Entrevista

Gonçalo Morais Tristão: “A rede nacional da água é absolutamente necessária”

É necessário existir mais área de regadio em Portugal. Um objetivo possível de alcançar num país onde as bacias hidrográficas têm, no geral, uma baixa capacidade de regularização e retenção. “Isto significa que podemos represar, em novas barragens, alguma água que depois poderá ser utilizada tanto na agricultura, como para outros fins”, explica o presidente da direção do Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio ao Hipersuper. “O que falta, é decisão política”, define Gonçalo Morais Tristão.

Ana Grácio Pinto
Entrevista

Gonçalo Morais Tristão: “A rede nacional da água é absolutamente necessária”

É necessário existir mais área de regadio em Portugal. Um objetivo possível de alcançar num país onde as bacias hidrográficas têm, no geral, uma baixa capacidade de regularização e retenção. “Isto significa que podemos represar, em novas barragens, alguma água que depois poderá ser utilizada tanto na agricultura, como para outros fins”, explica o presidente da direção do Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio ao Hipersuper. “O que falta, é decisão política”, define Gonçalo Morais Tristão.

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Gonçalo Morais Tristão é perentório: é “absolutamente necessária“ a existência de uma rede nacional de água. “Um hectare de regadio produz cinco ou seis vezes mais que um hectare em sequeiro. Logo, tendo em conta a necessidade de produção de alimentos para a população mundial que está a aumentar gradualmente, é fácil justificar o objetivo de se conseguir mais área de regadio”, afirma nesta entrevista.

O Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio está a celebrar 25 anos. O que veio alterar no panorama da fileira do regadio?
O COTR foi criado em 1999, com o propósito de incentivar a informação científica e técnica das culturas regadas, bem como de promover a investigação científica e tecnológica, a experimentação e a divulgação dos resultados destas ações. Na altura, com o surgimento do Alqueva, foi sentida a necessidade da criação de uma entidade que auxiliasse o setor agrícola na transformação gradual de uma agricultura de sequeiro em agricultura de regadio. Por outro lado, na sua constituição inicial, no que pode ser considerada a chave do sucesso do COTR, houve a preocupação de juntar esforços entre o setor público, o setor privado e o sistema de ensino científico. Esta conjugação de esforços e parceria público-privada, permitiu estabelecer uma boa ligação com os beneficiários finais – os agricultores, que, desde que o COTR foi criado, foram sensibilizados para o uso eficiente da água na rega das diversas culturas e para a manutenção dos seus sistemas de rega.
Além deste tipo de conhecimento transmitido aos agricultores, o COTR investiu também na implantação de uma rede de estações meteorológicas em toda a região do Alentejo. Estas estações passaram a fornecer uma série de dados que passaram a estar à disposição dos agricultores. Este tipo de intervenção do COTR contribuiu, entre outros fatores, para o sucesso inquestionável da agricultura de regadio no Alentejo e no espaço do EFMA – Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, em particular. E esse sucesso traduz-se num uso mais eficiente da utilização da água na agricultura e num conhecimento maior dos instrumentos postos à disposição dos agricultores.
Desde o ano da criação do COTR até agora, as práticas de rega e também a evolução dos sistemas de rega e a tecnologia, permitiram reduzir a utilização de água na agricultura, passando de cerca de 9.000 m3/ha para um consumo entre os 3.000 e os 4.000 m3/ha. Creio que alguma responsabilidade para esta evolução positiva pode ser atribuída ao COTR. A este propósito, importa lembrar, agora que comemoramos os 25 anos de existência, que o trabalho foi desenvolvido, ao longo dos anos, por um competente corpo técnico, liderados, até certa altura, pelo principal responsável pela criação do COTR, o Engº Isaurindo de Oliveira.

O COTR revela que o regadio é responsável por 60% da produção agrícola e mais de metade das explorações agrícolas depende dele. Mas acrescenta que apenas 16% (620 mil hectares) dos 3,7 milhões de hectares de superfície agrícola utilizável estão equipados para regadio. O que falta para que o regadio cubra uma área exponencialmente maior?
Efetivamente, um hectare de regadio produz cinco ou seis vezes mais que um hectare em sequeiro. Logo, tendo em conta a necessidade de produção de alimentos para a população mundial que está a aumentar gradualmente, é fácil justificar o objetivo de se conseguir mais área de regadio. Também em Portugal isso é não só necessário, como possível. E é possível porque, em geral, as nossas bacias hidrográficas têm uma baixa capacidade de regularização e retenção. Por exemplo, na parte nacional do Tejo apenas retemos 20% das afluências da bacia. E no Douro, apenas 7%. Isto significa que podemos represar, em novas barragens, alguma água que depois poderá ser utilizada tanto na agricultura, como para outros fins. Existe um estudo elaborado pela EDIA que sinaliza, em todo o território continental do país, zonas onde esses regadios se podem desenvolver. O que falta, é decisão política.

O que é preciso para que seja criada uma rede nacional de água?
Em Portugal, a precipitação é distribuída de modo muito diverso: há zonas do país onde a precipitação média é de 1300/1400 mm, enquanto noutras zonas é bastante inferior, rondando os 300 ou 400 mm. Todos sabemos que chove muito mais a Norte do que no Alentejo ou no Algarve. Neste condicionalismo, e cientes das consequências das alterações climáticas que fazem prever a diminuição da precipitação, muito mais acentuada a Sul do que a Norte, creio que o país deve considerar uma estratégia de interligação entre bacias de modo a que a água possa ser transportada de onde ela é mais abundante para onde é mais escassa. Simultaneamente, deve-se também investir na reabilitação e modernização das infraestruturas hidráulicas existentes, procurando torná-las mais eficientes. Mas a rede nacional da água é absolutamente necessária, se pretendemos desenvolver o setor agroalimentar e seguir uma política de segurança alimentar. Com a epidemia do Covid-19 e a guerra na Ucrânia, ficou ainda mais evidente a necessidade de adotarmos este tipo de estratégia.

O que pretende a Agenda de Investigação e Inovação para o Regadio? Que entidades e profissionais reúne?
A elaboração de uma Agenda de Investigação e Inovação para o Regadio é uma das missões do COTR, como Centro de Competências para o Regadio que também é, e resulta de um trabalho de reflexão e discussão com vários parceiros, nomeadamente entidades associativas representativas das várias fileiras do setor agrícola, bem como instituições e organismos do Ministério da Agricultura, da EDIA e outras entidades do sistema científico e academia. A Agenda pretende identificar e sinalizar prioridades e necessidades do setor, de modo a que possa constituir um documento de referência para orientação de políticas públicas. Mas não será um documento fechado. O que se pretende é criar uma certa dinâmica que permita, ao longo dos tempos, verificar o progresso da concretização de algumas ideias e identificar outras prioridades para o futuro.

Que propostas de políticas públicas e de investimento defende a Agenda de Investigação e Inovação para o Regadio?
A Agenda de Investigação e Inovação para o Regadio tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da fileira do regadio, na vertente técnica, experimental, formativa, económica e ambiental, pela via da cooperação institucional com vista ao reforço da investigação, da inovação e da promoção das boas práticas agrícolas e da transferência e divulgação do conhecimento. Esta Agenda pretende constituir uma referência para a orientação de políticas públicas neste domínio e respetivos instrumentos financeiros, nomeadamente aqueles que dependem da gestão dos Ministérios da Agricultura e do Ambiente.
De referir ainda que a Agenda resulta dos contributos de vários parceiros do COTR e stakeholders que integram várias áreas do setor agrícola. A Agenda está estruturada em cinco eixos ou áreas temáticas: disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos, inovação e melhoria das infraestruturas de rega, sustentabilidade e rentabilidade do regadio, tecnologias e sistemas de informação de suporte ao regadio, formação, comunicação e divulgação. E em cada eixo, são assinaladas um conjunto de ações que devem ser objeto de políticas públicas, ou mesmo de projetos, uma vez que algumas das ações não dependem dos poderes públicos.
Por exemplo, no que diz respeito à necessidade de intervenção nas infraestruturas hidráulicas, defende-se a promoção de projetos para a modernização de infraestruturas de armazenamento/distribuição de água, de segurança das barragens e para a criação de pequenos regadios particulares, a par da criação de pequenos açudes não permanentes em linhas de água. Noutro domínio, relacionado com o uso eficiente da água na rega das culturas, propõe-se testar e definir estratégias de Rega Deficitária Controlada (RDC) por cultura e a determinação das produtividades médias da água, tendo em conta também outros fatores, como a poda, numa lógica de gestão de risco. Noutra vertente, defende-se a promoção de projetos que dinamizem o estudo de fontes de água alternativas. Estes são apenas alguns exemplos das ações propostas na Agenda.

A gestão ‘política’ da água em Portugal deve ser revista? O que será, para o COTR e os seus associados, um regadio eficiente e sustentável?
Neste momento, existe alguma expectativa para perceber o que dirá o relatório que o grupo de trabalho instituído pelo Governo, no âmbito da estratégia ‘Água que Une’, terá de produzir até ao final do ano. Será de esperar que a questão da governança seja abordada. Neste aspeto, a nossa preocupação é de que o setor agrícola possa ficar mais afastado de participar nessa governança. Sabendo que o setor é o maior utilizador de água, seria estranho que não participasse ativamente na gestão do regadio.
Em termos macro, o regadio é eficiente e sustentável se, acautelados os interesses ambientais que devem ser sempre defendidos, se conseguir distribuir a água nas várias regiões do país, para as zonas previamente identificadas como suscetíveis de beneficiar da utilização da água, sejam elas existentes ou a construir. Em termos culturais, um regadio é eficiente e sustentável se a cultura produzir mais com a mesma dotação de rega ou não diminuir a produção com a redução do volume de água disponível.

De que apoios ao regadio precisam os agricultores, a curto prazo, seja a nível distrital e regional, seja a nível do governo?
Um dos principais apoios que o setor agrícola precisa, seja no contexto do sequeiro ou regadio, é a desburocratização e a simplificação de processos e procedimentos. É muito comum que as queixas dos agricultores ou das empresas agrícolas sejam, de forma recorrente, sobre o tempo que demora a obter, por exemplo, um licenciamento de uma simples charca de apoio à exploração agrícola, ou de um furo. É preciso desburocratizar.
E é também necessária uma mudança de atitude por parte da administração, no sentido de deixar de ter uma postura de desconfiança em relação ao agricultor. Não é aceitável que a administração ponha sempre dificuldades à pretensão do proprietário de uma exploração agrícola, não cuidando de perceber as suas dificuldades para o ajudar a ultrapassá-las. Por outro lado, e no que ao regadio se refere, reputamos de muito importante o desenvolvimento de medidas, financiadas pelos fundos europeus, que possam auxiliar os agricultores a introduzirem nas suas explorações tecnologias e equipamentos que visem o uso eficiente da utilização da água, na senda das que existiram no PDR2020 e da atual medida do uso eficiente da água inscrita no PEPAC.

Por outro lado, que oportunidades se apresentam ao setor do regadio e às entidades que o trabalham? E o que é preciso inovar?
Uma das medidas que a Agenda de Investigação e Inovação para o Regadio identifica é a certificação do regadio sustentável. Este tipo de medida é ao mesmo tempo inovadora e desafiante, tanto para as entidades como para os agricultores. É uma oportunidade que requer alguma imaginação para construir um caderno de especificações, mas que não se deve perder.
Outra oportunidade, e que se trata de uma verdadeira inovação, é a de criar um Observatório do Regadio Nacional, entidade que deve congregar os dados e os projetos do regadio para que possam ser consultados por todos, servindo como suporte às políticas públicas. Este Observatório serviria também para congregar à sua volta entidades públicas e privadas, associações de agricultores e empresas, a academia e a administração local, criando-se assim um fórum de debate das políticas públicas dirigidas ao setor agrícola do regadio ou com impacto neste. O COTR está disponível para ser esse Observatório. Assim o desejem os seus associados.

Esta edição foi publicada na edição 428

Sobre o autorAna Grácio Pinto

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89% dos profissionais consideram urgente renovar os modelos de liderança

Estudo da QSP antecipa os principais motores estratégicos que vão moldar o futuro das organizações

BRANDED
  • Cerca de 9 em cada 10 profissionais (89,3%) defendem a necessidade de novos perfis de liderança, face aos desafios estratégicos atuais
  • Apenas 0,6% considera as lideranças atuais bem preparadas para os novos desafios estratégicos, revelando um desfasamento claro entre exigência e capacidade de resposta
  • Mais de metade dos inquiridos (51,8%) considera a gestão de talento o principal motor estratégico para o futuro das organizações – à frente da inteligência artificial (47%) e da transformação digital (36,9%).
  • Só 1 em cada 10 empresas tem uma estratégia altamente adaptável, num mundo onde a agilidade é decisiva para sobreviver

Liderança, talento e agilidade estratégica estão no centro das prioridades para o futuro das organizações. É este o ponto de partida dos resultados do estudo “The New Strategic Drivers”, conduzido pela QSP – Marketing Management & Research, que antecipa os grandes temas da 18ª edição do QSP SUMMIT, a decorrer de 1 a 3 de julho de 2025 no Porto e em Matosinhos.

Liderança em mudança e drivers de futuro

A liderança surge como um dos principais pontos de tensão. A necessidade de transformação é amplamente reconhecida: 89,3% dos inquiridos consideram que os novos drivers estratégicos exigem novos perfis de liderança, numa opinião transversal a vários contextos profissionais. Esta perceção é particularmente vincada entre trabalhadores por conta de outrem (93,8%) e independentes (100%). Já entre proprietários e sócios, observa-se uma maior diversidade de opiniões quanto à urgência dessa mudança.

Para além do consenso quanto à necessidade de novos perfis de liderança, subsiste uma visão crítica sobre o grau de preparação das lideranças atuais: 59,5% consideram que a maioria não está preparada para enfrentar os desafios emergentes, enquanto apenas 0,6% acredita que estão verdadeiramente prontas.

Os drivers estratégicos considerados mais relevantes para o futuro das organizações são a gestão de talento e competências (51,8%), a inteligência artificial e automação (47%) e a transformação digital (36,9%). A cultura organizacional, a inovação, a ética e a transparência surgem também como prioridades relevantes. Já temas como diversidade e inclusão, embora pertinentes, são menos frequentemente mencionados.

Como responder: formação, cultura de experimentação e governação ágil

Para responder aos novos desafios, os profissionais destacam o desenvolvimento de lideranças mais humanas e adaptativas, o reforço da formação contínua e a promoção de uma cultura de experimentação. Modelos de governação mais ágeis, alianças estratégicas e investimento em I&D completam o leque de estratégias valorizadas.

Apesar disso, apenas 10,7% das empresas dizem ter uma estratégia altamente adaptável à mudança. Um quarto (25,6%) reconhece dificuldades reais de adaptação, e 10,1% não tem sequer uma estratégia formalizada. A maturidade digital surge como fator-chave: empresas mais avançadas nesse domínio são também mais ágeis e resilientes.

Cultura e pessoas continuam no centro

No plano cultural, os valores mais referidos são o foco no cliente (47,6%), a orientação para resultados (38,1%) e a excelência e qualidade (37,5%). A colaboração, a ética e a inovação também são frequentemente mencionadas, sublinhando uma cultura empresarial voltada para desempenho e entrega de valor.

Na gestão de pessoas, os principais desafios são o bem-estar e motivação dos colaboradores (31%), a retenção de talento (24,4%) e o desenvolvimento de competências (18,5%).

Competências mais críticas para o futuro

As competências mais valorizadas para o futuro incluem o pensamento crítico e resolução de problemas (57,1%), a adaptabilidade (39,9%), a capacidade de trabalhar com IA e dados (38,7%), a inteligência emocional (37,5%) e a literacia digital (35,1%). Estas capacidades equilibram domínio técnico com inteligência relacional e são vistas como determinantes para responder à complexidade crescente.

Pedro Carneiro, Head of Marketing Research da QSP, afirma: “Os resultados deste estudo refletem uma consciência clara, por parte das organizações, de que os modelos de liderança, as estruturas de talento e a capacidade de adaptação são fatores críticos de competitividade num contexto de mudança acelerada. Mais do que identificar tendências, este trabalho pretende ser um contributo estratégico para que as empresas possam reavaliar as suas prioridades, alinhar as suas culturas internas e desenvolver as competências certas para liderar o futuro com ambição, responsabilidade e visão.”

“Num mundo onde a tecnologia tem um papel cada vez mais preponderante, o foco deverá continuar a estar nas pessoas – na sua capacidade de adaptação, na valorização das competências críticas e na construção de culturas organizacionais mais ágeis, inclusivas e orientadas para a aprendizagem contínua. É nesse equilíbrio entre inovação tecnológica e desenvolvimento humano que se joga, em grande medida, a sustentabilidade das organizações no futuro próximo,” finaliza.

A partir das respostas de 168 profissionais de vários setores e funções, o estudo revela os principais desafios e oportunidades da transformação organizacional.

Serve também de antevisão aos temas centrais da edição 2025 do QSP SUMMIT, dedicada aos “New Strategic Drivers”, e ajuda a perceber o que vai definir a gestão nos próximos anos.

Mais informações: www.qspsummit.pt

Consulte o estudo completo em:

https://issuu.com/qspmarketing/docs/pt_estudo_qsp_x_qsp_summit_2025

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Continente apresenta novas bolas de Berlim

Com a chegada do verão, o Continente reforça a sua oferta de pastelaria com uma seleção especial de bolas de Berlim.

A gama de bolas de Berlim inclui desde as tradicionais simples ou com creme até versões inovadoras, como a bola de chocolate do Dubai, com duplo recheio de chocolate e pistácio com crocante de kataifi. Outros sabores disponíveis são maracujá, maçã e canela, doce de leite e speculoos. Todas as bolas são produzidas de forma artesanal, recheadas manualmente, sem corantes artificiais.

Em destaque está também uma criação exclusiva do pasteleiro Marco Costa: uma bola de Berlim com recheio de ovo e um toque cítrico de assinatura.

Complementando esta oferta, o Continente disponibiliza o pastel de nata da pastelaria Aloma, reconhecido quatro vezes como “O Melhor Pastel de Nata” de Lisboa, consolidando a sua aposta em produtos de excelência para a época estival.

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Já pode ler a edição 434 em formato digital

As marcas próprias têm crescido na makro Portugal, a inovação tecnológica nacional conquista visibilidade global, e a última milha impõe-se como prioridade na logística moderna. Na edição 434, abordamos os principais temas que estão a moldar o retalho e a grande distribuição, da responsabilidade social à sustentabilidade, da inteligência artificial às novas dinâmicas de consumo.

Na edição 434 do HipersuperFilipe Mendes, offer management director e board member da makro Portugal, revela como a confiança dos profissionais do canal Horeca tem sido decisiva para o crescimento sustentado das marcas próprias da insígnia, que já representam 35% das vendas totais. Com mais de 4.100 referências, a makro prepara-se para reforçar a aposta em categorias de valor acrescentado, como frescos, produtos biológicos e soluções sustentáveis.

Carlos Silva, CEO da AlmaScience, fala-nos da missão deste CoLab fundado em 2019, que transforma o papel em tecnologia com impacto global. Entre as soluções desenvolvidas destacam-se o GELA, com aplicação no arrefecimento, e o PaperWeight Digital, criado para o retalho e já com interesse internacional. “É relevante para a AlmaScience, e também para o ecossistema, que se saiba que é possível desenvolver tecnologia com relevância internacional, com procura não só a nível nacional, mas também internacional, a partir de Portugal”, afirma o responsável.

Nesta edição, olhamos ainda para as estratégias logísticas da “última milha”, um dos maiores desafios do e-commerce, onde a eficiência e a sustentabilidade são agora tão relevantes quanto a velocidade de entrega.

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mercado pet em Portugal continua a crescer, acompanhando uma transformação profunda na relação dos tutores com os seus animais. Vários players partilham com o Hipersuper como têm adaptado os seus modelos de negócio a esta nova realidade.

Na área da produção nacional, acompanhamos a edição de 2025 do Enlácteos, promovido pela ANIL. Maria Cândida Marramaque, diretora-geral da associação, alerta: “Se a cadeia alimentar não funcionar, estamos perante um risco sério”.

Portugal lidera a reputação corporativa no setor da distribuição generalista entre os 20 países analisados pelo Merco. Um reconhecimento ao desempenho consistente das empresas do setor junto de consumidores, colaboradores e investidores. Apresentamos as conclusões nesta edição.

Estivemos na 4.ª edição da SagalExpo, que reuniu mais de 1.100 compradores internacionais na FIL, em Lisboa. José Frazão, CEO da Exposalão, antecipa já a próxima edição, prometendo crescimento superior a 10%.

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Hambúrguer híbrido é o novo lançamento do Future Taste da Auchan

Trata-se de um hambúrguer híbrido elaborado com 70% carne de vaca, 30% proteína vegetal.

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Maio traz um novo produto ao Future Taste da Auchan. Trata-se de um hambúrguer híbrido elaborado com 70% carne de vaca, 30% proteína vegetal.

“Com esta mistura, o hambúrguer reduz em 30% a quantidade de carne, sem perder aquele toque grelhado e suculento”, apresenta o retalhista.

O Future Taste é o espaço do Auchan que dá a conhecer as novas tendências alimentares e evidencia os produtos inovadores nas lojas da marca.

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FENAREG e CAP vão debater o futuro da agricultura no Sul da Europa

A conferência internacional promovida pela FENAREG em parceria com a CAP vai reunir em Santarém, a 11 de junho, líderes e responsáveis institucionais pela política agrícola do Sul da Europa.

A resiliência da agricultura de regadio face às alterações climáticas, as ferramentas políticas e tecnológicas ao dispor dos agricultores, as expectativas em relação à nova PAC,  o papel da agricultura e das florestas na sustentabilidade e coesão dos países do sul da Europa. Serão estas as questões em debate na conferência internacional dedicada ao tema ‘Agricultura Nos Países do Sul da Europa’.

Organizada pela FENAREG (Federação Nacional dos Regantes de Portugal) em parceria com a CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), a conferência decorre a partir das 10h de 11 de junho, na Sala Ribatejo do CNEMA, no âmbito da Feira Nacional de Agricultura de Santarém.

A Federação considera que este é um encontro de alto nível e “decisivo para refletir sobre os desafios e prioridades da Política Agrícola Comum (PAC) pós-2027, com destaque para a necessidade de um orçamento robusto, fundamental para o futuro da agricultura europeia”.

“Temos a expectativa de que este debate possa também contribuir para que o Plano de Resiliência Hídrica Europeu ganhe uma visão holística e capaz de unir as realidades e as necessidades distintas do Norte e do Sul da Europa. O grande desafio no que diz respeito à água é equilibrar realidades e ajustar as soluções à medida de cada uma das regiões do continente, articulando Planos de Inundação com Planos de Seca, e fazendo convergir os sentidos”, destaca José Núncio, Presidente da FENAREG e da Irrigants d’Europe.

A conferência terá a presença de responsáveis das principais organizações agrícolas europeias de Portugal, França,  Espanha, Itália, Grécia e Croácia. Pierre Bascou, diretor-geral adjunto da Direção-Geral da Agricultura da Comissão Europeia; José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas de Portugal; José Núncio, presidente da FENAREG e dos Irrigants d’Europe; Álvaro Mendonça e Moura, presidente da CAP; Paulo do Nascimento Cabral, eurodeputado; Elli Tsifourou, Secretária Geral do Copa–Cogeca, serão alguns dos intervenientes nos debates.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias e devem ser feitas aqui.

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Sobre o autorAna Rita Almeida

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Adriana Collado é a nova diretora de marketing da InPost Ibérica

A InPost nomeou Adriana Collado Durán como diretora de marketing para a Península Ibérica, reforçando a sua aposta no crescimento e consolidação da marca em Espanha e Portugal.

Com um percurso profissional marcado por cargos de liderança em empresas como Google, Rakuten, BlaBlaCar, FreeNow, Housell e Lastminute, Adriana Collado traz consigo uma vasta experiência em marketing estratégico e comunicação internacional, essencial para impulsionar a notoriedade e o posicionamento da InPost numa fase crítica de expansão.

“Estou muito entusiasmada por me juntar à InPost, uma empresa que desafiou o setor da logística com uma proposta disruptiva e cujo mercado foi praticamente criado do zero. Estou certa que continuar a promover uma estratégia de marketing e comunicação que destaca o modelo de entrega não domiciliária é, ao mesmo tempo, tão estimulante quanto exigente”, afirma a nova responsável de marketing.

A nomeação insere-se numa estratégia de reforço da estrutura de liderança da InPost na região, que recentemente integrou também Luis Florit como diretor comercial e Luigi Cirocco como diretor de operações, sob a direção de Marc Vicente, CEO para Espanha e Portugal.

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Bebidas

Buondi apresenta os Cofftails by Buondi

A marca portuguesa Buondi, detida pelo grupo Nestlé, apresenta os Cofftails by Buondi, uma nova proposta de bebidas que alia a intensidade do café a ingredientes inesperados, desafiando as convenções e promovendo uma experiência sensorial personalizada.

Com o objetivo de renovar a forma como o café é consumido, dentro e fora de casa, a Buondi lança uma coleção inovadora de receitas que promete transformar o café num reflexo da individualidade de cada consumidor. Esta iniciativa surge no âmbito do trabalho desenvolvido pela Academia Barista by Nestlé e integra criações como o Pistachio Iced Latte, o Strawberry Iced Mocha ou o Crispy Delight.

“Queremos que cada pessoa explore e crie a sua própria receita, transformando o café num reflexo da sua individualidade e do seu estilo de vida. A versatilidade é a chave dos Cofftails by Buondi. Com opções quentes e frias, as receitas foram pensadas para serem apreciadas em qualquer estação do ano e em qualquer lugar, desde o conforto do lar até aos espaços mais trendy da cidade.” afirma Nuno Castanheira, especialista de café e responsável pela Academia Barista by Nestlé.

Com esta nova gama, a Buondi reforça a sua aposta na inovação e no envolvimento emocional com os consumidores, celebrando a criatividade e a paixão pelo café.

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Retalho

Quatro em cada dez jovens portugueses compram online

As redes sociais impulsionam o ecommerce, com 15% dos consumidores a comprar online semanalmente e 53% mensalmente, indica um estudo da Webloyalty.

Um estudo recente da Webloyalty, empresa de soluções de Retail Media para otimizar receitas de e-commerce, revela que 15% dos portugueses já fazem compras online semanalmente e mais de metade, 53%, compra pelo menos uma vez por mês.

“A pesquisa aponta que a possibilidade de comparar preços (66%), a comodidade (60%) e o acesso a descontos (55%) são os principais fatores que levam os consumidores portugueses a optar pelas compras online”, indica o estudo.

O estudo da Webloyalty também coloca em destqque o papel crescente dos smartphones como principal ferramenta de compra online (58%), abrindo caminho para novas plataformas e canais digitais. Aponta ainda o Social Commerce, o Live Shopping, as subscrições, o pagamento flexível, as compras por voz, o Click and Collect e as lojas online Peer-to-Peer, como sete tendências que estão a transformar o comércio eletrónico em Portugal.

“A conveniência, a personalização e as experiências de compra são os pilares do sucesso no comércio eletrónico”, afirma Eduardo Esparza, VP General Manager da Webloyalty Ibéria & Brasil. “O Retail Media assume um papel fundamental na otimização destes canais, permitindo criar a fórmula perfeita para cada cliente através da análise de dados, aumentando o engajamento ao mesmo tempo em que gera receitas adicionais para as marcas”, defende.

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Retalho

Empresas aceleram investimento em IA Generativa apesar de preocupações regulatórias

Apesar dos crescentes desafios em torno da regulamentação e escalabilidade da Inteligência Artificial Generativa (IA Gen), 78% das empresas planeiam aumentar o investimento nesta tecnologia no próximo ano fiscal, revela o mais recente estudo da Deloitte, “State of Gen AI in the Enterprise – Q4”.

Realizado entre julho e setembro de 2024, o inquérito recolheu respostas de 2.773 líderes empresariais e de tecnologia em 14 países e seis setores distintos. Entre os principais obstáculos à adoção de IA Gen, destaca-se o aumento das preocupações com a conformidade regulatória, que subiram de 28% para 38% ao longo do ano passado. Ainda assim, o entusiasmo pelo potencial transformador da tecnologia mantém-se elevado.

A escalabilidade permanece como um dos principais entraves à adoção plena, com 69% dos inquiridos a estimarem que uma estratégia de governance em IA demorará pelo menos um ano a implementar. Esta demora contrasta com o ritmo acelerado da inovação tecnológica, colocando pressão sobre as organizações para alinhar estratégia, estrutura e talento.

O estudo evidencia também um crescimento da experimentação com agentes autónomos baseados em IA Generativa, sistemas capazes de operar sem intervenção humana contínua. Atualmente, 26% das organizações já exploram o seu desenvolvimento em larga escala e 42% encontram-se em fase de testes. Estes agentes têm potencial para transformar radicalmente os modelos operacionais, otimizando fluxos de trabalho e reduzindo a intervenção humana.

Segundo Hervé Silva, Partner da Deloitte, “as organizações têm de estar preparadas para a massificação da Inteligência Artificial, ainda que, compreensivelmente, o ritmo vertiginoso da tecnologia nem sempre esteja alinhado com a velocidade a que o mercado adota as tecnologias emergentes”.

“O que concluímos é que há um reconhecimento cada vez maior por parte dos líderes das inúmeras capacidades e vantagens de adotarem este tipo de tecnologias, que impactam praticamente todas as áreas das organizações. Certo é que a velocidade da tecnologia não vai abrandar, veja-se, por exemplo, os agentes de AI, totalmente disruptivos, com capacidade para modificar por completo a forma como as organizações operam”, acrescenta.

Ainda assim, quase todas as organizações já reportam retorno sobre o investimento (ROI) nas iniciativas de IA Gen, com 20% a registarem um ROI superior a 31%.

As áreas de IT e cibersegurança surgem como principais beneficiárias. Nesta última, 44% das empresas afirmam que o retorno superou as expectativas, sinalizando um foco crescente na aplicação da IA para reforço da proteção digital.

A Deloitte sublinha ainda a importância de começar por casos de uso de baixo risco, envolvendo dados não críticos e com supervisão humana garantida. Paralelamente, reforça-se o papel da força de trabalho humana na transformação digital, com o C-suite incumbido de garantir o alinhamento estratégico e de promover a capacitação contínua dos colaboradores.

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