Fenazeites alerta para o futuro do olival tradicional
Para a Fenazeites, o 26 de novembro (Dia Mundial da Oliveira) é uma data de celebração, mas também de reflexão sobre o futuro do olival tradicional em Portugal.

Hipersuper
InPost nomeia Luis Florit como diretor comercial para a Península Ibérica
Continente e Pingo Doce lideram ranking das marcas mais relevantes para os consumidores
DHL Supply Chain adquire IDS Fulfillment e reforça oferta para PME no setor de e-commerce
Pingo Doce regressa à Festa do Livro de Loures
ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova
Love Butternut apoia e-book sobre abóbora da Associação Portuguesa de Nutrição
Continente promove “O Melhor de Portugal” em feira dedicada à produção nacional
Red Bull lança edição limitada com sabor a pêssego
Encontro da FENAZEITES vai debater os problemas urgentes do setor olivícola
Luís Matos Martins é o novo diretor-geral da Pisabell
Celebrou-se esta terça-feira, 26 de novembro, o Dia Mundial da Oliveira, data escolhida pela UNESCO para assinalar a importância e a necessidade de preservação deste recurso natural. Instituída em 2019, a celebração “tem como objetivo incentivar à proteção da oliveira e valorizar o seu contributo para o desenvolvimento económico e social, para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade ambiental”, mas é também um dia “de reflexão sobre o futuro do olival tradicional no nosso país”, sublinha a Fenazeites – Federação Nacional das Cooperativas de Olivicultores.
Num comunicado, a organização refere que o olival tradicional, maioritariamente de sequeiro, ocupa aproximadamente 250 mil hectares em Portugal, e sublinha a sua dificuldade de mecanização e custos de produção mais elevados do que os olivais modernos.
“Nos últimos anos os períodos com elevadas temperaturas e secas extremas têm contribuído para o decréscimo da sua produção. Esta campanha a azeitona galega, a principal variedade nacional, foi dizimada pela gafa e acabou por cair, não permitindo a sua colheita”, lamenta.
A Fenazeites alerta que “tendência de baixa de preços do azeite para valores abaixo dos custos de produção” e os efeitos das alterações climáticas, “vão provocar a curto prazo, o abandono de grandes áreas de olival”.
“É urgente analisar a realidade do mercado, perceber quais são as disponibilidades do produto e conseguir rentabilizar o azeite proveniente dos olivais tradicionais”, defende.
Cuidar do ‘Ouro Líquido’
A 30 de agosto foi apresentado em Alcobaça o projeto ‘Ouro Líquido’, iniciado nos municípios-piloto de Alcanena e Torres Novas, e alargado desde agosto aos restantes municípios do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros: Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior e Santarém.
Com a missão valorizar a fileira da oliveira, o projeto tem em agenda criar valor e procurar soluções para os desafios colocados ao olival tradicional, nos planos do modelo produtivo, organização do setor, fatores críticos de competitividade, financiamento e estratégia de promoção e comercialização.
Na agenda deste projeto está ainda o estudo e valorização da paisagem olivícola e de recursos ligados ao olival e ao azeite, por forma a desenhar uma estratégia olivoturística, que aporte valor económico e social às comunidades rurais, integrando produtos endógenos, gastronomia, natureza, paisagem rural, cultura e património.