

Os dados da AHSA revelam quem 83% das empresas agrícolas do sudoeste alentejano considera os imigrantes fundamentais para o sucesso da atividade e 73% das empresas já têm mais de metade dos seus postos de trabalho preenchidos por imigrantes, com a maioria (45%) a destacar uma proporção superior a 75%.
As principais nacionalidades representadas no sudoeste alentejano incluem trabalhadores do Nepal, mencionados por 86% das empresas, seguidos pelos da Índia (48%) e da Tailândia (41%), refletindo a diversidade e o contributo destas comunidades para o setor.

35% das empresas investiu até 50 mil em habitação

A indisponibilidade de alojamento adequado é apontada por 62% dos inquiridos, criando dificuldades na permanência de imigrantes em Portugal (59%). E 42% dos inquiridos identificam os processos de licenciamento como um desafio, enquanto 21% acrescentam os elevados custos de investimento e arrendamento como questões a considerar.

Dificuldades que têm levado as empresas agrícolas a adotar uma abordagem mais proativa e interventiva. Segundo o Barómetro AHSA, 35% das empresas “já investiu, pelo menos, até 50 mil euros em soluções habitacionais para os seus trabalhadores migrantes”. “Sublinhe-se, ainda, que mais de 20% dos inquiridos revelaram investimentos superiores a um milhão de euros, em habitação para os colaboradores em questão, refletindo o compromisso significativo em garantir condições adequadas e sustentáveis”, indica a AHSA.
Quanto à contratação de mão de obra nacional na agricultura, segundo os associados da AHSA os principais entraves são o desinteresse generalizado pela atividade, apontado por 83% dos respondentes, seguido do envelhecimento da população local (28%) e da falta de qualificação (21%).

Sobre as políticas públicas de gestão da mão de obra agrícola, as empresas associadas à AHSA identificaram oportunidades de melhoria na Lei da Imigração, com 55% a sugerir a necessidade de maior alinhamento com as exigências do setor agrícola, como por exemplo na proteção dos trabalhadores (48%) ou simplificando a burocracia excessiva (31%).
A transição do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) para a AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) é apontado como um processo em evolução pelas entidades agrícolas, com 7% a reconhecerem progressos, “refletindo o trabalho contínuo para aprimorar o sistema e melhorar a experiência para todos os envolvidos”. Já 48% das empresas indicam que ainda há desafios a serem superados e 45% consideram que a situação se manteve estável.

Os responsáveis agrícolas sugeriram ainda o reforço da fiscalização das agências de recrutamento (59%), a melhoria das condições de alojamento (45%) e o investimento em formação profissional (34%). Outras propostas incluem a garantia de melhor acesso a serviços de saúde e educação (28%), além do reforço da fiscalização do trabalho (7%).

O papel dos imigrantes na agricultura
Com 83% das empresas do barómetro a considerarem fundamental o emprego de imigrantes para o sucesso da atividade agrícola, a integração dos trabalhadores imigrantes na comunidade local ainda apresenta desafios adicionais – como barreiras linguísticas (62%) e culturais (69%), Mas os inquiridos defendem que poderão ser superadas através da promoção de iniciativas de lazer e socialização para fortalecer o setor.

Luís Mesquita Dias, presidente da AHSA, sublinha a relevância dos dados e afirma que os trabalhadores imigrantes “são, hoje, um pilar essencial da agricultura no sudoeste alentejano, evidenciando a necessidade de políticas públicas mais alinhadas com as exigências do setor”. “Este Barómetro destaca a oportunidade de melhorar as condições de integração e de garantir processos de recrutamento justos e transparentes, beneficiando tanto os trabalhadores como as empresas e promovendo a harmonização do setor”, defende.

Os dados surgem como resultado da segunda edição do Barómetro AHSA, composto por mais de 40 empresas hortofrutícolas portuguesas da região do Sudoeste alentejano. O período de auscultação desta edição decorreu entre 31 de outubro e 27 de novembro de 2024 e obteve uma taxa de resposta de mais de 70%.

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